Robôs com "alma"
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0:01 - 0:03O meu trabalho é projetar,
construir e estudar -
0:03 - 0:05robôs que comunicam com as pessoas.
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0:05 - 0:07Mas esta história
não começa com a robótica, -
0:07 - 0:09começa com a animação.
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0:09 - 0:12Quando vi pela primeira vez
o "Luxo Jr." da Pixar, -
0:12 - 0:14fiquei impressionado com quanta emoção
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0:14 - 0:15eles podiam colocar numa coisa
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0:15 - 0:18tão trivial como um candeeiro de mesa.
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0:18 - 0:20Olhem para eles — no fim deste filme,
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0:20 - 0:23sentimos mesmo qualquer coisa
por duas peças de mobiliário. -
0:23 - 0:24(Risos)
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0:24 - 0:26Eu disse:
"Tenho que aprender a fazer isto". -
0:26 - 0:30Então tomei uma decisão
profissional péssima. -
0:30 - 0:32Foi por isso que a minha mãe ficou assim.
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0:32 - 0:34(Risos)
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0:34 - 0:36Deixei um emprego
muito confortável em Israel -
0:36 - 0:39numa empresa de "software"
e fui para Nova Iorque -
0:39 - 0:40para estudar animação.
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0:40 - 0:44Vivia lá num prédio a cair,
no Harlem, com colegas de quarto. -
0:44 - 0:45Não estou a usar esta frase à toa.
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0:45 - 0:48Um dia, o teto caiu mesmo,
na nossa sala de estar. -
0:48 - 0:51Sempre que davam notícias
de ocupações de edifícios em Nova Iorque, -
0:51 - 0:54faziam a reportagem
em frente do nosso prédio, -
0:54 - 0:57como um cenário para mostrar
como as coisas eram más. -
0:57 - 0:59Estudava durante o dia
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0:59 - 1:03e à noite sentava-me e desenhava
animações a lápis, quadro a quadro. -
1:03 - 1:05Aprendi duas lições surpreendentes:
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1:05 - 1:07uma delas foi que,
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1:07 - 1:09quando queremos despertar emoções,
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1:09 - 1:11não interessa muito o aspeto duma coisa,
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1:11 - 1:13está tudo no movimento,
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1:13 - 1:15no movimento atempado das coisas.
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1:15 - 1:18A segunda foi uma coisa
que um dos professores nos disse. -
1:18 - 1:21— foi ele que fez a doninha
em "A Era do Gelo" — -
1:21 - 1:22E ele disse:
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1:22 - 1:25"Como animadores,
vocês não são diretores, são atores. -
1:25 - 1:28"Por isso, para encontrar
o movimento certo para uma personagem, -
1:28 - 1:31"não pensem nisso,
usem o corpo para descobri-lo, -
1:31 - 1:32"representem em frente do espelho,
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1:32 - 1:34"em frente duma câmara.
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1:34 - 1:37"Depois, ponham isso
na vossa personagem". -
1:37 - 1:40Um ano depois encontrei-me no MIT
no grupo da vida robótica, -
1:40 - 1:41um dos primeiros grupos de pesquisa
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1:41 - 1:44sobre as relações
entre seres humanos e robôs. -
1:44 - 1:46Eu ainda tinha o sonho de fazer
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1:46 - 1:48um verdadeiro candeeiro Luxo Jr.
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1:48 - 1:50Mas descobri que os robôs não se mexiam
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1:50 - 1:52da forma cativante que eu conhecia
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1:52 - 1:53nos meus estudos de animação.
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1:53 - 1:55Pelo contrário, eles eram todos
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1:55 - 1:58— como direi — eram todos meio robóticos.
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1:58 - 1:59(Risos)
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1:59 - 2:03E pensei: "E se eu usasse tudo
o que aprendi na escola de animação -
2:03 - 2:06"para desenhar
o meu candeeiro de mesa robótico?" -
2:06 - 2:08Então, desenhei quadro a quadro
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2:08 - 2:10para tentar fazer este robô
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2:10 - 2:12o mais gracioso e cativante possível.
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2:12 - 2:16E aqui, vocês veem o robô
a interagir comigo, numa secretária. -
2:16 - 2:18Eu estou a redesenhar o robô,
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2:18 - 2:20que, sem dar por isso,
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2:20 - 2:23está a cavar a própria cova ao ajudar-me.
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2:23 - 2:24(Risos)
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2:24 - 2:28Não queria que isto fosse
uma estrutura mecânica para me dar luz, -
2:28 - 2:31mas uma espécie de aprendiz
silencioso e solícito -
2:31 - 2:34que estivesse sempre
onde fosse preciso, sem interferir. -
2:34 - 2:38Quando, por exemplo, procuro uma pilha
que não consigo encontrar, -
2:38 - 2:41quero que ele, de forma subtil,
me mostre onde está a pilha. -
2:42 - 2:45Aqui estão a ver a minha confusão.
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2:45 - 2:47Não sou um ator.
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2:49 - 2:52Quero que reparem como
a mesma estrutura mecânica -
2:52 - 2:55pode parecer gentil e atenciosa,
apenas pela forma como se move -
2:55 - 2:59e, ao mesmo tempo,
parecer violento e conflituoso. -
2:59 - 3:02É a mesma estrutura,
só o movimento é diferente. -
3:08 - 3:12Ator: "Queres saber uma coisa?
Queres saber uma coisa? -
3:12 - 3:14"Ele já estava morto!
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3:14 - 3:18"Ali deitado, com os olhos vidrados!"
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3:18 - 3:19(Risos)
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3:19 - 3:23Mas, o movimento gracioso é apenas
uma das peças de toda a estrutura, -
3:23 - 3:25chamada interação humano-robô.
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3:25 - 3:26O meu doutoramento
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3:26 - 3:30era sobre a colaboração
entre equipas de pessoas e robôs, -
3:30 - 3:31a trabalharem em conjunto.
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3:31 - 3:34Estudava engenharia, psicologia,
a filosofia do trabalho em equipa. -
3:34 - 3:36Ao mesmo tempo encontrei-me
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3:36 - 3:38numa situação de trabalho em grupo
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3:38 - 3:40com um bom amigo que está aqui.
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3:40 - 3:43Naquela situação podemos
imaginar robôs facilmente -
3:43 - 3:45que estarão connosco num futuro próximo.
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3:45 - 3:47Foi depois da Páscoa.
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3:47 - 3:49Estávamos a arrumar cadeiras dobráveis.
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3:49 - 3:52Fiquei impressionado
como encontrámos rapidamente o ritmo. -
3:52 - 3:53Todos faziam a sua parte.
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3:53 - 3:55Não precisámos de dividir as tarefas.
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3:55 - 3:57Não precisámos de combinar nada.
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3:57 - 3:58Simplesmente aconteceu.
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3:58 - 3:59E eu pensei:
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3:59 - 4:01"As pessoas e os robôs não são assim.
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4:01 - 4:03"Robôs e pessoas a interagir,
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4:03 - 4:04"parece mais um jogo de xadrez.
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4:04 - 4:06"A pessoa faz uma coisa,
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4:06 - 4:08"o robô analisa o que a pessoa fez,
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4:08 - 4:10"depois o robô decide
o que vai fazer, planeia e faz. -
4:10 - 4:12"E a pessoa espera,
até ser de novo a sua vez." -
4:12 - 4:13Parece um jogo de xadrez
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4:13 - 4:15e faz sentido, porque o xadrez
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4:15 - 4:17é ótimo para matemáticos e informáticos.
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4:17 - 4:19Tem tudo a ver com informação, análise,
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4:19 - 4:22tomada de decisões e planeamento.
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4:22 - 4:25Mas eu não queria que
o meu robô fosse jogador de xadrez, -
4:25 - 4:28apenas que fizesse coisas,
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4:28 - 4:29que clicasse e trabalhasse em conjunto.
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4:29 - 4:33Então, fiz a minha segunda
terrível escolha profissional. -
4:33 - 4:35Decidi estudar teatro durante um semestre.
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4:35 - 4:38Larguei o doutoramento
e fui para aulas de representação. -
4:38 - 4:41Até participei numa peça.
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4:41 - 4:44— espero que já não haja vídeos
a circular por aí. -
4:43 - 4:46Agarrei em todos os livros sobre
representação que encontrei, -
4:46 - 4:50incluindo um do século XIX,
que arranjei na biblioteca. -
4:50 - 4:53Fiquei espantado porque o meu nome
era o segundo na lista -
4:53 - 4:54— o nome anterior era de 1889.
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4:54 - 4:55(Risos)
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4:55 - 4:57Esse livro esteve 100 anos à espera
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4:57 - 5:00de ser redescoberto para a robótica.
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5:00 - 5:02Esse livro mostra aos atores
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5:02 - 5:04como mover cada músculo do corpo
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5:04 - 5:07para exprimir o tipo de emoção
que quiserem. -
5:07 - 5:10Mas o importante foi aprender
o método de representar -
5:10 - 5:12que se tornou muito popular no século XX:
-
5:12 - 5:15"Não é preciso planear
cada músculo do corpo. -
5:15 - 5:18"Devemos usar o corpo e
encontrar o movimento certo. -
5:18 - 5:20"Devemos usar a memória dos sentidos
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5:20 - 5:22"para reconstruir as emoções.
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5:22 - 5:24"Pensar com o corpo
para encontrar a expressão certa, -
5:24 - 5:27"improvisar,
interagir com o parceiro de cena". -
5:27 - 5:31Isto apareceu na altura em que
eu estava a ler sobre essa tendência -
5:31 - 5:33na psicologia cognitiva
chamada cognição incorporada, -
5:33 - 5:35que fala sobre as mesmas ideias.
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5:35 - 5:36Usamos o corpo para pensar,
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5:36 - 5:39não é pensar e usar o corpo em separado.
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5:39 - 5:41O corpo informa o cérebro
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5:41 - 5:43para gerar o modo como nos comportamos.
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5:43 - 5:45Isso foi como um raio de luz.
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5:45 - 5:46Voltei para o escritório.
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5:46 - 5:48Escrevi este artigo — que nunca publiquei —
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5:48 - 5:51Lições de Representação
para Inteligência Artificial. -
5:51 - 5:53E ainda demorei mais um mês
-
5:53 - 5:55a fazer o que, na altura,
foi a primeira peça de teatro -
5:55 - 5:58com uma pessoa e um robô
a representar juntos. -
5:58 - 6:00Foi o que viram há bocado com os atores.
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6:00 - 6:02E pensei:
-
6:02 - 6:05"Como podemos fazer um modelo
de inteligência artificial -
6:05 - 6:07"— um computador,
um modelo computacional — -
6:07 - 6:09"que possa modelar
estas ideias, de improviso, -
6:09 - 6:11"de assumir riscos, de tomar decisões,
-
6:11 - 6:13"até mesmo de fazer erros?"
-
6:13 - 6:15Talvez isso leve a melhores
parcerias robóticas. -
6:16 - 6:18Trabalhei bastante tempo nesses modelos
-
6:18 - 6:20e implementei-os numa série de robôs.
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6:20 - 6:23Aqui podem ver
um exemplar muito antigo de robôs -
6:23 - 6:26a tentar usar
essa inteligência artificial incorporada, -
6:26 - 6:29para tentar copiar os meus movimentos,
o melhor possível, -
6:29 - 6:31como se fosse um jogo.
-
6:31 - 6:32Vamos ver.
-
6:36 - 6:40Veem que, quando eu o espicaço,
ele é enganado. -
6:40 - 6:42É um pouco como o que os atores fazem
-
6:42 - 6:44quando tentam imitar-se um ao outro
-
6:44 - 6:46para encontrar uma sincronia certa.
-
6:46 - 6:48Então fiz outra experiência.
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6:48 - 6:52Fui buscar pessoas da rua
para usarem o candeeiro robótico -
6:52 - 6:56e testar essa ideia
de inteligência artificial incorporada. -
6:56 - 7:00Usei dois tipos de cérebro
para o mesmo robô. -
7:00 - 7:02O robô é o mesmo candeeiro que viram.
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7:02 - 7:04Coloquei nele dois cérebros.
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7:04 - 7:06Para metade das pesoas,
-
7:06 - 7:08coloquei um cérebro
do tipo mais tradicional, -
7:08 - 7:10um cérebro robótico que calcula.
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7:10 - 7:12Espera pela sua vez,
analisa tudo, planeia. -
7:12 - 7:14Vamos chamar-lhe o cérebro calculista.
-
7:14 - 7:18O outro ficou mais como ator de teatro,
o cérebro que assume riscos. -
7:18 - 7:20Vamos chamar-lhe o cérebro aventureiro.
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7:20 - 7:23Às vezes atua sem saber
tudo aquilo de que precisa. -
7:23 - 7:25Às vezes faz erros e corrige-os.
-
7:25 - 7:27Obriguei-os a fazer
uma tarefa muito aborrecida -
7:27 - 7:29que demorou quase 20 minutos.
-
7:29 - 7:31Tinham que trabalhar juntos,
-
7:31 - 7:33simulando o trabalho numa fábrica,
-
7:33 - 7:35e fazer a mesma coisa repetidamente.
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7:35 - 7:38Descobri que as pessoas adoraram
o robô aventureiro. -
7:38 - 7:41Acharam-no mais inteligente,
mais empenhado, -
7:41 - 7:42um membro melhor da equipa,
-
7:42 - 7:44que contribuía mais para o êxito do grupo.
-
7:44 - 7:46Até o trataram por "ele" ou "ela".
-
7:46 - 7:50As pessoas com o cérebro calculista,
tratavam-no por "aquilo". -
7:50 - 7:52Ninguém o tratou por "ele" ou "ela".
-
7:52 - 7:54Quando falaram nisso, depois da tarefa,
-
7:54 - 7:56os do cérebro aventureiro, disseram:
-
7:56 - 7:59"No final, éramos bons amigos
e 'dá cá mais cinco' mentalmente". -
7:59 - 8:01Seja lá o que for que isto quer dizer.
(Risos) -
8:01 - 8:04Parece doloroso.
-
8:04 - 8:07Todavia, as pessoas
com o cérebro calculista -
8:07 - 8:09disseram que ele era
um aprendiz preguiçoso. -
8:09 - 8:12Só fazia o que devia fazer e nada mais.
-
8:12 - 8:14Isso é o que as pessoas esperam
que os robôs façam, -
8:14 - 8:18por isso fiquei admirado por as pessoas
esperarem mais dum robô, -
8:18 - 8:22do que as pessoas, na robótica,
pensam que os robôs deviam fazer. -
8:22 - 8:24Assim, pensei: Talvez seja a altura
-
8:24 - 8:27— tal como o método de representar,
no século XIX, -
8:27 - 8:29mudou a forma de pensar a representação,
-
8:29 - 8:32ao passar dum comportamento
muito calculado e planeado, -
8:32 - 8:35para um comportamento
mais intuitivo, assumindo riscos — -
8:35 - 8:39talvez seja a altura de os robôs
passarem pelo mesmo tipo de revolução. -
8:40 - 8:44Anos depois, no meu trabalho de pesquisa
na Georgia Tech em Atlanta -
8:44 - 8:46trabalhei num grupo
que fazia robôs músicos. -
8:46 - 8:49Pensei: "Música, esse é o lugar perfeito
-
8:49 - 8:51"para voltar ao trabalho em grupo,
à coordenação, -
8:51 - 8:53"ao ritmo, ao improviso."
-
8:53 - 8:55Arranjámos este robô a tocar marimbas.
-
8:55 - 9:00Para mim, as marimbas
eram este enorme xilofone de madeira. -
9:00 - 9:03Quando eu estava a olhar para isto,
-
9:03 - 9:06fui ver outros trabalhos
em improvisação humano-robô. -
9:06 - 9:08Há outros trabalhos
em improvisação humano-robô, -
9:08 - 9:10que são um pouco como um jogo de xadrez.
-
9:10 - 9:16A pessoa joga, o robô analisa a jogada
e improvisa a sua parte. -
9:16 - 9:18É a isso que os músicos chamam
-
9:18 - 9:20uma interação de chamada e resposta.
-
9:20 - 9:23E também se encaixa muito bem,
os robôs e a inteligência artificial. -
9:23 - 9:25Pensei: "Se usar as mesmas ideias
-
9:25 - 9:27"que usei na peça de teatro
-
9:27 - 9:30"e nos estudos de trabalho em equipa,
-
9:30 - 9:33"talvez possa fazer com que
os robôs se integrem como uma banda. -
9:33 - 9:36"Todos a tocar ao mesmo tempo,
sem parar nem por um momento." -
9:36 - 9:39Tentei fazer as mesmas coisas,
dessa vez com música, -
9:39 - 9:42em que o robô não sabe o que vai tocar.
-
9:42 - 9:45Movimenta o corpo e usa
as oportunidades para tocar. -
9:45 - 9:48Quando eu tinha 17 anos,
a minha professora de "jazz" disse-me: -
9:48 - 9:51"Quando improvisamos, nem sempre
sabemos o que estamos a fazer -
9:51 - 9:52"mas continuamos a fazê-lo".
-
9:52 - 9:55Fiz um robô que não sabe o que faz,
mas fá-lo na mesma. -
9:55 - 9:58Vamos ver uns segundos
desse desempenho. -
9:58 - 10:03O robô escuta a música
duma pessoa e improvisa. -
10:02 - 10:05Depois, vejam como
o músico humano também responde -
10:05 - 10:07ao que o robô está a fazer,
-
10:07 - 10:10aproveitando o seu comportamento.
-
10:10 - 10:13A certa altura, até fica admirado
com o que o robô faz. -
10:14 - 10:16(Música)
-
11:00 - 11:02E estou mesmo.
-
11:02 - 11:04(Aplausos)
-
11:05 - 11:07Ser músico não é só tocar notas,
-
11:07 - 11:10senão ninguém iria ver
um espetáculo ao vivo. -
11:10 - 11:12Os músicos também comunicam com o corpo,
-
11:12 - 11:14com os membros da banda, com a audiência,
-
11:14 - 11:16usam o corpo para exprimir a música.
-
11:16 - 11:18Pensei: "Já temos um robô músico no palco,
-
11:18 - 11:21"porque não fazer dele
um músico completo?" -
11:21 - 11:25Comecei a desenhar uma cabeça
socialmente expressiva para o robô. -
11:25 - 11:27Uma cabeça que não toca marimbas,
-
11:27 - 11:29só exprime como é a música.
-
11:29 - 11:32Estes são uns esboços
no guardanapo dum bar em Atlanta, -
11:32 - 11:34que estava perigosamente
localizado a meia distância -
11:34 - 11:36entre o meu trabalho e a minha casa.
-
11:36 - 11:37Passava lá, em média,
-
11:37 - 11:41três a quatro horas por dia, penso eu.
-
11:41 - 11:43(Risos)
-
11:43 - 11:45Voltei para as minhas
ferramentas de animação -
11:45 - 11:48e tentei imaginar como devia ser
o aspeto dum robô músico -
11:48 - 11:51mas, em especial, como
se devia mover um robô músico. -
11:51 - 11:54Mostrar que não gosta do que
a outra pessoa está a tocar, -
11:54 - 11:58mostrar talvez o ritmo
que está a sentir no momento. -
11:59 - 12:03Arranjámos dinheiro para
a construção deste robô, o que foi bom. -
12:03 - 12:05Vou mostrar o mesmo tipo de desempenho,
-
12:05 - 12:07desta vez com uma cabeça
socialmente expressiva. -
12:07 - 12:09E reparem numa coisa:
-
12:09 - 12:11como o robô está a mostrar-nos
-
12:11 - 12:13o ritmo que está a apanhar do homem.
-
12:13 - 12:17Estamos também a dar à pessoa a perceção
de que o robô sabe o que está a fazer -
12:17 - 12:19e como muda a forma como se move
-
12:19 - 12:21assim que começa o seu próprio solo.
-
12:21 - 12:23(Música)
-
12:25 - 12:28Está a olhar para mim
para ver se eu estou a ouvir. -
12:28 - 12:30(Música)
-
12:50 - 12:52Agora olhem para o acorde final da peça.
-
12:52 - 12:55Desta vez, o robô comunica com o corpo
-
12:55 - 12:58quando está ocupado
a fazer as suas coisas, -
12:58 - 13:01quando está pronto
para coordenar o acorde final comigo. -
13:02 - 13:04(Música)
-
13:15 - 13:18(Aplausos)
-
13:18 - 13:20Espero que vocês vejam...
-
13:20 - 13:23(Aplausos)
-
13:23 - 13:28...como esta parte do corpo
que não toca no instrumento -
13:28 - 13:32ajuda o desempenho musical.
-
13:31 - 13:35Estamos em Atlanta,
obviamente vai aparecer um "rapper" -
13:35 - 13:37no nosso laboratório a qualquer momento.
-
13:37 - 13:39Vamos deixar esse "rapper" entrar
-
13:39 - 13:42e fazer um improviso com o robô.
-
13:42 - 13:45Aqui podem ver o robô
a responder ao ritmo -
13:45 - 13:47e reparem em duas coisas.
-
13:47 - 13:49Uma, como é irresistível
acompanhar o robô -
13:49 - 13:51quando ele mexe a cabeça
-
13:51 - 13:53e queremos mexer a cabeça
quando ele faz isso. -
13:53 - 13:56E segundo, quando o "rapper"
está concentrado no seu iPhone, -
13:56 - 14:00assim que o robô se volta para ele,
ele olha também. -
14:00 - 14:02Mesmo quando está
na sua visão periférica -
14:02 - 14:04— só pelo canto do olho — é muito poderoso
-
14:04 - 14:06A razão é que não podemos ignorar
-
14:06 - 14:08coisas que se movem ao pé de nós.
-
14:08 - 14:10Estamos atrelados a isso.
-
14:10 - 14:13Se temos um problema,
talvez com um nosso parceiro -
14:13 - 14:16que olha demais para o iPhone,
ou para o smartphone -
14:16 - 14:17talvez queiramos ter um robô
-
14:17 - 14:19para atrair a atenção dele.
-
14:19 - 14:20(Risos)
-
14:20 - 14:23(Música)
-
14:34 - 14:35(Risos)
-
14:39 - 14:42(Aplausos)
-
14:43 - 14:48Só para apresentar o último robô
-
14:48 - 14:50em que estivemos a trabalhar,
-
14:50 - 14:52que surgiu duma coisa espantosa
que descobrimos. -
14:52 - 14:55As pessoas já não se importam
se um robô é inteligente -
14:55 - 14:58e pode improvisar,
ouvir e fazer todas essas coisas -
14:58 - 15:01de inteligência integrada
em que eu gastei anos a desenvolver. -
15:01 - 15:04Mas gostam de ver
um robô a gostar da música. -
15:04 - 15:05(Risos)
-
15:05 - 15:07Não diziam que o robô
seguia o ritmo da música, -
15:07 - 15:09diziam que ele gostava da música.
-
15:09 - 15:11Pensei: "Porque não pegamos nesta ideia?"
-
15:11 - 15:14Desenhei uma nova peça de mobiliário.
-
15:14 - 15:16Não era um candeeiro,
era uma caixa de som. -
15:16 - 15:19Era uma daquelas coisas
que ligamos ao smartphone. -
15:19 - 15:21E pensei: "O que aconteceria
-
15:21 - 15:23"se a caixa de som tocasse música
-
15:23 - 15:26"e pudesse gostar dela também?"
-
15:26 - 15:29Mais uma vez, estão aqui
uns testes de animação -
15:29 - 15:30numa fase inicial.
-
15:30 - 15:32(Risos)
-
15:32 - 15:35Eis como ficou o produto final.
-
15:47 - 15:49("Drop it Like It`s Hot")
-
16:10 - 16:12Assim, muitas cabeças a balançar.
-
16:12 - 16:14(Aplausos)
-
16:16 - 16:18Muitas cabeças a balançar na audiência,
-
16:18 - 16:21portanto, vemos como
os robôs influenciam as pessoas. -
16:21 - 16:23E não é só diversão e jogos.
-
16:23 - 16:26Acho que uma das razões
por que me interesso tanto por robôs -
16:26 - 16:28é que usam o corpo para comunicarem,
-
16:28 - 16:30para se moverem,
-
16:30 - 16:33— e vou dizer-vos um pequeno segredo
que os robóticos estão a esconder — -
16:33 - 16:35é que todos vocês virão
a conviver com um robô -
16:35 - 16:37em qualquer momento da vida.
-
16:37 - 16:40Algures no futuro
haverá um robô na nossa vida. -
16:40 - 16:42Se não for na nossa,
será na vida dos nossos filhos. -
16:42 - 16:46E eu quero que esses robôs
sejam mais fluentes, -
16:46 - 16:47mais cativantes, mais graciosos
-
16:47 - 16:49do que atualmente parecem ser.
-
16:49 - 16:51Por isso, penso que talvez os robôs
-
16:51 - 16:53precisem de ser menos
jogadores de xadrez -
16:53 - 16:55e mais como atores de teatro,
mais como músicos. -
16:55 - 16:58Talvez devam poder
arriscar-se e improvisar. -
16:58 - 17:01Talvez consigam prever
o que estamos prestes a fazer. -
17:01 - 17:04Talvez precisem de estar aptos
a fazerem erros e a corrigi-los. -
17:04 - 17:06Porque, no fundo, somos humanos.
-
17:06 - 17:10E enquanto humanos, os robôs,
que são um pouco menos que perfeitos, -
17:10 - 17:12são perfeitos para nós.
-
17:12 - 17:13Obrigado.
-
17:13 - 17:17(Aplausos)
- Title:
- Robôs com "alma"
- Speaker:
- Guy Hoffman
- Description:
-
Que tipo de robôs faz um animador/ músico de "jazz"/ robótico? Brincalhões, reativos, curiosos. Guy Hoffman mostra um pouco da sua família de robôs pouco usuais — incluindo dois robôs musicais que gostam de improvisar com humanos.
(Filmado no TEDxJaffa.)
- Video Language:
- English
- Team:
closed TED
- Project:
- TEDTalks
- Duration:
- 17:38
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Isabel Vaz Belchior approved Portuguese subtitles for Robots with "soul" | |
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Isabel Vaz Belchior edited Portuguese subtitles for Robots with "soul" | |
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Isabel Vaz Belchior edited Portuguese subtitles for Robots with "soul" | |
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Isabel Vaz Belchior edited Portuguese subtitles for Robots with "soul" | |
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Margarida Ferreira accepted Portuguese subtitles for Robots with "soul" | |
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Margarida Ferreira edited Portuguese subtitles for Robots with "soul" | |
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Margarida Ferreira edited Portuguese subtitles for Robots with "soul" | |
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Margarida Ferreira edited Portuguese subtitles for Robots with "soul" |
Fernando José
Haviam muitas palavras sem acentuação, algumas frases não estavam condizentes com o contexto do vídeo. Uma palavra mal traduzida era "design" traduzida como "desenho" e no vídeo significa "projeto". Também, muitas vezes em que o palestrante se referia à plateia com "you" estava traduzido como "você" e não "vocês". Algumas adaptações foram feitas para melhor compreensão do vídeo sem alterar o sentido.
Isabel Vaz Belchior
Esta tradução pertence à Equipa TED de Tradução de Português (Portugal) mas foi feita, por engano, em Português do Brasil. Atenção que esta tradução tem de voltar a ser revista, desta vez em Português de Portugal, sob pena da revisão ser rejeitada, por uma questão de coerência linguística, e disponibilizada para nova revisão na equipa portuguesa.