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Evolution: Great Transformations (PBS Documentary) 2/7

  • 0:05 - 0:12
    É uma necessidade para o Homem
    perguntar,"Quem somos nós?"
  • 0:12 - 0:15
    Da onde viemos?
  • 0:15 - 0:17
    Como chegamos aqui?
  • 0:17 - 0:24
    Por que temos esta forma?
  • 0:24 - 0:26
    A história de nossa evolução
  • 0:26 - 0:29
    é apenas um pequeno capítulo
    de uma muito maior:
  • 0:29 - 0:35
    a evolução de todos os seres vivos.
  • 0:35 - 0:38
    A evolução mostrou-nos que
    estamos muito mais conectados
  • 0:38 - 0:41
    ao resto do mundo, ao
    resto da vida animal
  • 0:41 - 0:43
    do que poderíamos imaginar.
  • 0:43 - 0:47
    Podemos reconhecer a conexão com
    nossos parentes mais próximos
  • 0:47 - 0:49
    mas quando sabemos como procurar
  • 0:49 - 0:52
    podemos também encontrá-la
    em outros seres:
  • 0:52 - 0:54
    aves..
  • 0:54 - 0:55
    répteis..
  • 0:55 - 0:57
    peixes.....
  • 0:57 - 1:02
    mesmo insetos.
  • 1:02 - 1:05
    Quanto mais fundo e longe olharmos
  • 1:05 - 1:09
    mais veremos que
    toda a vida evoluiu
  • 1:09 - 1:12
    de uma único ponto de partida.
  • 1:12 - 1:14
    A árvore da vida tem-se ramificado
  • 1:14 - 1:19
    por 4 bilhões de anos.
  • 1:19 - 1:22
    E agora podemos seguir suas
    ramificações até suas raízes.
  • 1:22 - 1:25
    Quando olhamos de volta no tempo
  • 1:25 - 1:28
    encontramos certos marcadores,
    eventos-chave,
  • 1:28 - 1:31
    as grandes transformações
    e passos evolucionários.
  • 1:31 - 1:36
    Na história do planeta,
    umas poucas transformações
  • 1:36 - 1:39
    abriram a porta
    para novos modos de vida
  • 1:39 - 1:43
    e novas formas de vida.
  • 1:43 - 1:45
    50 milhões de anos atrás
  • 1:45 - 1:49
    mamíferos terrestres evoluíram
    para viver no mar.
  • 1:49 - 1:55
    Muito antes disto, os
    peixes colonizaram a terra.
  • 1:55 - 1:59
    Ainda no início do reino animal,
  • 1:59 - 2:01
    os primeiros corpos apareceram.
  • 2:01 - 2:09
    Estes são alguns dos capítulos
    da história da vida..nossa história.
  • 2:09 - 2:12
    e...e parte da graça
    de estudar isto
  • 2:12 - 2:14
    é entender cada diferente capitulo,
  • 2:14 - 2:16
    porque entendendo estes capítulos
  • 2:16 - 2:19
    começaremos a ver a
    vida como unidade,
  • 2:19 - 3:01
    a história comum da vida na Terra.
  • 3:01 - 3:08
    A civilização humana estende-se
    por milhares de anos
  • 3:08 - 3:11
    Mas comparando à idade da Terra
  • 3:11 - 3:14
    nós humanos acabamos de chegar.
  • 3:14 - 3:17
    A Terra é muito velha.
  • 3:17 - 3:19
    Se pegar toda a história da Terra
  • 3:19 - 3:22
    de 4,6 bilhões de anos
  • 3:22 - 3:26
    e a distribuir em uma hora...
  • 3:26 - 3:29
    Os primeiros 50 minutos são gastos
  • 3:29 - 3:35
    num mundo de micróbios,
    seres unicelulares.
  • 3:35 - 3:41
    A vida animal apareceu nos
    últimos 10 min da hora.
  • 3:41 - 3:45
    Toda a história humana,
    nossa civilização e evolução,
  • 3:45 - 3:53
    aconteceram no último
    centésimo de segundo da hora.
  • 3:53 - 3:55
    Nós chegamos bem tarde na festa
  • 3:55 - 3:58
    mas fomos "lapidados"
    pelas mesmas forças
  • 3:58 - 4:03
    que formaram toda a vida na Terra.
  • 4:03 - 4:07
    Para entender como nos encaixamos,
    precisamos olhar para trás
  • 4:07 - 4:09
    muito além de nossas origens
  • 4:09 - 4:16
    e ver como os outros
    seres vivos evoluíram.
  • 4:16 - 4:19
    Baleias são os maiores seres vivos.
  • 4:19 - 4:23
    Como nós, baleias e golfinhos
  • 4:23 - 4:27
    chegaram em suas atuais
    formas, recentemente.
  • 4:27 - 4:30
    Por longo tempo, a origem
    desses animais marinhos
  • 4:30 - 4:32
    foi um mistério científico.
  • 4:32 - 4:35
    Baleias são tão diferentes
    de qualquer outro mamífero
  • 4:35 - 4:39
    que não pudemos facilmente
    ligá-las a qualquer outro
  • 4:39 - 4:43
    e assim acabaram formando um novo
    ramo da evolução dos mamíferos.
  • 4:43 - 4:48
    Os mamíferos apareceram na Terra por
    volta de 200 milhões de anos atrás..
  • 4:48 - 4:50
    na terra.
  • 4:50 - 4:53
    Os mamíferos são homeotermos
  • 4:53 - 5:00
    dão à luz a filhotes e respiram ar.
  • 5:00 - 5:08
    Estas são adaptações
    para viver na terra.
  • 5:08 - 5:12
    Mas baleias e golfinhos
    são mamíferos, também.
  • 5:12 - 5:15
    São mamíferos que vivem na água
  • 5:15 - 5:19
    mas sabemos que mamíferos
    evoluíram na terra.
  • 5:19 - 5:24
    Assim, é um mistério como
    as baleias evoluíram.
  • 5:24 - 5:26
    Entendendo como isto aconteceu
  • 5:26 - 5:29
    começaremos a entender
    como estes grandes saltos,
  • 5:29 - 5:34
    estas grandes transformações,
    acontecem geralmente.
  • 5:34 - 5:37
    As pessoas interessam-se por
    baleias, e posso entender.
  • 5:37 - 5:39
    Elas são belas.
  • 5:39 - 5:43
    Suas origem são um mistério.
  • 5:43 - 5:46
    As baleias são um dos
    poucos grupos de mamíferos
  • 5:46 - 5:50
    que têm cérebros realmente grandes
    e complexos como os nossos.
  • 5:50 - 5:54
    E assim, eles são nossos
    alter-egos morando no mar
  • 5:54 - 5:56
    enquanto vivemos em terra,
  • 5:56 - 5:59
    dominando o mar enquanto
    dominamos a terra.
  • 5:59 - 6:00
    E eu acho que por essa razão
  • 6:00 - 6:03
    somos muito interessados
    no que aconteceu lá,
  • 6:03 - 6:07
    como elas chagaram lá... como
    um reflexo de nossa própria
  • 6:07 - 6:10
    história através das eras.
  • 6:10 - 6:14
    Quando Phil Gingerich começou
    sua carreira 30 anos atrás
  • 6:14 - 6:20
    ele não sabia nada sobre
    baleias, mas estava tudo bem.
  • 6:20 - 6:23
    Ele foi atraído por geologia porque
  • 6:23 - 6:26
    ele não podia imaginar uma carreira
    atrás de uma mesa.
  • 6:26 - 6:29
    Eu acredito que me
    interessei por geologia
  • 6:29 - 6:31
    porque era uma ciência de campo.
  • 6:31 - 6:34
    E na geologia, tornei-me
    interessado em paleontologia
  • 6:34 - 6:38
    porque era sobre vida
    e história da vida.
  • 6:38 - 6:41
    O interesse precoce de Gingerich
    em mamíferos terrestres primitivos
  • 6:41 - 6:47
    levou-o ao Paquistão.
  • 6:47 - 6:50
    Foi lá que ele fez
    o tipo de descoberta
  • 6:50 - 6:53
    que muitos paleontologistas
    apenas sonham:
  • 6:53 - 6:57
    um fóssil que reescreveria umas
    das maiores histórias da evolução.
  • 6:57 - 7:02
    Eu encontrei um pedaço de
    crânio que não pude identificar
  • 7:02 - 7:05
    Eu tinha uma bem
    preservada área do ouvido
  • 7:05 - 7:09
    e que oferecia uma
    pista do que era.
  • 7:09 - 7:11
    A forma era familiar
  • 7:11 - 7:16
    mas de um jeito que ele
    nunca tinha visto antes.
  • 7:16 - 7:18
    Este era um espécimen novo.
  • 7:18 - 7:20
    Este é um que encontramos em 1978.
  • 7:20 - 7:22
    Há várias coisas que
    chamam a atenção.
  • 7:22 - 7:24
    Uma é que é muito similar
    em tamanho e forma
  • 7:24 - 7:29
    à parte traseira de
    um crânio de lobo.
  • 7:29 - 7:33
    Mas há algo de
    estranho neste crânio
  • 7:33 - 7:36
    No lado interno havia
    uma protuberância.
  • 7:36 - 7:38
    Se não estivesse lá
  • 7:38 - 7:42
    Eu pensaria que era um
    mamífero carnívoro arcaico
  • 7:42 - 7:47
    ou o que chamamos
    creodonte, mas está ali.
  • 7:47 - 7:49
    Ele faz parte do ouvido
    interno do animal
  • 7:49 - 7:52
    e tem um formato distinto,
  • 7:52 - 8:01
    um formato encontrado hoje,
    somente em... Baleias.
  • 8:01 - 8:05
    O que estava fazendo um ouvido
    de baleia no crânio de um ser
  • 8:05 - 8:09
    que lembrava um lobo?
  • 8:09 - 8:13
    Gingerich estava intrigado,
    então construiu um modelo
  • 8:13 - 8:18
    do que pareceria a criatura
    com o crânio inteiro.
  • 8:18 - 8:22
    Ele imaginou, que seu
    achado era um elo perdido,
  • 8:22 - 8:25
    a primeira evidência
    fóssil nunca encontrada
  • 8:25 - 8:28
    para uma das mais ousadas
    idéias de Darwin...
  • 8:28 - 8:35
    que as baleias tinham evoluído
    de mamíferos terrestres?
  • 8:35 - 8:37
    Para ter certeza
  • 8:37 - 8:41
    Gingerich precisaria
    encontrar mais fósseis..
  • 8:41 - 8:47
    que mostrariam cada estágio
    da transformação da baleia,
  • 8:47 - 8:51
    o que os cientistas chamam
    "formas transitórias".
  • 8:51 - 8:53
    Eu gostaria de encontrá-los todos.
  • 8:53 - 8:55
    Eu quero que qualquer
    um que o veja,
  • 8:55 - 9:01
    acredite nele porque
    o tinham visto.
  • 9:01 - 9:05
    Gingerich tentou retornar ao
    Paquistão para resumir sua pesquisa
  • 9:05 - 9:10
    mas a guerra começara, e as
    fronteiras estavam fechadas.
  • 9:10 - 9:14
    Frustrado, Gingerich decidiu
    procurar em outro lugar.
  • 9:14 - 9:19
    Ele tinha ouvido estórias sobre
    avistamentos de ossos de baleias
  • 9:19 - 9:21
    em um improvável lugar.
  • 9:21 - 9:27
    Assim, decidiu ver por si mesmo.
  • 9:27 - 9:32
    O deserto do Saara é um
    dos mais secos da Terra.
  • 9:32 - 9:38
    Mas 40 milhões de anos atrás,
    as coisas eram bem diferentes.
  • 9:38 - 9:42
    Isto era um mar.
  • 9:42 - 9:44
    Imagine isto sendo
  • 9:44 - 9:47
    a costa mediterrânea do Egito,
  • 9:47 - 9:50
    a cerca de 40 milhões
    de anos atrás,
  • 9:50 - 9:57
    mas a 100 km ao sul da onde é hoje.
  • 9:57 - 10:01
    Aqui, aonde tinha sido
    o sul do Mediterrâneo
  • 10:01 - 10:05
    estão empilhadas camadas de areia
  • 10:05 - 10:10
    com um nome surpreendente..
  • 10:10 - 10:16
    Vale das Baleias.
  • 10:16 - 10:20
    O nome é apropriado.
  • 10:20 - 10:23
    Espalhadas nesta árida paisagem
  • 10:23 - 10:27
    há pilhas de rochas rosadas.
  • 10:27 - 10:29
    Aqui está um Basilosaurus.
  • 10:29 - 10:32
    Mas não são rochas...
  • 10:32 - 10:35
    Dá para ver como eram grandes.
  • 10:35 - 10:38
    Aqui é uma lombar
    parcialmente erodida.
  • 10:38 - 10:44
    Há ossos de baleias de
    40 milhões de anos.
  • 10:44 - 10:47
    Lá está outro perto do cogumelo.
  • 10:47 - 10:51
    Tem mais um aqui.
  • 10:51 - 10:56
    E lá está outro.
  • 10:56 - 11:01
    Este lugar está cheio de baleias.
  • 11:01 - 11:07
    Por que há tantas baleias
    concentradas num só ponto?
  • 11:07 - 11:09
    Gingerich acredita
    que o Vale das Baleias
  • 11:09 - 11:11
    foi uma baía protegida,
  • 11:11 - 11:19
    uma lagoa escondida do
    mar aberto por arrecifes.
  • 11:19 - 11:23
    Talvez as baleias dessem à luz aqui
  • 11:23 - 11:28
    e viessem aqui para morrer.
  • 11:28 - 11:32
    mas mesmo com centenas de
    ossos de baleia a seus pés
  • 11:32 - 11:34
    Gingerich estava desapontado.
  • 11:34 - 11:37
    Quase todos os esqueletos
  • 11:37 - 11:40
    pertencias a uma
    baleia: Basilosaurus.
  • 11:40 - 11:46
    Uma criatura de 40 milhões de
    anos já conhecida da ciência.
  • 11:46 - 11:50
    A basilosaurus vivia na
    água em tempo integral.
  • 11:50 - 11:53
    Esta é uma Basilosaurus.
  • 11:53 - 11:56
    Se baleias evoluíram de
    mamíferos terrestres
  • 11:56 - 12:01
    elas tinham feito isto
    muito antes da Basilosaurus.
  • 12:01 - 12:06
    Assim, Gingerich não achava
    os ossos muito interessantes
  • 12:06 - 12:10
    mas ele não poderia
    estar mais errado.
  • 12:10 - 12:14
    Depois de uns dias de escavação
  • 12:14 - 12:18
    ele fez sua secunda
    grande descoberta.
  • 12:18 - 12:21
    Ficou claro que a Basilosaurus
  • 12:21 - 12:25
    tinha algo que as baleias
    modernas a muito perderam.
  • 12:25 - 12:29
    Pela primeira vez, nós
    vimos baleias com pernas.
  • 12:29 - 12:34
    Os ossos eram pequenos
    mas inconfundíveis.
  • 12:34 - 12:38
    Uma pélvis.
  • 12:38 - 12:42
    Uma rótula.
  • 12:42 - 12:45
    Dedos.
  • 12:45 - 12:51
    Esta baleia tinha todos
    os ossos da perna.
  • 12:51 - 12:53
    Gingerich trouxe todos
    os esqueletos que
  • 12:53 - 12:56
    pode carregar.
  • 12:56 - 12:57
    Isto foi uma evidência dramática
  • 12:57 - 13:05
    que baleias foram
    animais quadrúpedes.
  • 13:05 - 13:06
    Desde então
  • 13:06 - 13:13
    ele e outros completaram
    uma estória fantástica.
  • 13:13 - 13:15
    Cientistas agora pensam
  • 13:15 - 13:18
    que o ancestral mas antigo
    das baleias eram similar
  • 13:18 - 13:25
    a este lupiforme de 50 milhões
    de anos chamado sinonyx
  • 13:25 - 13:27
    Sinonyx era um predador oportunista
  • 13:27 - 13:32
    que viveu e caçou ao longo
    das praias de um mar ancestral
  • 13:32 - 13:35
    Talvez seus descendentes
    encontraram na água
  • 13:35 - 13:40
    uma fonte de comida, e
    com menos competição.
  • 13:40 - 13:44
    Em milhões de anos, pernas
    frontais tornaram-se nadadeiras,
  • 13:44 - 13:47
    e as traseiras atrofiaram,
    corpos perderam a pelagem.
  • 13:47 - 13:54
    e ficaram com o familiar
    formato longuilíneo.
  • 13:54 - 13:58
    Desde este achado, o Pakicetus
  • 13:58 - 14:02
    a lista de baleias
    transitórias tem crescido.
  • 14:02 - 14:08
    Ela agora inclui Ambulocetus...
  • 14:08 - 14:11
    Rhodocetus..
  • 14:11 - 14:15
    Durodon...
  • 14:15 - 14:20
    assim como a Basilosaurus.
  • 14:20 - 14:22
    Eles revelaram outro elemento
    da evolução da baleia;
  • 14:22 - 14:25
    a gradual migração das
    narinas para o topo da cabeça
  • 14:25 - 14:29
    enquanto se adaptavam
    para respirar sob a água.
  • 14:29 - 14:32
    Como as baleias
    perderam suas pernas?
  • 14:32 - 14:39
    Com o passar dos anos, elas
    evoluíram em novos tipos de...
  • 14:39 - 14:43
    O trabalho de Gingerich
    demonstrou que Darwin insistia
  • 14:43 - 14:47
    que a evidência da evolução
    estava a nossa volta
  • 14:47 - 14:53
    se quiséssemos procurar.
  • 14:53 - 14:58
    E ossos não são a única evidência
    da evolução das baleias.
  • 14:58 - 15:05
    Seus ancestrais são também
    visíveis no modo que andam.
  • 15:05 - 15:12
    Frank Fish estudou como os
    mamíferos marinhos nadam.
  • 15:12 - 15:15
    Ele procura por suas
    heranças evolucionárias
  • 15:15 - 15:18
    no modo em que se movem na água.
  • 15:18 - 15:20
    A grande questão é:
  • 15:20 - 15:23
    Como você vai de um
    mamífero terrestre
  • 15:23 - 15:25
    que corre com 4 pernas
  • 15:25 - 15:27
    para algo como um golfinho
  • 15:27 - 15:30
    que agora não tem perna nenhuma
  • 15:30 - 15:34
    e está bem adaptado
    para nadar no mar?
  • 15:34 - 15:40
    Mesmo que baleias parecem
    peixes, eles não nadam como eles.
  • 15:40 - 15:44
    Peixes nadam flexionando
    suas espinhas lateralmente
  • 15:44 - 15:47
    como um tubarão.
  • 15:47 - 15:52
    Mas mamíferos nadam diferente.
  • 15:52 - 15:58
    Esta lontra nada ondulando sua
    espinha de cima para baixo..
  • 15:58 - 16:02
    do mesmo jeito que
    as baleias fazem.
  • 16:02 - 16:05
    E, como foi revelado,
    do mesmo jeito
  • 16:05 - 16:12
    que os terrestres flexionam
    suas espinhas ao correr.
  • 16:12 - 16:15
    As baleias levaram para a água
  • 16:15 - 16:17
    o jeito de mover-se dos ancestrais
  • 16:17 - 16:25
    e podemos ainda vê-lo...
    50 milhões de anos mas tarde.
  • 16:25 - 16:30
    Em geral, a evolução não
    inventou nada novo nas baleias;
  • 16:30 - 16:32
    apenas reutilizou os
    mamíferos terrestres.
  • 16:32 - 16:34
    Usou o velho para fazer o novo
  • 16:34 - 16:36
    e chamamos isto de "Tinkering".
  • 16:36 - 16:38
    E ela fez isto em cada grupo animal
  • 16:38 - 16:43
    todo tempo durante a
    historia evolucionárias.
  • 16:43 - 16:47
    O ponto de partida para as baleias
    foram os animais quadrúpedes
  • 16:47 - 16:50
    que viveram a 50 milhões de anos.
  • 16:50 - 16:55
    Mas animais terrestres eram também
    o produto de uma transformação,
  • 16:55 - 16:59
    uma muito anterior.
  • 16:59 - 17:01
    Há mais de 400 de
    milhões de anos atrás
  • 17:01 - 17:03
    não havia animais na terra.
  • 17:03 - 17:06
    Até então
  • 17:06 - 17:09
    todos nossos ancestrais
    viviam na água.
  • 17:09 - 17:13
    Em algum ponto teremos
    esta mudança da água
  • 17:13 - 17:15
    para a terra.
  • 17:15 - 17:17
    Foi uma grande mudança.
  • 17:17 - 17:20
    Foi o momento quando os
    peixes rastejaram da água
  • 17:20 - 17:22
    para a terra.
  • 17:22 - 17:25
    Se estes animais não
    tivessem feito a transição
  • 17:25 - 17:27
    não estaríamos aqui hoje.
  • 17:27 - 17:31
    E é importante
    entender como e quando
  • 17:31 - 17:34
    e aonde esta transição ocorreu.
  • 17:34 - 17:40
    As primeiras criaturas a deixarem
    a água realmente iniciaram algo.
  • 17:40 - 17:45
    Seus descendentes eventualmente
    evoluíram nos répteis atuais...
  • 17:45 - 17:47
    aves..
  • 17:47 - 17:50
    e mamíferos.
  • 17:50 - 17:53
    e as origens em comum destes serem
  • 17:53 - 17:58
    são ainda visíveis em seus corpos.
  • 17:58 - 18:03
    Como nós, eles todos têm
    corpos com 4 membros,
  • 18:03 - 18:06
    são tetrápodes.
  • 18:06 - 18:11
    O que isto significa é que
    todas estes seres diferentes
  • 18:11 - 18:13
    são descendentes de
    um ancestral comum
  • 18:13 - 18:19
    que tinham algo muito
    similar a membros.
  • 18:19 - 18:23
    Como era este ancestral comum?
  • 18:23 - 18:29
    E como deixou a água a
    370 milhões de anos atrás?
  • 18:29 - 18:33
    Estas são as questões que os
    paleontologistas Neil Shubin
  • 18:33 - 18:36
    e Tede Daeschler estão
    tentando responder.
  • 18:36 - 18:40
    Eles acham que os penhasco
    da Pennsylvania Central
  • 18:40 - 18:47
    podem oferecer algumas dicas.
  • 18:47 - 18:50
    Ok, eu acho que é um
    bom dia para fósseis.
  • 18:50 - 18:51
    O que disse?
  • 18:51 - 18:52
    Grande dia; vamos encontrar alguns.
  • 18:52 - 18:54
    Ei, Doug.
  • 18:54 - 18:56
    Ei, Doug.
  • 18:56 - 18:57
    O que me diz de irmos por aqui?
  • 18:57 - 18:59
    Parece bom.
  • 18:59 - 19:01
    Vamos fazer uns bons buracos.
  • 19:01 - 19:04
    Um improvável ponto para caçar
    por fósseis de tetrápodes.
  • 19:04 - 19:08
    mas eles estão aqui porque
    as rochas nestas colinas
  • 19:08 - 19:09
    têm a idade certa,
  • 19:09 - 19:12
    formadas no período
    na História da Terra
  • 19:12 - 19:15
    chamado Devoniano.
  • 19:15 - 19:19
    No Devoniano, este
    lugar era bem diferente.
  • 19:19 - 19:20
    Era sul do Equador
  • 19:20 - 19:23
    lembre-se que os continentes
    estão movendo-se,
  • 19:23 - 19:25
    e neste tempo,
    estávamos lidando com
  • 19:25 - 19:28
    um clima bem mais
    tropical na Pennsylvania.
  • 19:28 - 19:30
    400 milhões de anos atrás
  • 19:30 - 19:33
    os fósseis e sedimentos
    nestas camadas
  • 19:33 - 19:40
    foram juntando-se
    no fundo de um rio.
  • 19:40 - 19:42
    O que temos aqui
  • 19:42 - 19:44
    são os restos da vida num rio
  • 19:44 - 19:46
    a cerca de 370 milhões de anos.
  • 19:46 - 19:53
    Estes são fósseis quebrados
    de escamas, de dentes.
  • 19:53 - 19:55
    Este pequeno osso aqui,
  • 19:55 - 19:58
    é a espinha de uma criatura
    chamada tubarão-espora.
  • 19:58 - 20:04
    A maioria dos fósseis estão muito
    fragmentados para ter muito valor.
  • 20:04 - 20:06
    Mas em 1995, bem aqui
  • 20:06 - 20:13
    Daeschler encontrou algo
    que nunca tinha visto antes.
  • 20:13 - 20:20
    Era um pequeno osso do
    ombro, mas não de um peixe.
  • 20:20 - 20:30
    Era um ombro de tetrápode
    com 370 milhões de anos.
  • 20:30 - 20:33
    Shubin e Daeschler
    desenterraram os restos
  • 20:33 - 20:37
    de um dos primeiros
    seres tetrápodes.
  • 20:37 - 20:41
    Foi a primeira evidência
    destes tetrápodes ancestrais
  • 20:41 - 20:48
    de toda a América do Norte,
    e isto foi muito excitante.
  • 20:48 - 20:51
    E havia outra surpresa.
  • 20:51 - 20:53
    Uma vez que foi achado
    no leito de um rio,
  • 20:53 - 20:56
    este tetrápode
    provavelmente vivia na água.
  • 20:56 - 20:58
    E isto é uma descoberta
    surpreendente.
  • 20:58 - 20:59
    Não é algo
  • 20:59 - 21:01
    que poderíamos ter predito.
  • 21:01 - 21:05
    Por que um animal com
    membros viveria na água?
  • 21:05 - 21:08
    Membros deveriam ter evoluído
  • 21:08 - 21:10
    para andar sobre a terra.
  • 21:10 - 21:13
    A velha idéia era que os
    peixes vieram a terra e
  • 21:13 - 21:15
    depois desenvolveram pernas.
  • 21:15 - 21:17
    E o que achamos agora
  • 21:17 - 21:21
    é que os tetrápodes
    desenvolveram os dedos primeiro
  • 21:21 - 21:23
    e então deixaram a água.
  • 21:23 - 21:26
    Jenny Clack da
    Universidade de Cambridge
  • 21:26 - 21:31
    suspeitou que a teoria ensinada
    em muitos livros estava errada.
  • 21:31 - 21:34
    A estória que encontrará
    em muitos livros-texto
  • 21:34 - 21:36
    e as figuras que verá
  • 21:36 - 21:39
    em livros infantis
    e galerias de museus
  • 21:39 - 21:44
    são figuras de peixes
    saindo de uma lagoa
  • 21:44 - 21:47
    tentando suportar
    seu peso fora d'água.
  • 21:47 - 21:51
    E isto parece estranho se
    você olhar com objetividade.
  • 21:51 - 21:55
    Clack pensou que haveria
    uma melhor explicação
  • 21:55 - 21:57
    mas aonde procurar?
  • 21:57 - 22:01
    Somente um punhado de tetrápodes
    ancestrais tinham sido encontrados.
  • 22:01 - 22:04
    a maioria deles em uma
    remota parte da Groenlândia
  • 22:04 - 22:07
    na virada do século.
  • 22:07 - 22:12
    Tudo o que ela tinha para guiá-la
    era um artigo em um jornal
  • 22:12 - 22:16
    de uma excursão à
    Groenlândia anos antes.
  • 22:16 - 22:23
    Ele se referira a fósseis de
    tetrápodes em uma montanha sem nome
  • 22:23 - 22:28
    Clack voou à Groenlândia
    para procurar pelos ossos.
  • 22:28 - 22:33
    Eventualmente encontramos o
    lugar, 800 m acima numa colina.
  • 22:33 - 22:38
    Clack retornou com 4
    toneladas de rocha...
  • 22:38 - 22:45
    E gastou 4 anos estudando-os.
  • 22:45 - 22:47
    No final
  • 22:47 - 22:50
    ela tinha o mais completo tetrápode
    ancestral jamais encontrado;
  • 22:50 - 22:53
    E isto mudou os livros para sempre.
  • 22:53 - 22:56
    Uma das primeiras coisas
  • 22:56 - 23:00
    que encontramos foi
    este membro anterior.
  • 23:00 - 23:04
    No final do membro
  • 23:04 - 23:08
    estava uma rede
    inconfundível de ossos.
  • 23:08 - 23:11
    Isto era uma mão.
  • 23:11 - 23:12
    Isto é a reconstrução de uma vida..
  • 23:12 - 23:15
    O artista está usando a
    imaginação quanto às cores
  • 23:15 - 23:17
    e nos olhos
  • 23:17 - 23:20
    mas pensamos que isto é o
    melhor que se pode fazer.
  • 23:20 - 23:24
    A criatura, chamada Acanthostega
  • 23:24 - 23:26
    era claramente aquática:
  • 23:26 - 23:34
    tinha rabo de peixe e guelras
    para respirar sob a água.
  • 23:34 - 23:38
    Mas as pontas dos
    braços eram palmadas...
  • 23:38 - 23:41
    possivelmente as
    primeiras mãos da Terra.
  • 23:41 - 23:46
    Esta era uma criatura nadadora.
  • 23:46 - 23:48
    Não sabemos se poderia
    ter saído para a terra
  • 23:48 - 23:50
    mas certamente não teria andado
  • 23:50 - 23:52
    no sentido convencional.
  • 23:52 - 23:56
    Basicamente, é um peixe com dedos.
  • 23:56 - 24:01
    A descoberta de Clack
    foi uma revolução.
  • 24:01 - 24:09
    Provou que alguns peixes
    tinham membros na água.
  • 24:09 - 24:16
    Os tetrápodes não precisaram
    criar membros após irem a terra.
  • 24:16 - 24:21
    Os membros já tinham evoluído
  • 24:21 - 24:23
    e ajudou-os a
    sobreviver fora d'água.
  • 24:23 - 24:26
    O padrão básico dos
    membros estivera no lugar
  • 24:26 - 24:29
    por milhões de anos
  • 24:29 - 24:31
    Aqui nós vemos a nadadeira
  • 24:31 - 24:36
    de um peixe de 370 milhões
    de anos e um braço humano.
  • 24:36 - 24:40
    No braço, o que tem é um osso..
  • 24:40 - 24:46
    dois ossos, o pulso e os dedos.
  • 24:46 - 24:48
    Nesta nadadeira o que temos?
  • 24:48 - 24:53
    Temos um osso, 2 ossos..
  • 24:53 - 24:57
    e pequenos ossos que
    são similares a um pulso
  • 24:57 - 24:59
    e após estes ossos que
  • 24:59 - 25:01
    saem do resto do membro
  • 25:01 - 25:04
    exatamente como nossos dedos.
  • 25:04 - 25:06
    Assim, temos numa nadadeira
  • 25:06 - 25:09
    já prontos, a cerca de
    370 milhões de anos,
  • 25:09 - 25:13
    muitos dos ossos que estão
    num membro tetrápode.
  • 25:13 - 25:17
    Com o padrão básico já presente
  • 25:17 - 25:19
    tal transição tomou lugar
  • 25:19 - 25:22
    em uma série de pequenas mudanças
  • 25:22 - 25:24
    que ocorreram em milhões de anos.
  • 25:24 - 25:26
    Na verdade, não é
    mérito da evolução.
  • 25:26 - 25:29
    A evolução não estava
    criando membros
  • 25:29 - 25:31
    não estava tentando
    tirar nossos ancestrais
  • 25:31 - 25:33
    da água.
  • 25:33 - 25:38
    O que ocorreu foi uma
    série de experimentos.
  • 25:38 - 25:40
    Nos rios populosos aonde os
  • 25:40 - 25:42
    tetrápodes primeiro evoluíram
  • 25:42 - 25:46
    a competição pela
    sobrevivência era intensa.
  • 25:46 - 25:49
    Estes pequenos riachos
    eram como um motor
  • 25:49 - 25:53
    ou uma encruzilhada da evolução.
  • 25:53 - 25:59
    Os peixes experimentaram várias
    estratégias de sobrevivência.
  • 25:59 - 26:01
    Algumas por causa dos predadores.
  • 26:01 - 26:07
    O dono desta mandíbula
    era um matador de 4 m.
  • 26:07 - 26:12
    Seus dentes tinham 25 cm.
  • 26:12 - 26:20
    Pequenos peixes desenvolveram
    elaboradas devesas, como esta armadura.
  • 26:20 - 26:24
    Outros tinham armas escondidas,
    como este ferrão de tubarão.
  • 26:24 - 26:31
    Ela se projetava de
    trás do seu pescoço.
  • 26:31 - 26:34
    Estes armamentos eram
    ferramentas de sobrevivência
  • 26:34 - 26:37
    num mundo perigoso.
  • 26:37 - 26:41
    Talvez seus novos membros
    deram aos primeiros tetrápodes
  • 26:41 - 26:44
    outro modo de sobreviver.
  • 26:44 - 26:47
    Era como sair do caminho;
    ir para a terra firme.
  • 26:47 - 26:49
    E o que habilitou estes animais
  • 26:49 - 26:52
    de saírem do caminho...
    de saírem da água
  • 26:52 - 26:56
    foram estes novos membros.
  • 26:56 - 27:00
    Aqueles que escaparam
    encontraram um novo mundo
  • 27:00 - 27:09
    cheio de oportunidades.
  • 27:09 - 27:11
    A transformação da
    água para a terra
  • 27:11 - 27:13
    foi somente o último exemplo
  • 27:13 - 27:20
    da experimentação da evolução
    com formas radicais.
  • 27:20 - 27:22
    Uma transformação anterior,
  • 27:22 - 27:25
    talvez a mais
    significante de todas.
  • 27:25 - 27:31
    ocorreu a apenas 500
    milhões de anos...
  • 27:31 - 27:37
    E ela levou ao animais
    que conhecemos.
  • 27:37 - 27:40
    A evolução remodelou
    os peixes com membros.
  • 27:40 - 27:43
    Mas os peixes carregam a
    bagagem de seu passado.
  • 27:43 - 27:46
    Pense num peixe:
  • 27:46 - 27:50
    Tem uma cabeça, uma cauda,
    e algumas nadadeiras.
  • 27:50 - 27:54
    Este um estilo de corpo,
    o jeito que o corpo é formado.
  • 27:54 - 27:57
    Mas é apenas um entre muitos
    jeitos de montar um animal.
  • 27:57 - 28:01
    Alguns animais são como
    discos, como a água-viva.
  • 28:01 - 28:04
    Outros têm um monte de pernas.
  • 28:04 - 28:05
    A questão é
  • 28:05 - 28:11
    que tipo de modelagem levou
    a estes estilos de corpos?
  • 28:11 - 28:13
    Realmente, estamos lidando aqui com
  • 28:13 - 28:16
    a origem dos animais.
  • 28:16 - 28:18
    De acordo com os registros fósseis
  • 28:18 - 28:21
    os animais apareceram na terra
    em um surto
  • 28:21 - 28:26
    a certa de 570 milhões.
  • 28:26 - 28:30
    Os cientistas chamam
    esta transformação de
  • 28:30 - 28:33
    Explosão Cambriana.
  • 28:33 - 28:35
    A explosão cambriana
    foi efetivamente
  • 28:35 - 28:36
    uma das maiores revoluções
  • 28:36 - 28:39
    na história da vida.
  • 28:39 - 28:43
    A cerca de 500 milhões de anos,
    de repente, as coisas mudaram
  • 28:43 - 28:47
    e tivemos esta extraordinária
    explosão de diversidade.
  • 28:47 - 28:50
    E esta aparição repentina de
    fósseis levou a este termo
  • 28:50 - 28:51
    A Explosão Cambriana.
  • 28:51 - 28:54
    E Darwin, como sempre,
    estava sincero.
  • 28:54 - 28:57
    Ele disse,"Olha, isto é um
    problema para minha teoria."
  • 28:57 - 29:00
    "Como é que de repente,
    animais aparecem como do nada?"
  • 29:00 - 29:04
    E de certo modo, isto
    ainda é um mistério.
  • 29:04 - 29:08
    A maior parte do que conhecemos
    como Explosão Cambriana
  • 29:08 - 29:10
    é o resultado de uma
    simples descoberta
  • 29:10 - 29:15
    provavelmente a maior da história.
  • 29:15 - 29:19
    Em 1913, enquanto escalava
    as Rochosas Canadenses
  • 29:19 - 29:23
    o paleontologista Charles Walcott
    descobriu uma camada de xisto
  • 29:23 - 29:29
    contendo milhares de fosseis
    lindamente detalhados
  • 29:29 - 29:33
    Estes animais, todos marinhos
  • 29:33 - 29:39
    foram pegos num deslizamento
    subaquático de lama.
  • 29:39 - 29:43
    Nos 500 milhões de anos seguintes
  • 29:43 - 29:45
    o fundo do mar que os sepultou
  • 29:45 - 29:49
    elevou-se para tornar-se
    o topo de uma montanha.
  • 29:49 - 29:53
    Walcott removeu mais de
    60.000 fósseis do sítio
  • 29:53 - 29:59
    que nomeou "The Burgess Shale".
  • 29:59 - 30:05
    Simon Conway Morris estudou
    os fósseis por 30 anos
  • 30:05 - 30:07
    Foi quase como ir a outro planeta.
  • 30:07 - 30:08
    Foi lhe dado um barco e uma rede
  • 30:08 - 30:10
    e você atirou a rede sobre
  • 30:10 - 30:12
    o oceano profundo
  • 30:12 - 30:13
    e não fazia idéia do
    que iria aparecer.
  • 30:13 - 30:17
    Algumas das criaturas
    encontradas eram familiares
  • 30:17 - 30:19
    E aqui, temos um dos trilobitas
  • 30:19 - 30:22
    Nós temos até as partes
    moles preservadas.
  • 30:22 - 30:26
    Trilobita são artrópodes extintos
  • 30:26 - 30:29
    com um esqueleto externo.
  • 30:29 - 30:33
    Os artrópodes atuais,
    como caranguejos
  • 30:33 - 30:35
    insetos e aranhas
  • 30:35 - 30:38
    são todos descendentes
    destas criaturas.
  • 30:38 - 30:44
    Os outros animais achados,
    são bizarros... Aliens.
  • 30:44 - 30:50
    Um animal com 5 olhos e
    um longo nariz retrátil.
  • 30:50 - 30:56
    Um com longas e afiadas
    espinhas nas costas.
  • 30:56 - 31:04
    Um outro com um circulo
    de pinos na boca.
  • 31:04 - 31:07
    E ainda, apesar de serem
    parecerem estranhas
  • 31:07 - 31:13
    algumas são também familiares.
  • 31:13 - 31:15
    Como seres vivos, eles tem corpos
  • 31:15 - 31:20
    com cabeças, caudas, membros,
  • 31:20 - 31:25
    segmentos especializados
    em certas funções.
  • 31:25 - 31:32
    Todos os estilos básicos de corpos
    encontrados na natureza hoje.
  • 31:32 - 31:35
    Cada animal que viveu nos
    últimos 500 milhões de anos
  • 31:35 - 31:43
    vieram da remodelagem
    destes projetos iniciais.
  • 31:43 - 31:46
    Nós podemos ver até nosso
    próprio ancestral aqui.
  • 31:46 - 31:50
    Talais este seja o
    Rei de Burgess Shale.
  • 31:50 - 31:52
    Este é Pikaia.
  • 31:52 - 31:56
    Um pequeno ser, Pikaia é
    um dos mais raros fósseis
  • 31:56 - 31:57
    de Burgess Shale.
  • 31:57 - 32:01
    É o único com um
    cordão nervoso interno
  • 32:01 - 32:04
    lembrando uma espinha.
  • 32:04 - 32:06
    Isto pode significar que
    criaturas como Pikaia
  • 32:06 - 32:11
    foram os primeiros ancestrais
    dos animais com esqueletos.
  • 32:11 - 32:15
    A idéia é que este possa
    ser o precursor de um peixe
  • 32:15 - 32:17
    e assim, posteriormente,
  • 32:17 - 32:20
    através de uma longa
    evolução, nós mesmos.
  • 32:20 - 32:22
    A Explosão Cambriana importa
    por um monte de razões.
  • 32:22 - 32:24
    Basicamente, é parte
    de nossa história.
  • 32:24 - 32:27
    É da onde viemos e
    isto importa muito.
  • 32:27 - 32:30
    Este é a época em que os
    animais primeiro apareceram.
  • 32:30 - 32:38
    Nós olhamos para trás e podemos ver
    parte de nossa história revelada.
  • 32:38 - 32:40
    O que aprendermos olhando
  • 32:40 - 32:43
    a 600 milhões de anos
    da história animal?
  • 32:43 - 32:47
    A remodelagem evolucionária
    dos mamíferos em baleias..
  • 32:47 - 32:49
    Do mesmo modo, a
    remodelagem com os peixes
  • 32:49 - 32:52
    até tetrápodes
  • 32:52 - 32:54
    e a remodelagem com os animais
  • 32:54 - 32:57
    para formar os diferentes
    estilos corporais que vemos.
  • 32:57 - 33:03
    Todas estas criaturas diferentes
    são variações do mesmo tema
  • 33:03 - 33:07
    reformulado várias e várias vezes.
  • 33:07 - 33:12
    A questão era, com o que a
    evolução fazia as remodelagens?
  • 33:12 - 33:14
    Uma das descobertas notáveis
  • 33:14 - 33:15
    dos últimos 20 anos
  • 33:15 - 33:20
    é que a evolução não
    remodela os corpos.
  • 33:20 - 33:22
    Ela reconstrói com a fórmula
  • 33:22 - 33:24
    da maquinaria que
    constrói os corpos.
  • 33:24 - 33:26
    Qual é esta fórmula?
  • 33:26 - 33:27
    Qual é esta maquinaria?
  • 33:27 - 33:31
    São os genes.
  • 33:31 - 33:36
    Fósseis registram as mudanças
    nos corpos dos animais
  • 33:36 - 33:42
    mas como os corpos
    mudam era desconhecido.
  • 33:42 - 33:45
    A pesquisa pelo mecanismo
    genético da evolução
  • 33:45 - 33:48
    tomou a maior parte
    deste século 20.
  • 33:48 - 33:51
    Quando os cientistas o encontraram
  • 33:51 - 33:54
    ficaram atordoados..
  • 33:54 - 34:00
    pela simplicidade do mesmo.
  • 34:00 - 34:04
    Um dos atores principais
    foi Mike Levine.
  • 34:04 - 34:07
    Eu era, um garoto esquisito.
  • 34:07 - 34:09
    Sempre gostei de insetos.
  • 34:09 - 34:12
    Tínhamos um grande jardim,
    e eu podia ficar lá.
  • 34:12 - 34:13
    Era um tipo de santuário.
  • 34:13 - 34:16
    E, eu brincava com os insetos..
  • 34:16 - 34:19
    dissecava-os, manipulava-os.
  • 34:19 - 34:21
    Está é a mais prazerosa
    memória que tenho.
  • 34:21 - 34:26
    A afinidade de Levine por insetos
    levou a seu estudo em biologia.
  • 34:26 - 34:31
    Um inseto em particular
    tornou-se objeto de fascinação.
  • 34:31 - 34:35
    Ele tem um curto
    tempo de reprodução
  • 34:35 - 34:37
    e eles têm um monte de padrões.
  • 34:37 - 34:39
    Você não os perceberá
    se olhar de longe
  • 34:39 - 34:41
    mas quando olha pelo microscópio
  • 34:41 - 34:43
    uma drosófila adulta
  • 34:43 - 34:47
    fica aturdido com
    o número de cerdas
  • 34:47 - 34:52
    e detalhes nas asas,
    os detalhes nos olhos.
  • 34:52 - 34:55
    Mas os embriões são outra coisa.
  • 34:55 - 34:56
    Eu amo os embriões.
  • 34:56 - 34:58
    Os cientistas a muito suspeitam
  • 34:58 - 35:07
    que embriões têm pistas de
    como os animais evoluíram.
  • 35:07 - 35:09
    Todos os embriões
    começam como mórulas
  • 35:09 - 35:15
    de células semelhantes.
  • 35:15 - 35:18
    Mas logo um embrião divide-se
  • 35:18 - 35:21
    em segmentos especializados
  • 35:21 - 35:26
    que acabam na forma
    final do animal.
  • 35:26 - 35:29
    O que controlava este processo?
  • 35:29 - 35:35
    Como os embriões sabiam
    a forma que tomar?
  • 35:35 - 35:37
    Uma dos primeiros a
    estudar estas questões
  • 35:37 - 35:44
    foi um naturalista do séc.
    19 chamado William Bateson.
  • 35:44 - 35:46
    Bateson escreveu que os
    esqueletos dos animais revelavam
  • 35:46 - 35:59
    estruturas repetidas de segmentos.
  • 35:59 - 36:02
    Ele também observou que animais
    ocasionalmente desenvolviam
  • 36:02 - 36:07
    alguns segmentos
    nos lugares errados.
  • 36:07 - 36:10
    Insetos com pernas no lugar errado.
  • 36:10 - 36:13
    Caranguejos com uma pinça
    transformada em perna.
  • 36:13 - 36:15
    Cobras com costelas a mais
  • 36:15 - 36:17
    ou sapos com vértebras
    cervicais a mais
  • 36:17 - 36:20
    e assim por diante.
  • 36:20 - 36:23
    Para Bateson, estes erros no
    desenvolvimento significavam
  • 36:23 - 36:26
    que o projeto de
    construção do animal
  • 36:26 - 36:29
    estava corrompido.
  • 36:29 - 36:31
    Ele não tinha idéia como acontecia
  • 36:31 - 36:34
    mas suspeitava que estas
    mudanças aleatórias
  • 36:34 - 36:41
    poderiam ser o
    combustível da evolução
  • 36:41 - 36:44
    Em 1940, cientistas
    trabalhando com drosófilas
  • 36:44 - 36:47
    descobriram como corromper
  • 36:47 - 36:50
    o projeto natural:
  • 36:50 - 36:56
    dosando os embriões
    com radiação e veneno.
  • 36:56 - 36:57
    E quando faziam isto
  • 36:57 - 37:01
    eles achavam moscas com
    mudanças nas asas, nas pernas,
  • 37:01 - 37:03
    e estas moscas especiais
  • 37:03 - 37:07
    que tinham uma parte do
    corpo no lugar errado
  • 37:07 - 37:17
    ou uma cópia de uma parte
    do corpo em outro lugar.
  • 37:17 - 37:19
    Os cientistas tinham
    disparado as mudanças
  • 37:19 - 37:25
    danificando os danas.
  • 37:25 - 37:27
    Dentro de cada célula do embrião
  • 37:27 - 37:31
    está uma molécula chamada ADN.
  • 37:31 - 37:34
    Os experimentos mostraram
    que o ADN estava
  • 37:34 - 37:40
    causando a divisão do
    embrião em segmentos.
  • 37:40 - 37:43
    Mas como?
  • 37:43 - 37:45
    Os cientistas estavam
    começando entender
  • 37:45 - 37:53
    que o ADN já era formado por
    segmentos, chamados genes.
  • 37:53 - 38:01
    A questão era: como os
    genes formavam o corpo?
  • 38:01 - 38:04
    Um pesquisador, Dr.
    Ed Lewis da Caltech
  • 38:04 - 38:07
    estudou esta questão por 30 anos
  • 38:07 - 38:12
    cruzando milhares de moscas.
  • 38:12 - 38:16
    O trabalho de Lewis guiou-o
    a uma idéia controvertida.
  • 38:16 - 38:19
    Ele propôs que um mecanismo
    surpreendentemente simples
  • 38:19 - 38:23
    estava construindo os embriões.
  • 38:23 - 38:26
    Ele escreveu que cada
    segmento da mosca
  • 38:26 - 38:30
    estava sendo dirigido
    por um único gene.
  • 38:30 - 38:34
    Uns poucos genes, um tipo
    de ferramental genético
  • 38:34 - 38:38
    parecia estar formando
    o corpo inteiro.
  • 38:38 - 38:40
    E quando olhou estes
    genes, ele disse
  • 38:40 - 38:42
    "Este aqui afeta esta
    parte do corpo."
  • 38:42 - 38:43
    "Este afeta a parte seguinte"
  • 38:43 - 38:45
    E este afeta a próxima parte.
  • 38:45 - 38:50
    Esta era uma observação
    estonteante.
  • 38:50 - 38:53
    Foi incrível porque
    parecia muito simples.
  • 38:53 - 38:56
    Ninguém imaginou que um
    genes simples eram capazes
  • 38:56 - 39:02
    de controlar algo tão complexo
    como a estrutura do corpo.
  • 39:02 - 39:06
    Céticos argüiram que o
    trabalho dele era infundado.
  • 39:06 - 39:10
    É claro, ele nunca
    tinha visto os genes
  • 39:10 - 39:15
    porque as técnicas para
    tanto não existiam.
  • 39:15 - 39:16
    De 1920 a 1970
  • 39:16 - 39:19
    não era possível isolar fisicamente
  • 39:19 - 39:21
    um gene específico.
  • 39:21 - 39:24
    Esta oportunidade
    apareceu, para minha sorte,
  • 39:24 - 39:26
    no tempo em que era estudante
  • 39:26 - 39:30
    E assim, muitos de nós pensávamos,
  • 39:30 - 39:33
    "Finalmente poderemos
  • 39:33 - 39:38
    identificar estes
    genes misteriosos".
  • 39:38 - 39:44
    Levine alistou seu amigo
    e parceiro Bill McGinnis.
  • 39:44 - 39:49
    O primeiro gene que procuram
    tinha um nome estranho.
  • 39:49 - 39:55
    Antennapedia, que
    significa "perna-antena"
  • 39:55 - 40:01
    O gene que se pensava controlar
    o crescimento das pernas.
  • 40:01 - 40:03
    Quando o gene errava
  • 40:03 - 40:07
    as pernas cresciam
    em lugares errados:
  • 40:07 - 40:11
    na cabeça, no lugar da antena.
  • 40:11 - 40:15
    Em moscas normais, pernas
    crescem na secção mediana.
  • 40:15 - 40:18
    a área chamada tórax.
  • 40:18 - 40:22
    Assim levine e McGinnis
    decidiram caçar o gene
  • 40:22 - 40:27
    no tórax de um embrião normal.
  • 40:27 - 40:28
    A expectativa
  • 40:28 - 40:31
    é que a antennapedia
    estaria ativa...
  • 40:31 - 40:33
    presente no tórax...
  • 40:33 - 40:34
    no tórax em desenvolvimento,
    do embrião.
  • 40:34 - 40:36
    Mas quem saberia?
  • 40:36 - 40:39
    Levine e McGinnis
    tinham que fazer algo
  • 40:39 - 40:42
    que ninguém tinha feito antes.
  • 40:42 - 40:48
    Eles tinham que achar um
    modo de ver um gene em ação.
  • 40:48 - 40:50
    Queríamos trazer à luz o gene,
  • 40:50 - 40:53
    e isto era um trabalho e tanto.
  • 40:53 - 40:59
    O projeto pedia por
    inovadores métodos.
  • 40:59 - 41:01
    No início, não funcionou muito bem
  • 41:01 - 41:07
    e havia um monte de
    problemas a resolver.
  • 41:07 - 41:10
    O time tinha que achar
    um delicado equilíbrio
  • 41:10 - 41:16
    nos elementos radiativos
    e nas enzimas tóxicas.
  • 41:16 - 41:22
    Muito deles destruiriam
    os embriões.
  • 41:22 - 41:24
    O processo não estava
    muito gratificante
  • 41:24 - 41:27
    no dia a dia.
  • 41:27 - 41:32
    Inacreditavelmente tedioso.
  • 41:32 - 41:40
    Levou meses de tentativas e erros.
  • 41:40 - 41:43
    As pessoas diziam,"Sabem,
    deveriam tentar outra coisa".
  • 41:43 - 41:48
    "Sabem, é um tiro muito longo."
  • 41:48 - 41:51
    Sabem, estão perdendo tempo.
  • 41:51 - 41:56
    Mas nós continuamos.
  • 41:56 - 42:11
    Finalmente, tarde da
    noite, aconteceu!
  • 42:11 - 42:13
    E houve aquele momento...
  • 42:13 - 42:18
    quando vimos que o gene
    tornou-se uma faixa
  • 42:18 - 42:21
    no meio de um embrião.
  • 42:21 - 42:23
    Isto nunca tinha sido feito antes.
  • 42:23 - 42:29
    O gene antennapedia estava
    agindo como um interruptor
  • 42:29 - 42:31
    ativando o segmento do embrião
  • 42:31 - 42:34
    que se tornaria o tórax.
  • 42:34 - 42:37
    As implicações eram confusas:
  • 42:37 - 42:41
    se uns poucos genes como
    antennapedia definem
  • 42:41 - 42:43
    segmentos inteiros de um animal
  • 42:43 - 42:49
    estes genes estavam agindo
    como arquitetos do corpo.
  • 42:49 - 42:54
    E se um destes genes
    agisse no lugar errado
  • 42:54 - 42:58
    mudanças enormes poderiam
    resultar no corpo.
  • 42:58 - 43:02
    Parecia que Levine e
    McGinnis tinham descoberto
  • 43:02 - 43:06
    os genes responsáveis
    pela evolução dos corpos.
  • 43:06 - 43:09
    Mas ainda havia dúvidas.
  • 43:09 - 43:13
    O trabalho tinha sido
    feito em drosófilas.
  • 43:13 - 43:15
    Como seria nos outros animais?
  • 43:15 - 43:20
    Usariam o mesmo mecanismo
    para formar seus corpos?
  • 43:20 - 43:24
    Uma resposta veio da Suíça.
  • 43:24 - 43:28
    Em 1994, Walter Gehring
    da Universidade de Basel
  • 43:28 - 43:31
    isolou o gene que acionava
  • 43:31 - 43:36
    o crescimento dos
    olhos das drosófilas.
  • 43:36 - 43:38
    O gene foi chamado de
    Eyeless (sem olhos)
  • 43:38 - 43:44
    porque moscas sem
    ele ficavam sem olhos
  • 43:44 - 43:51
    Gehring conhecia um gene nos ratos
    que funcionava da mesma forma.
  • 43:51 - 43:55
    Ele imaginou se seriam
    os 2 genes os mesmo?
  • 43:55 - 43:57
    E esta questão foi testada
  • 43:57 - 44:02
    tirando o gene do camundongo
    e o pondo na mosca.
  • 44:02 - 44:05
    para ver se as moscas entenderiam
  • 44:05 - 44:07
    a mensagem do camundongo.
  • 44:07 - 44:14
    Gehring trocou o gene da
    mosca pelo gene do camundongo.
  • 44:14 - 44:17
    E para surpresa de todos
  • 44:17 - 44:20
    o gene do roedor funcionou
    perfeitamente bem
  • 44:20 - 44:27
    e induziu um olho
    composto na mosca.
  • 44:27 - 44:31
    A mosca desenvolveu olhos de mosca
  • 44:31 - 44:34
    usando o gene do roedor.
  • 44:34 - 44:38
    Não apenas as 2 criaturas
    usam o mesmo mecanismo;
  • 44:38 - 44:42
    mas também o mesmo gene.
  • 44:42 - 44:47
    Este é o mecanismo por
    trás das asas extras,
  • 44:47 - 44:55
    pernas nas cabeças, dos
    animais deformados de Bateson.
  • 44:55 - 44:58
    A pesquisa secular estava completa.
  • 44:58 - 45:02
    O motor genético da
    evolução dos corpos
  • 45:02 - 45:06
    foi revelado como um
    punhado de poderosos genes.
  • 45:06 - 45:07
    Bem, o que isto significa
  • 45:07 - 45:10
    é que de algum modo a
    evolução é mais simples
  • 45:10 - 45:13
    do que imaginávamos...
  • 45:13 - 45:17
    quando pensamos sobre toda
    a diversidade de formas;
  • 45:17 - 45:20
    primeiro acreditamos
    que isto envolveria
  • 45:20 - 45:22
    toda uma complexa novela
  • 45:22 - 45:25
    começando do rascunho, e
    repetindo-se inumeradamente.
  • 45:25 - 45:28
    Agora entendemos que
    não, a evolução trabalha
  • 45:28 - 45:31
    com pacotes de informação, e usa-os
  • 45:31 - 45:35
    em novos e diferentes modos
    e em diferentes combinações
  • 45:35 - 45:38
    sem necessariamente ter de inventar
  • 45:38 - 45:42
    nada fundamentalmente novo
    além de novas combinações.
  • 45:42 - 45:47
    De repente, as similaridades
    entre os animais
  • 45:47 - 45:49
    foi entendida:
  • 45:49 - 45:53
    os animais são parecidos
    porque eles usam
  • 45:53 - 45:56
    o mesmo conjunto de
    genes em seus corpos,
  • 45:56 - 46:00
    genes estes, herdados de
    um ancestral em comum
  • 46:00 - 46:03
    que viveu há muito tempo.
  • 46:03 - 46:07
    E o que vemos agora entre os
    animais são apenas variações
  • 46:07 - 46:11
    no plano construtor que
    existiu a 500 milhões de anos.
  • 46:11 - 46:13
    E há somente uma única conclusão
  • 46:13 - 46:16
    que pode tirar disto; que é:
  • 46:16 - 46:18
    se todos estes ramos
    têm estes genes
  • 46:18 - 46:20
    então devemos ir à base disto,
  • 46:20 - 46:23
    que é o último ancestral em
    comum de todos os animais,
  • 46:23 - 46:26
    e deduzir que devem
    ter sido estes genes.
  • 46:26 - 46:28
    Assim, a inteira
    ramificação dos animais
  • 46:28 - 46:31
    a inteira diversificação animal,
  • 46:31 - 46:36
    foi alimentada essencialmente
    pelos estes mesmos genes.
  • 46:36 - 46:40
    Ed Lewis dividiu o
    Prêmio Nobel de 1995
  • 46:40 - 46:44
    pela descoberta dos
    genes universais
  • 46:44 - 46:48
    que formam os corpos dos animais.
  • 46:48 - 46:51
    E assim, veio como
    uma grande surpresa
  • 46:51 - 46:54
    não somente para pessoas
    como minha mãe, que diz
  • 46:54 - 46:56
    "Meu Deus, um verme e um roedor?
  • 46:56 - 47:00
    Um verme e eu, dividimos
    algo em comum?"
  • 47:00 - 47:03
    Mas também foi surpresa para
    os cientistas pois havia
  • 47:03 - 47:07
    este profundo e constante
    mecanismo construtor de embriões
  • 47:07 - 47:13
    entre todas as diferentes
    espécies de animais.
  • 47:13 - 47:15
    E sobre nós?
  • 47:15 - 47:17
    Nossos corpos são construídos
  • 47:17 - 47:21
    pelos mesmos genes que
    constroem os outros animais.
  • 47:21 - 47:25
    Ainda assim,somos diferentes.
  • 47:25 - 47:34
    Nenhum outro animal
    cria como nós criamos.
  • 47:34 - 47:38
    Parecemos tão especiais
    que é difícil não pensar
  • 47:38 - 47:42
    que somos de algum modo
    excepcionais na evolução...
  • 47:42 - 47:46
    mas.. é claro, não somos.
  • 47:46 - 47:48
    A transformação que guiou-nos
  • 47:48 - 47:54
    não foi diferentes de
    outras transformações.
  • 47:54 - 47:58
    Nosso crucial ponto de
    ignição deve ter ocorrido
  • 47:58 - 48:01
    quando nossos ancestrais
    deixaram as árvores
  • 48:01 - 48:03
    e tornaram-se bípedes.
  • 48:03 - 48:07
    Não sabemos exatamente
    quando, ou mesmo onde
  • 48:07 - 48:10
    nossos ancestrais
    tornaram-se bípedes.
  • 48:10 - 48:13
    Achamos que foi a cerca
    de 4 milhões de anos
  • 48:13 - 48:16
    Quando estes ancestrais
    desceram das árvores
  • 48:16 - 48:19
    e começaram a explorar
    fontes de comida no chão
  • 48:19 - 48:21
    em habitats terrestres.
  • 48:21 - 48:24
    Um dos elementos-chave que
    deve ter sido útil para eles
  • 48:24 - 48:27
    foi o de liberar seus
    membros anteriores, suas mãos
  • 48:27 - 48:31
    para estar apto a pegar e carregar
    comida a longas distâncias.
  • 48:31 - 48:33
    Uma vez que isto ocorreu, abriu-se
  • 48:33 - 48:38
    um extraordinário leque de
    possibilidades e oportunidades.
  • 48:38 - 48:41
    A maioria dos hominídeos
    foram extintos
  • 48:41 - 48:45
    mas um ramo acabou
    evoluindo grandes cérebros.
  • 48:45 - 48:50
    Este ramo eventualmente
    levou aos humanos modernos.
  • 48:50 - 48:53
    Como esta transição crucial
  • 48:53 - 48:57
    para bípede começou?
  • 48:57 - 49:00
    Liza Shapiro da
    Universidade do Texas
  • 49:00 - 49:02
    procura por pistas
    em primatas vivos.
  • 49:02 - 49:04
    Quando olha para registros fósseis
  • 49:04 - 49:07
    tudo o que tem, realmente,
    é uma pilha de ossos.
  • 49:07 - 49:08
    É uma entidade imóvel.
  • 49:08 - 49:10
    Não há muito que se
    possa saber sobre ela.
  • 49:10 - 49:15
    a menos que olhe
    nos análogos vivos.
  • 49:15 - 49:18
    Assim, se olhar nos animais
    vivos, você terá os ossos
  • 49:18 - 49:24
    mas também poderá
    ver como se movem.
  • 49:24 - 49:27
    Em seus movimentos,
    os lêmures lembram os
  • 49:27 - 49:28
    primatas arborícolas
  • 49:28 - 49:30
    que viveram a 50
    milhões de anos atrás.
  • 49:30 - 49:32
    Não evoluímos de lêmures
  • 49:32 - 49:35
    mas eles podem ser os
    melhores similares vivos
  • 49:35 - 49:39
    destes ancestrais distantes.
  • 49:39 - 49:42
    Quando tentamos
    reconstruir o cenário
  • 49:42 - 49:45
    sobre como os humanos evoluíram
    para bípedes de seu ancestral
  • 49:45 - 49:48
    temos que saber da onde começamos.
  • 49:48 - 49:51
    Se iremos atrás de uma explicação
  • 49:51 - 49:57
    não somente de como fizemos
    a transição, mas por quê.
  • 49:57 - 50:00
    Hoje, Shapiro esta
    juntando informação
  • 50:00 - 50:02
    sobre o estilo de
    movimento do lêmure.
  • 50:02 - 50:05
    Pequenos refletores foram colocados
  • 50:05 - 50:07
    nas costas dos animais.
  • 50:07 - 50:10
    Uma rede de câmeras
    infravermelhas gravará o Lêmure
  • 50:10 - 50:16
    quando caminha através desta ponte.
  • 50:16 - 50:19
    É claro, fazer um lêmure
    fazer o que estava no roteiro
  • 50:19 - 50:21
    não é tão fácil.
  • 50:21 - 50:36
    Lá vamos nós.
  • 50:36 - 50:39
    Finalmente, o animal
    fez a travessia.
  • 50:39 - 50:40
    Aqui vamos nós...Oh, ótimo!
  • 50:40 - 50:42
    Tudo bem.
  • 50:42 - 50:43
    Conseguiu.
  • 50:43 - 50:44
    E já desceu.
  • 50:44 - 50:48
    O movimento da espinha do
    lêmure pode agora ser analisado
  • 50:48 - 50:51
    em 3 dimensões.
  • 50:51 - 50:57
    A informação revela que a espinha
    do lêmure é muito flexível
  • 50:57 - 51:00
    capaz de vários
    tipos de movimentos.
  • 51:00 - 51:03
    Lêmures é um quadrúpede
  • 51:03 - 51:06
    mas ele também é bom saltador.
  • 51:06 - 51:11
    Como estes lêmures, os
    primeiros primatas moviam-se
  • 51:11 - 51:12
    de várias maneiras:
  • 51:12 - 51:19
    de quatro, subindo em árvores...
  • 51:19 - 51:24
    saltando para uma posição superior.
  • 51:24 - 51:27
    Eles não estavam limitados a
    um único estilo de movimento
  • 51:27 - 51:30
    assim, serviriam como
    um primeiro passo
  • 51:30 - 51:36
    para vários experimentos
    evolucionários.
  • 51:36 - 51:41
    E mais provável, isto é
    justamente o que aconteceu.
  • 51:41 - 51:42
    Não fomos os únicos
  • 51:42 - 51:45
    que evoluíram destes ancestrais.
  • 51:45 - 51:49
    Mas sim a maioria dos
    primatas modernos.
  • 51:49 - 51:53
    Nosso primo mais próximo
    são os chimpanzés.
  • 51:53 - 51:56
    Não evoluímos deles
  • 51:56 - 51:59
    mas dividimos um recente
    ancestral em comum.
  • 51:59 - 52:00
    Pode vir até aqui?
  • 52:00 - 52:06
    Por isto que nosso ADN é
    quase idêntico ao deles...
  • 52:06 - 52:09
    e o porquê de nossos esqueletos
    terem o mesmo número de ossos
  • 52:09 - 52:13
    arranjados do mesmo modo.
  • 52:13 - 52:17
    mas as poucas diferenças
    físicas que nos separam
  • 52:17 - 52:21
    parecem fazer enorme diferença.
  • 52:21 - 52:25
    Chimpanzés não são bípedes.
  • 52:25 - 52:28
    Eles evoluíram um estilo
    diferente de caminhar
  • 52:28 - 52:29
    chamado "Knucklewalking"
    (sobre os dedos)
  • 52:29 - 52:31
    Knucklewalking
  • 52:31 - 52:34
    é uma adaptação muito
    especializada que vemos
  • 52:34 - 52:37
    entre os chimpanzés e gorilas.
  • 52:37 - 52:40
    É uma adaptação para andar no chão.
  • 52:40 - 52:45
    Knucklewalking foi um
    experimento evolucionário válido
  • 52:45 - 52:46
    como o dos bípedes.
  • 52:46 - 52:49
    Mas a diferença em
    nosso estilo de andar
  • 52:49 - 52:52
    que pode ter afetado
    nossos intelectos
  • 52:52 - 52:59
    é visto em pequenas diferenças
    nos nossos esqueletos.
  • 52:59 - 53:02
    Aqui estão 2 esqueletos
    de primatas modernos.
  • 53:02 - 53:04
    Este esqueleto, estou
    certo, todos reconhecem
  • 53:04 - 53:07
    porque é o esqueleto humano.
  • 53:07 - 53:08
    Este é um humano moderno.
  • 53:08 - 53:10
    Mas este esqueleto menor
  • 53:10 - 53:16
    é um dos nossos
    primos, os chimpanzés.
  • 53:16 - 53:17
    Nós começamos a andar em 2 pernas
  • 53:17 - 53:21
    e isto causou uma série de
    modificações no esqueleto.
  • 53:21 - 53:22
    Nos humanos, o cordão espinhal
  • 53:22 - 53:25
    vem da base do crânio
  • 53:25 - 53:27
    e vai direto para baixo
  • 53:27 - 53:30
    enquanto aqui ele vez
    de trás do crânio.
  • 53:30 - 53:32
    A pélvis é de formato
    bem diferente.
  • 53:32 - 53:36
    Um chimpanzé tem uma
    longa e estreita pélvis.
  • 53:36 - 53:39
    A nossa é curta e quadrada.
  • 53:39 - 53:43
    Andamos como os joelhos bem juntos.
  • 53:43 - 53:46
    Os chimpanzés andam
    com eles separados.
  • 53:46 - 53:48
    São pequenas diferenças.
  • 53:48 - 53:52
    Estes são os tipos de
    remodelagem que a evolução fez
  • 53:52 - 53:56
    para transformar-nos
    em bípedes modernos.
  • 53:56 - 54:01
    O que seria se nossos
    ancestrais não ficassem de pé?
  • 54:01 - 54:04
    E se eles tivessem tomado
    uma direção diferente
  • 54:04 - 54:10
    ao longo da trilha para
    tornarem-se humanos?
  • 54:10 - 54:15
    Um dos grandes enganos que a
    maioria das pessoas tem é que..
  • 54:15 - 54:19
    uma vez que nossos ancestrais
    levantaram-se, seria quase inevitável
  • 54:19 - 54:21
    que estivéssemos aqui hoje,
  • 54:21 - 54:24
    esta espécie egocêntrica.
    O Homo sapiens
  • 54:24 - 54:26
    evoluiria desta maneira e pronto.
  • 54:26 - 54:28
    Mas o que vemos é
  • 54:28 - 54:31
    que a evolução trabalhou
    do mesmo modo conosco
  • 54:31 - 54:35
    como fez com cada
    organismo neste planeta.
  • 54:35 - 54:38
    Estamos aqui por uma série
    de coincidências aleatórias,
  • 54:38 - 54:42
    adaptações específicas,
    oportunidades aproveitadas.
  • 54:42 - 54:46
    Assim, eu penso que quando
    olhamos para nossas origens
  • 54:46 - 54:48
    vemos que é extraordinário
  • 54:48 - 54:53
    que humanos estejam aqui para
    olhar e ponderar seu passado.
  • 54:53 - 54:55
    Isto significa que
    não somos especiais
  • 54:55 - 54:56
    em nada?
  • 54:56 - 54:58
    Claro que não.
  • 54:58 - 55:00
    Nós é que estamos
    contando a estória.
  • 55:00 - 55:02
    E isto é muito importante...
  • 55:02 - 55:05
    que a evolução, que a
    vida chegou ao ponto
  • 55:05 -
    aonde podemos contar esta estória.
Title:
Evolution: Great Transformations (PBS Documentary) 2/7
Description:

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Broadcast (2001) What underlies the incredible diversity of life on Earth? How have complex life forms evolved? The journey from water to land, the return of land mammals to the sea, and the emergence of humans all suggest that creatures past and present are members of a single tree of life. Evolution determines who lives, who dies, and who passes traits on to the next generation. The process plays a critical role in our daily lives, yet it is one of the most overlooked and misunderstood concepts ever described. The Evolution series goals are to heighten public understanding of evolution and how it works, to dispel common misunderstandings about the process, and to illuminate why it is relevant to all of us.

The Evolution project's eight-hour television miniseries travels the world to examine evolutionary science and the profound effect it has had on society and culture. From the genius and torment of Charles Darwin to the scientific revolution that spawned the tree of life, from the power of sex to drive evolutionary change to the importance of mass extinctions in the birth of new species, the Evolution series brings this fascinating process to life. The series also explores the emergence of consciousness, the origin and success of humans, and the perceived conflict between science and religion in understanding life on Earth.

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Duration:
56:38
Amara Bot edited Portuguese subtitles for Evolution: Great Transformations (PBS Documentary) 2/7
Amara Bot added a translation

Portuguese subtitles

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