< Return to Video

Protótipo rápido do Google Glass - Tom Chi

  • 0:15 - 0:16
    Meu nome é Tom Chi.
  • 0:16 - 0:18
    Passei dois anos da minha vida
  • 0:18 - 0:19
    montando o grupo de experiência do usuário
  • 0:19 - 0:22
    para a divisão Google X do Google,
  • 0:22 - 0:24
    que é um lugar que carinhosamente chamo
  • 0:24 - 0:26
    de Departamento de Ficção Científica,
  • 0:26 - 0:28
    devido à natureza futurística
  • 0:28 - 0:30
    dos projetos com os quais trabalhamos:
  • 0:30 - 0:31
    carros autodirigiveis,
  • 0:31 - 0:31
    o Google Glass,
  • 0:31 - 0:34
    e outras coisas que vocês vão conhecer em breve.
  • 0:34 - 0:37
    Assim, para aqueles que nunca ouviram falar desse projeto,
  • 0:37 - 0:39
    este é o Google Glass.
  • 0:39 - 0:43
    Ele lhes permite sobrepor o mundo digital ao campo da visão,
  • 0:43 - 0:46
    enquanto vocês continuam participando do mundo.
  • 0:46 - 0:48
    Assim, se eu pegasse meu celular e começasse
  • 0:48 - 0:51
    a prestar atenção nele, eu basicamente estaria fora deste mundo agora,
  • 0:51 - 0:54
    tipo, eu estou em meu próprio mundinho celular-tablet, que tem vocês.
  • 0:54 - 0:57
    No entanto, o Google Glass possui a faculdade de nos permitir
  • 0:57 - 1:00
    a continuar a estar no mundo,
  • 1:00 - 1:04
    mas também a ter acesso ao mundo digital de que nós precisamos e tanto amamos.
  • 1:04 - 1:06
    Bem, deixa eu fazer uma pergunta bem simples sobre o Google Glass:
  • 1:06 - 1:08
    como vocês construiriam um protótipo para esta experiência?
  • 1:08 - 1:10
    Quanto tempo acham que levariam
  • 1:10 - 1:14
    para fazer a primeira versão do design dos fones?
  • 1:17 - 1:19
    OK, um pouquinho demais.
  • 1:19 - 1:22
    A resposta é um dia.
  • 1:22 - 1:24
    E aqui está como ele ficou.
  • 1:24 - 1:27
    Bem, basicamente a peça mágica é o cabide.
  • 1:27 - 1:30
    Um cabide dobrado de uma determinada forma.
  • 1:30 - 1:32
    A parte de cima passa ao redor do pescoço,
  • 1:32 - 1:35
    e a parte da base fica contra o peito,
  • 1:35 - 1:38
    e permite carregar uma peça de acrílico
  • 1:38 - 1:39
    com um pequeno protetor de papel.
  • 1:39 - 1:42
    Bem, usamos ele para colocar os nosso papéis,
  • 1:42 - 1:43
    para que não se molhem.
  • 1:43 - 1:44
    Eu literalmente comprei isso numa farmácia.
  • 1:44 - 1:47
    Coloquei ele no final do acrílico,
  • 1:47 - 1:49
    de modo que ele seja projetado com o pico projetor
  • 1:49 - 1:51
    que está conectado a um Netbook.
  • 1:51 - 1:53
    Usando esta configuração, em um dia
  • 1:53 - 1:55
    fomos capazes de começar a ter a experiência
  • 1:55 - 1:58
    de como é ter o mundo digital
  • 1:58 - 1:59
    sobreposto ao nosso mundo físico,
  • 1:59 - 2:01
    ser capaz de andar por aí com ele,
  • 2:01 - 2:03
    e também usar o Netbook para experimentar
  • 2:03 - 2:06
    montes de ideias diferentes sobre o software.
  • 2:07 - 2:11
    Bem, depois de colocar algo assim para funcionar,
  • 2:11 - 2:13
    sabem como é, surge um problema realmente importante,
  • 2:13 - 2:16
    que é usar essa coisa na cabeça,
  • 2:16 - 2:17
    é como um par de óculos,
  • 2:17 - 2:21
    então não tem um mouse ou um teclado ou uma tela para tocar,
  • 2:21 - 2:25
    todas essas formas costumamos usar para interagir com uma máquina.
  • 2:25 - 2:27
    Aí, começamos a pensar que
  • 2:27 - 2:28
    talvez pudéssemos fazer algo
  • 2:28 - 2:31
    tipo, sabem, o que foi mostrado em “Minority Report – A Nova Lei".
  • 2:31 - 2:32
    Bem, para quem não assistiu ao filme,
  • 2:32 - 2:35
    basicamente Tom Cruise consegue manipular um software
  • 2:35 - 2:36
    com as mãos na frente do rosto,
  • 2:36 - 2:39
    e fotos saem voando aqui
  • 2:39 - 2:41
    e o e-mail dele está aqui
  • 2:41 - 2:42
    e assim por diante.
  • 2:42 - 2:43
    Então, faço a vocês a mesma pergunta:
  • 2:43 - 2:45
    quanto tempo seria necessário
  • 2:45 - 2:49
    para ter a experiência real de fazer algo assim?
  • 2:51 - 2:53
    Dois anos, OK.
  • 2:53 - 2:56
    Alguém disse um dia.
  • 2:56 - 2:58
    45 minutos.
  • 2:58 - 3:00
    Bem, aqui está como ficou.
  • 3:00 - 3:02
    Então usamos aquela coisa que vimos anteriormente,
  • 3:02 - 3:04
    pois a gente precisava arranjar um jeito de projetar coisas,
  • 3:04 - 3:06
    mas acontece que fizemos duas faixas de cabelo,
  • 3:06 - 3:08
    que acho que foi a parte mais difícil do projeto,
  • 3:08 - 3:10
    perguntem às pessoas como foi usar as faixas.
  • 3:10 - 3:13
    Mas vocês colocam uma mão em cada faixa
  • 3:13 - 3:15
    e prendem aquela faixa,
  • 3:15 - 3:17
    prendemos uma linha de pesca.
  • 3:17 - 3:20
    E a linha de pesca vai por cima de um quadro branco,
  • 3:20 - 3:22
    e daí desce até esta pequena montagem
  • 3:22 - 3:24
    que está presa no chão.
  • 3:24 - 3:25
    E isso significa que
  • 3:25 - 3:27
    toda vez que movo minha mão em qualquer direção,
  • 3:27 - 3:29
    tensão é adicionada à linha
  • 3:29 - 3:32
    e faz o seguinte com a montagem no chão.
  • 3:32 - 3:36
    Assim, a outra ponta da linha está presa a um hashi,
  • 3:36 - 3:38
    e não é porque eu sou asiático,
  • 3:38 - 3:39
    é que tem uma lanchonete perto do meu trabalho,
  • 3:39 - 3:41
    eu não costumo carregar hashis comigo.
  • 3:41 - 3:46
    Então eu coloquei-a na ponta de um hashi,
  • 3:46 - 3:48
    prendi com um prendedor de papel,
  • 3:48 - 3:49
    e depois coloquei uma caneta por cima,
  • 3:49 - 3:51
    e basicamente o que acontece então
  • 3:51 - 3:52
    é que, quando movemos o braço,
  • 3:52 - 3:54
    e ele produz tensão no fio,
  • 3:54 - 3:56
    o hashi abaixa como uma alavanca
  • 3:56 - 3:58
    e clica num controle remoto de uma apresentação,
  • 3:58 - 4:00
    uma mão move a apresentação para frente
  • 4:00 - 4:02
    e a outra mão move a apresentação para trás.
  • 4:02 - 4:04
    Assim, isso foi construído em 45 minutos,
  • 4:04 - 4:05
    e logo depois permitiu que
  • 4:05 - 4:06
    tivéssemos experiências
  • 4:06 - 4:08
    como olhar para uma galeria de imagens
  • 4:08 - 4:09
    e dizer: "próxima imagem,
  • 4:09 - 4:10
    próxima imagem,
  • 4:10 - 4:11
    imagem anterior",
  • 4:11 - 4:13
    ou olhar para nossos e-mails e dizer:
  • 4:13 - 4:15
    "deixa eu clicar nesse e-mail,
  • 4:15 - 4:16
    deixa eu clicar em responder agora".
  • 4:16 - 4:19
    E essa foi exatamente a nossa experiência
  • 4:19 - 4:22
    de como é controlar o software com as mãos.
  • 4:22 - 4:23
    E, no final das contas, isso nos ensinou que
  • 4:23 - 4:25
    provavelmente não deveríamos ter isso no produto.
  • 4:25 - 4:26
    Aprendemos uma porção de coisas
  • 4:26 - 4:29
    sobre a estranheza social disso
  • 4:29 - 4:30
    e sobre alguns aspectos ergonômicos,
  • 4:30 - 4:33
    que não tínhamos como saber
  • 4:33 - 4:35
    quando estávamos simplesmente pensando sobre o projeto.
  • 4:35 - 4:38
    E, portanto, a segunda regra para criar protótipos
  • 4:38 - 4:40
    é "fazer é a melhor forma de pensar".
  • 4:40 - 4:42
    Na escola, ensinam a gente a pensar bastante,
  • 4:42 - 4:44
    mas acho que valorizam isso demais.
  • 4:46 - 4:48
    Vamos agora ao último exemplo. Vocês sabem que
  • 4:48 - 4:50
    na verdade o Google não é a primeira empresa
  • 4:50 - 4:53
    que tentou fazer algo assim,
  • 4:53 - 4:54
    e se fizerem uma busca por fones de ouvido,
  • 4:54 - 4:56
    vão conseguir milhares de imagens de empresas
  • 4:56 - 4:59
    que construíram vários sistemas como este,
  • 4:59 - 5:00
    mas posso lhes assegurar, só de olhar,
  • 5:00 - 5:03
    que nenhum desses dispositivos
  • 5:03 - 5:05
    são confortáveis de serem usados por mais de 15 minutos,
  • 5:05 - 5:07
    exceto talvez pelo capacete que está ali,
  • 5:07 - 5:10
    mas aí vocês teriam de usar um capacete.
  • 5:10 - 5:12
    Bem, e como é que se descobre uma forma
  • 5:12 - 5:15
    confortável de se usar algo assim?
  • 5:15 - 5:18
    A resposta é usar materiais realmente básicos:
  • 5:18 - 5:19
    haste flexível,
  • 5:19 - 5:20
    papel,
  • 5:20 - 5:20
    barro
  • 5:20 - 5:21
    e, usando coisas assim,
  • 5:21 - 5:25
    é possível construir algo parecido com um par de óculos bem rapidamente.
  • 5:25 - 5:27
    Eu separei pedaços de barro que tinham
  • 5:27 - 5:29
    exatamente o mesmo peso que os componentes eletrônicos
  • 5:29 - 5:32
    que estávamos pensando em colocar no dispositivo,
  • 5:32 - 5:34
    enrolados em papel, para não deixar cair barro no rosto,
  • 5:34 - 5:37
    e aí prendê-los à haste flexível em diversos lugares,
  • 5:37 - 5:41
    para poder experimentá-lo do mesmo jeito que experimentamos um par de óculos.
  • 5:41 - 5:43
    E aí descobrimos algo realmente importante.
  • 5:43 - 5:46
    Por exemplo, se vocês olharem este desenho aqui embaixo,
  • 5:46 - 5:50
    acontece que o peso de um par de óculos
  • 5:50 - 5:51
    é percebido, em sua maior parte,
  • 5:51 - 5:54
    pelo seu peso sobre o nariz.
  • 5:54 - 5:57
    Mas acontece que as orelhas conseguem suportar
  • 5:57 - 5:58
    muito mais peso que o nariz,
  • 5:58 - 6:00
    e essa é uma experiência totalmente diferente,
  • 6:00 - 6:01
    vocês podem me perguntar sobre isso.
  • 6:02 - 6:04
    Mas, por causa disso,
  • 6:04 - 6:07
    se vocês jogarem o peso para atrás das orelhas,
  • 6:07 - 6:10
    isso permite que a orelha aja como o apoio de uma alavanca
  • 6:10 - 6:13
    e tire o peso que está na frente, sobre o nariz.
  • 6:13 - 6:16
    Na verdade, vocês podem tentar fazer isso agora, quem estiver usando óculos,
  • 6:16 - 6:19
    se vocês empurrarem gentilmente as pontas dos seus óculos,
  • 6:19 - 6:22
    vão descobrir que, na verdade, seus óculos parecem tremendamente leves.
  • 6:22 - 6:23
    Bem, isso quer dizer que não apenas descobrimos
  • 6:23 - 6:26
    algo interessante sobre como proceder,
  • 6:26 - 6:29
    ou seja, algo útil para desenvolver um dispositivo como este,
  • 6:29 - 6:31
    mas também descobrimos algo bastante fundamental,
  • 6:31 - 6:33
    que nunca tinha sido descoberto sobre os óculos, ponto final.
  • 6:33 - 6:35
    Assim, caso estejam usando óculos realmente pesados,
  • 6:35 - 6:38
    podem fazer isso e vão se sentir mais confortáveis.
  • 6:38 - 6:40
    Bem, gostaria de abordar uma última questão,
  • 6:40 - 6:42
    sobre os dois tipos de aprendizagem,
  • 6:42 - 6:44
    pois, através do processo de construção rápida de protótipos,
  • 6:44 - 6:47
    somos capazes de aprender de forma bem rápida.
  • 6:47 - 6:49
    É um tipo de aprendizagem bem específica.
  • 6:49 - 6:51
    O tipo de aprendizagem que normalmente não se aprende na escola.
  • 6:51 - 6:53
    Eu chamo de aprendizagem de livro.
  • 6:53 - 6:55
    Vem daquilo que a humanidade já sabe,
  • 6:55 - 6:59
    e é um fundamento necessário para ir e explorar o mundo.
  • 6:59 - 7:01
    Mas existe um tipo totalmente diferente de aprendizagem,
  • 7:01 - 7:02
    que eu chamo de aprendizagem expansiva,
  • 7:02 - 7:05
    e esta é a aprendizagem que se faz em nome da humanidade.
  • 7:05 - 7:06
    Certo?
  • 7:06 - 7:07
    Vocês estão criando algo novo,
  • 7:07 - 7:09
    vocês estão expandindo as possibilidades,
  • 7:09 - 7:13
    e vocês estão construindo a esfera do conhecimento humano dentro desse processo.
  • 7:13 - 7:16
    E pensamos sobre essas coisas e tão logo vocês ouvirem
  • 7:16 - 7:18
    coisas como o domínio infinito de possibilidades
  • 7:18 - 7:19
    além da esfera do conhecimento humano,
  • 7:19 - 7:22
    vocês devem estar pensando que para isso existem os cientistas
  • 7:22 - 7:24
    no acelerador de partículas Large Hadron Collider,
  • 7:24 - 7:25
    que tem esses instrumentos incríveis,
  • 7:25 - 7:27
    e que isso é trabalho deles, certo?
  • 7:27 - 7:33
    Mas a verdade é que esta ação está disponível para todos nós,
  • 7:33 - 7:33
    sabiam?
  • 7:33 - 7:35
    Não apenas para os cientistas,
  • 7:35 - 7:37
    mas também para o poeta e o compositor
  • 7:37 - 7:41
    que expressa uma emoção pela primeira vez de um jeito único.
  • 7:41 - 7:44
    É também para a pessoa que tem uma ideia incrível para um negócio,
  • 7:44 - 7:47
    e tem certeza de que ela poderia ajudar milhões de pessoas.
  • 7:47 - 7:51
    E, é o domínio do papel, do barro e da fita adesiva
  • 7:51 - 7:53
    para conseguir um novo insight
  • 7:53 - 7:55
    com uma tecnologia tão antiga.
  • 7:55 - 7:57
    Bom, agora que vocês já sabem bastante sobre criar protótipos rapidamente,
  • 7:57 - 7:59
    estou ansioso pra ver o que vão fazer com isso.
  • 7:59 - 8:00
    Muito obrigado.
Title:
Protótipo rápido do Google Glass - Tom Chi
Description:

Assista á aula completa em: http://ed.ted.com/lessons/rapid-prototyping-google-glass-tom-chi

Protótipo rápido é um método usado para acelerar o processo de inovação. No TEDYouth 2012, Tom Chi explica como esse método foi usado para criar uma das mais novas invenções do Google - o Google Glass.

Palestra proferida por Tom Chi.

more » « less
Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TED-Ed
Duration:
08:09

Portuguese, Brazilian subtitles

Revisions