RSA Animate - The Internet in Society: Empowering or Censoring Citizens?

Does the internet actually inhibit, not encourage democracy? In this new RSA Animate adapted from a talk given in 2009, Evgeny Morozov presents an alternative take on 'cyber-utopianism' - the seductive idea that the internet plays a largely emancipatory role in global politics.

Exposing some idealistic myths about freedom and technology (during Iran's 'twitter revolution' fewer than 20,000 Twitter users actually took part), Evgeny argues for some realism about the actual uses and abuses of the internet.

Ouvimos muitas histórias

sobre o impacto da Internet nos protestos recentes,

ouvimos muito sobre a revolução da informação

e sobre como ela está transformando

países como a China, países como o Irã

inclusive muitos países da antiga União Soviética.

E, como sabe, ficou assumido que

a Internet é uma coisa muito positiva

quando se trata de promover a democracia.

Muitas dessas ilusões

foram criadas em meados dos anos 90

por intelectuais que só posso considerar ciber-utópicos

pessoas que realmente acreditam no poder transformador da Web para transformar sociedades

e mudá-las para melhor.

A citação mais famosa era a de quê

se a blogagem e as redes sociais já existissem

no começo dos anos 90

o genocídio em Ruanda não teria acontecido

o que hoje é bastante citado para ilustrar

essa opinião muito ingênua que as pessoas tinham antigamente.

Muitas das pessoas que ainda acreditam nisso

realmente pensam que blogs são tão importantes quanto os aparelhos de fax e máquinas de xerox

foram na década de 80

onde os grandes movimentos dissidentes

na Polônia e na Europa Oriental

realmente adotaram esta tecnologia, certo?

Portanto essencialmente esse argumento

trata sobre economia e logística

A internet e os novos meios tornaram bastante acessíveis os custos

para as pessoas comuns produzirem conteúdo e, é claro, para ativistas

e ONGs irão inevitavelmente usar esta tecnologia

de forma a pressionar por reformas, certo?

Portanto se você realmente quiser resumir este ponto de vista.

ele basicamente declara que se você tiver conectividade o suficiente

e dispositivos suficientes, a democracia é praticamente inevitável.

E isso explica por que nós temos visto

tanta pressão para, por exemplo, aumentar a inclusão digital na China, no Irã e na Rússia

se assegurar que as pessoas estejam conectadas,

se assegurar que as pessoas entendam o significado de um blog,

se assegurar que as pessoa saibam o que é inclusão digital,

e de alguma forma que ninguém explica exatamente,

estas pessoas irão usar essas ferramentas

para pedir por mais democracia e, você sabe, cooperar entre si, e exigir mais coisas.

E, você sabe, uma coisa que essas pontífices vêm advogando neste sentido,

é a liberalização do iPod.

Que é a crença de que pessoas que posuam iPods

ou quaisquer outro tipos de tecnologia ocidental

também irão muito provavelmente apoiar os valores e a democracia ocidental, certo?

Portanto o ponto de vista aqui é de que se você der

a todos os Chineses e Iranianos um número suficiente de iPods, ou laptops o suficiente,

ou, quem sabe, aparelhos de fax, eles todos irão de alguma forma, por conta própria, aspirar a

viver em um regime democrático, certo?

E, é claro, isto serviria como um fascinante

título para uma coluna escrita por Thomas Friedman chamada

"Não atirem bombas, atirem iPods"

Mas, você sabe, isso geralmente não é um bom sinal, certo?

Essa é uma visão que basicamente desconsidera

uma série de forças políticas, culturais e sociológicas

que nós tentamos pôr nessas sociedades

e que adota uma visão bastante determinística

do papel que a tecnologia representa, certo?

E a principal confusão aqui se deve ao fato de que

nós na verdade tendemos a confundir os usos pretendidos

com os verdadeiros usos da tecnologia, certo?

Da mesma forma como pensamos que o rádio, por exemplo,

pode estabelecer a democracia em países como, por exemplo, a União Soviética

o que aconteceu em parte.

Ele foi bastante usado durante o mesmo genocídio em Rwanda que, conforme você sabe, nós tentamos impedir.

Nós acreditamos, como mencionei anterior, em uma espécie de mito de que certos líderes e ditadores

de alguma forma temem a internet, de que temem a tecnologia.

E, novamente, se você realmente olhar de perto como os líderes dos países estão tentando meio que

alcançar os seus diferentes cidadãos e usuários de internet.

Na verdade não é isso.

Do outro lado do mapa, com exceção provavelmente da Coréia do Norte e de Burma.

Líderes autoritários estão, na verdade, se envolvendo bastante ativamente com a tecnologia, com computadores e etc.

E em alguns casos eles permitem discussão acerca de temas não genuinamente políticos.

Eles permitem o debate acerca de temas mais políticos como as mudanças climáticas.

Tudo isso está acontecendo: só que não está acontecendo com temas tais como os direitos humanos, por exemplo.

Então você pode ver que há críticas em blogs chineses.

Na verdade há muito mais crítica do que qualquer outra coisa.