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Seis formas de salvar a Internet

  • 0:01 - 0:06
    Já estiveram na posição
    de ver Silicon Valley a começar
  • 0:06 - 0:10
    e desejar ter sabido o que ia acontecer?
  • 0:10 - 0:12
    (Risos)
  • 0:14 - 0:17
    Venho aqui para falar do que,
    segundo creio, vai ser
  • 0:17 - 0:22
    a perturbação mais profunda
    do mundo tecnológico
  • 0:22 - 0:24
    que ocorreu nos últimos 15 anos.
  • 0:25 - 0:30
    Creio que o resultado será
    totalmente quanto ao empenho.
  • 0:30 - 0:35
    De facto, penso que é possível
    uma mudança transformacional
  • 0:35 - 0:37
    na forma como vamos pensar
    no empenho.
  • 0:37 - 0:43
    O que é que vocês fariam
    se soubessem hoje
  • 0:44 - 0:47
    que ia haver um importante
    ciclo tecnológico
  • 0:47 - 0:48
    a começar nos próximos anos
  • 0:48 - 0:50
    e que podiam participar nele?
  • 0:50 - 0:53
    O que é que fariam?
  • 0:53 - 0:54
    Audiência: Embarcávamos nele!
  • 0:54 - 0:57
    Roger McNamee: É a situação
    em que me encontro.
  • 0:58 - 1:01
    Sou investidor profissional
    durante metade do dia,
  • 1:02 - 1:04
    a metade diurna.
  • 1:04 - 1:06
    Estive a prestar muita atenção há bocado
  • 1:06 - 1:08
    e agora sei que preciso
    de 10 horas de sono, à noite,
  • 1:08 - 1:11
    o que é complicado porque
    ontem à noite o espetáculo acabou
  • 1:11 - 1:13
    por volta da meia-noite e meia
  • 1:13 - 1:16
    e, como era em Santa Rosa,
    cheguei a casa muito tarde.
  • 1:17 - 1:20
    Devo dizer que tenho estudado
    o mundo da tecnologia
  • 1:20 - 1:23
    e as coisas já começaram a mudar.
  • 1:23 - 1:25
    Mas estão a mudar duma forma
  • 1:25 - 1:28
    que não vejo nenhum comentador
    a referi-las neste momento.
  • 1:28 - 1:31
    Há seis coisas em curso
    em que me vou concentrar.
  • 1:31 - 1:34
    Quero que considerem
    que não passam de hipóteses,
  • 1:34 - 1:36
    estão sujeitas a revisão,
  • 1:36 - 1:38
    ou até podem estar sujeitas a eliminação.
  • 1:38 - 1:39
    Mas quero que compreendam
  • 1:39 - 1:43
    que tenho trabalhado com um grupo
    de hipóteses já há 10 meses,
  • 1:43 - 1:46
    e o que é interessante é que
    tenho andado a divulgá-las
  • 1:46 - 1:48
    a muitas pessoas na indústria,
  • 1:48 - 1:51
    e outras pessoas têm achado
    muito difícil rebatê-las.
  • 1:51 - 1:53
    Vou então falar delas hoje,
  • 1:53 - 1:56
    porque penso que, em conjunto,
    temos a possibilidade de as esclarecer.
  • 1:56 - 1:59
    A primeira coisa — e penso
    que é bastante óbvia —
  • 1:59 - 2:01
    é que o Windows está a morrer...
  • 2:01 - 2:04
    (Aplausos)
  • 2:04 - 2:06
    Ou seja, sem faltar
    ao respeito à Microsoft,
  • 2:06 - 2:10
    porque penso que a Microsoft,
    enquanto empresa, pode fazer muitas coisas
  • 2:10 - 2:11
    para manter o crescimento,
  • 2:11 - 2:14
    mas os computadores de secretária
    não serão uma dessas coisas.
  • 2:14 - 2:17
    O indicador principal disto
    e o único que precisam de conhecer
  • 2:17 - 2:20
    para perceberem o que se está a passar,
  • 2:21 - 2:25
    é que os telemóveis inteligentes
    reduziram o Windows
  • 2:25 - 2:30
    de 96% dos aparelhos ligados à Internet
    há três ou quatro anos,
  • 2:30 - 2:32
    para menos de 50% atualmente.
  • 2:32 - 2:34
    A queda é vertiginosa.
  • 2:34 - 2:37
    Vão ser menos de 30%,
    provavelmente daqui a ano e meio.
  • 2:38 - 2:41
    A Microsoft tem muitas coisas
    que pode fazer.
  • 2:41 - 2:43
    Pode regressar ao Exchange
    e alavancar nele os preços.
  • 2:43 - 2:46
    Mas a razão por que isto
    é muito significativo
  • 2:46 - 2:50
    é que o Windows e o seu "software"
    Enterprise, que lhe está ligado
  • 2:50 - 2:52
    — pensem no SAP
    e em pessoas dessas —
  • 2:52 - 2:56
    esse mercado representa receitas
    de milhares de milhões de dólares.
  • 2:56 - 3:00
    Sugiro que vai haver
    uma suspensão dessas receitas.
  • 3:00 - 3:04
    Num mundo em que a economia dos EUA
    não está a crescer muito rapidamente,
  • 3:05 - 3:07
    haver alguém que desaparece
  • 3:07 - 3:10
    é a forma mais simples
    de criar espaço para novas indústrias.
  • 3:10 - 3:13
    É daí que virão as receitas seguintes.
  • 3:13 - 3:16
    Mas sabem que mais? Tal como
    no anúncio das facas Ginsu, há mais!
  • 3:16 - 3:18
    (Risos)
  • 3:18 - 3:21
    Acontece que a Microsoft
    não é a única empresa
  • 3:21 - 3:24
    que se encontra em grande perigo,
    atualmente.
  • 3:26 - 3:28
    Também temos a Google.
  • 3:29 - 3:31
    Podem não ter pensado nela,
  • 3:31 - 3:36
    mas a pesquisa indexada representava
    90% do volume total de pesquisas
  • 3:36 - 3:37
    há uns quatro anos.
  • 3:38 - 3:40
    Mas aconteceu uma coisa interessante.
  • 3:40 - 3:46
    O Google teve tanto êxito
    que o índice ficou cheio de lixo.
  • 3:46 - 3:50
    Na verdade, toda a "web"
    ficou cheia de lixo.
  • 3:50 - 3:54
    Se pensarem nisso, a "web"
    quase se tornou uma Detroit digital.
  • 3:54 - 3:55
    (Risos)
  • 3:55 - 3:56
    Se procurarem afincadamente,
  • 3:56 - 3:59
    talvez lá encontrem coisas convincentes.
  • 4:00 - 4:03
    Mas se não tiverem cuidado,
    estão tramados.
  • 4:03 - 4:05
    (Risos)
  • 4:05 - 4:07
    Não admira
  • 4:07 - 4:10
    que cada um de nós e toda a gente por aí
  • 4:10 - 4:13
    tenha procurado outras formas
    de encontrar as coisas que quer encontrar.
  • 4:13 - 4:15
    Começámos com a Wikipedia,
  • 4:15 - 4:18
    mas depois apareceu o Facebook
    para questões de gosto e de dinheiro;
  • 4:18 - 4:21
    apareceu o Twitter para as notícias
    em tempo real;
  • 4:21 - 4:23
    o Linkedin para coisas profissionais;
  • 4:23 - 4:25
    o match.com para coisas
    menos profissionais;
  • 4:25 - 4:28
    o TripAdvisor para as viagens,
    o Yelp para os restaurantes,
  • 4:28 - 4:32
    o Realtor, para encontrar uma casa,
    o Dictionary.com para palavras,
  • 4:32 - 4:34
    o Wordnik para toda a linguagem.
  • 4:34 - 4:36
    Portanto, as coisas mudaram mesmo.
  • 4:36 - 4:38
    E eis o que é interessante:
  • 4:38 - 4:41
    tal como a Microsoft, a Google
    tem muitas formas de reagir
  • 4:41 - 4:43
    em termos de aumentar o seu negócio.
  • 4:43 - 4:46
    Mas o que não consegue fazer
    é recuperar a sua posição
  • 4:46 - 4:49
    como ator dominante na Internet.
  • 4:49 - 4:53
    É minha opinião que, quando
    a Google apareceu em 1998,
  • 4:53 - 4:56
    a Internet era um mundo
    de código aberto,
  • 4:56 - 4:59
    um mundo de cauda longa sem líder.
  • 4:59 - 5:01
    E a Google entrou neste vazio,
    forneceu liderança
  • 5:02 - 5:03
    e implementou uma estratégia
  • 5:03 - 5:07
    que transformou sistematicamente
    em produtos todas as formas de conteúdos.
  • 5:08 - 5:11
    Basta olhar para uma página
    de resultados do Google:
  • 5:11 - 5:14
    o único logo nessas páginas é o da Google;
  • 5:15 - 5:17
    tudo o mais está na mesma fonte.
  • 5:17 - 5:21
    Essa forma de comercialização
    tem sido estupenda para a Google
  • 5:21 - 5:23
    e horrível para quase todos os demais.
  • 5:23 - 5:26
    Creio que, para já, acabou:
  • 5:26 - 5:28
    não porque o índice de pesquisa
    vá desaparecer
  • 5:28 - 5:31
    mas porque, tal como
    o processamento de texto,
  • 5:31 - 5:33
    desapareceu das aplicações
    mais importantes que temos
  • 5:34 - 5:36
    para outras coisas que fazemos.
  • 5:36 - 5:38
    Vemos isso, em especial, nos telemóveis.
  • 5:38 - 5:41
    Porque, nos telemóveis, as pessoas
    encontraram outras formas
  • 5:41 - 5:43
    de encontrarem o que querem.
  • 5:43 - 5:46
    A pesquisa indexada é demasiado
    incómoda num telemóvel
  • 5:46 - 5:50
    por isso a taxa da pesquisa indexada
    é uma pequena fração nos telemóveis
  • 5:50 - 5:52
    em relação aos computadores.
  • 5:52 - 5:56
    Esse é o principal indicador
    de que a recuperação da Google
  • 5:56 - 5:59
    será outra coisa que não a pesquisa,
  • 5:59 - 6:04
    A terceira hipótese que tenho
    já não é polémica,
  • 6:04 - 6:07
    mas é importante perceber o que aconteceu.
  • 6:07 - 6:10
    Se o lado esquerdo desta equação
    é o código aberto da World Wide Web,
  • 6:10 - 6:12
    com a sua crença na "cauda longa",
  • 6:12 - 6:15
    a sua crença na ausência
    de regulamentação,
  • 6:15 - 6:17
    na ausência de segurança e de controlo,
  • 6:17 - 6:19
    é realmente uma fronteira.
  • 6:19 - 6:21
    A Apple apareceu com uma visão diferente.
  • 6:21 - 6:24
    Disseram: "Pensamos
    que a "web" está morta.
  • 6:24 - 6:26
    "Vamos para a Internet
    que é o grande armazém de dados
  • 6:26 - 6:32
    e vamos fornecer-vos um conteúdo
    protegido por direitos de autor,
  • 6:32 - 6:35
    "com valor acrescentado,
    de marca, criterioso".
  • 6:36 - 6:38
    As pessoas, na sua esmagadora maioria,
  • 6:38 - 6:40
    preferiram essa visão à da Google.
  • 6:40 - 6:42
    Nos últimos três anos,
  • 6:42 - 6:46
    a Apple deixou de ser
    "compatível com computadores"
  • 6:46 - 6:52
    e este ano, terão cerca de 100 milhões
    de dispositivos com ligação à Internet.
  • 6:53 - 6:54
    Cem milhões.
  • 6:55 - 6:57
    Provavelmente, ficarão esgotados.
  • 6:57 - 7:00
    A questão aqui é
    que o mundo é da Apple.
  • 7:02 - 7:03
    Temos sorte em fazer parte dele,
  • 7:03 - 7:06
    porque Steve é muito intolerante
    sobre quem deixa entrar.
  • 7:06 - 7:07
    (Risos)
  • 7:07 - 7:11
    Mas pensem numa coisa:
    imaginem a Geórgia na Guerra Civil.
  • 7:11 - 7:13
    A Apple é Sherman.
  • 7:13 - 7:15
    A World Wide Web é Joe Johnston.
  • 7:15 - 7:17
    A questão é que eles perderam.
  • 7:17 - 7:19
    Portanto, a "web" vai olhar
    para isto e pensar:
  • 7:19 - 7:21
    "Meu Deus, temos de voltar atrás".
  • 7:21 - 7:25
    O custo para fazer isso,
    é que têm de sacrificar o Google.
  • 7:25 - 7:28
    Assim, a Google empurrou
    o pêndulo da tecnologia
  • 7:28 - 7:31
    até ao limite absoluto
    da mercantilização,
  • 7:31 - 7:34
    até ao ponto em que as pessoas
    que passam toda a vida
  • 7:34 - 7:38
    a desenvolver um entretenimento
    realmente valioso,
  • 7:38 - 7:41
    um jornalismo e romances
    realmente valiosos e convincentes,
  • 7:42 - 7:44
    já não podem ganhar dinheiro a fazê-lo.
  • 7:44 - 7:45
    Então, a "web" disse:
  • 7:45 - 7:48
    "Ok, se a Google está aqui
    e a Apple está aqui,
  • 7:48 - 7:52
    "o HTML 5, a próxima geração,
    vai estar do outro lado da Apple".
  • 7:52 - 7:56
    A próxima batalha, em vez de ser
    a comercialização contra a Loja Apple,
  • 7:56 - 8:00
    vai ser entre a Loja Apple
    e um conteúdo altamente diferenciado.
  • 8:00 - 8:04
    Se não sabem o que é o HTML 5,
    eu passo a explicar.
  • 8:04 - 8:06
    É uma linguagem de programação.
  • 8:06 - 8:08
    Mas uma linguagem profunda.
  • 8:08 - 8:10
    Porque, pela primeira vez,
  • 8:10 - 8:13
    vamos poder construir uma página "web"
  • 8:13 - 8:17
    em que toda ela pode ter
    interatividade incluída,
  • 8:17 - 8:20
    pode ter vídeo, áudio,
    o que quer que queiramos.
  • 8:20 - 8:22
    Mas nada de caixas "flash".
  • 8:22 - 8:24
    É uma mudança gigantesca
  • 8:24 - 8:27
    porque, essencialmente,
    abre uma nova tela.
  • 8:27 - 8:30
    Não só a abre para o New York Times,
  • 8:30 - 8:32
    mas abre-a para toda a gente
    no WordPress.
  • 8:32 - 8:35
    Abre-a para todas as bandas.
  • 8:35 - 8:38
    Porque, subitamente, podemos
    criar um produto diferenciado,
  • 8:38 - 8:42
    com valor acrescentado,
    altamente convincente
  • 8:42 - 8:44
    e, provavelmente, rentável.
  • 8:44 - 8:47
    O que é interessante é que,
    graças à Apple,
  • 8:47 - 8:51
    não há nada que os comerciantes
    possam fazer em relação a nós.
  • 8:52 - 8:55
    A Apple pode tentar impedir-nos,
    mas acho que não o vai fazer.
  • 8:55 - 8:57
    Acho que são mais espertos do que isso.
  • 8:57 - 9:00
    A questão principal é que não sei
    onde iremos parar
  • 9:00 - 9:02
    quando o pêndulo voltar atrás.
  • 9:02 - 9:05
    Mas penso que os dias da super
    comercialização estão a ficar para trás.
  • 9:06 - 9:07
    Todos podemos planear.
  • 9:07 - 9:10
    Já vos direi como é que eu vou
    fazer, pessoalmente,
  • 9:10 - 9:12
    "Tablets".
  • 9:12 - 9:16
    Esta é outra razão
    por que o Windows está morto.
  • 9:16 - 9:18
    Se algum de vocês não tem um iPad...
  • 9:18 - 9:22
    Oiçam, eu não tenha ações na Apple,
    por isso não ganho nada com isso.
  • 9:22 - 9:26
    Mas, a sério, se não têm um iPad,
    provavelmente não percebem
  • 9:26 - 9:28
    as coisas mais importantes em curso.
  • 9:28 - 9:29
    (Risos)
  • 9:29 - 9:31
    Não. Estou a falar muito a sério.
  • 9:31 - 9:35
    Penso que a questão mais importante
    é que os outros atores nesta coisa,
  • 9:35 - 9:36
    neste momento,
  • 9:36 - 9:38
    não têm tido impacto.
  • 9:38 - 9:40
    Mas não se esqueçam,
  • 9:40 - 9:44
    foi o nosso investimento que criou
    a webOS de Palm,
  • 9:44 - 9:46
    que a HP distribuirá
    em breve, qualquer dia.
  • 9:47 - 9:48
    (Risos)
  • 9:48 - 9:51
    Penso que é muito provável
    que a Apple ganhe esta coisa
  • 9:51 - 9:54
    com uma quota de mercado
    mais próxima da que têm no iPod
  • 9:54 - 9:56
    do que a que têm no iPhone.
  • 9:57 - 9:59
    Será de 70 a 80 %.
  • 9:59 - 10:02
    Se estiver certo, a Apple vai ser
    maior 50 a 100 mil milhões de dólares
  • 10:03 - 10:05
    dentro de poucos anos,
    maior do que é hoje.
  • 10:05 - 10:08
    Literalmente, não vejo
    mais ninguém a desafiá-los.
  • 10:09 - 10:12
    É muito importante perceber
    que, em comparação com outros,
  • 10:12 - 10:14
    a estrutura de custos da Apple
    é tão favorável.
  • 10:14 - 10:17
    que é impensável que
    outros fabricantes de telemóveis,
  • 10:17 - 10:19
    em especial os do Android,
    possam acompanhá-la.
  • 10:19 - 10:23
    Porque as margens brutas da Apple
    excedem o preço de venda
  • 10:23 - 10:26
    de quase todos os telemóveis Android.
  • 10:27 - 10:29
    Isto é o que vos quero deixar
  • 10:29 - 10:31
    como ideia de investimento,
    primeiro e principalmente.
  • 10:31 - 10:34
    A loucura em Wall Street é o social.
  • 10:34 - 10:37
    O social é um espetáculo secundário.
  • 10:37 - 10:41
    Digo isto enquanto alguém cujos fundos
    estão quase todos no Facebook.
  • 10:42 - 10:43
    É um facto isolado.
  • 10:43 - 10:45
    Isto não é...
  • 10:46 - 10:48
    Para roubar uma frase da Star Wars:
  • 10:49 - 10:51
    Isto não é a mania que procuramos.
  • 10:52 - 10:55
    Aquilo de que falamos será
    muito maior do que isto.
  • 10:55 - 10:57
    O Facebook ganhou.
  • 10:57 - 10:59
    É o novo Windows, certo?
  • 11:00 - 11:04
    Há outros tipos — o Twitter,
    o Yelp, o Skype, o Linkedin —
  • 11:04 - 11:07
    que estão a criar plataformas com êxito
  • 11:07 - 11:11
    que são muito mais pequenas
    do que a do Facebook.
  • 11:12 - 11:13
    E terão êxito.
  • 11:13 - 11:16
    Mas todos os outros que aparecerem
    vão ter de seguir o modelo Zynga.
  • 11:16 - 11:20
    Vão ter de se subordinar
    à plataforma do Facebook.
  • 11:20 - 11:24
    A incapacidade de o Zynga criar
    uma coisa com êxito diferente do Facebook
  • 11:24 - 11:28
    é o principal indicador da razão
    por que esta plataforma é tão poderosa.
  • 11:29 - 11:31
    Se criarem uma "start-up" hoje
    no mundo social,
  • 11:31 - 11:33
    criem-na sobre o Facebook.
  • 11:33 - 11:34
    É o único conselho que vos dou.
  • 11:34 - 11:37
    Mas a parte mais importante
    do conselho é: esqueçam o social.
  • 11:37 - 11:40
    O social é uma característica,
    não é uma plataforma.
  • 11:40 - 11:42
    Assim, integrem o social,
    tal como Catherine disse:
  • 11:42 - 11:45
    "Integrem a ludificação em tudo".
  • 11:45 - 11:47
    Tudo depende do empenho.
  • 11:48 - 11:52
    O futuro vai ser diferente.
  • 11:53 - 11:54
    E a questão central é:
  • 11:54 - 11:56
    O que vamos fazer quanto a isso?
  • 11:57 - 11:58
    O que eu faço é muito simples:
  • 11:58 - 12:01
    Acredito no investimento
    de contacto total.
  • 12:01 - 12:04
    Assim, olhei para o HTML 5,
    há um ano e pensei:
  • 12:04 - 12:07
    "Esta coisa pode ser muito importante.
    Como ter a certeza?"
  • 12:07 - 12:09
    Então, a minha banda Moonalice,
  • 12:09 - 12:12
    que, há uns anos, fez um álbum
    com T Bone Burnett,
  • 12:12 - 12:15
    que julgámos iria ser um grande êxito
    e blá, blá. blá...
  • 12:15 - 12:19
    aprendemos que ninguém se interessava
    por música "hippie" feita por velhadas...
  • 12:19 - 12:21
    (Risos)
  • 12:21 - 12:24
    Assim, pusemos tudo na "net",
    fomos para o Facebook e o Twitter.
  • 12:24 - 12:26
    Começámos a fazer coisas
    chamadas "Twittercasts",
  • 12:26 - 12:29
    nos primeiros concertos ao vivo
    e depois nos pré-gravados,
  • 12:29 - 12:30
    distribuídos pelo Twitter.
  • 12:30 - 12:33
    Depois, começámos a usar "live stream"
    como estamos hoje a usar aqui
  • 12:33 - 12:36
    para fazer vídeos dos espetáculos,
    com base na Internet.
  • 12:36 - 12:38
    Recentemente, comprámos
    uma rede por satélite.
  • 12:38 - 12:42
    Porquê? Porque custa menos
    de três meses do custo do nosso agente.
  • 12:42 - 12:44
    (Risos)
  • 12:44 - 12:47
    Neste momento, difundimos
    todos os nossos espetáculos
  • 12:47 - 12:48
    — para além do espetáculo dos U2 —
  • 12:48 - 12:50
    ao vivo, no HTML 5,
  • 12:51 - 12:52
    via satélite,
  • 12:52 - 12:55
    num sistema que controlamos totalmente.
  • 12:55 - 13:00
    Temos uma aplicação em vias
    de ser publicada dentro de um mês.
  • 13:00 - 13:02
    "Aplicação" é um termo incorreto:
  • 13:02 - 13:04
    o nosso "website" vai ser
    atualizado para HTML 5,
  • 13:04 - 13:08
    Nele, poderão, a partir de qualquer
    telemóvel, em qualquer parte,
  • 13:08 - 13:10
    tocar qualquer canção
    que tenhamos tocado ao vivo
  • 13:10 - 13:12
    e ver qualquer vídeo ao vivo que tivermos,
  • 13:12 - 13:14
    o que são 150 a 200 espetáculos.
  • 13:16 - 13:19
    Praticamente não custa nada fazer isto.
  • 13:19 - 13:22
    E somos uma banda minúscula.
  • 13:22 - 13:25
    Sei mais de tecnologia
    que a maioria das pessoas
  • 13:25 - 13:28
    mas isso é só porque sei
    mais do que as pessoas com 55 anos.
  • 13:29 - 13:32
    Mas as pessoas com 18 a 20 anos,
    que vivem neste mundo,
  • 13:32 - 13:34
    vão poder usar estas plataformas
  • 13:34 - 13:36
    na música e em tudo o mais
  • 13:36 - 13:38
    de forma fundamentalmente diferente.
  • 13:38 - 13:40
    Penso que a criatividade está de volta.
  • 13:40 - 13:43
    O Moonalice é uma coisa
    que está feita em volta disso.
  • 13:43 - 13:45
    Temos artistas que publicam
    por cada um dos espetáculos.
  • 13:46 - 13:49
    Temos fotógrafos que trabalham
    cada espetáculo, temos pintores.
  • 13:49 - 13:53
    A noção é, julgo eu,
    que a criatividade foi abafada,
  • 13:53 - 13:55
    não tanto pela tecnologia
  • 13:55 - 14:00
    mas pela deterioração geral
    da cultura norte-americana
  • 14:00 - 14:02
    — a resistência das pessoas
    a serem educadas,
  • 14:02 - 14:08
    essa noção de que temos de regressar
    a rituais e crenças, em vez de factos.
  • 14:08 - 14:12
    Mas penso que a tecnologia, finalmente,
    vai fazer-nos um favor.
  • 14:12 - 14:15
    Penso que finalmente,
    vai dar-nos as ferramentas
  • 14:15 - 14:17
    para nos tornarmos independentes.
  • 14:17 - 14:19
    Já há vislumbres disso, certo?
  • 14:19 - 14:21
    Vemos a Primavera Árabe
  • 14:21 - 14:23
    e o impacto que o Twitter
    e o Facebook tiveram.
  • 14:24 - 14:26
    Muito excitante.
  • 14:26 - 14:28
    Mas imaginem um mundo
  • 14:29 - 14:33
    em que tudo sejam aplicações.
  • 14:33 - 14:37
    No HTML 5, a Detroit digital
    é substituída por esta coisa
  • 14:37 - 14:39
    em que cada "tweet" é uma aplicação,
  • 14:39 - 14:42
    cada anúncio é uma instância duma loja.
  • 14:43 - 14:45
    Pensem no que isso significa.
  • 14:45 - 14:47
    Em vez de verem um anúncio no Amazon,
  • 14:47 - 14:50
    vemos a loja, digamos,
    no New York Times Book Review.
  • 14:51 - 14:55
    Podemos criar a procura
    e satisfazê-la no mesmo local.
  • 14:55 - 14:57
    Porquê?
  • 14:57 - 14:59
    Porque isso é melhor para toda a gente.
  • 14:59 - 15:01
    Poupa tempo, aumenta a participação,
  • 15:01 - 15:03
    porque mantém-nos na página.
  • 15:03 - 15:06
    Passamos de uma rede de elevadores,
  • 15:07 - 15:11
    em que vamos a diversos locais,
    e saímos de "sites" e perdemos pessoas,
  • 15:11 - 15:13
    para um modelo de painel de controlo.
  • 15:13 - 15:16
    Imaginem quem é que o vai fazer?
  • 15:16 - 15:17
    Vocês.
  • 15:17 - 15:18
    Muito obrigado.
  • 15:18 - 15:21
    (Aplausos)
Title:
Seis formas de salvar a Internet
Speaker:
Roger McNamee
Description:

A próxima grande viragem é agora, e não é o que vocês pensam: o Facebook é o novo Windows. O Google tem de ser sacrificado. Roger McNamee, investidor tecnológico, apresenta seis formas arrojadas de nos prepararmos para a próxima Internet.

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English
Team:
closed TED
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TEDTalks
Duration:
15:33
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