Evolution: Great Transformations (PBS Documentary) 2/7
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0:05 - 0:12É uma necessidade para o Homem
perguntar,"Quem somos nós?" -
0:12 - 0:15Da onde viemos?
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0:15 - 0:17Como chegamos aqui?
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0:17 - 0:24Por que temos esta forma?
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0:24 - 0:26A história de nossa evolução
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0:26 - 0:29é apenas um pequeno capítulo
de uma muito maior: -
0:29 - 0:35a evolução de todos os seres vivos.
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0:35 - 0:38A evolução mostrou-nos que
estamos muito mais conectados -
0:38 - 0:41ao resto do mundo, ao
resto da vida animal -
0:41 - 0:43do que poderíamos imaginar.
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0:43 - 0:47Podemos reconhecer a conexão com
nossos parentes mais próximos -
0:47 - 0:49mas quando sabemos como procurar
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0:49 - 0:52podemos também encontrá-la
em outros seres: -
0:52 - 0:54aves..
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0:54 - 0:55répteis..
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0:55 - 0:57peixes.....
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0:57 - 1:02mesmo insetos.
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1:02 - 1:05Quanto mais fundo e longe olharmos
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1:05 - 1:09mais veremos que
toda a vida evoluiu -
1:09 - 1:12de uma único ponto de partida.
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1:12 - 1:14A árvore da vida tem-se ramificado
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1:14 - 1:19por 4 bilhões de anos.
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1:19 - 1:22E agora podemos seguir suas
ramificações até suas raízes. -
1:22 - 1:25Quando olhamos de volta no tempo
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1:25 - 1:28encontramos certos marcadores,
eventos-chave, -
1:28 - 1:31as grandes transformações
e passos evolucionários. -
1:31 - 1:36Na história do planeta,
umas poucas transformações -
1:36 - 1:39abriram a porta
para novos modos de vida -
1:39 - 1:43e novas formas de vida.
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1:43 - 1:4550 milhões de anos atrás
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1:45 - 1:49mamíferos terrestres evoluíram
para viver no mar. -
1:49 - 1:55Muito antes disto, os
peixes colonizaram a terra. -
1:55 - 1:59Ainda no início do reino animal,
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1:59 - 2:01os primeiros corpos apareceram.
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2:01 - 2:09Estes são alguns dos capítulos
da história da vida..nossa história. -
2:09 - 2:12e...e parte da graça
de estudar isto -
2:12 - 2:14é entender cada diferente capitulo,
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2:14 - 2:16porque entendendo estes capítulos
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2:16 - 2:19começaremos a ver a
vida como unidade, -
2:19 - 3:01a história comum da vida na Terra.
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3:01 - 3:08A civilização humana estende-se
por milhares de anos -
3:08 - 3:11Mas comparando à idade da Terra
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3:11 - 3:14nós humanos acabamos de chegar.
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3:14 - 3:17A Terra é muito velha.
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3:17 - 3:19Se pegar toda a história da Terra
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3:19 - 3:22de 4,6 bilhões de anos
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3:22 - 3:26e a distribuir em uma hora...
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3:26 - 3:29Os primeiros 50 minutos são gastos
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3:29 - 3:35num mundo de micróbios,
seres unicelulares. -
3:35 - 3:41A vida animal apareceu nos
últimos 10 min da hora. -
3:41 - 3:45Toda a história humana,
nossa civilização e evolução, -
3:45 - 3:53aconteceram no último
centésimo de segundo da hora. -
3:53 - 3:55Nós chegamos bem tarde na festa
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3:55 - 3:58mas fomos "lapidados"
pelas mesmas forças -
3:58 - 4:03que formaram toda a vida na Terra.
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4:03 - 4:07Para entender como nos encaixamos,
precisamos olhar para trás -
4:07 - 4:09muito além de nossas origens
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4:09 - 4:16e ver como os outros
seres vivos evoluíram. -
4:16 - 4:19Baleias são os maiores seres vivos.
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4:19 - 4:23Como nós, baleias e golfinhos
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4:23 - 4:27chegaram em suas atuais
formas, recentemente. -
4:27 - 4:30Por longo tempo, a origem
desses animais marinhos -
4:30 - 4:32foi um mistério científico.
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4:32 - 4:35Baleias são tão diferentes
de qualquer outro mamífero -
4:35 - 4:39que não pudemos facilmente
ligá-las a qualquer outro -
4:39 - 4:43e assim acabaram formando um novo
ramo da evolução dos mamíferos. -
4:43 - 4:48Os mamíferos apareceram na Terra por
volta de 200 milhões de anos atrás.. -
4:48 - 4:50na terra.
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4:50 - 4:53Os mamíferos são homeotermos
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4:53 - 5:00dão à luz a filhotes e respiram ar.
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5:00 - 5:08Estas são adaptações
para viver na terra. -
5:08 - 5:12Mas baleias e golfinhos
são mamíferos, também. -
5:12 - 5:15São mamíferos que vivem na água
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5:15 - 5:19mas sabemos que mamíferos
evoluíram na terra. -
5:19 - 5:24Assim, é um mistério como
as baleias evoluíram. -
5:24 - 5:26Entendendo como isto aconteceu
-
5:26 - 5:29começaremos a entender
como estes grandes saltos, -
5:29 - 5:34estas grandes transformações,
acontecem geralmente. -
5:34 - 5:37As pessoas interessam-se por
baleias, e posso entender. -
5:37 - 5:39Elas são belas.
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5:39 - 5:43Suas origem são um mistério.
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5:43 - 5:46As baleias são um dos
poucos grupos de mamíferos -
5:46 - 5:50que têm cérebros realmente grandes
e complexos como os nossos. -
5:50 - 5:54E assim, eles são nossos
alter-egos morando no mar -
5:54 - 5:56enquanto vivemos em terra,
-
5:56 - 5:59dominando o mar enquanto
dominamos a terra. -
5:59 - 6:00E eu acho que por essa razão
-
6:00 - 6:03somos muito interessados
no que aconteceu lá, -
6:03 - 6:07como elas chagaram lá... como
um reflexo de nossa própria -
6:07 - 6:10história através das eras.
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6:10 - 6:14Quando Phil Gingerich começou
sua carreira 30 anos atrás -
6:14 - 6:20ele não sabia nada sobre
baleias, mas estava tudo bem. -
6:20 - 6:23Ele foi atraído por geologia porque
-
6:23 - 6:26ele não podia imaginar uma carreira
atrás de uma mesa. -
6:26 - 6:29Eu acredito que me
interessei por geologia -
6:29 - 6:31porque era uma ciência de campo.
-
6:31 - 6:34E na geologia, tornei-me
interessado em paleontologia -
6:34 - 6:38porque era sobre vida
e história da vida. -
6:38 - 6:41O interesse precoce de Gingerich
em mamíferos terrestres primitivos -
6:41 - 6:47levou-o ao Paquistão.
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6:47 - 6:50Foi lá que ele fez
o tipo de descoberta -
6:50 - 6:53que muitos paleontologistas
apenas sonham: -
6:53 - 6:57um fóssil que reescreveria umas
das maiores histórias da evolução. -
6:57 - 7:02Eu encontrei um pedaço de
crânio que não pude identificar -
7:02 - 7:05Eu tinha uma bem
preservada área do ouvido -
7:05 - 7:09e que oferecia uma
pista do que era. -
7:09 - 7:11A forma era familiar
-
7:11 - 7:16mas de um jeito que ele
nunca tinha visto antes. -
7:16 - 7:18Este era um espécimen novo.
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7:18 - 7:20Este é um que encontramos em 1978.
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7:20 - 7:22Há várias coisas que
chamam a atenção. -
7:22 - 7:24Uma é que é muito similar
em tamanho e forma -
7:24 - 7:29à parte traseira de
um crânio de lobo. -
7:29 - 7:33Mas há algo de
estranho neste crânio -
7:33 - 7:36No lado interno havia
uma protuberância. -
7:36 - 7:38Se não estivesse lá
-
7:38 - 7:42Eu pensaria que era um
mamífero carnívoro arcaico -
7:42 - 7:47ou o que chamamos
creodonte, mas está ali. -
7:47 - 7:49Ele faz parte do ouvido
interno do animal -
7:49 - 7:52e tem um formato distinto,
-
7:52 - 8:01um formato encontrado hoje,
somente em... Baleias. -
8:01 - 8:05O que estava fazendo um ouvido
de baleia no crânio de um ser -
8:05 - 8:09que lembrava um lobo?
-
8:09 - 8:13Gingerich estava intrigado,
então construiu um modelo -
8:13 - 8:18do que pareceria a criatura
com o crânio inteiro. -
8:18 - 8:22Ele imaginou, que seu
achado era um elo perdido, -
8:22 - 8:25a primeira evidência
fóssil nunca encontrada -
8:25 - 8:28para uma das mais ousadas
idéias de Darwin... -
8:28 - 8:35que as baleias tinham evoluído
de mamíferos terrestres? -
8:35 - 8:37Para ter certeza
-
8:37 - 8:41Gingerich precisaria
encontrar mais fósseis.. -
8:41 - 8:47que mostrariam cada estágio
da transformação da baleia, -
8:47 - 8:51o que os cientistas chamam
"formas transitórias". -
8:51 - 8:53Eu gostaria de encontrá-los todos.
-
8:53 - 8:55Eu quero que qualquer
um que o veja, -
8:55 - 9:01acredite nele porque
o tinham visto. -
9:01 - 9:05Gingerich tentou retornar ao
Paquistão para resumir sua pesquisa -
9:05 - 9:10mas a guerra começara, e as
fronteiras estavam fechadas. -
9:10 - 9:14Frustrado, Gingerich decidiu
procurar em outro lugar. -
9:14 - 9:19Ele tinha ouvido estórias sobre
avistamentos de ossos de baleias -
9:19 - 9:21em um improvável lugar.
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9:21 - 9:27Assim, decidiu ver por si mesmo.
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9:27 - 9:32O deserto do Saara é um
dos mais secos da Terra. -
9:32 - 9:38Mas 40 milhões de anos atrás,
as coisas eram bem diferentes. -
9:38 - 9:42Isto era um mar.
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9:42 - 9:44Imagine isto sendo
-
9:44 - 9:47a costa mediterrânea do Egito,
-
9:47 - 9:50a cerca de 40 milhões
de anos atrás, -
9:50 - 9:57mas a 100 km ao sul da onde é hoje.
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9:57 - 10:01Aqui, aonde tinha sido
o sul do Mediterrâneo -
10:01 - 10:05estão empilhadas camadas de areia
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10:05 - 10:10com um nome surpreendente..
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10:10 - 10:16Vale das Baleias.
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10:16 - 10:20O nome é apropriado.
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10:20 - 10:23Espalhadas nesta árida paisagem
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10:23 - 10:27há pilhas de rochas rosadas.
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10:27 - 10:29Aqui está um Basilosaurus.
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10:29 - 10:32Mas não são rochas...
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10:32 - 10:35Dá para ver como eram grandes.
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10:35 - 10:38Aqui é uma lombar
parcialmente erodida. -
10:38 - 10:44Há ossos de baleias de
40 milhões de anos. -
10:44 - 10:47Lá está outro perto do cogumelo.
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10:47 - 10:51Tem mais um aqui.
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10:51 - 10:56E lá está outro.
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10:56 - 11:01Este lugar está cheio de baleias.
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11:01 - 11:07Por que há tantas baleias
concentradas num só ponto? -
11:07 - 11:09Gingerich acredita
que o Vale das Baleias -
11:09 - 11:11foi uma baía protegida,
-
11:11 - 11:19uma lagoa escondida do
mar aberto por arrecifes. -
11:19 - 11:23Talvez as baleias dessem à luz aqui
-
11:23 - 11:28e viessem aqui para morrer.
-
11:28 - 11:32mas mesmo com centenas de
ossos de baleia a seus pés -
11:32 - 11:34Gingerich estava desapontado.
-
11:34 - 11:37Quase todos os esqueletos
-
11:37 - 11:40pertencias a uma
baleia: Basilosaurus. -
11:40 - 11:46Uma criatura de 40 milhões de
anos já conhecida da ciência. -
11:46 - 11:50A basilosaurus vivia na
água em tempo integral. -
11:50 - 11:53Esta é uma Basilosaurus.
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11:53 - 11:56Se baleias evoluíram de
mamíferos terrestres -
11:56 - 12:01elas tinham feito isto
muito antes da Basilosaurus. -
12:01 - 12:06Assim, Gingerich não achava
os ossos muito interessantes -
12:06 - 12:10mas ele não poderia
estar mais errado. -
12:10 - 12:14Depois de uns dias de escavação
-
12:14 - 12:18ele fez sua secunda
grande descoberta. -
12:18 - 12:21Ficou claro que a Basilosaurus
-
12:21 - 12:25tinha algo que as baleias
modernas a muito perderam. -
12:25 - 12:29Pela primeira vez, nós
vimos baleias com pernas. -
12:29 - 12:34Os ossos eram pequenos
mas inconfundíveis. -
12:34 - 12:38Uma pélvis.
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12:38 - 12:42Uma rótula.
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12:42 - 12:45Dedos.
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12:45 - 12:51Esta baleia tinha todos
os ossos da perna. -
12:51 - 12:53Gingerich trouxe todos
os esqueletos que -
12:53 - 12:56pode carregar.
-
12:56 - 12:57Isto foi uma evidência dramática
-
12:57 - 13:05que baleias foram
animais quadrúpedes. -
13:05 - 13:06Desde então
-
13:06 - 13:13ele e outros completaram
uma estória fantástica. -
13:13 - 13:15Cientistas agora pensam
-
13:15 - 13:18que o ancestral mas antigo
das baleias eram similar -
13:18 - 13:25a este lupiforme de 50 milhões
de anos chamado sinonyx -
13:25 - 13:27Sinonyx era um predador oportunista
-
13:27 - 13:32que viveu e caçou ao longo
das praias de um mar ancestral -
13:32 - 13:35Talvez seus descendentes
encontraram na água -
13:35 - 13:40uma fonte de comida, e
com menos competição. -
13:40 - 13:44Em milhões de anos, pernas
frontais tornaram-se nadadeiras, -
13:44 - 13:47e as traseiras atrofiaram,
corpos perderam a pelagem. -
13:47 - 13:54e ficaram com o familiar
formato longuilíneo. -
13:54 - 13:58Desde este achado, o Pakicetus
-
13:58 - 14:02a lista de baleias
transitórias tem crescido. -
14:02 - 14:08Ela agora inclui Ambulocetus...
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14:08 - 14:11Rhodocetus..
-
14:11 - 14:15Durodon...
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14:15 - 14:20assim como a Basilosaurus.
-
14:20 - 14:22Eles revelaram outro elemento
da evolução da baleia; -
14:22 - 14:25a gradual migração das
narinas para o topo da cabeça -
14:25 - 14:29enquanto se adaptavam
para respirar sob a água. -
14:29 - 14:32Como as baleias
perderam suas pernas? -
14:32 - 14:39Com o passar dos anos, elas
evoluíram em novos tipos de... -
14:39 - 14:43O trabalho de Gingerich
demonstrou que Darwin insistia -
14:43 - 14:47que a evidência da evolução
estava a nossa volta -
14:47 - 14:53se quiséssemos procurar.
-
14:53 - 14:58E ossos não são a única evidência
da evolução das baleias. -
14:58 - 15:05Seus ancestrais são também
visíveis no modo que andam. -
15:05 - 15:12Frank Fish estudou como os
mamíferos marinhos nadam. -
15:12 - 15:15Ele procura por suas
heranças evolucionárias -
15:15 - 15:18no modo em que se movem na água.
-
15:18 - 15:20A grande questão é:
-
15:20 - 15:23Como você vai de um
mamífero terrestre -
15:23 - 15:25que corre com 4 pernas
-
15:25 - 15:27para algo como um golfinho
-
15:27 - 15:30que agora não tem perna nenhuma
-
15:30 - 15:34e está bem adaptado
para nadar no mar? -
15:34 - 15:40Mesmo que baleias parecem
peixes, eles não nadam como eles. -
15:40 - 15:44Peixes nadam flexionando
suas espinhas lateralmente -
15:44 - 15:47como um tubarão.
-
15:47 - 15:52Mas mamíferos nadam diferente.
-
15:52 - 15:58Esta lontra nada ondulando sua
espinha de cima para baixo.. -
15:58 - 16:02do mesmo jeito que
as baleias fazem. -
16:02 - 16:05E, como foi revelado,
do mesmo jeito -
16:05 - 16:12que os terrestres flexionam
suas espinhas ao correr. -
16:12 - 16:15As baleias levaram para a água
-
16:15 - 16:17o jeito de mover-se dos ancestrais
-
16:17 - 16:25e podemos ainda vê-lo...
50 milhões de anos mas tarde. -
16:25 - 16:30Em geral, a evolução não
inventou nada novo nas baleias; -
16:30 - 16:32apenas reutilizou os
mamíferos terrestres. -
16:32 - 16:34Usou o velho para fazer o novo
-
16:34 - 16:36e chamamos isto de "Tinkering".
-
16:36 - 16:38E ela fez isto em cada grupo animal
-
16:38 - 16:43todo tempo durante a
historia evolucionárias. -
16:43 - 16:47O ponto de partida para as baleias
foram os animais quadrúpedes -
16:47 - 16:50que viveram a 50 milhões de anos.
-
16:50 - 16:55Mas animais terrestres eram também
o produto de uma transformação, -
16:55 - 16:59uma muito anterior.
-
16:59 - 17:01Há mais de 400 de
milhões de anos atrás -
17:01 - 17:03não havia animais na terra.
-
17:03 - 17:06Até então
-
17:06 - 17:09todos nossos ancestrais
viviam na água. -
17:09 - 17:13Em algum ponto teremos
esta mudança da água -
17:13 - 17:15para a terra.
-
17:15 - 17:17Foi uma grande mudança.
-
17:17 - 17:20Foi o momento quando os
peixes rastejaram da água -
17:20 - 17:22para a terra.
-
17:22 - 17:25Se estes animais não
tivessem feito a transição -
17:25 - 17:27não estaríamos aqui hoje.
-
17:27 - 17:31E é importante
entender como e quando -
17:31 - 17:34e aonde esta transição ocorreu.
-
17:34 - 17:40As primeiras criaturas a deixarem
a água realmente iniciaram algo. -
17:40 - 17:45Seus descendentes eventualmente
evoluíram nos répteis atuais... -
17:45 - 17:47aves..
-
17:47 - 17:50e mamíferos.
-
17:50 - 17:53e as origens em comum destes serem
-
17:53 - 17:58são ainda visíveis em seus corpos.
-
17:58 - 18:03Como nós, eles todos têm
corpos com 4 membros, -
18:03 - 18:06são tetrápodes.
-
18:06 - 18:11O que isto significa é que
todas estes seres diferentes -
18:11 - 18:13são descendentes de
um ancestral comum -
18:13 - 18:19que tinham algo muito
similar a membros. -
18:19 - 18:23Como era este ancestral comum?
-
18:23 - 18:29E como deixou a água a
370 milhões de anos atrás? -
18:29 - 18:33Estas são as questões que os
paleontologistas Neil Shubin -
18:33 - 18:36e Tede Daeschler estão
tentando responder. -
18:36 - 18:40Eles acham que os penhasco
da Pennsylvania Central -
18:40 - 18:47podem oferecer algumas dicas.
-
18:47 - 18:50Ok, eu acho que é um
bom dia para fósseis. -
18:50 - 18:51O que disse?
-
18:51 - 18:52Grande dia; vamos encontrar alguns.
-
18:52 - 18:54Ei, Doug.
-
18:54 - 18:56Ei, Doug.
-
18:56 - 18:57O que me diz de irmos por aqui?
-
18:57 - 18:59Parece bom.
-
18:59 - 19:01Vamos fazer uns bons buracos.
-
19:01 - 19:04Um improvável ponto para caçar
por fósseis de tetrápodes. -
19:04 - 19:08mas eles estão aqui porque
as rochas nestas colinas -
19:08 - 19:09têm a idade certa,
-
19:09 - 19:12formadas no período
na História da Terra -
19:12 - 19:15chamado Devoniano.
-
19:15 - 19:19No Devoniano, este
lugar era bem diferente. -
19:19 - 19:20Era sul do Equador
-
19:20 - 19:23lembre-se que os continentes
estão movendo-se, -
19:23 - 19:25e neste tempo,
estávamos lidando com -
19:25 - 19:28um clima bem mais
tropical na Pennsylvania. -
19:28 - 19:30400 milhões de anos atrás
-
19:30 - 19:33os fósseis e sedimentos
nestas camadas -
19:33 - 19:40foram juntando-se
no fundo de um rio. -
19:40 - 19:42O que temos aqui
-
19:42 - 19:44são os restos da vida num rio
-
19:44 - 19:46a cerca de 370 milhões de anos.
-
19:46 - 19:53Estes são fósseis quebrados
de escamas, de dentes. -
19:53 - 19:55Este pequeno osso aqui,
-
19:55 - 19:58é a espinha de uma criatura
chamada tubarão-espora. -
19:58 - 20:04A maioria dos fósseis estão muito
fragmentados para ter muito valor. -
20:04 - 20:06Mas em 1995, bem aqui
-
20:06 - 20:13Daeschler encontrou algo
que nunca tinha visto antes. -
20:13 - 20:20Era um pequeno osso do
ombro, mas não de um peixe. -
20:20 - 20:30Era um ombro de tetrápode
com 370 milhões de anos. -
20:30 - 20:33Shubin e Daeschler
desenterraram os restos -
20:33 - 20:37de um dos primeiros
seres tetrápodes. -
20:37 - 20:41Foi a primeira evidência
destes tetrápodes ancestrais -
20:41 - 20:48de toda a América do Norte,
e isto foi muito excitante. -
20:48 - 20:51E havia outra surpresa.
-
20:51 - 20:53Uma vez que foi achado
no leito de um rio, -
20:53 - 20:56este tetrápode
provavelmente vivia na água. -
20:56 - 20:58E isto é uma descoberta
surpreendente. -
20:58 - 20:59Não é algo
-
20:59 - 21:01que poderíamos ter predito.
-
21:01 - 21:05Por que um animal com
membros viveria na água? -
21:05 - 21:08Membros deveriam ter evoluído
-
21:08 - 21:10para andar sobre a terra.
-
21:10 - 21:13A velha idéia era que os
peixes vieram a terra e -
21:13 - 21:15depois desenvolveram pernas.
-
21:15 - 21:17E o que achamos agora
-
21:17 - 21:21é que os tetrápodes
desenvolveram os dedos primeiro -
21:21 - 21:23e então deixaram a água.
-
21:23 - 21:26Jenny Clack da
Universidade de Cambridge -
21:26 - 21:31suspeitou que a teoria ensinada
em muitos livros estava errada. -
21:31 - 21:34A estória que encontrará
em muitos livros-texto -
21:34 - 21:36e as figuras que verá
-
21:36 - 21:39em livros infantis
e galerias de museus -
21:39 - 21:44são figuras de peixes
saindo de uma lagoa -
21:44 - 21:47tentando suportar
seu peso fora d'água. -
21:47 - 21:51E isto parece estranho se
você olhar com objetividade. -
21:51 - 21:55Clack pensou que haveria
uma melhor explicação -
21:55 - 21:57mas aonde procurar?
-
21:57 - 22:01Somente um punhado de tetrápodes
ancestrais tinham sido encontrados. -
22:01 - 22:04a maioria deles em uma
remota parte da Groenlândia -
22:04 - 22:07na virada do século.
-
22:07 - 22:12Tudo o que ela tinha para guiá-la
era um artigo em um jornal -
22:12 - 22:16de uma excursão à
Groenlândia anos antes. -
22:16 - 22:23Ele se referira a fósseis de
tetrápodes em uma montanha sem nome -
22:23 - 22:28Clack voou à Groenlândia
para procurar pelos ossos. -
22:28 - 22:33Eventualmente encontramos o
lugar, 800 m acima numa colina. -
22:33 - 22:38Clack retornou com 4
toneladas de rocha... -
22:38 - 22:45E gastou 4 anos estudando-os.
-
22:45 - 22:47No final
-
22:47 - 22:50ela tinha o mais completo tetrápode
ancestral jamais encontrado; -
22:50 - 22:53E isto mudou os livros para sempre.
-
22:53 - 22:56Uma das primeiras coisas
-
22:56 - 23:00que encontramos foi
este membro anterior. -
23:00 - 23:04No final do membro
-
23:04 - 23:08estava uma rede
inconfundível de ossos. -
23:08 - 23:11Isto era uma mão.
-
23:11 - 23:12Isto é a reconstrução de uma vida..
-
23:12 - 23:15O artista está usando a
imaginação quanto às cores -
23:15 - 23:17e nos olhos
-
23:17 - 23:20mas pensamos que isto é o
melhor que se pode fazer. -
23:20 - 23:24A criatura, chamada Acanthostega
-
23:24 - 23:26era claramente aquática:
-
23:26 - 23:34tinha rabo de peixe e guelras
para respirar sob a água. -
23:34 - 23:38Mas as pontas dos
braços eram palmadas... -
23:38 - 23:41possivelmente as
primeiras mãos da Terra. -
23:41 - 23:46Esta era uma criatura nadadora.
-
23:46 - 23:48Não sabemos se poderia
ter saído para a terra -
23:48 - 23:50mas certamente não teria andado
-
23:50 - 23:52no sentido convencional.
-
23:52 - 23:56Basicamente, é um peixe com dedos.
-
23:56 - 24:01A descoberta de Clack
foi uma revolução. -
24:01 - 24:09Provou que alguns peixes
tinham membros na água. -
24:09 - 24:16Os tetrápodes não precisaram
criar membros após irem a terra. -
24:16 - 24:21Os membros já tinham evoluído
-
24:21 - 24:23e ajudou-os a
sobreviver fora d'água. -
24:23 - 24:26O padrão básico dos
membros estivera no lugar -
24:26 - 24:29por milhões de anos
-
24:29 - 24:31Aqui nós vemos a nadadeira
-
24:31 - 24:36de um peixe de 370 milhões
de anos e um braço humano. -
24:36 - 24:40No braço, o que tem é um osso..
-
24:40 - 24:46dois ossos, o pulso e os dedos.
-
24:46 - 24:48Nesta nadadeira o que temos?
-
24:48 - 24:53Temos um osso, 2 ossos..
-
24:53 - 24:57e pequenos ossos que
são similares a um pulso -
24:57 - 24:59e após estes ossos que
-
24:59 - 25:01saem do resto do membro
-
25:01 - 25:04exatamente como nossos dedos.
-
25:04 - 25:06Assim, temos numa nadadeira
-
25:06 - 25:09já prontos, a cerca de
370 milhões de anos, -
25:09 - 25:13muitos dos ossos que estão
num membro tetrápode. -
25:13 - 25:17Com o padrão básico já presente
-
25:17 - 25:19tal transição tomou lugar
-
25:19 - 25:22em uma série de pequenas mudanças
-
25:22 - 25:24que ocorreram em milhões de anos.
-
25:24 - 25:26Na verdade, não é
mérito da evolução. -
25:26 - 25:29A evolução não estava
criando membros -
25:29 - 25:31não estava tentando
tirar nossos ancestrais -
25:31 - 25:33da água.
-
25:33 - 25:38O que ocorreu foi uma
série de experimentos. -
25:38 - 25:40Nos rios populosos aonde os
-
25:40 - 25:42tetrápodes primeiro evoluíram
-
25:42 - 25:46a competição pela
sobrevivência era intensa. -
25:46 - 25:49Estes pequenos riachos
eram como um motor -
25:49 - 25:53ou uma encruzilhada da evolução.
-
25:53 - 25:59Os peixes experimentaram várias
estratégias de sobrevivência. -
25:59 - 26:01Algumas por causa dos predadores.
-
26:01 - 26:07O dono desta mandíbula
era um matador de 4 m. -
26:07 - 26:12Seus dentes tinham 25 cm.
-
26:12 - 26:20Pequenos peixes desenvolveram
elaboradas devesas, como esta armadura. -
26:20 - 26:24Outros tinham armas escondidas,
como este ferrão de tubarão. -
26:24 - 26:31Ela se projetava de
trás do seu pescoço. -
26:31 - 26:34Estes armamentos eram
ferramentas de sobrevivência -
26:34 - 26:37num mundo perigoso.
-
26:37 - 26:41Talvez seus novos membros
deram aos primeiros tetrápodes -
26:41 - 26:44outro modo de sobreviver.
-
26:44 - 26:47Era como sair do caminho;
ir para a terra firme. -
26:47 - 26:49E o que habilitou estes animais
-
26:49 - 26:52de saírem do caminho...
de saírem da água -
26:52 - 26:56foram estes novos membros.
-
26:56 - 27:00Aqueles que escaparam
encontraram um novo mundo -
27:00 - 27:09cheio de oportunidades.
-
27:09 - 27:11A transformação da
água para a terra -
27:11 - 27:13foi somente o último exemplo
-
27:13 - 27:20da experimentação da evolução
com formas radicais. -
27:20 - 27:22Uma transformação anterior,
-
27:22 - 27:25talvez a mais
significante de todas. -
27:25 - 27:31ocorreu a apenas 500
milhões de anos... -
27:31 - 27:37E ela levou ao animais
que conhecemos. -
27:37 - 27:40A evolução remodelou
os peixes com membros. -
27:40 - 27:43Mas os peixes carregam a
bagagem de seu passado. -
27:43 - 27:46Pense num peixe:
-
27:46 - 27:50Tem uma cabeça, uma cauda,
e algumas nadadeiras. -
27:50 - 27:54Este um estilo de corpo,
o jeito que o corpo é formado. -
27:54 - 27:57Mas é apenas um entre muitos
jeitos de montar um animal. -
27:57 - 28:01Alguns animais são como
discos, como a água-viva. -
28:01 - 28:04Outros têm um monte de pernas.
-
28:04 - 28:05A questão é
-
28:05 - 28:11que tipo de modelagem levou
a estes estilos de corpos? -
28:11 - 28:13Realmente, estamos lidando aqui com
-
28:13 - 28:16a origem dos animais.
-
28:16 - 28:18De acordo com os registros fósseis
-
28:18 - 28:21os animais apareceram na terra
em um surto -
28:21 - 28:26a certa de 570 milhões.
-
28:26 - 28:30Os cientistas chamam
esta transformação de -
28:30 - 28:33Explosão Cambriana.
-
28:33 - 28:35A explosão cambriana
foi efetivamente -
28:35 - 28:36uma das maiores revoluções
-
28:36 - 28:39na história da vida.
-
28:39 - 28:43A cerca de 500 milhões de anos,
de repente, as coisas mudaram -
28:43 - 28:47e tivemos esta extraordinária
explosão de diversidade. -
28:47 - 28:50E esta aparição repentina de
fósseis levou a este termo -
28:50 - 28:51A Explosão Cambriana.
-
28:51 - 28:54E Darwin, como sempre,
estava sincero. -
28:54 - 28:57Ele disse,"Olha, isto é um
problema para minha teoria." -
28:57 - 29:00"Como é que de repente,
animais aparecem como do nada?" -
29:00 - 29:04E de certo modo, isto
ainda é um mistério. -
29:04 - 29:08A maior parte do que conhecemos
como Explosão Cambriana -
29:08 - 29:10é o resultado de uma
simples descoberta -
29:10 - 29:15provavelmente a maior da história.
-
29:15 - 29:19Em 1913, enquanto escalava
as Rochosas Canadenses -
29:19 - 29:23o paleontologista Charles Walcott
descobriu uma camada de xisto -
29:23 - 29:29contendo milhares de fosseis
lindamente detalhados -
29:29 - 29:33Estes animais, todos marinhos
-
29:33 - 29:39foram pegos num deslizamento
subaquático de lama. -
29:39 - 29:43Nos 500 milhões de anos seguintes
-
29:43 - 29:45o fundo do mar que os sepultou
-
29:45 - 29:49elevou-se para tornar-se
o topo de uma montanha. -
29:49 - 29:53Walcott removeu mais de
60.000 fósseis do sítio -
29:53 - 29:59que nomeou "The Burgess Shale".
-
29:59 - 30:05Simon Conway Morris estudou
os fósseis por 30 anos -
30:05 - 30:07Foi quase como ir a outro planeta.
-
30:07 - 30:08Foi lhe dado um barco e uma rede
-
30:08 - 30:10e você atirou a rede sobre
-
30:10 - 30:12o oceano profundo
-
30:12 - 30:13e não fazia idéia do
que iria aparecer. -
30:13 - 30:17Algumas das criaturas
encontradas eram familiares -
30:17 - 30:19E aqui, temos um dos trilobitas
-
30:19 - 30:22Nós temos até as partes
moles preservadas. -
30:22 - 30:26Trilobita são artrópodes extintos
-
30:26 - 30:29com um esqueleto externo.
-
30:29 - 30:33Os artrópodes atuais,
como caranguejos -
30:33 - 30:35insetos e aranhas
-
30:35 - 30:38são todos descendentes
destas criaturas. -
30:38 - 30:44Os outros animais achados,
são bizarros... Aliens. -
30:44 - 30:50Um animal com 5 olhos e
um longo nariz retrátil. -
30:50 - 30:56Um com longas e afiadas
espinhas nas costas. -
30:56 - 31:04Um outro com um circulo
de pinos na boca. -
31:04 - 31:07E ainda, apesar de serem
parecerem estranhas -
31:07 - 31:13algumas são também familiares.
-
31:13 - 31:15Como seres vivos, eles tem corpos
-
31:15 - 31:20com cabeças, caudas, membros,
-
31:20 - 31:25segmentos especializados
em certas funções. -
31:25 - 31:32Todos os estilos básicos de corpos
encontrados na natureza hoje. -
31:32 - 31:35Cada animal que viveu nos
últimos 500 milhões de anos -
31:35 - 31:43vieram da remodelagem
destes projetos iniciais. -
31:43 - 31:46Nós podemos ver até nosso
próprio ancestral aqui. -
31:46 - 31:50Talais este seja o
Rei de Burgess Shale. -
31:50 - 31:52Este é Pikaia.
-
31:52 - 31:56Um pequeno ser, Pikaia é
um dos mais raros fósseis -
31:56 - 31:57de Burgess Shale.
-
31:57 - 32:01É o único com um
cordão nervoso interno -
32:01 - 32:04lembrando uma espinha.
-
32:04 - 32:06Isto pode significar que
criaturas como Pikaia -
32:06 - 32:11foram os primeiros ancestrais
dos animais com esqueletos. -
32:11 - 32:15A idéia é que este possa
ser o precursor de um peixe -
32:15 - 32:17e assim, posteriormente,
-
32:17 - 32:20através de uma longa
evolução, nós mesmos. -
32:20 - 32:22A Explosão Cambriana importa
por um monte de razões. -
32:22 - 32:24Basicamente, é parte
de nossa história. -
32:24 - 32:27É da onde viemos e
isto importa muito. -
32:27 - 32:30Este é a época em que os
animais primeiro apareceram. -
32:30 - 32:38Nós olhamos para trás e podemos ver
parte de nossa história revelada. -
32:38 - 32:40O que aprendermos olhando
-
32:40 - 32:43a 600 milhões de anos
da história animal? -
32:43 - 32:47A remodelagem evolucionária
dos mamíferos em baleias.. -
32:47 - 32:49Do mesmo modo, a
remodelagem com os peixes -
32:49 - 32:52até tetrápodes
-
32:52 - 32:54e a remodelagem com os animais
-
32:54 - 32:57para formar os diferentes
estilos corporais que vemos. -
32:57 - 33:03Todas estas criaturas diferentes
são variações do mesmo tema -
33:03 - 33:07reformulado várias e várias vezes.
-
33:07 - 33:12A questão era, com o que a
evolução fazia as remodelagens? -
33:12 - 33:14Uma das descobertas notáveis
-
33:14 - 33:15dos últimos 20 anos
-
33:15 - 33:20é que a evolução não
remodela os corpos. -
33:20 - 33:22Ela reconstrói com a fórmula
-
33:22 - 33:24da maquinaria que
constrói os corpos. -
33:24 - 33:26Qual é esta fórmula?
-
33:26 - 33:27Qual é esta maquinaria?
-
33:27 - 33:31São os genes.
-
33:31 - 33:36Fósseis registram as mudanças
nos corpos dos animais -
33:36 - 33:42mas como os corpos
mudam era desconhecido. -
33:42 - 33:45A pesquisa pelo mecanismo
genético da evolução -
33:45 - 33:48tomou a maior parte
deste século 20. -
33:48 - 33:51Quando os cientistas o encontraram
-
33:51 - 33:54ficaram atordoados..
-
33:54 - 34:00pela simplicidade do mesmo.
-
34:00 - 34:04Um dos atores principais
foi Mike Levine. -
34:04 - 34:07Eu era, um garoto esquisito.
-
34:07 - 34:09Sempre gostei de insetos.
-
34:09 - 34:12Tínhamos um grande jardim,
e eu podia ficar lá. -
34:12 - 34:13Era um tipo de santuário.
-
34:13 - 34:16E, eu brincava com os insetos..
-
34:16 - 34:19dissecava-os, manipulava-os.
-
34:19 - 34:21Está é a mais prazerosa
memória que tenho. -
34:21 - 34:26A afinidade de Levine por insetos
levou a seu estudo em biologia. -
34:26 - 34:31Um inseto em particular
tornou-se objeto de fascinação. -
34:31 - 34:35Ele tem um curto
tempo de reprodução -
34:35 - 34:37e eles têm um monte de padrões.
-
34:37 - 34:39Você não os perceberá
se olhar de longe -
34:39 - 34:41mas quando olha pelo microscópio
-
34:41 - 34:43uma drosófila adulta
-
34:43 - 34:47fica aturdido com
o número de cerdas -
34:47 - 34:52e detalhes nas asas,
os detalhes nos olhos. -
34:52 - 34:55Mas os embriões são outra coisa.
-
34:55 - 34:56Eu amo os embriões.
-
34:56 - 34:58Os cientistas a muito suspeitam
-
34:58 - 35:07que embriões têm pistas de
como os animais evoluíram. -
35:07 - 35:09Todos os embriões
começam como mórulas -
35:09 - 35:15de células semelhantes.
-
35:15 - 35:18Mas logo um embrião divide-se
-
35:18 - 35:21em segmentos especializados
-
35:21 - 35:26que acabam na forma
final do animal. -
35:26 - 35:29O que controlava este processo?
-
35:29 - 35:35Como os embriões sabiam
a forma que tomar? -
35:35 - 35:37Uma dos primeiros a
estudar estas questões -
35:37 - 35:44foi um naturalista do séc.
19 chamado William Bateson. -
35:44 - 35:46Bateson escreveu que os
esqueletos dos animais revelavam -
35:46 - 35:59estruturas repetidas de segmentos.
-
35:59 - 36:02Ele também observou que animais
ocasionalmente desenvolviam -
36:02 - 36:07alguns segmentos
nos lugares errados. -
36:07 - 36:10Insetos com pernas no lugar errado.
-
36:10 - 36:13Caranguejos com uma pinça
transformada em perna. -
36:13 - 36:15Cobras com costelas a mais
-
36:15 - 36:17ou sapos com vértebras
cervicais a mais -
36:17 - 36:20e assim por diante.
-
36:20 - 36:23Para Bateson, estes erros no
desenvolvimento significavam -
36:23 - 36:26que o projeto de
construção do animal -
36:26 - 36:29estava corrompido.
-
36:29 - 36:31Ele não tinha idéia como acontecia
-
36:31 - 36:34mas suspeitava que estas
mudanças aleatórias -
36:34 - 36:41poderiam ser o
combustível da evolução -
36:41 - 36:44Em 1940, cientistas
trabalhando com drosófilas -
36:44 - 36:47descobriram como corromper
-
36:47 - 36:50o projeto natural:
-
36:50 - 36:56dosando os embriões
com radiação e veneno. -
36:56 - 36:57E quando faziam isto
-
36:57 - 37:01eles achavam moscas com
mudanças nas asas, nas pernas, -
37:01 - 37:03e estas moscas especiais
-
37:03 - 37:07que tinham uma parte do
corpo no lugar errado -
37:07 - 37:17ou uma cópia de uma parte
do corpo em outro lugar. -
37:17 - 37:19Os cientistas tinham
disparado as mudanças -
37:19 - 37:25danificando os danas.
-
37:25 - 37:27Dentro de cada célula do embrião
-
37:27 - 37:31está uma molécula chamada ADN.
-
37:31 - 37:34Os experimentos mostraram
que o ADN estava -
37:34 - 37:40causando a divisão do
embrião em segmentos. -
37:40 - 37:43Mas como?
-
37:43 - 37:45Os cientistas estavam
começando entender -
37:45 - 37:53que o ADN já era formado por
segmentos, chamados genes. -
37:53 - 38:01A questão era: como os
genes formavam o corpo? -
38:01 - 38:04Um pesquisador, Dr.
Ed Lewis da Caltech -
38:04 - 38:07estudou esta questão por 30 anos
-
38:07 - 38:12cruzando milhares de moscas.
-
38:12 - 38:16O trabalho de Lewis guiou-o
a uma idéia controvertida. -
38:16 - 38:19Ele propôs que um mecanismo
surpreendentemente simples -
38:19 - 38:23estava construindo os embriões.
-
38:23 - 38:26Ele escreveu que cada
segmento da mosca -
38:26 - 38:30estava sendo dirigido
por um único gene. -
38:30 - 38:34Uns poucos genes, um tipo
de ferramental genético -
38:34 - 38:38parecia estar formando
o corpo inteiro. -
38:38 - 38:40E quando olhou estes
genes, ele disse -
38:40 - 38:42"Este aqui afeta esta
parte do corpo." -
38:42 - 38:43"Este afeta a parte seguinte"
-
38:43 - 38:45E este afeta a próxima parte.
-
38:45 - 38:50Esta era uma observação
estonteante. -
38:50 - 38:53Foi incrível porque
parecia muito simples. -
38:53 - 38:56Ninguém imaginou que um
genes simples eram capazes -
38:56 - 39:02de controlar algo tão complexo
como a estrutura do corpo. -
39:02 - 39:06Céticos argüiram que o
trabalho dele era infundado. -
39:06 - 39:10É claro, ele nunca
tinha visto os genes -
39:10 - 39:15porque as técnicas para
tanto não existiam. -
39:15 - 39:16De 1920 a 1970
-
39:16 - 39:19não era possível isolar fisicamente
-
39:19 - 39:21um gene específico.
-
39:21 - 39:24Esta oportunidade
apareceu, para minha sorte, -
39:24 - 39:26no tempo em que era estudante
-
39:26 - 39:30E assim, muitos de nós pensávamos,
-
39:30 - 39:33"Finalmente poderemos
-
39:33 - 39:38identificar estes
genes misteriosos". -
39:38 - 39:44Levine alistou seu amigo
e parceiro Bill McGinnis. -
39:44 - 39:49O primeiro gene que procuram
tinha um nome estranho. -
39:49 - 39:55Antennapedia, que
significa "perna-antena" -
39:55 - 40:01O gene que se pensava controlar
o crescimento das pernas. -
40:01 - 40:03Quando o gene errava
-
40:03 - 40:07as pernas cresciam
em lugares errados: -
40:07 - 40:11na cabeça, no lugar da antena.
-
40:11 - 40:15Em moscas normais, pernas
crescem na secção mediana. -
40:15 - 40:18a área chamada tórax.
-
40:18 - 40:22Assim levine e McGinnis
decidiram caçar o gene -
40:22 - 40:27no tórax de um embrião normal.
-
40:27 - 40:28A expectativa
-
40:28 - 40:31é que a antennapedia
estaria ativa... -
40:31 - 40:33presente no tórax...
-
40:33 - 40:34no tórax em desenvolvimento,
do embrião. -
40:34 - 40:36Mas quem saberia?
-
40:36 - 40:39Levine e McGinnis
tinham que fazer algo -
40:39 - 40:42que ninguém tinha feito antes.
-
40:42 - 40:48Eles tinham que achar um
modo de ver um gene em ação. -
40:48 - 40:50Queríamos trazer à luz o gene,
-
40:50 - 40:53e isto era um trabalho e tanto.
-
40:53 - 40:59O projeto pedia por
inovadores métodos. -
40:59 - 41:01No início, não funcionou muito bem
-
41:01 - 41:07e havia um monte de
problemas a resolver. -
41:07 - 41:10O time tinha que achar
um delicado equilíbrio -
41:10 - 41:16nos elementos radiativos
e nas enzimas tóxicas. -
41:16 - 41:22Muito deles destruiriam
os embriões. -
41:22 - 41:24O processo não estava
muito gratificante -
41:24 - 41:27no dia a dia.
-
41:27 - 41:32Inacreditavelmente tedioso.
-
41:32 - 41:40Levou meses de tentativas e erros.
-
41:40 - 41:43As pessoas diziam,"Sabem,
deveriam tentar outra coisa". -
41:43 - 41:48"Sabem, é um tiro muito longo."
-
41:48 - 41:51Sabem, estão perdendo tempo.
-
41:51 - 41:56Mas nós continuamos.
-
41:56 - 42:11Finalmente, tarde da
noite, aconteceu! -
42:11 - 42:13E houve aquele momento...
-
42:13 - 42:18quando vimos que o gene
tornou-se uma faixa -
42:18 - 42:21no meio de um embrião.
-
42:21 - 42:23Isto nunca tinha sido feito antes.
-
42:23 - 42:29O gene antennapedia estava
agindo como um interruptor -
42:29 - 42:31ativando o segmento do embrião
-
42:31 - 42:34que se tornaria o tórax.
-
42:34 - 42:37As implicações eram confusas:
-
42:37 - 42:41se uns poucos genes como
antennapedia definem -
42:41 - 42:43segmentos inteiros de um animal
-
42:43 - 42:49estes genes estavam agindo
como arquitetos do corpo. -
42:49 - 42:54E se um destes genes
agisse no lugar errado -
42:54 - 42:58mudanças enormes poderiam
resultar no corpo. -
42:58 - 43:02Parecia que Levine e
McGinnis tinham descoberto -
43:02 - 43:06os genes responsáveis
pela evolução dos corpos. -
43:06 - 43:09Mas ainda havia dúvidas.
-
43:09 - 43:13O trabalho tinha sido
feito em drosófilas. -
43:13 - 43:15Como seria nos outros animais?
-
43:15 - 43:20Usariam o mesmo mecanismo
para formar seus corpos? -
43:20 - 43:24Uma resposta veio da Suíça.
-
43:24 - 43:28Em 1994, Walter Gehring
da Universidade de Basel -
43:28 - 43:31isolou o gene que acionava
-
43:31 - 43:36o crescimento dos
olhos das drosófilas. -
43:36 - 43:38O gene foi chamado de
Eyeless (sem olhos) -
43:38 - 43:44porque moscas sem
ele ficavam sem olhos -
43:44 - 43:51Gehring conhecia um gene nos ratos
que funcionava da mesma forma. -
43:51 - 43:55Ele imaginou se seriam
os 2 genes os mesmo? -
43:55 - 43:57E esta questão foi testada
-
43:57 - 44:02tirando o gene do camundongo
e o pondo na mosca. -
44:02 - 44:05para ver se as moscas entenderiam
-
44:05 - 44:07a mensagem do camundongo.
-
44:07 - 44:14Gehring trocou o gene da
mosca pelo gene do camundongo. -
44:14 - 44:17E para surpresa de todos
-
44:17 - 44:20o gene do roedor funcionou
perfeitamente bem -
44:20 - 44:27e induziu um olho
composto na mosca. -
44:27 - 44:31A mosca desenvolveu olhos de mosca
-
44:31 - 44:34usando o gene do roedor.
-
44:34 - 44:38Não apenas as 2 criaturas
usam o mesmo mecanismo; -
44:38 - 44:42mas também o mesmo gene.
-
44:42 - 44:47Este é o mecanismo por
trás das asas extras, -
44:47 - 44:55pernas nas cabeças, dos
animais deformados de Bateson. -
44:55 - 44:58A pesquisa secular estava completa.
-
44:58 - 45:02O motor genético da
evolução dos corpos -
45:02 - 45:06foi revelado como um
punhado de poderosos genes. -
45:06 - 45:07Bem, o que isto significa
-
45:07 - 45:10é que de algum modo a
evolução é mais simples -
45:10 - 45:13do que imaginávamos...
-
45:13 - 45:17quando pensamos sobre toda
a diversidade de formas; -
45:17 - 45:20primeiro acreditamos
que isto envolveria -
45:20 - 45:22toda uma complexa novela
-
45:22 - 45:25começando do rascunho, e
repetindo-se inumeradamente. -
45:25 - 45:28Agora entendemos que
não, a evolução trabalha -
45:28 - 45:31com pacotes de informação, e usa-os
-
45:31 - 45:35em novos e diferentes modos
e em diferentes combinações -
45:35 - 45:38sem necessariamente ter de inventar
-
45:38 - 45:42nada fundamentalmente novo
além de novas combinações. -
45:42 - 45:47De repente, as similaridades
entre os animais -
45:47 - 45:49foi entendida:
-
45:49 - 45:53os animais são parecidos
porque eles usam -
45:53 - 45:56o mesmo conjunto de
genes em seus corpos, -
45:56 - 46:00genes estes, herdados de
um ancestral em comum -
46:00 - 46:03que viveu há muito tempo.
-
46:03 - 46:07E o que vemos agora entre os
animais são apenas variações -
46:07 - 46:11no plano construtor que
existiu a 500 milhões de anos. -
46:11 - 46:13E há somente uma única conclusão
-
46:13 - 46:16que pode tirar disto; que é:
-
46:16 - 46:18se todos estes ramos
têm estes genes -
46:18 - 46:20então devemos ir à base disto,
-
46:20 - 46:23que é o último ancestral em
comum de todos os animais, -
46:23 - 46:26e deduzir que devem
ter sido estes genes. -
46:26 - 46:28Assim, a inteira
ramificação dos animais -
46:28 - 46:31a inteira diversificação animal,
-
46:31 - 46:36foi alimentada essencialmente
pelos estes mesmos genes. -
46:36 - 46:40Ed Lewis dividiu o
Prêmio Nobel de 1995 -
46:40 - 46:44pela descoberta dos
genes universais -
46:44 - 46:48que formam os corpos dos animais.
-
46:48 - 46:51E assim, veio como
uma grande surpresa -
46:51 - 46:54não somente para pessoas
como minha mãe, que diz -
46:54 - 46:56"Meu Deus, um verme e um roedor?
-
46:56 - 47:00Um verme e eu, dividimos
algo em comum?" -
47:00 - 47:03Mas também foi surpresa para
os cientistas pois havia -
47:03 - 47:07este profundo e constante
mecanismo construtor de embriões -
47:07 - 47:13entre todas as diferentes
espécies de animais. -
47:13 - 47:15E sobre nós?
-
47:15 - 47:17Nossos corpos são construídos
-
47:17 - 47:21pelos mesmos genes que
constroem os outros animais. -
47:21 - 47:25Ainda assim,somos diferentes.
-
47:25 - 47:34Nenhum outro animal
cria como nós criamos. -
47:34 - 47:38Parecemos tão especiais
que é difícil não pensar -
47:38 - 47:42que somos de algum modo
excepcionais na evolução... -
47:42 - 47:46mas.. é claro, não somos.
-
47:46 - 47:48A transformação que guiou-nos
-
47:48 - 47:54não foi diferentes de
outras transformações. -
47:54 - 47:58Nosso crucial ponto de
ignição deve ter ocorrido -
47:58 - 48:01quando nossos ancestrais
deixaram as árvores -
48:01 - 48:03e tornaram-se bípedes.
-
48:03 - 48:07Não sabemos exatamente
quando, ou mesmo onde -
48:07 - 48:10nossos ancestrais
tornaram-se bípedes. -
48:10 - 48:13Achamos que foi a cerca
de 4 milhões de anos -
48:13 - 48:16Quando estes ancestrais
desceram das árvores -
48:16 - 48:19e começaram a explorar
fontes de comida no chão -
48:19 - 48:21em habitats terrestres.
-
48:21 - 48:24Um dos elementos-chave que
deve ter sido útil para eles -
48:24 - 48:27foi o de liberar seus
membros anteriores, suas mãos -
48:27 - 48:31para estar apto a pegar e carregar
comida a longas distâncias. -
48:31 - 48:33Uma vez que isto ocorreu, abriu-se
-
48:33 - 48:38um extraordinário leque de
possibilidades e oportunidades. -
48:38 - 48:41A maioria dos hominídeos
foram extintos -
48:41 - 48:45mas um ramo acabou
evoluindo grandes cérebros. -
48:45 - 48:50Este ramo eventualmente
levou aos humanos modernos. -
48:50 - 48:53Como esta transição crucial
-
48:53 - 48:57para bípede começou?
-
48:57 - 49:00Liza Shapiro da
Universidade do Texas -
49:00 - 49:02procura por pistas
em primatas vivos. -
49:02 - 49:04Quando olha para registros fósseis
-
49:04 - 49:07tudo o que tem, realmente,
é uma pilha de ossos. -
49:07 - 49:08É uma entidade imóvel.
-
49:08 - 49:10Não há muito que se
possa saber sobre ela. -
49:10 - 49:15a menos que olhe
nos análogos vivos. -
49:15 - 49:18Assim, se olhar nos animais
vivos, você terá os ossos -
49:18 - 49:24mas também poderá
ver como se movem. -
49:24 - 49:27Em seus movimentos,
os lêmures lembram os -
49:27 - 49:28primatas arborícolas
-
49:28 - 49:30que viveram a 50
milhões de anos atrás. -
49:30 - 49:32Não evoluímos de lêmures
-
49:32 - 49:35mas eles podem ser os
melhores similares vivos -
49:35 - 49:39destes ancestrais distantes.
-
49:39 - 49:42Quando tentamos
reconstruir o cenário -
49:42 - 49:45sobre como os humanos evoluíram
para bípedes de seu ancestral -
49:45 - 49:48temos que saber da onde começamos.
-
49:48 - 49:51Se iremos atrás de uma explicação
-
49:51 - 49:57não somente de como fizemos
a transição, mas por quê. -
49:57 - 50:00Hoje, Shapiro esta
juntando informação -
50:00 - 50:02sobre o estilo de
movimento do lêmure. -
50:02 - 50:05Pequenos refletores foram colocados
-
50:05 - 50:07nas costas dos animais.
-
50:07 - 50:10Uma rede de câmeras
infravermelhas gravará o Lêmure -
50:10 - 50:16quando caminha através desta ponte.
-
50:16 - 50:19É claro, fazer um lêmure
fazer o que estava no roteiro -
50:19 - 50:21não é tão fácil.
-
50:21 - 50:36Lá vamos nós.
-
50:36 - 50:39Finalmente, o animal
fez a travessia. -
50:39 - 50:40Aqui vamos nós...Oh, ótimo!
-
50:40 - 50:42Tudo bem.
-
50:42 - 50:43Conseguiu.
-
50:43 - 50:44E já desceu.
-
50:44 - 50:48O movimento da espinha do
lêmure pode agora ser analisado -
50:48 - 50:51em 3 dimensões.
-
50:51 - 50:57A informação revela que a espinha
do lêmure é muito flexível -
50:57 - 51:00capaz de vários
tipos de movimentos. -
51:00 - 51:03Lêmures é um quadrúpede
-
51:03 - 51:06mas ele também é bom saltador.
-
51:06 - 51:11Como estes lêmures, os
primeiros primatas moviam-se -
51:11 - 51:12de várias maneiras:
-
51:12 - 51:19de quatro, subindo em árvores...
-
51:19 - 51:24saltando para uma posição superior.
-
51:24 - 51:27Eles não estavam limitados a
um único estilo de movimento -
51:27 - 51:30assim, serviriam como
um primeiro passo -
51:30 - 51:36para vários experimentos
evolucionários. -
51:36 - 51:41E mais provável, isto é
justamente o que aconteceu. -
51:41 - 51:42Não fomos os únicos
-
51:42 - 51:45que evoluíram destes ancestrais.
-
51:45 - 51:49Mas sim a maioria dos
primatas modernos. -
51:49 - 51:53Nosso primo mais próximo
são os chimpanzés. -
51:53 - 51:56Não evoluímos deles
-
51:56 - 51:59mas dividimos um recente
ancestral em comum. -
51:59 - 52:00Pode vir até aqui?
-
52:00 - 52:06Por isto que nosso ADN é
quase idêntico ao deles... -
52:06 - 52:09e o porquê de nossos esqueletos
terem o mesmo número de ossos -
52:09 - 52:13arranjados do mesmo modo.
-
52:13 - 52:17mas as poucas diferenças
físicas que nos separam -
52:17 - 52:21parecem fazer enorme diferença.
-
52:21 - 52:25Chimpanzés não são bípedes.
-
52:25 - 52:28Eles evoluíram um estilo
diferente de caminhar -
52:28 - 52:29chamado "Knucklewalking"
(sobre os dedos) -
52:29 - 52:31Knucklewalking
-
52:31 - 52:34é uma adaptação muito
especializada que vemos -
52:34 - 52:37entre os chimpanzés e gorilas.
-
52:37 - 52:40É uma adaptação para andar no chão.
-
52:40 - 52:45Knucklewalking foi um
experimento evolucionário válido -
52:45 - 52:46como o dos bípedes.
-
52:46 - 52:49Mas a diferença em
nosso estilo de andar -
52:49 - 52:52que pode ter afetado
nossos intelectos -
52:52 - 52:59é visto em pequenas diferenças
nos nossos esqueletos. -
52:59 - 53:02Aqui estão 2 esqueletos
de primatas modernos. -
53:02 - 53:04Este esqueleto, estou
certo, todos reconhecem -
53:04 - 53:07porque é o esqueleto humano.
-
53:07 - 53:08Este é um humano moderno.
-
53:08 - 53:10Mas este esqueleto menor
-
53:10 - 53:16é um dos nossos
primos, os chimpanzés. -
53:16 - 53:17Nós começamos a andar em 2 pernas
-
53:17 - 53:21e isto causou uma série de
modificações no esqueleto. -
53:21 - 53:22Nos humanos, o cordão espinhal
-
53:22 - 53:25vem da base do crânio
-
53:25 - 53:27e vai direto para baixo
-
53:27 - 53:30enquanto aqui ele vez
de trás do crânio. -
53:30 - 53:32A pélvis é de formato
bem diferente. -
53:32 - 53:36Um chimpanzé tem uma
longa e estreita pélvis. -
53:36 - 53:39A nossa é curta e quadrada.
-
53:39 - 53:43Andamos como os joelhos bem juntos.
-
53:43 - 53:46Os chimpanzés andam
com eles separados. -
53:46 - 53:48São pequenas diferenças.
-
53:48 - 53:52Estes são os tipos de
remodelagem que a evolução fez -
53:52 - 53:56para transformar-nos
em bípedes modernos. -
53:56 - 54:01O que seria se nossos
ancestrais não ficassem de pé? -
54:01 - 54:04E se eles tivessem tomado
uma direção diferente -
54:04 - 54:10ao longo da trilha para
tornarem-se humanos? -
54:10 - 54:15Um dos grandes enganos que a
maioria das pessoas tem é que.. -
54:15 - 54:19uma vez que nossos ancestrais
levantaram-se, seria quase inevitável -
54:19 - 54:21que estivéssemos aqui hoje,
-
54:21 - 54:24esta espécie egocêntrica.
O Homo sapiens -
54:24 - 54:26evoluiria desta maneira e pronto.
-
54:26 - 54:28Mas o que vemos é
-
54:28 - 54:31que a evolução trabalhou
do mesmo modo conosco -
54:31 - 54:35como fez com cada
organismo neste planeta. -
54:35 - 54:38Estamos aqui por uma série
de coincidências aleatórias, -
54:38 - 54:42adaptações específicas,
oportunidades aproveitadas. -
54:42 - 54:46Assim, eu penso que quando
olhamos para nossas origens -
54:46 - 54:48vemos que é extraordinário
-
54:48 - 54:53que humanos estejam aqui para
olhar e ponderar seu passado. -
54:53 - 54:55Isto significa que
não somos especiais -
54:55 - 54:56em nada?
-
54:56 - 54:58Claro que não.
-
54:58 - 55:00Nós é que estamos
contando a estória. -
55:00 - 55:02E isto é muito importante...
-
55:02 - 55:05que a evolução, que a
vida chegou ao ponto -
55:05 -aonde podemos contar esta estória.
- Title:
- Evolution: Great Transformations (PBS Documentary) 2/7
- Description:
-
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http://www.youtube.com/EvolutionDocumentaryBroadcast (2001) What underlies the incredible diversity of life on Earth? How have complex life forms evolved? The journey from water to land, the return of land mammals to the sea, and the emergence of humans all suggest that creatures past and present are members of a single tree of life. Evolution determines who lives, who dies, and who passes traits on to the next generation. The process plays a critical role in our daily lives, yet it is one of the most overlooked and misunderstood concepts ever described. The Evolution series goals are to heighten public understanding of evolution and how it works, to dispel common misunderstandings about the process, and to illuminate why it is relevant to all of us.
The Evolution project's eight-hour television miniseries travels the world to examine evolutionary science and the profound effect it has had on society and culture. From the genius and torment of Charles Darwin to the scientific revolution that spawned the tree of life, from the power of sex to drive evolutionary change to the importance of mass extinctions in the birth of new species, the Evolution series brings this fascinating process to life. The series also explores the emergence of consciousness, the origin and success of humans, and the perceived conflict between science and religion in understanding life on Earth.
- Duration:
- 56:38
![]() |
Amara Bot edited Portuguese subtitles for Evolution: Great Transformations (PBS Documentary) 2/7 | |
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