Como serão os empregos do futuro?
-
0:01 - 0:04A escritora George Eliot
advertiu-nos de que, -
0:04 - 0:06de entre todas as formas de erro,
-
0:06 - 0:08a profecia é a mais gratuita.
-
0:08 - 0:11A pessoa que todos reconheceríamos
-
0:11 - 0:15como o seu homólogo do séc. XX,
Yogui Berra, concordou com ela e disse: -
0:15 - 0:16"É difícil fazer previsões,
-
0:16 - 0:19"especialmente em relação ao futuro."
-
0:19 - 0:20Eu vou ignorar esses avisos
-
0:20 - 0:23e vou fazer uma previsão muito específica.
-
0:23 - 0:25No mundo que estamos a criar
muito rapidamente, -
0:25 - 0:27vamos ver cada vez mais coisas
-
0:27 - 0:29que se parecem com ficção científica
-
0:29 - 0:32e cada vez menos coisas
que se parecem com empregos. -
0:32 - 0:34Os nossos carros, em breve,
começarão a guiar-se a si mesmos, -
0:34 - 0:38o que significa que precisaremos
de menos camionistas. -
0:38 - 0:39Vamos ligar o Siri ao Watson
-
0:39 - 0:41e usá-los para automatizar
muito do trabalho -
0:41 - 0:45que atualmente é feito por representantes
de atendimento ao cliente, -
0:45 - 0:48especialistas em resolução
de problemas e analistas. -
0:48 - 0:50Já estamos a pegar no R2D2,
-
0:50 - 0:53a pintá-lo de cor de laranja
e a pô-lo a trabalhar, -
0:53 - 0:55transportando prateleiras pelos armazéns,
-
0:55 - 0:57o que significa que precisamos
de muito menos pessoas -
0:57 - 1:00a andar para cima e para baixo
nos corredores. -
1:00 - 1:02Há cerca de 200 anos
-
1:02 - 1:05que as pessoas vêm dizendo
exatamente o que vos estou a contar -
1:05 - 1:08— a era do desemprego
tecnológico está a chegar — -
1:08 - 1:11a começar pelos luditas a destruir
teares na Grã-Bretanha -
1:11 - 1:12há cerca de dois séculos.
-
1:12 - 1:14Mas eles têm estado errados.
-
1:14 - 1:17As nossas economias no mundo desenvolvido
têm logrado alcançar -
1:17 - 1:19algo muito próximo do pleno emprego.
-
1:19 - 1:21O que levanta uma questão crítica:
-
1:21 - 1:24porque é que desta vez é diferente,
se realmente for? -
1:24 - 1:27A razão da diferença está em que,
só nos últimos anos -
1:27 - 1:29as nossas máquinas começaram
a mostrar capacidades -
1:29 - 1:32que nunca antes haviam mostrado
-
1:32 - 1:36— compreensão, fala, audição, visão,
resposta, escrita — -
1:36 - 1:39e ainda estão a adquirir
novas capacidades. -
1:39 - 1:42Por exemplo, os robôs humanoides móveis
-
1:42 - 1:43são ainda incrivelmente primitivos,
-
1:43 - 1:46mas o sector de pesquisa do
Departamento de Defesa -
1:46 - 1:47acabou de lançar um concurso
-
1:47 - 1:49para fazer coisas como esta
-
1:49 - 1:51e, se nos guiarmos pelos anteriores,
-
1:51 - 1:53este concurso dará resultados.
-
1:53 - 1:57Portanto, quando olho à volta,
penso que não está nada longe -
1:57 - 1:59o dia em que vamos ter androides
-
1:59 - 2:02a fazer muito do trabalho
que fazemos neste momento. -
2:02 - 2:06Estamos a criar um mundo em que vai haver
-
2:06 - 2:09cada vez mais tecnologia
e cada vez menos empregos. -
2:09 - 2:11É um mundo a que Erik Brynjolfsson
e eu chamamos -
2:11 - 2:13"a era da nova máquina".
-
2:13 - 2:15O que devemos ter em mente
-
2:15 - 2:18é que isto são ótimas notícias,
-
2:18 - 2:21as melhores notícias económicas
do planeta na atualidade. -
2:21 - 2:24Não que haja muita competição, certo?
-
2:24 - 2:25(Risos)
-
2:25 - 2:27São as melhores notícias económicas
da atualidade -
2:27 - 2:28por duas razões principais.
-
2:28 - 2:31A primeira é que o progresso tecnológico
é o que nos permite -
2:31 - 2:36continuar nesta espantosa
e recente corrida -
2:36 - 2:38em que a produção aumenta com o tempo,
-
2:38 - 2:41enquanto, em simultâneo, os preços descem
-
2:41 - 2:45e o volume e a qualidade
continuam a explodir. -
2:45 - 2:48Algumas pessoas olham para isto
e falam de materialismo fútil, -
2:48 - 2:51mas essa é uma maneira
totalmente errada de ver isto. -
2:51 - 2:53Isto é a abundância, que é precisamente
-
2:53 - 2:56aquilo que queremos que
o nosso sistema económico proporcione. -
2:57 - 3:00A segunda razão por que
a nova idade da máquina -
3:00 - 3:03constitui uma tão boa notícia
é que, quando os androides -
3:03 - 3:06começarem a fazer o trabalho,
nós não teremos mais de o fazer -
3:06 - 3:09e libertamo-nos de trabalhos e fadigas.
-
3:09 - 3:11Quando falo disto com os meus amigos
-
3:11 - 3:14em Cambridge e em Silicon Valley,
eles dizem: -
3:14 - 3:16"Fantástico. Acabam-se
os trabalhos e as fadigas. -
3:16 - 3:18"Isso permite-nos imaginar
-
3:18 - 3:21"um tipo de sociedade
inteiramente diferente, -
3:21 - 3:23"uma sociedade em que os criadores,
os descobridores, -
3:23 - 3:26"os intérpretes e os inovadores
-
3:26 - 3:29"se juntem com os seus patronos
e financiadores -
3:29 - 3:32"para falar de problemas,
entreter, esclarecer -
3:32 - 3:33"e provocar-se mutuamente."
-
3:33 - 3:37Na verdade, uma sociedade
muito parecida com a Conferência TED. -
3:39 - 3:41E realmente há muito de verdade nisto.
-
3:41 - 3:43Estamos a assistir
a um desenvolvimento espantoso. -
3:43 - 3:47Num mundo em que é tão fácil
produzir um objeto -
3:47 - 3:49como imprimir um documento,
-
3:49 - 3:51temos espantosas novas possibilidades.
-
3:51 - 3:55As pessoas que costumavam
ser artesãos e amadores -
3:55 - 3:57são agora criadores e são responsáveis
-
3:57 - 3:59por quantidades maciças de inovação.
-
3:59 - 4:02Os artistas, que dantes estavam limitados,
-
4:02 - 4:04podem agora fazer coisas
que nunca anteriormente -
4:04 - 4:06lhes haviam sido possíveis.
-
4:06 - 4:09Portanto, esta é uma época
de grande desenvolvimento. -
4:09 - 4:11Quanto mais olho em redor,
mais me convenço -
4:11 - 4:16de que esta citação, do físico
Freeman Dyson, não é nada exagerada. -
4:16 - 4:19É uma simples constatação dos factos.
-
4:19 - 4:22Estamos no meio de um período espantoso.
-
4:22 - 4:25O que levanta outra grande questão:
-
4:25 - 4:28O que poderá correr mal nesta
idade da nova máquina? -
4:28 - 4:31Ótimo, desliguem, floresçam,
vão para casa. -
4:31 - 4:34Vamos enfrentar duas ordens de desafios
realmente espinhosos -
4:34 - 4:37à medida que formos mergulhando
no futuro que estamos a criar. -
4:37 - 4:40Os primeiros são económicos,
e estão bem sintetizados -
4:40 - 4:43numa história apócrifa sobre um diálogo
-
4:43 - 4:45entre Henry Ford II e Walter Reuther,
-
4:45 - 4:49que era o dirigente do sindicato
dos trabalhadores do setor automóvel. -
4:49 - 4:51Estavam a percorrer uma das novas
fábricas modernas, -
4:51 - 4:54e Ford, a brincar,
volta-se para Reuther e diz: -
4:54 - 4:56"Ei, Walter, como é que vai conseguir
-
4:56 - 4:58"que estes robôs paguem
a quota ao sindicato?" -
4:58 - 4:59E Reuther riposta:
-
4:59 - 5:03"Ei, Henry, como é que vai conseguir
que eles comprem automóveis?" -
5:03 - 5:04(Risos)
-
5:04 - 5:08O problema de Reuther naquela anedota
-
5:08 - 5:11é que é difícil oferecer trabalho
-
5:11 - 5:13a uma economia cheia de máquinas.
-
5:13 - 5:15Vemos isso muito claramente
nas estatísticas. -
5:15 - 5:17Se examinarem as últimas décadas,
-
5:17 - 5:21os rendimentos do capital — por outras
palavras, os lucros das empresas — -
5:21 - 5:23vemo-los a crescer,
-
5:23 - 5:25e vemo-los agora num máximo histórico.
-
5:25 - 5:27Se observarmos os rendimentos do trabalho
-
5:27 - 5:30— ou seja, o total de salários
pagos na economia — -
5:30 - 5:32vemo-los em mínimos históricos
-
5:32 - 5:35e encaminhando-se rapidamente
na direção contrária. -
5:35 - 5:37Portanto, isto são más notícias
para Reuther. -
5:37 - 5:40Parece que deviam ser
ótimas notícias para Ford -
5:40 - 5:42mas, na verdade, não são.
-
5:42 - 5:46Se queremos vender às pessoas
grandes quantidades de bens dispendiosos, -
5:46 - 5:50queremos uma classe média ampla,
estável e próspera. -
5:50 - 5:52Tivemos uma assim na América
-
5:52 - 5:55durante praticamente
todo o período do pós-guerra. -
5:55 - 5:58Mas a classe média está claramente
sob grande ameaça, neste momento. -
5:58 - 6:01Todos nós conhecemos muitas estatísticas
-
6:01 - 6:03mas, para repetir apenas uma delas,
-
6:03 - 6:05o rendimento médio nos EUA
desceu efetivamente -
6:05 - 6:07durante os últimos 15 anos,
-
6:07 - 6:10e corremos o risco de ficar presos
-
6:10 - 6:13num círculo vicioso em que
a desigualdade e a polarização -
6:13 - 6:16continuem a crescer com o tempo.
-
6:16 - 6:19Os desafios da sociedade que acompanham
-
6:19 - 6:21esse tipo de desigualdade
merecem alguma atenção. -
6:21 - 6:23Há um conjunto de desafios sociais
-
6:23 - 6:25que não me preocupam muito,
-
6:25 - 6:27e que são captados em imagens como esta.
-
6:27 - 6:31Este não é o tipo de problema social
que me preocupa. -
6:31 - 6:34Não faltam visões distópicas
sobre o que acontecerá -
6:34 - 6:37quando as nossas máquinas
se tornarem autoconscientes -
6:37 - 6:40e decidirem levantar-se e coordenar
ataques contra nós. -
6:40 - 6:42Começarei a preocupar-me com eles
-
6:42 - 6:45no dia em que o meu computador
tomar consciência da minha impressora. -
6:45 - 6:49(Risos)
(Aplausos) -
6:49 - 6:52Este não é o conjunto de desafios
que nos deva preocupar. -
6:52 - 6:54Para vos dizer quais
os tipos de desafios sociais -
6:54 - 6:56que vão surgir na nova idade da máquina,
-
6:56 - 6:58vou contar uma história
-
6:58 - 7:00sobre dois trabalhadores
americanos estereotipados. -
7:00 - 7:02E para que sejam realmente estereótipos,
-
7:02 - 7:04serão ambos brancos.
-
7:04 - 7:09O primeiro é um profissional
com formação universitária, -
7:09 - 7:11do tipo criativo, dirigente,
-
7:11 - 7:14engenheiro, médico, advogado,
esse tipo de trabalhador. -
7:14 - 7:16Vamos chamar-lhe "Ted".
-
7:16 - 7:19Está no topo da classe média
norte-americana. -
7:19 - 7:22O seu homólogo não tem
formação universitária -
7:22 - 7:25e trabalha por conta de outrem,
trabalha como rececionista, -
7:25 - 7:28trabalha como administrativo ou operário.
-
7:28 - 7:30Vamos chamar a esse sujeito "Bill".
-
7:30 - 7:32Se recuarmos cerca de 50 anos
-
7:32 - 7:36Bill e Ted viviam vidas
notavelmente parecidas. -
7:36 - 7:39Por exemplo, em 1960, muito provavelmente,
-
7:39 - 7:42ambos trabalhavam a tempo inteiro,
pelo menos 40 horas por semana. -
7:42 - 7:45Mas, como o investigador social
Charles Murray documentou, -
7:45 - 7:48quando começámos a automatizar a economia
-
7:48 - 7:52— foi por volta de 1960 que as empresas
começaram a usar computadores — -
7:52 - 7:56quando começámos progressivamente
a injetar tecnologia, automatização -
7:56 - 7:58e equipamentos digitais na economia,
-
7:58 - 8:01a sorte de Bill e Ted divergiram muito.
-
8:01 - 8:05Neste gráfico temporal, Ted continuou
a ter um emprego a tempo inteiro. -
8:05 - 8:06Bill não.
-
8:06 - 8:10Em muitos casos, Bill saiu
completamente da economia, -
8:10 - 8:12e Ted raramente o fez.
-
8:12 - 8:16Com o tempo, o casamento de Ted
manteve-se bastante feliz. -
8:16 - 8:17O de Bill não.
-
8:17 - 8:21Os filhos de Ted cresceram
num lar com dois progenitores, -
8:21 - 8:23o que não aconteceu com os filhos de Bill.
-
8:23 - 8:26Outras formas que levaram Bill
a marginalizar-se da sociedade? -
8:26 - 8:30Passou a votar menos
nas eleições presidenciais, -
8:30 - 8:34começou a ir para a prisão
muito mais frequentemente. -
8:34 - 8:38Não posso contar-vos uma história feliz
em relação a estas tendências sociais -
8:38 - 8:41e elas não mostram sinais de inversão.
-
8:41 - 8:43Também são verdadeiras,
seja qual for o grupo étnico -
8:43 - 8:45ou grupo demográfico que analisemos.
-
8:45 - 8:48Estão, na verdade, a tornar-se tão graves
-
8:48 - 8:49que até estão em perigo de esmagar
-
8:49 - 8:53o espantoso progresso que fizemos
com o Movimento dos Direitos Civis. -
8:53 - 8:55Do que os meus amigos de Silicon Valley
-
8:55 - 9:01e de Cambridge se estão a esquecer
é que eles são o Ted. -
9:01 - 9:04Vivem vidas espantosamente
ocupadas e produtivas -
9:04 - 9:06e retiram daí todos os benefícios,
-
9:06 - 9:09enquanto Bill vive uma vida
completamente diferente. -
9:09 - 9:11Ambos são a prova
de quanto Voltaire estava certo -
9:11 - 9:13quando falava dos benefícios do trabalho
-
9:13 - 9:17e do facto de ele nos salvar, não de um,
mas de três grandes males. -
9:17 - 9:19[... o tédio, o vício e a necessidade]
-
9:19 - 9:21Portanto, o que faremos
em relação a estes desafios? -
9:21 - 9:24A cartilha económica
é surpreendentemente clara, -
9:24 - 9:27surpreendentemente simples,
especialmente a curto prazo. -
9:27 - 9:29Os robôs não vão tirar-nos
todos os empregos -
9:29 - 9:31dentro de um ou dois anos,
-
9:31 - 9:34portanto, o clássico manual Econ 101
vai servir perfeitamente: -
9:35 - 9:37Encorajar o empreendedorismo,
-
9:37 - 9:39dobrar a aposta nas infraestruturas,
-
9:39 - 9:41e garantir que,
no nosso sistema educativo, -
9:41 - 9:44estamos a formar pessoas com
as capacidades apropriadas. -
9:44 - 9:47Mas, a longo prazo, se estamos
a transitar para uma economia -
9:47 - 9:50carregada de tecnologia
e com poucos empregos, -
9:50 - 9:52como de facto estamos,
então temos de considerar -
9:52 - 9:54algumas intervenções mais radicais,
-
9:54 - 9:57por exemplo, algo como um rendimento
mínimo garantido. -
9:57 - 10:01Provavelmente, isso soa mal
para algumas pessoas aqui -
10:01 - 10:05porque esta ideia está associada
à extrema esquerda -
10:05 - 10:08e a esquemas bastante radicais de
redistribuição de riqueza. -
10:08 - 10:10Fiz um pouco de pesquisa sobre esta noção
-
10:10 - 10:12e as pessoas podem ficar
mais tranquilas ao saberem -
10:12 - 10:15que a ideia de um rendimento
líquido mínimo garantido -
10:15 - 10:18tem sido defendida
por estes socialistas raivosos: -
10:18 - 10:22Friedrich Hayek, Richard Nixon
e Milton Friedman. -
10:24 - 10:26E se vos preocupa que
-
10:26 - 10:29uma coisa como um rendimento garantido
-
10:29 - 10:31vá inibir o nosso entusiasmo pelo sucesso
-
10:31 - 10:33e tornar-nos complacentes,
-
10:33 - 10:36pode interessar-vos saber
que a mobilidade social, -
10:36 - 10:39uma das coisas de que muito
nos orgulhamos nos EUA, -
10:39 - 10:42é agora mais baixa do que
nos países do norte da Europa -
10:42 - 10:45que têm redes de segurança social
muito generosas. -
10:45 - 10:48Portanto, a cartilha económica
é realmente muito clara. -
10:48 - 10:51A cartilha social constitui
um desafio muito maior. -
10:51 - 10:53Eu não conheço o manual
-
10:53 - 10:57que consiga levar o Bill a integrar-se e
a manter-se integrado ao longo da vida. -
10:57 - 10:59Eu sei que a educação
tem aí uma parte importante. -
10:59 - 11:01Eu próprio o testemunhei.
-
11:01 - 11:05Fui uma criança Montessori durante
os meus primeiros anos de educação, -
11:05 - 11:07e o que essa educação me ensinou
-
11:07 - 11:09foi que o mundo é um sítio interessante
-
11:09 - 11:11e o meu trabalho é ir explorá-lo.
-
11:11 - 11:13A escola acabou no 3.º ano.
-
11:13 - 11:15Depois entrei
para o sistema de ensino público -
11:15 - 11:18e senti-me como se tivesse sido
enviado para o Gulag. -
11:18 - 11:19(Risos)
-
11:19 - 11:22Com a vantagem duma visão retrospetiva,
sei agora que a finalidade -
11:22 - 11:25era preparar-me para ser
administrativo ou trabalhador -
11:25 - 11:28mas, na altura, senti-me
como se a ideia fosse aborrecer-me -
11:28 - 11:31para me submeter
ao que se passava à minha volta. -
11:31 - 11:33Temos que fazer melhor do que isto.
-
11:33 - 11:35Não podemos continuar
a transformar-nos em Bills. -
11:35 - 11:38Vemos, pelos rebentos da Primavera,
que as coisas estão a melhorar. -
11:38 - 11:41Vemos a tecnologia a causar
um impacto profundo na educação, -
11:41 - 11:44e a integrar as pessoas,
desde os alunos mais jovens -
11:44 - 11:45até aos mais velhos.
-
11:45 - 11:48Vozes importantes do mundo
dos negócios dizem-nos -
11:48 - 11:51que precisamos de repensar coisas
a que nos vimos agarrando há muito. -
11:51 - 11:53Vemos esforços muito sérios,
-
11:53 - 11:56sustentados e baseados em dados,
no sentido de compreender -
11:56 - 12:00como intervir em algumas das nossas
comunidades mais problemáticas. -
12:00 - 12:02Portanto, os rebentos estão por aí.
-
12:02 - 12:05Não quero fingir, nem por um minuto,
que o que temos será suficiente. -
12:05 - 12:08Enfrentamos desafios muito difíceis.
-
12:08 - 12:11Para dar apenas um exemplo,
há cerca de cinco milhões de americanos -
12:11 - 12:13que estão desempregados
há pelo menos seis meses. -
12:13 - 12:15Não vamos resolver-lhes o problema
-
12:15 - 12:17reenviando-os para Montessori.
-
12:17 - 12:20A minha maior preocupação
é que estamos a criar um mundo -
12:20 - 12:23em que vamos ter tecnologias brilhantes
-
12:23 - 12:25inseridas numa sociedade
um bocado miserável -
12:25 - 12:27e apoiadas por uma economia
que gera desigualdade -
12:27 - 12:29em vez de oportunidade.
-
12:29 - 12:32Mas, na realidade,
penso que não vamos fazer isso. -
12:32 - 12:34Penso que vamos fazer
uma coisa muito melhor -
12:34 - 12:35por uma razão muito simples:
-
12:35 - 12:37os factos estão a surgir.
-
12:37 - 12:39As realidades desta idade da nova máquina
-
12:39 - 12:43e a mudança na economia estão
a tornar-se mais amplamente conhecidas. -
12:43 - 12:46Se quiséssemos acelerar esse processo,
podíamos fazer coisas -
12:46 - 12:49como pôr os nossos melhores economistas
e decisores políticos -
12:49 - 12:51a jogar "Jeopardy" contra o Watson.
-
12:51 - 12:54Podíamos enviar o Congresso numa
viagem de carro autónomo. -
12:54 - 12:57Se fizermos este tipo de coisas
em número suficiente -
12:57 - 12:59surgirá a consciência de que
as coisas vão ser diferentes. -
12:59 - 13:01E então estaremos lançados,
-
13:01 - 13:04porque não acredito minimamente
-
13:04 - 13:07que nos tenhamos esquecido de
como solucionar desafios difíceis, -
13:07 - 13:11ou que nos tenhamos tornado tão apáticos
ou insensíveis ao ponto de nem tentar. -
13:11 - 13:14Comecei a minha palestra com citações
de mestres da palavra -
13:14 - 13:16separados por um oceano e um século.
-
13:16 - 13:20Permitam-me que termine com palavras
de poíiticos igualmente distantes. -
13:20 - 13:24Winston Churchill veio a minha casa,
no MIT, em 1949, e disse: -
13:24 - 13:26"Se queremos trazer as grandes massas
-
13:26 - 13:29"da população de todas as terras
para a mesa da abundância, -
13:29 - 13:32"isso só pode acontecer
pela melhoria incansável -
13:32 - 13:35"de todos os nossos meios
de produção técnica." -
13:35 - 13:38Abraham Lincoln compreendeu
que havia um outro ingrediente. Disse: -
13:38 - 13:41" Acredito firmemente nas pessoas.
-
13:41 - 13:43"Se lhes for dada a verdade,
podemos confiar nelas -
13:43 - 13:45"para enfrentar qualquer crise nacional.
-
13:45 - 13:48"O ponto fundamental está em dar-lhes
os factos concretos." -
13:48 - 13:51Portanto, a nota otimista,
o ponto fundamental que vos quero deixar -
13:51 - 13:55é que os factos concretos da idade
da máquina estão a tornar-se claros -
13:55 - 13:57e tenho toda a confiança
de que vamos usá-los -
13:57 - 13:59para traçar um bom rumo
em direção à economia -
13:59 - 14:02abundante e cheia de desafios
que estamos a criar. -
14:02 - 14:04Muito obrigado.
-
14:04 - 14:08(Aplausos)
- Title:
- Como serão os empregos do futuro?
- Speaker:
- Andrew McAfee
- Description:
-
O economista Andrew McAfee sugere que, provavelmente os droides vão-nos tirar os empregos — ou, pelo menos, o tipo de empregos que atualmente conhecemos. Nesta palestra clarividente, ele reflete sobre como serão os empregos do futuro e como educar as gerações vindouras para os exercerem.
- Video Language:
- English
- Team:
closed TED
- Project:
- TEDTalks
- Duration:
- 14:15
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Margarida Ferreira edited Portuguese subtitles for What will future jobs look like? | |
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