Aubrey de Grey diz que podemos evitar envelhecer
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0:00 - 0:0218 minutos é um limite de tempo absolutamente brutal,
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0:02 - 0:04então vou mergulhar no assunto, indo direto ao ponto
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0:04 - 0:06onde eu coloco a coisa pra funcionar.
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0:06 - 0:08Vamos lá. Eu vou falar de cinco coisas diferentes.
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0:08 - 0:11Vou falar sobre porque vencer o envelhecimento é desejável.
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0:11 - 0:13Vou falar sobre porque temos que tomar vergonha na cara
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0:13 - 0:15e realmente discutir mais esse assunto.
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0:15 - 0:17Vou falar também da viabilidade, claro.
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0:17 - 0:19Vou falar sobre o porque somos tão fatalistas
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0:19 - 0:21em fazer algo sobre o envelhecimento.
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0:21 - 0:23E então, na segunda parte desta palestra, eu vou
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0:23 - 0:28falar sobre como é possivel provar que esse fatalismo é errado,
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0:28 - 0:30especificamente, se fizermos algo a respeito.
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0:30 - 0:32Vou fazer isso em duas partes.
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0:32 - 0:34Na primeira, falarei sobre
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0:34 - 0:37como passar de uma extensão de vida relativamente modesta –
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0:37 - 0:40que vou definir como 30 anos, aplicada às pessoas
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0:40 - 0:42que já estarão na meia-idade quando começarem –
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0:42 - 0:45até onde poderemos genuinamente chamar de derrota do envelhecimento.
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0:45 - 0:49Especificamente, em essência a eliminação da relação entre
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0:49 - 0:51a sua idade e a probabilidade da sua morte no ano que vem –
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0:51 - 0:53ou mesmo, de se ficar doente para começar.
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0:53 - 0:55E claro, a última coisa de que falarei
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0:55 - 0:57será como alcançar um meio-termo,
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0:57 - 1:00aqueles 30 anos de extensão da vida.
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1:00 - 1:03Bem, vou começar com por que devemos.
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1:03 - 1:05Agora, eu quero fazer uma pergunta.
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1:05 - 1:08Levante a mão, quem na platéia é a favor da malária?
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1:08 - 1:09OK. Essa foi fácil.
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1:09 - 1:11OK. Levante a mão, quem na platéia
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1:11 - 1:14não tem certeza se a malária é uma coisa boa ou ruim?
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1:14 - 1:16OK. Todos pensamos que a malária é ruim.
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1:16 - 1:18Isso é uma ótima notícia, pois eu achava que essa deveria ser a resposta.
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1:18 - 1:20Agora, quero colocar que,
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1:20 - 1:23a razão principal pela qual achamos que a malária é ruim,
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1:23 - 1:27é por causa de uma característica que ela tem em comum com envelhecimento
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1:27 - 1:30e aqui está a característica.
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1:30 - 1:35A única diferença real é que o envelhecimento mata muito mais gente que a malária.
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1:35 - 1:37Agora, o que eu gosto em uma platéia, na Britânia especificamente,
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1:37 - 1:39é de fazer um comparação com a caça da raposa,
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1:39 - 1:42que é algo que foi banido após um grande esforço
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1:42 - 1:45do governo, há pouco meses atrás.
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1:45 - 1:47Quero dizer, sei que tenho uma platéia simpatizante aqui,
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1:47 - 1:50mas, como sabemos, muitas pessoas não concordam inteiramente com essa lógica.
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1:50 - 1:53E esta é, na verdade, uma comparação muito boa, para mim.
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1:53 - 1:55Muita gente diz: "Quer saber,
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1:55 - 2:00o povo da cidade não deve se meter no que fazemos com o nosso tempo aqui no interior.
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2:00 - 2:02É uma parte tradicional da nossa vida,
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2:02 - 2:04e nós deveríamos poder continuar fazendo isso.
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2:04 - 2:07É ecologicamente correto, pois evita uma explosão na população das raposas."
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2:07 - 2:09Porém, no fim, o governo prevaleceu
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2:09 - 2:10porque a maioria do público bretão,
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2:10 - 2:12e, certamente, a maioria dos membros do Parlamento,
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2:12 - 2:14concluiu que era algo que realmente
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2:14 - 2:16não deveria ser tolerado em uma sociedade civilizada.
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2:16 - 2:17E eu acho que o envelhecimento humano tem em comum
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2:17 - 2:19todas essas características, sem sombra de dúvida.
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2:20 - 2:22Que parte disto as pessoas não entendem?
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2:22 - 2:24Não é apenas sobre a vida, é claro –
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2:24 - 2:25[Risos]
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2:25 - 2:28É sobre vida saudável, sabe –
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2:28 - 2:31tornar-se frágil, miserável e dependente não é divertido,
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2:31 - 2:33caso morrer seja divertido ou não.
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2:33 - 2:35Então realmente, eu gostaria de descrever da seguinte forma.
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2:35 - 2:37É um transe global.
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2:37 - 2:39Todas essas desculpas diferentes
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2:39 - 2:41que as pessoas dão ao envelhecimento.
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2:41 - 2:43E, quero dizer, OK, não estou afirmando que
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2:43 - 2:45essas desculpas não têm nenhum valor.
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2:45 - 2:47Alguns desses pontos são muito bons.
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2:47 - 2:50Temos que estar sempre pensando, planejando,
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2:50 - 2:52para que nada dê errado, para minimizarmos
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2:52 - 2:55a turbulência quando realmente conseguirmos curar o envelhecimento.
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2:55 - 2:58Mas, tudo isso é completamente maluco, quando você
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2:58 - 3:00se dá conta do seu senso de proporção.
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3:00 - 3:04Sabe, esses são argumentos, são coisas que
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3:04 - 3:06seriam preocupações legítimas.
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3:06 - 3:09Porém, a pergunta é: será que são tão perigosos –
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3:09 - 3:11esses riscos de se fazer algo sobre o envelhecimento –
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3:11 - 3:15que eles ultrapassam o aspecto negativo de se fazer o oposto,
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3:15 - 3:17ou seja, deixar o envelhecimento como é?
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3:17 - 3:19Será que eles são tão negativos que superam
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3:19 - 3:25condenarmos 100 mil pessoas por dia a uma morte desnecessariamente prematura?
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3:25 - 3:27Bem, se não tem um argumento muito bom,
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3:27 - 3:30então, te peço, não me faça perder tempo.
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3:30 - 3:31(Risos)
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3:31 - 3:32Agora, existe um argumento
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3:32 - 3:34que algumas pessoas acham que é realmente muito bom.
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3:34 - 3:36As pessoas se preocupam com a superpopulação. Elas dizem:
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3:36 - 3:38"Bem, se curarmos o envelhecimento, e ninguém mais morrer,
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3:38 - 3:41ou pelo menos o índice de mortalidade for bem menor,
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3:41 - 3:43apenas de atravessar a rua distraído,
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3:43 - 3:45então não poderemos mais ter muitos filhos,
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3:45 - 3:47e crianças são importantes para a maioria."
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3:47 - 3:49Isso é verdade.
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3:49 - 3:52A maioria das pessoas que tenta evitar o assunto,
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3:52 - 3:53acabam dando respostas como essa.
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3:53 - 3:56Eu não concordo com essas respostas. Acho que elas simplesmente não funcionam.
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3:56 - 3:59Concordo que nós teremos que enfrentar um dilema a esse respeito.
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3:59 - 4:03Que teremos que escolher entre uma taxa de nascimento menor,
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4:03 - 4:05ou uma taxa de mortalidade maior.
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4:05 - 4:08Uma taxa de mortalidade maior deriva, é claro, da simples rejeição desses tratamentos,
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4:08 - 4:12em favor de continuarmos a ter muitos filhos.
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4:12 - 4:14E isso não é um problema –
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4:14 - 4:17o futuro da humanidade têm todo o direito de fazer essa escolha.
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4:17 - 4:21O que não esta certo é fazermos essa escolha em nome do futuro.
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4:21 - 4:23Se vacilarmos, hesitarmos,
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4:23 - 4:26e não desenvolvermos esses tratamentos,
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4:26 - 4:30estaremos, então, condenando um monte de gente –
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4:30 - 4:32que teriam sido jovens e saudáveis o bastante
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4:32 - 4:34para se beneficiarem dos tratamentos, mas não irão
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4:34 - 4:36porque não as desenvolvemos tão rápido quanto poderíamos –
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4:36 - 4:38nós estaremos negando a essas pessoas inúmeros anos de vida
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4:38 - 4:40e eu considero isso imoral.
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4:40 - 4:43Essa é a minha resposta pra questão da superpopulação.
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4:43 - 4:45Certo. Então o próximo item é,
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4:45 - 4:47por que deveríamos ir mais fundo nisto?
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4:47 - 4:49E a resposta fundamental é que
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4:49 - 4:52o transe pró-envelhecimento não é tão burro quanto parece.
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4:52 - 4:56Na verdade, é uma forma inteligente de lidar com a inevitabilidade do envelhecimento.
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4:56 - 5:00Envelhecer é um horror, porém inevitável, então
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5:00 - 5:02temos que encontrar um jeito de não pensar no assunto,
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5:02 - 5:06e é racional que façamos tudo o que quisermos para isso.
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5:06 - 5:09Como, por exemplo, inventar desculpas ridículas
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5:09 - 5:11de que envelhecer é uma coisa boa no fim das contas.
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5:11 - 5:15Mas é claro, isso só funciona quando temos ambos os componentes.
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5:15 - 5:18E tão logo a parte inevitável se torne um pouco incerta,
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5:18 - 5:20e estejamos perto de fazer algo sobre o envelhecimento,
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5:20 - 5:22este algo torna-se parte do problema.
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5:22 - 5:26Este estado de transe pró-envelhecimento é o que nos impede de discutir esse assunto.
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5:26 - 5:30E a razão pela qual realmente devemos discutí-lo –
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5:30 - 5:32diria até mesmo evangelizar –
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5:32 - 5:35é para chamarmos a atenção das pessoas e fazê-las entender
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5:35 - 5:37que elas estão num transe a esse respeito.
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5:37 - 5:39Então, isso é o que eu queria dizer sobre isso.
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5:39 - 5:42Agora vou falar sobre a viabilidade.
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5:42 - 5:46E a razão fundamental pela qual, eu acho, pensamos que envelhercer é inevitável
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5:46 - 5:49se resume na definição de envelhecimento que estou dando aqui.
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5:49 - 5:50Uma definição bem simples.
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5:50 - 5:53Envelhecer é um efeito colateral de se viver,
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5:53 - 5:55ou seja, do metabolismo.
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5:55 - 5:58Essa observação não é completamente redundante,
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5:58 - 5:59é uma observação razoável.
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5:59 - 6:03O envelhecimento é basicamente um processo que acontece a objetos inanimados, como carros,
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6:03 - 6:05e que também acontece com a gente,
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6:05 - 6:08apesar do fato de termos vários mecanismos inteligentes de auto-reparo,
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6:08 - 6:10pois esses mecanismos de auto-reparo não são perfeitos.
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6:10 - 6:12Então, o metabolismo, que é definido como
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6:12 - 6:15basicamente tudo que nos mantém vivos no dia-a-dia,
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6:15 - 6:17tem efeitos colaterais.
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6:17 - 6:19Esses efeitos colaterais se acumulam e eventualmente causam patologias.
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6:19 - 6:21Essa definição é boa. Então, podemos colocar desta forma:
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6:21 - 6:23podemos dizer que temos essa cadeia de eventos.
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6:23 - 6:25E há, de fato, duas opções em jogo,
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6:25 - 6:28de acordo com a maioria, em relação ao adiamento do envelhecimento.
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6:28 - 6:32Essas opções são o que eu chamo de abordagem gerontológica e abordagem geriátrica.
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6:32 - 6:34O geriatra vai intervir no final,
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6:34 - 6:36quando a patologia se tornar evidente,
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6:36 - 6:39e o gerontologista vai tentar minimizar o impacto,
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6:39 - 6:42e impedir que o acúmulo de efeitos colaterais
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6:42 - 6:44faça surgir a patologia tão cedo.
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6:44 - 6:47Claro que essa é uma estratégia de curto prazo, uma batalha perdida,
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6:47 - 6:50porque as causas da patologia
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6:50 - 6:52só aumetam com o passar do tempo.
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6:52 - 6:56A abordagem gerontológica parece muito mais promissora a princípio,
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6:56 - 6:59porque prevenção é melhor que cura.
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6:59 - 7:02Infelizmente, o problema é que ainda não entendemos muito bem o metabolismo.
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7:02 - 7:05Na verdade, temos uma compreensão lamentável de como organismos funcionam –
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7:05 - 7:07até mesmo em células ainda não somos muito bons.
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7:07 - 7:09Só descobrimos coisas como, por exemplo,
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7:09 - 7:12a interferência do ARN há poucos anos,
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7:12 - 7:14e este é um componente fundamental do funcionamento das células.
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7:14 - 7:17Basicamente, a gerontologia é uma boa abordagem,
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7:17 - 7:19mas seu tempo ainda não chegou
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7:19 - 7:21quando falamos em intervenção.
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7:21 - 7:24Então, o que devemos fazer?
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7:24 - 7:26Quero dizer, a lógica é correta, parece convincente,
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7:26 - 7:28bem fundamentada, não?
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7:28 - 7:30Mas não é.
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7:30 - 7:33Antes de explicar porque não, vou falar um pouco sobre
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7:33 - 7:35o que chamo de segundo passo.
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7:35 - 7:39Vamos supor que, como eu disse, nós consigamos –
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7:39 - 7:41digamos que hoje pra exemplificar o argumento –
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7:41 - 7:45desenvolver a habilidade de extender a vida saudável por 30 anos
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7:45 - 7:48em pessoas que já estão na meia-idade, digamos, com 55 anos.
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7:48 - 7:51Vou chamar isso de Rejuvenescimento Humano Sadio, OK?
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7:51 - 7:52O que isso realmente significa é:
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7:52 - 7:55por quanto tempo pessoas de várias idades hoje --
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7:55 - 7:58ou o equivalente, de várias idades quando os tratamentos estiverem disponíveis --
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7:59 - 8:00viveriam de fato?
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8:01 - 8:03Para responder essa pergunta – você pode achar que é simples,
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8:03 - 8:04mas não é.
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8:04 - 8:07Não podemos simplesmente dizer, "Bem, se eles são jovens o suficiente para se beneficiar dos tratamentos,
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8:07 - 8:08então eles viverão 30 anos a mais."
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8:08 - 8:10Essa é a resposta errada.
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8:10 - 8:12E a razão desta reposta não ser correta é por causa do progresso.
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8:12 - 8:14Temos duas formas de progresso tecnológico,
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8:14 - 8:15para este fim.
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8:15 - 8:18Existem grandes descobertas fundamentais
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8:18 - 8:22e existem refinamentos adicionais a esses descobertas.
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8:22 - 8:24Agora, eles são bem diferentes
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8:24 - 8:27em termos da previsibilidade de duração.
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8:27 - 8:28Descobertas fundamentais:
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8:28 - 8:30é muito difícil prever quanto tempo levaremos
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8:30 - 8:31pra realizar uma descoberta fundamental.
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8:31 - 8:34Decidimos, há muito tempo atrás, que seria divertido voar,
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8:34 - 8:37e apenas em 1903 realmente entendemos como fazê-lo.
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8:37 - 8:41Mas logo após, as coisas progrediram de forma rápida e uniforme.
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8:41 - 8:44E acho que foi uma sequência razoável de eventos que sucederam
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8:44 - 8:48o progresso da tecnologia de vôo motorizado.
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8:48 - 8:52Podemos, de fato, imaginar que cada avanço estava
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8:52 - 8:55além da imaginação do inventor anterior, se você preferir.
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8:55 - 8:59Os avanços adicionais se devem a alguma coisa
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8:59 - 9:01que, então, não é mais adicional.
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9:01 - 9:04Este é o tipo de coisa que vemos depois de uma descoberta fundamental.
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9:04 - 9:06E vemos isso em todo tipo de tecnologia.
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9:06 - 9:09Computadores, você pode fazer uma comparação mais ou menos paralela,
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9:09 - 9:10aconteceram um pouco depois.
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9:10 - 9:13Podemos falar sobre tratamentos médicos. Quer dizer, higiene, vacinas, antibióticos –
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9:13 - 9:15também seguem esse mesmo padrão.
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9:15 - 9:19Então eu acho que, na verdade, o segundo passo, que mencionei há pouco,
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9:19 - 9:20não é bem um passo.
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9:20 - 9:23E que, de fato, as pessoas que são jovens o suficiente
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9:23 - 9:25para se beneficiar desses primeiros tratamentos
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9:25 - 9:27que resultam em uma extensão de vida moderada,
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9:27 - 9:31mesmo que essas pessoas estejam na meia-idade quando os tratamentos forem disponibilizados
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9:31 - 9:33elas terão alguma limitação.
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9:33 - 9:37Eles poderão sobreviver o suficiente para receber tratamentos mais eficazes
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9:37 - 9:39que lhes darão mais 30 ou talvez 50 anos.
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9:39 - 9:42Ou seja, eles estarão um passo a frente.
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9:42 - 9:45Esses tratamentos continuarão a melhorar mais rápido
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9:45 - 9:49do que suas imperfeições restantes são capazes de nos alcançar.
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9:49 - 9:51É importante que eu consigar explicar esse ponto.
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9:51 - 9:53Porque, sabe, a maioria das pessoas quando escutam
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9:53 - 9:58minha previsão de que muita gente viva hoje chegará a ter 1.000 anos ou mais,
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9:58 - 10:02elas acham que estou dizendo que, nas próximas décadas, inventaremos tratamentos
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10:02 - 10:05que vão eliminar tão completamente o envelhecimento
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10:05 - 10:08que nos permitirão viver 1.000 anos ou mais.
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10:08 - 10:10Não é isso que estou dizendo.
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10:10 - 10:12O que estou dizendo é que a taxa de melhoria desses tratamentos
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10:12 - 10:13será suficiente.
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10:13 - 10:16Nunca serão perfeitas, mas conseguiremos curar as coisas que
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10:16 - 10:19fazem pessoas de 200 anos morrer, antes que elas cheguem aos 200 anos.
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10:19 - 10:21E o mesmo para os 300 ou 400, etc.
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10:21 - 10:24Eu resolvi nomear isso como:
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10:24 - 10:25"velocidade de escape da longevidade"
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10:26 - 10:28(Risos)
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10:28 - 10:31Bem, parece que ajuda a explicar.
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10:31 - 10:36Então, essas trajetórias são basicamente como esperamos que as pessoas vivam
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10:36 - 10:38em termos de expectativa de vida,
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10:38 - 10:40medidas pela saúde de cada uma e
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10:40 - 10:43pelas suas respectivas idades quando os tratamentos surgirem.
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10:43 - 10:45Se você já tiver 100, ou até mesmo 80 –
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10:45 - 10:47e alguém em torno dos 80 anos de idade,
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10:47 - 10:49provavelmente não poderemos fazer muito por você com o tratamento,
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10:49 - 10:51porque sua hora já estará perto demais
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10:51 - 10:55para que as primeiras terapias experimentais façam efeito em você.
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10:55 - 10:56Você não será capaz de aguentá-las,
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10:56 - 10:58Mas se você tiver apenas 50, então há uma chance
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10:58 - 11:01de que você consiga arremeter, entende –
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11:01 - 11:02(Risos)
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11:02 - 11:05eventualmente sobreviver.
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11:05 - 11:08E comece a se tornar biologicamente mais jovem, de forma significativa
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11:08 - 11:10em termos da sua juventude, tanto física quanto mental,
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11:10 - 11:12e em termos de risco de morte por causas relacionadas à sua idade.
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11:12 - 11:14E, claro que se você for ainda mais jovem,
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11:14 - 11:16então você nunca chegará perto
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11:16 - 11:19desse estado de fragilidade que leva à morte por causas relacionadas a idade.
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11:19 - 11:24Então, chego a uma conclusão real de que a primeira pessoa de 150 anos –
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11:24 - 11:26ainda não sabemos que idade tem essa pessoa hoje,
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11:26 - 11:28porque não sabemos quanto tempo ainda vai demorar
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11:28 - 11:30até termos a primeira geração de tratamentos.
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11:30 - 11:32Mas, independente da idade,
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11:32 - 11:36eu digo que a primeira pessoa a viver até os 1.000 anos –
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11:36 - 11:39tirando, é claro, qualquer catástrofe global –
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11:39 - 11:43é, na verdade, provavelmete apenas 10 anos mais nova que a primeira a chegar aos 150 anos.
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11:43 - 11:45E esta é uma idéia e tanto.
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11:45 - 11:48Então, finalmente, eu vou passar o resto da palestra,
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11:48 - 11:51meus últimos sete minutos e meio, falando do primeiro passo,
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11:51 - 11:56ou seja, como realmente atingiremos essa extensão de vida moderada
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11:56 - 11:59que nos permitirá alcançar a velocidade de escape?
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11:59 - 12:03Para fazer isso, preciso falar um pouco sobre ratos.
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12:03 - 12:06Eu tenho um marco correspondente ao Rejuvenescimento Humano Sadio.
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12:06 - 12:09O que chamo de rejuvenescimento sadio dos ratos, não muito criativo,
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12:09 - 12:11e é o que o nome descreve.
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12:11 - 12:13Vamos pegar uma classe de ratos que vive muito,
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12:13 - 12:16ou seja, ratos que vivem cerca de três anos em média.
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12:16 - 12:19E faremos absolutamente nada com eles até atingirem dois anos de idade.
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12:19 - 12:21E, então, faremos um monte de coisas com eles,
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12:21 - 12:23e com esses tratamentos, faremos com que vivam,
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12:23 - 12:25em média, até o seu quinto aniversário.
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12:25 - 12:27Em outras palavras, adicionaremos dois anos –
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12:27 - 12:29nós triplicaremos a longevidade restante,
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12:29 - 12:31começando do ponto onde iniciamos os tratamentos.
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12:31 - 12:34A questão então será: o que isso significará em termos de tempo
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12:34 - 12:37até chegarmos ao marco, de que falei há pouco, para os humanos?
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12:37 - 12:39O que chamamos, como expliquei,
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12:39 - 12:43de Rejuvenescimento Humano Sadio ou velocidade de escape da longevidade.
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12:43 - 12:46Em seguida, o que isso significa para a percepção pública,
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12:46 - 12:48de quanto tempo demorará para atingirmos essas coisas,
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12:48 - 12:50a partir do momento que iniciarmos com os ratos?
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12:50 - 12:52Por último, a questão é, o que isso fará
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12:52 - 12:53em relação a demanda das pessoas?
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12:54 - 12:56Me parece que a primeira pergunta
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12:56 - 12:57é uma pergunta inteiramente biológica,
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12:57 - 12:59e extremamente difícil de responder.
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12:59 - 13:01Dá espaço para muita especulação,
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13:01 - 13:04e muitos colegas meus diriam que não deveríamos especular,
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13:04 - 13:08que deveríamos simplesmente manter sigilo até sabermos mais.
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13:08 - 13:09Acho que isso é um disparate.
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13:09 - 13:12Na minha opinião, é muita irresponsabilidade se ficarmos quietos.
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13:12 - 13:15Devemos fazer o melhor que pudermos para definir um calendário,
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13:15 - 13:18para darmos às pessoas um senso de proporção
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13:18 - 13:20para que elas possam definir suas prioridades.
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13:20 - 13:23Então, digo que temos 50% de chance
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13:23 - 13:25de atingirmos o marco do RHS,
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13:25 - 13:28Rejuvenescimento Humano Sadio, dentro de 15 anos a partir do ponto
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13:28 - 13:30em que começarmos o rejuvenescimento sadio dos ratos.
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13:30 - 13:33Quinze anos a partir do rato sadio.
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13:33 - 13:36A percepção do público provavelmente será bem melhor.
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13:36 - 13:38O público tende a subestimar a dificuldade de estudos científicos.
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13:38 - 13:40Vai pensar que a espera será de uns cinco anos.
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13:40 - 13:42Será um erro, mas na verdade não fará tanta diferença.
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13:42 - 13:45E finalmente, claro, acho que vale dizer que
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13:45 - 13:49uma grande parte da razão pela qual o público é tão ambivalente em relação ao envelhecimento
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13:49 - 13:51tem a ver com o transe global de que falei há pouco.
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13:51 - 13:53Isso já será história quando chegarmos lá,
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13:53 - 13:56porque não será mais possível acreditar que o envelhecimento humano é inevitável,
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13:56 - 13:59porque o teremos adiado nos ratos de forma eficaz.
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13:59 - 14:03Então, é provável que acabemos com uma mudança radical na atitude das pessoas,
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14:03 - 14:05e claro que isso terá implicações enormes.
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14:06 - 14:08Para que possamos explicar como conseguiremos esses ratos,
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14:09 - 14:11eu tenho que falar mais um pouco sobre a minha descrição de envelhecimento.
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14:11 - 14:13Vou usar a palavra "danos"
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14:13 - 14:17para explicar essas coisas intermediárias que são causadas pelo metabolismo,
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14:17 - 14:19e que eventualmente causam uma patologia.
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14:19 - 14:21Porque o ponto mais crítico desse assunto
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14:21 - 14:23é que mesmo que os danos apenas eventualmente causem uma patologia,
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14:23 - 14:28esses danos são causados no decorrer de vida, começando antes de nascermos.
-
14:28 - 14:31Porém, não fazem parte do metabolismo em si.
-
14:31 - 14:32E isso, no final das contas, é útil.
-
14:32 - 14:35Porque desta forma podemos redesenhar nosso diagrama original.
-
14:35 - 14:38Podemos dizer que, fundamentalmente, a diferença entre gerontologia e geriatria
-
14:38 - 14:40é que a gerontologia tenta inibir a taxa
-
14:40 - 14:42com que o metabolismo causa o dano.
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14:42 - 14:44E eu já vou explicar exatamente o que esse dano é
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14:44 - 14:46biologicamente falando.
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14:47 - 14:49E geriatras tentam atrasar as areias do tempo
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14:49 - 14:51impedindo que o dano se converta em patologia.
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14:51 - 14:53E a razão pela qual é uma batalha perdida
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14:53 - 14:55é porque o dano vai acumulando continuamente.
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14:55 - 14:58Há uma terceira abordagem, se prestarmos atenção.
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14:58 - 15:00Podemos chamá-la de abordagem de engenharia,
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15:00 - 15:03e eu acho que está abordagem de engenharia está ao nosso alcance.
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15:03 - 15:06A abordagem de engenharia não intervém em nenhum processo.
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15:06 - 15:08Não intervém nesse processo, nem nesse outro.
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15:08 - 15:11E isso é bom porque significa que não é uma batalha perdida,
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15:11 - 15:14e é algo que está ao alcance do que somos capazes de fazer,
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15:14 - 15:17porque não involve melhorar a evolução.
-
15:17 - 15:19A abordagem da engenharia simplesmente diz,
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15:19 - 15:23"Vamos, periodicamente, reparar esses danos diversos –
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15:23 - 15:27não temos que necessariamente repará-los completamente, mas o bastante,
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15:27 - 15:30para que possamos manter o nível do dano abaixo de um ponto
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15:30 - 15:33que deve existir e que faz com que seja patogênico."
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15:33 - 15:35Sabemos que este ponto existe,
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15:35 - 15:38porque não apresentamos nenhuma dessas doenças da idade até chegarmos a meia-idade,
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15:38 - 15:41apesar do dano vir se acumulando desde antes de nascermos.
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15:41 - 15:45Por que eu acho que estamos ao alcance? Bem, é basicamente isso.
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15:45 - 15:48O objetivo desse slide está, na verdade, na parte de baixo.
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15:48 - 15:51Se tentarmos dizer quais partes do metabolismo são importantes para o envelhecimento,
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15:51 - 15:54ficaremos aqui a noite inteira, porque basicamente todo o metabolismo
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15:54 - 15:56é importante para o envelhecimento de uma forma ou de outra.
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15:56 - 15:58Esta lista é uma ilustração apenas, e está incompleta.
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15:59 - 16:01A lista da direita também está incompleta.
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16:01 - 16:04É uma lista de tipos de patologias relacionadas à idade
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16:04 - 16:06e é uma lista incompleta.
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16:06 - 16:09Mas eu gostaria de lhes dizer que a lista do meio está completa,
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16:09 - 16:12esta é a lista dos tipos de coisas que se qualificam como dano,
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16:12 - 16:15efeitos colaterais do metabolismo que causam patologia no final,
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16:15 - 16:17ou que podem causar patologia.
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16:17 - 16:20E eles são apenas sete.
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16:20 - 16:23São categorias de coisas, claro, mas são apenas sete.
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16:23 - 16:28Perda celular, mutações em cromossomos, mutações na mitocondria e por ai vai.
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16:28 - 16:33Primeiramente, eu quero explicar porque a lista está completa.
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16:33 - 16:35Claro que alguém pode usar um argumento biológico.
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16:35 - 16:37Alguém pode dizer: "OK, do que somos feitos?"
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16:37 - 16:39Somos feitos de células e coisas entre as células.
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16:39 - 16:42Onde o dano pode acumular?
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16:42 - 16:44A resposta é: em moléculas duradouras,
-
16:44 - 16:47porque se uma molécula que dura pouco sofre um dano, mas então é destruída –
-
16:47 - 16:51como por uma proteína sendo destruída por proteólise – então o dano já passou.
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16:51 - 16:53Tem que ser moléculas duradouras.
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16:53 - 16:56Então, esses sete tópicos estavam em discussão pela gerontologia
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16:56 - 17:00há muito tempo, o que é uma ótima notícia, porque significa que,
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17:00 - 17:02percorremos um longo caminho na biologia nesses 20 anos,
-
17:02 - 17:04e, então, o fato de não termos uma lista extensa
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17:04 - 17:07é um boa indicação que não há extensão a ser feita.
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17:08 - 17:10Porém, é melhor ainda, pois sabemos como consertar todos
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17:10 - 17:13em rato, em princípio – e o que eu quero dizer com isso é que
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17:13 - 17:16provavelmente podemos implementar de fato esses reparos em uma década.
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17:16 - 17:20Alguns deles já foram parcialmente implementados, os do topo da lista.
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17:20 - 17:23Não terei tempo de mencionar um por um, mas
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17:23 - 17:27minha conclusão é de que, se pudermos realmente angariar fundos para isso,
-
17:27 - 17:31poderemos então desenvolver o rejuvenescimento em massa em apenas 10 anos,
-
17:31 - 17:34mas não precisamos ser tão sérios.
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17:34 - 17:35O que realmente precisamos é começar a tentar.
-
17:36 - 17:39Então é claro, há alguns biólogos na platéia,
-
17:39 - 17:42e eu quero respodender algumas das perguntas que vocês possam ter.
-
17:42 - 17:44Você pode estar insatisfeito com essa palestra,
-
17:44 - 17:46mas, fundamentalmente, você tem que ler sobre esse assunto.
-
17:46 - 17:48Eu já publiquei vários artigos sobre isso.
-
17:48 - 17:51Eu cito um trabalho experimental no qual baseio o meu otimismo,
-
17:51 - 17:53e tem muitos detalhes nesse estudo.
-
17:53 - 17:55O detalhe é o que me faz confiante
-
17:55 - 17:57no calendário agressivo que estou prevendo aqui.
-
17:57 - 17:59Então se você acha que estou errado,
-
17:59 - 18:02é melhor que você descubra porque você acha isso.
-
18:03 - 18:06E claro, o mais importante é que você não deveria acreditar nas pessoas
-
18:06 - 18:08que se dizem gerontologistas porque,
-
18:08 - 18:12assim como qualquer partida de uma linha de pensamento dentro de um campo particular
-
18:12 - 18:16esperamos que pessoas convencionais sejam um tanto resistentes
-
18:16 - 18:18e não levem isso muito a sério.
-
18:18 - 18:20Mas, sabe, você realmente tem que fazer o dever de casa,
-
18:20 - 18:21para que possa entender se isso é verdade.
-
18:21 - 18:23E vamos terminar com apenas mais algumas coisas.
-
18:23 - 18:26Uma delas é, bem, que você irá ouvir do cara na próxima palestra
-
18:26 - 18:30que disse há algum tempo que sequenciaria o genoma humano em pouco tempo,
-
18:30 - 18:32e todo mundo disse: "Bem, obviamente é impossivel."
-
18:32 - 18:33E todo mundo sabe o que aconteceu.
-
18:33 - 18:37Então, você sabe que é possível.
-
18:37 - 18:39Temos muitas estratégias – o prêmio "Methuselah Mouse",
-
18:39 - 18:42que basicamente é um incentivo à inovação,
-
18:42 - 18:45a fazer o que você acha que vai funcionar,
-
18:45 - 18:47e você recebe, em dinheiro, se ganhar.
-
18:48 - 18:51Há uma proposta de organização de um instituto.
-
18:51 - 18:53Isto é o que vai ser um pouco caro.
-
18:53 - 18:56Mas, veja bem – quanto tempo demoramos para gastar o mesmo valor na guerra do Iraque?
-
18:56 - 18:57Não muito. OK.
-
18:57 - 18:58(Risos)
-
18:58 - 19:01Tem que ser filantrópico, pois lucros desviam o foco da biotecnologia,
-
19:01 - 19:05mas, basicamente, temos 90% de chance, eu acho, de sermos bem sucedidos.
-
19:05 - 19:08E acho que sabemos como fazê-lo. E vou parando por aqui.
-
19:08 - 19:09Obrigado.
-
19:09 - 19:14(Aplauso)
-
19:14 - 19:17Chris Anderson: OK. Não sei se teremos perguntas
-
19:17 - 19:19mas, acho que devemos dar oportunidade as pessoas.
-
19:19 - 19:23Platéia: Já que você vem falando sobre envelhecimento e como vencê-lo,
-
19:23 - 19:27por que você se faz parecer como um velho?
-
19:27 - 19:31(Risos)
-
19:31 - 19:34AG: Porque eu sou um velho. Na verdade tenho 158 anos.
-
19:34 - 19:35(Risos)
-
19:35 - 19:38(Aplauso)
-
19:38 - 19:42Platéia: Espécies nesse planeta evoluiram com sistemas imunológicos,
-
19:42 - 19:46para combater todas as doenças para que indivíduos vivam o suficiente para procriar.
-
19:46 - 19:51Entretanto, até onde eu sei, todas as espécies evoluiram pra morrer,
-
19:51 - 19:56então, quando as células se dividem a telomerase diminui e, eventualmente, a espécie morre.
-
19:56 - 20:01Então porque – a evolução – parece ter selecionado contra a imortalidade,
-
20:01 - 20:05quando é tão vantajoso? Ou a evolução é incompleta?
-
20:05 - 20:07AG: Brilhante. Obrigado por fazer uma pergunta
-
20:07 - 20:09que posso responder de forma não-controversa.
-
20:09 - 20:12Vou dar a verdadeira resposta convencional para sua pergunta,
-
20:12 - 20:14com a qual eu até concordo.
-
20:14 - 20:17Que é: não, o envelhecimento não é um produto da seleção.
-
20:17 - 20:19A evolução é simplesmente o produto de negligência evolucionaria.
-
20:20 - 20:25Em outras palavras, nós envelhecemos porque é mais difícil não envelhecer.
-
20:25 - 20:27Precisamos de mais caminhos genéticos, de genes mais sofisticados
-
20:27 - 20:29para envelhercermos mais devagar,
-
20:29 - 20:32e isso acaba sendo verdade, quanto mais forçamos isso.
-
20:32 - 20:37Então, o período que dura a evolução não importa.
-
20:37 - 20:39Ela não se importa se os genes são passados por indivíduos
-
20:39 - 20:41através de uma vida longa ou de procriação.
-
20:42 - 20:44Há um certo nível de modulação nisto,
-
20:44 - 20:47que é a razão da duração da vida diferente entre as espécies,
-
20:47 - 20:49mas é por isso que não existem espécies imortais.
-
20:50 - 20:52CA: Os genes não se importam, mas nós sim?
-
20:52 - 20:53AG: Isso mesmo.
-
20:54 - 20:59Platéia: Oi. Eu li em algum lugar que nos últimos 20 anos,
-
20:59 - 21:04a média de vida de todo mundo no planeta aumentou em 10 anos.
-
21:04 - 21:07Se eu projetar isso, concluirei que
-
21:07 - 21:11eu viveria até uns 120 anos se não bater com a minha moto.
-
21:12 - 21:17O que significa que sou um dos casos que poderá chegar aos 1000 anos?
-
21:17 - 21:18AG: Se você emagrecer um pouquinho.
-
21:19 - 21:22(Risos)
-
21:22 - 21:25Seus números estão um pouco errados.
-
21:25 - 21:28Os números aceitos são de que o nível de vida
-
21:28 - 21:31vem crescendo em média um ou dois anos a cada década.
-
21:31 - 21:34Então, não é tão bom quanto você pensa – mas você pode ter esperança.
-
21:35 - 21:37A minha intenção é de mover um ano a cada ano o mais rápido possível.
-
21:38 - 21:41Platéia: Me falaram que muitas das células cerebrais que temos como adultos
-
21:41 - 21:42formam-se no embrião humano,
-
21:43 - 21:45e que as células cerebrais duram mais ou menos 80 anos.
-
21:45 - 21:47Se isso é realmente verdade,
-
21:47 - 21:50biologicamente, existem implicações no âmbito do rejuvenescimento?
-
21:50 - 21:53Se há células no meu corpo que vivem 80 anos,
-
21:53 - 21:55ao contrário do normal, digo, um ou dois meses?
-
21:55 - 21:57AG: Existem implicações técnicas, certamente.
-
21:57 - 22:00Basicamente o que precisamos é repôr células
-
22:01 - 22:04naquelas áreas do cérebro que perdem células rapidamente,
-
22:04 - 22:07especialmente neurônios, mas não queremos repô-los
-
22:07 - 22:09mais rápido do que isso – ou não muito mais rápido.
-
22:09 - 22:13porque uma reposição demasiado rápida iria degradar a função cognitiva.
-
22:13 - 22:16O que eu disse antes sobre a inexistência de espécies que não envelhecem
-
22:16 - 22:18foi um pouco simplificado demais.
-
22:18 - 22:22Existem espécies que não envelhecem – Hidra por exemplo –
-
22:22 - 22:24mas elas o fazem por não possuirem sistema nervoso –
-
22:24 - 22:26e não possuirem tecidos e de fato confiarem as suas funções
-
22:26 - 22:28às células de vida longa.
- Title:
- Aubrey de Grey diz que podemos evitar envelhecer
- Speaker:
- Aubrey de Grey
- Description:
-
O pesquisador de Cambridge, Aubrey de Grey, argumenta que o envelhecimento é uma mera doença – e ainda por cima curável. Os humanos envelhecem de sete maneiras diferentes, ele diz, e todas podem ser evitadas.
- Video Language:
- English
- Team:
closed TED
- Project:
- TEDTalks
- Duration:
- 22:28
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