Return to Video

Como levar eletricidade acessível e sustentável para a África

  • 0:02 - 0:05
    Neste momento, quase um bilhão
    de pessoas ao redor do mundo
  • 0:05 - 0:08
    não têm acesso à eletricidade em casa.
  • 0:08 - 0:10
    E na África Subsaariana,
  • 0:10 - 0:12
    mais de metade da população
    continua no escuro.
  • 0:14 - 0:17
    Vocês todos devem conhecer
    essa imagem da NASA.
  • 0:17 - 0:18
    Há um nome para essa escuridão.
  • 0:18 - 0:20
    É chamada "pobreza energética",
  • 0:20 - 0:23
    e tem implicações drásticas
    para o desenvolvimento econômico
  • 0:23 - 0:25
    e o bem-estar social.
  • 0:25 - 0:26
    Um aspecto exclusivo do problema
  • 0:26 - 0:29
    de pobreza energética
    na África Subsaariana...
  • 0:29 - 0:31
    Aliás, nessa palestra
    quando digo "energia",
  • 0:31 - 0:32
    quero dizer "eletricidade".
  • 0:32 - 0:34
    Uma coisa que é singular
  • 0:34 - 0:37
    é que não há um legado
    estrutural instalado
  • 0:37 - 0:39
    em muitos países da região.
  • 0:39 - 0:42
    Por exemplo, de acordo com dados de 2015,
  • 0:42 - 0:46
    a capacidade energética total instalada
    na África Subsaariana
  • 0:46 - 0:48
    é de apenas 100 gigawatts.
  • 0:48 - 0:50
    O que é semelhante à do Reino Unido.
  • 0:51 - 0:53
    Então isso representa
    uma oportunidade única
  • 0:53 - 0:57
    de construir um sistema
    de energia no século 21
  • 0:57 - 0:58
    quase do zero.
  • 0:59 - 1:01
    A questão é: como fazer?
  • 1:01 - 1:04
    Podíamos rever o passado
    e replicar a maneira
  • 1:04 - 1:08
    em que trazíamos eletricidade
    estável e acessível
  • 1:08 - 1:10
    para uma grande parte
    da população mundial.
  • 1:10 - 1:14
    Mas todos sabemos que tem alguns
    efeitos colaterais bem conhecidos,
  • 1:14 - 1:16
    como poluição e mudanças climáticas,
  • 1:16 - 1:19
    além de ser caro e ineficiente.
  • 1:19 - 1:22
    Com a população africana prevista
    para quadruplicar até o final do século,
  • 1:22 - 1:25
    essa não é uma questão teórica.
  • 1:25 - 1:27
    A África precisa de muita energia,
    e precisa rápido,
  • 1:27 - 1:32
    pois sua população está crescendo rápido
    e sua economia precisa se desenvolver.
  • 1:32 - 1:36
    E para a maioria dos países,
    a trajetória geral da eletrificação
  • 1:36 - 1:37
    tem sido assim.
  • 1:37 - 1:40
    Primeiro, uma infraestrutura
    em matriz de larga escala é montada,
  • 1:40 - 1:43
    normalmente com investimento
    público significativo.
  • 1:43 - 1:46
    Essa infraestrutura então
    alimenta centros produtivos,
  • 1:46 - 1:49
    tal como fábricas, mecanização agrícola,
  • 1:49 - 1:51
    iniciativas comerciais e afins.
  • 1:51 - 1:54
    E isso, por sua vez,
    estimula o crescimento econômico,
  • 1:54 - 1:56
    criando emprego, aumentando a renda
  • 1:56 - 1:58
    e produzindo um ciclo virtuoso
  • 1:58 - 2:00
    que faz com que mais pessoas
    adquiram eletrodomésticos
  • 2:00 - 2:03
    que, por sua vez, cria uma demanda
    residencial de eletricidade.
  • 2:04 - 2:07
    Mas na África Subsaariana,
    apesar de décadas de projetos de energia,
  • 2:07 - 2:10
    nós não tivemos esses benefícios.
  • 2:11 - 2:14
    Os projetos energéticos em geral
    são caracterizados por desperdício,
  • 2:14 - 2:16
    corrupção e ineficiência;
  • 2:16 - 2:18
    nossas taxas de eletrificação
    rural são bem baixas,
  • 2:18 - 2:21
    e as urbanas poderiam ser melhores;
  • 2:21 - 2:24
    a confiabilidade
    de nossa eletricidade é péssima;
  • 2:24 - 2:28
    e temos um dos preços de eletricidade
    mais altos do mundo.
  • 2:28 - 2:29
    E, além disso tudo,
  • 2:29 - 2:33
    agora estamos vendo os impactos
    da catástrofe climática de frente.
  • 2:34 - 2:37
    A África vai precisar
    encontrar um caminho diferente.
  • 2:38 - 2:40
    E agora acabamos testemunhando
  • 2:40 - 2:43
    algumas rupturas interessantes
    no espaço energético africano.
  • 2:44 - 2:46
    Essa nova instalação se chama
    fotovoltaica autônoma,
  • 2:46 - 2:48
    e é feita de painéis solares baratos,
  • 2:48 - 2:51
    avanços em LED e tecnologia de baterias,
  • 2:51 - 2:53
    e combinado com modelos
    de negócio inovadores.
  • 2:53 - 2:57
    Essas células fotovoltaicas autônomas
    tipicamente variam de uma única luz
  • 2:57 - 3:00
    até sistemas domésticos
    que podem carregar celulares,
  • 3:00 - 3:02
    alimentar uma televisão
  • 3:02 - 3:04
    ou manter um ventilador.
  • 3:04 - 3:05
    Quero deixar claro:
  • 3:05 - 3:08
    células autônomas
    são super importantes na África.
  • 3:08 - 3:10
    Já trabalhei no ramo por anos,
  • 3:10 - 3:13
    e esses produtos nos permitem
    estender serviços energéticos básicos
  • 3:13 - 3:15
    aos mais pobres do mundo,
  • 3:15 - 3:17
    melhorando sua qualidade de vida.
  • 3:17 - 3:20
    Isso é muito bom e muito importante.
  • 3:20 - 3:25
    Entretanto, células autônomas não vão
    resolver a pobreza energética na África,
  • 3:25 - 3:27
    e nesse sentido, tampouco vai
    um esforço mais amplo
  • 3:28 - 3:30
    de conectar cada lar
    desconectado à matriz.
  • 3:30 - 3:33
    Vejam, não estou aqui para reacender
    aquele velho debate
  • 3:33 - 3:37
    do conectado vs. autônomo
    ou do velho vs. novo.
  • 3:37 - 3:38
    Em vez disso,
  • 3:38 - 3:41
    acredito que nossa inabilidade
    de combater e, de fato,
  • 3:41 - 3:43
    abordar a pobreza energética na África
  • 3:43 - 3:45
    tem origem em três fatores.
  • 3:45 - 3:48
    Primeiro, não temos uma compreensão clara
  • 3:48 - 3:51
    do que seja pobreza energética
    ou até onde ela chega.
  • 3:51 - 3:54
    Segundo, estamos evitando
    questões sistêmicas complexas
  • 3:54 - 3:56
    e preferimos soluções rápidas.
  • 3:56 - 3:59
    E terceiro, estamos alocando mal
    receios com a mudança climática.
  • 3:59 - 4:03
    Em conjunto, esses três erros nos levam
    a impor um debate ocidental
  • 4:04 - 4:05
    sobre o futuro da energia
  • 4:05 - 4:08
    e recorrer a atitudes
    paternalistas com a África.
  • 4:08 - 4:10
    Então vamos tentar
    esmiuçar essas questões.
  • 4:10 - 4:13
    Primeiro, o que é
    pobreza energética exatamente?
  • 4:13 - 4:16
    O principal indicador direcionado
    à pobreza energética está integrado
  • 4:16 - 4:20
    no Sétimo Objetivo de Desenvolvimento
    Sustentável da ONU ou ODS 7.
  • 4:20 - 4:22
    Apela para que 100% da população mundial
  • 4:22 - 4:25
    tenha acesso à eletricidade
    até o ano de 2030.
  • 4:25 - 4:27
    Porém esse limiar binário,
  • 4:27 - 4:31
    ignora a qualidade, confiabilidade,
    ou utilidade da energia,
  • 4:31 - 4:34
    embora indicadores estejam
    em desenvolvimento
  • 4:34 - 4:36
    para tentar abordar essas coisas.
  • 4:36 - 4:39
    Entretanto, a questão de quando
    uma casa é considerada "conectada"
  • 4:39 - 4:41
    ainda não está bem definida.
  • 4:41 - 4:45
    Por exemplo, ano passado
    o Primeiro Ministro da Índia Narendra Modi
  • 4:45 - 4:48
    declarou todas as vilas indianas
    como eletrificadas,
  • 4:48 - 4:50
    e o critério para ser eletrificado era
  • 4:50 - 4:53
    um transformador em cada vila
    além de seus centros públicos
  • 4:53 - 4:56
    e 10% - sim, 10% -
    de suas casas conectadas.
  • 4:57 - 4:59
    Enquanto isso,
  • 4:59 - 5:03
    a Agência Internacional de Energia,
    que monitora o progresso do ODS 7,
  • 5:03 - 5:08
    define como acesso à energia
    50 kilowatts-hora por pessoa por ano.
  • 5:09 - 5:12
    O que é suficiente para alimentar
    algumas lâmpadas e carregar um celular,
  • 5:12 - 5:17
    talvez uma TV ou um ventilador
    pouco exigentes algumas horas por dia.
  • 5:17 - 5:21
    Fornecer um nível básico de acesso
    é um primeiro passo importante,
  • 5:21 - 5:24
    mas não vamos romantizar a situação.
  • 5:24 - 5:27
    Sob qualquer aspecto,
    algumas luzes e nada mais
  • 5:27 - 5:29
    ainda é viver em pobreza energética.
  • 5:30 - 5:31
    E além disso,
  • 5:31 - 5:34
    esses indicadores e metas
    de pobreza energética
  • 5:34 - 5:36
    só incluem uso residencial.
  • 5:37 - 5:40
    E ainda assim, os lares
    só representam cerca de um quarto
  • 5:40 - 5:42
    do consumo global de eletricidade.
  • 5:42 - 5:46
    Já que a maior parte de nossa energia
    é usada em indústrias e no comércio.
  • 5:46 - 5:48
    O que me leva ao ponto principal:
  • 5:48 - 5:52
    os países não vão sair da pobreza
    sem acesso à eletricidade
  • 5:52 - 5:56
    abundante, acessível e confiável
    para alimentar esses centros de produção,
  • 5:56 - 5:59
    ou o que chamo
    de "Energia para o Crescimento".
  • 5:59 - 6:00
    Como podem ver neste gráfico,
  • 6:00 - 6:04
    não existe nenhum país
    com alta renda e baixa energia.
  • 6:04 - 6:05
    Não existe.
  • 6:05 - 6:08
    E ainda assim, três bilhões
    de pessoas no mundo
  • 6:08 - 6:11
    atualmente vivem em países
    sem eletricidade confiável e acessível;
  • 6:11 - 6:15
    não só para alimentar suas casas
    mas também suas fábricas,
  • 6:15 - 6:17
    seus escritórios, seus centros de dados
  • 6:17 - 6:19
    e outras atividades econômicas.
  • 6:20 - 6:22
    Meramente eletrificar lares
    e pequenas empresas
  • 6:22 - 6:25
    não vai resolver essa pobreza
    energética mais profunda.
  • 6:25 - 6:27
    Para resolver a pobreza energética,
  • 6:27 - 6:31
    precisamos fornecer eletricidade
    confiável e acessível em escala,
  • 6:31 - 6:33
    para alimentar a criação de empregos
  • 6:33 - 6:35
    e o crescimento de renda
    em toda a economia.
  • 6:35 - 6:39
    Porém, essa necessidade
    vai de encontro a uma narrativa que,
  • 6:39 - 6:41
    em vista das mudanças climáticas,
  • 6:41 - 6:45
    todos temos que passar de grandes
    sistemas energéticos centralizados
  • 6:45 - 6:47
    para energia distribuída
    em pequena escala.
  • 6:47 - 6:50
    O crescimento de células
    autônomas na África;
  • 6:50 - 6:52
    e permitam-me repetir,
    células autônomas são boas;
  • 6:52 - 6:55
    mas esse crescimento
    se encaixa bem nessa narrativa
  • 6:55 - 6:59
    e criou essa história de que a África está
    pulando o velho sistema de energia
  • 6:59 - 7:02
    e construindo seu sistema
    energético do zero,
  • 7:02 - 7:04
    um painel solar de cada vez.
  • 7:05 - 7:09
    É uma narrativa simpática e solícita,
    mas também bastante ingênua.
  • 7:10 - 7:13
    Como muitas narrativas
    de ruptura tecnológica,
  • 7:13 - 7:15
    comumente inspiradas pelo Vale do Silício,
  • 7:15 - 7:20
    não reconhece os sistemas existentes
    que fundamentam toda essa transformação.
  • 7:20 - 7:23
    Vejam, quando se trata
    de inovação e energia,
  • 7:23 - 7:28
    o Ocidente está trabalhando à margem
    de um sistema testado e comprovado.
  • 7:28 - 7:30
    E assim a parte excitante:
  • 7:30 - 7:31
    o sistema solar no telhado,
  • 7:31 - 7:35
    os dispositivos domésticos inteligentes,
    os carros elétricos,
  • 7:35 - 7:37
    tudo isso se constrói com base
  • 7:37 - 7:39
    em uma matriz massiva
    e absolutamente essencial,
  • 7:39 - 7:43
    que, por sua vez, existe dentro
    de um quadro de governança provado.
  • 7:44 - 7:46
    Mesmo os países
    mais desenvolvidos do mundo
  • 7:46 - 7:50
    não têm um exemplo de sistema de energia
    que só escale as bordas e não o centro.
  • 7:51 - 7:54
    E por fim, nenhuma abordagem,
  • 7:54 - 7:58
    seja centralizada ou distribuída,
    renovável ou de combustíveis fósseis,
  • 7:58 - 8:00
    pode ser bem-sucedida em resolver
    a pobreza energética
  • 8:00 - 8:04
    sem encontrar um jeito de entregar
    eletricidade confiável e acessível
  • 8:04 - 8:08
    aos emergentes setores
    industriais e comerciais da África.
  • 8:08 - 8:11
    Não são só luzes em todo lar rural.
  • 8:12 - 8:15
    É energia para as cidades africanas
    que estão crescendo rápido
  • 8:15 - 8:18
    e com cada vez mais
    pessoas jovens e capacitadas
  • 8:18 - 8:20
    que precisam urgentemente de um emprego.
  • 8:20 - 8:24
    Isso vai exigir uma
    interconectividade significativa
  • 8:24 - 8:26
    e economias de escala,
  • 8:26 - 8:28
    tornando uma matriz robusta e moderna
  • 8:28 - 8:31
    uma peça crucial de qualquer
    solução para a pobreza energética.
  • 8:32 - 8:36
    E nosso segundo erro é se deixar levar
    pelo encanto da solução rápida.
  • 8:36 - 8:38
    Bem, a pobreza energética existe
  • 8:38 - 8:42
    em um contexto complexo
    socioeconômico e político.
  • 8:42 - 8:45
    E parte do apelo
    de novos modelos de eletrificação
  • 8:45 - 8:47
    como células solares
    autônomas, por exemplo,
  • 8:47 - 8:52
    é que muitas vezes dispensam
    o ritmo lento e a ineficiência do governo.
  • 8:52 - 8:56
    Com pequenos sistemas, dá para ignorar
    as burocracias e os serviços públicos
  • 8:56 - 8:58
    e vender diretamente ao consumidor.
  • 8:59 - 9:02
    Mas para enfrentar a pobreza energética,
  • 9:02 - 9:05
    não dá para ignorar os governos,
    não dá para ignorar instituições,
  • 9:05 - 9:09
    não dá para ignorar os muitos elementos
    envolvidos na produção, no transporte
  • 9:09 - 9:11
    e no uso da eletricidade em escala,
  • 9:11 - 9:15
    que é uma maneira de dizer
    que fornecer energia para o crescimento
  • 9:15 - 9:17
    não envolve só a inovação da tecnologia,
  • 9:18 - 9:22
    mas também o trabalho árduo e lento
    de melhorar governanças, instituições
  • 9:22 - 9:24
    e o macroambiente mais amplo.
  • 9:25 - 9:28
    Bem, isso está ótimo então, você diria.
  • 9:29 - 9:30
    Mas e as mudanças climáticas?
  • 9:31 - 9:34
    Como garantimos que todos tenham
    um futuro com muita energia
  • 9:34 - 9:37
    ao mesmo tempo que reduzimos
    nossas emissões?
  • 9:37 - 9:41
    Vamos ter que aceitar
    algumas coisas complexas,
  • 9:41 - 9:43
    mas acredito que um futuro
    de alta energia para a África
  • 9:43 - 9:46
    não é mutualmente exclusivo
    com um futuro de baixo carbono.
  • 9:46 - 9:47
    E não se enganem:
  • 9:48 - 9:51
    o mundo não pode esperar que a África
    continue na pobreza energética
  • 9:51 - 9:53
    por conta das mudanças climáticas.
  • 9:53 - 9:56
    (Aplausos)
  • 10:00 - 10:03
    Na verdade, os fatos mostram
    que o oposto é verdade.
  • 10:03 - 10:05
    A energia será essencial para que a África
  • 10:05 - 10:08
    se adapte às mudanças climáticas
    e crie resiliência.
  • 10:08 - 10:10
    Temperaturas mais altas
  • 10:10 - 10:12
    aumentam a demanda
    de refrigeração ambiente
  • 10:12 - 10:13
    e armazenagem frigorífica.
  • 10:13 - 10:17
    Lençóis freáticos em declínio
    exigem mais irrigação bombeada.
  • 10:17 - 10:19
    E climas extremos
    e a elevação do nível do mar
  • 10:19 - 10:21
    exigem uma expansão significativa
  • 10:21 - 10:23
    e o reforço de nossa infraestrutura.
  • 10:23 - 10:26
    Todas essas atividades
    exigem muita energia.
  • 10:27 - 10:30
    O equilíbrio entre mudanças climáticas
    e a necessidade urgente da África
  • 10:30 - 10:32
    de transição a um futuro de alta energia
  • 10:32 - 10:33
    será difícil.
  • 10:33 - 10:37
    Mas não é negociável;
    vamos ter que dar um jeito.
  • 10:38 - 10:40
    O primeiro passo é afastar
    os termos do debate
  • 10:40 - 10:43
    dessa construção "ou isso ou aquilo".
  • 10:43 - 10:46
    E também temos que parar
    de romantizar soluções
  • 10:46 - 10:48
    que nos desviam dos desafios centrais.
  • 10:50 - 10:51
    E também não vamos esquecer
  • 10:51 - 10:54
    que a África dispõe
    de vastos recursos naturais,
  • 10:54 - 10:57
    incluindo um potencial
    renovável significativo.
  • 10:57 - 11:00
    Por exemplo, no Quênia, de onde eu sou,
  • 11:00 - 11:04
    a energia geotérmica representa
    metade da nossa geração de eletricidade,
  • 11:04 - 11:06
    e a hídrica sendo a outra grande fonte,
  • 11:06 - 11:08
    já usamos essencialmente
    energia renovável.
  • 11:08 - 11:12
    Também acabamos de conectar
    o maior parque eólico da África
  • 11:12 - 11:15
    e a maior instalação solar
    da África Oriental.
  • 11:15 - 11:18
    (Aplausos)
  • 11:19 - 11:21
    Além disso, nova tecnologia significa
  • 11:21 - 11:24
    que agora podemos gerir
    e criar nossos sistemas energéticos
  • 11:24 - 11:27
    e usar a energia mais
    eficientemente do que nunca,
  • 11:27 - 11:28
    fazendo mais com menos.
  • 11:28 - 11:31
    Eficiência energética
    será uma ferramenta importante
  • 11:31 - 11:33
    na luta contra as mudanças climáticas.
  • 11:34 - 11:39
    Em suma, só queria dizer que a África
    é um lugar real com pessoas reais,
  • 11:39 - 11:43
    passando por desafios complexos
    e transições decisivas,
  • 11:43 - 11:45
    como qualquer outra região do planeta.
  • 11:45 - 11:48
    (Aplausos)
  • 11:50 - 11:53
    E enquanto cada país e cada região
  • 11:53 - 11:56
    tenha suas peculiaridades
    sociais, econômicas e políticas,
  • 11:56 - 11:59
    a física da eletricidade
    é a mesmo em todo lugar.
  • 11:59 - 12:02
    (Risos) (Aplausos)
  • 12:02 - 12:05
    E as necessidades energéticas
    de nossas economias
  • 12:05 - 12:09
    são tão abundantes como
    as de qualquer outra economia.
  • 12:10 - 12:12
    A expansão da eletrificação de lares
  • 12:12 - 12:15
    com uma mistura de soluções
    autônomas e em rede
  • 12:15 - 12:17
    tem tido um impacto incrível na África.
  • 12:17 - 12:21
    Mas nem chegam perto
    de resolver a pobreza energética.
  • 12:21 - 12:22
    Para resolver a pobreza energética,
  • 12:22 - 12:26
    precisamos de geração de energia
    de fontes diversas em escala
  • 12:26 - 12:29
    e matrizes modernas para alimentar
    um futuro de alta energia,
  • 12:29 - 12:32
    em que os africanos possam desfrutar
    de padrões de vida modernos
  • 12:32 - 12:34
    e empregos bem remunerados.
  • 12:34 - 12:36
    Os africanos merecem,
  • 12:36 - 12:40
    e com a previsão de que uma
    a cada quatro pessoas seja africana
  • 12:40 - 12:41
    até o ano de 2100,
  • 12:41 - 12:43
    o planeta precisa disso.
  • 12:43 - 12:44
    Obrigada
  • 12:44 - 12:47
    (Aplausos)
Title:
Como levar eletricidade acessível e sustentável para a África
Speaker:
Rose M. Mutiso
Description:

Pobreza energética, ou a falta de acesso à eletricidade e outros serviços básicos de energia, afeta quase dois terços da África Subsaariana. Com o crescimento da população da região também cresce a necessidade de construir um novo sistema energético que se desenvolva junto, diz Rose M. Mutiso. Numa palestra ambiciosa, ela discute como uma mistura equilibrada de soluções como energia solar, eólica, geotérmica e matrizes modernas podem criar um futuro de alta energia para a África: providenciando energia confiável, criando empregos e aumentando a renda.

more » « less
Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDTalks
Duration:
13:00

Portuguese, Brazilian subtitles

Revisions