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Os impactos sociais causados pelas mudanças climáticas

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    Não há dúvidas de que a fonte principal
  • 0:05 - 0:07
    de todos os nossos problemas,
  • 0:07 - 0:09
    principalmente no setor governamental,
  • 0:10 - 0:11
    é o crescimento populacional.
  • 0:11 - 0:17
    [música]
  • 0:22 - 0:24
    Adoro o documentário
    "O planeta em perigo"
  • 0:24 - 0:27
    porque abordaram
    um dos principais mitos
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    sobre a mudança climática logo de cara.
  • 0:29 - 0:31
    Um desses mitos diz
    que a mudança climática
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    é uma questão bastante distante.
  • 0:32 - 0:34
    Distante no espaço,
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    que diz respeito aos ursos polares,
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    pois está muito distante,
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    que diz respeito às futuras gerações.
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    Esse mito é disseminado não somente
    entre aqueles que não acreditam nisso.
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    Até mesmo aqueles que acreditam
    enxergam isso como:
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    "Pensamos nisso depois."
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    Como foi dito no documentário:
  • 0:49 - 0:51
    "Não! Estamos enfrentando isso
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    neste exato momento,
    gostando ou não.
  • 0:53 - 0:55
    E deixe-nos mostrar os rostos
  • 0:55 - 0:57
    daqueles que estão lindando
    com isso ao redor do mundo".
  • 0:57 - 1:00
    Não estamos falando
    de 50 ou 40 anos atrás,
  • 1:00 - 1:02
    como se fosse ser um problema.
  • 1:02 - 1:03
    Já é um problema.
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    Todos os setores existentes:
  • 1:05 - 1:07
    o da agricultura, do ambiente urbano etc.
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    Tudo o que foi planejado é baseado
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    num clima estável com o qual
    começamos a mexer,
  • 1:16 - 1:20
    com o qual começamos a brincar
    de forma descontrolada.
  • 1:20 - 1:21
    A ciência tem observado
  • 1:21 - 1:24
    o impacto disso no clima,
  • 1:24 - 1:28
    nos seres humanos,
    no nível dos mares e nas chuvas.
  • 1:28 - 1:30
    Isso afetará a produção de alimentos
  • 1:30 - 1:32
    e a região onde as pessoas moram.
  • 1:32 - 1:34
    Existem consequências graves.
  • 1:34 - 1:37
    Ocorrerão sérios impactos
    na biodiversidade o qual tem sido
  • 1:37 - 1:39
    maior do que o aumento
    do nível dos mares.
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    É a decadência das espécies.
  • 1:41 - 1:43
    Infelizmente, aqueles
    que causam os problemas
  • 1:43 - 1:47
    não serão os mais afetados.
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    Os EUA têm as maiores taxas
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    de passageiros por habitante.
  • 1:51 - 1:54
    Mas são as pessoas em regiões
    em desenvolvimento
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    que serão os mais afetados.
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    O pobre e velho [Curabeth] tem sofrido
  • 1:58 - 2:01
    com o avanço das águas
    do mar e inundações.
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    E eles não emitem
    gases de efeito estufa na atmosfera.
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    Se você estiver em uma ilha do Pacífico,
    a qual possui baixa altitude,
  • 2:09 - 2:11
    uma pequena quantidade de água
  • 2:11 - 2:15
    faz uma grande diferença
    para sua sobrevivência.
  • 2:15 - 2:16
    E combine tudo isso
  • 2:16 - 2:19
    com uma maré alta ou uma "ressaca"
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    e considere algumas regiões no mundo
  • 2:22 - 2:26
    que são muito vulneráveis
    a essa combinação de eventos.
  • 2:26 - 2:29
    Somos uma espécie muito vulnerável
  • 2:29 - 2:32
    a quaisquer mudanças no nível do mar.
  • 2:32 - 2:34
    Existem países como Bangladesh,
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    os Países Baixos e todos
    os atóis do Pacífico Sul,
  • 2:38 - 2:41
    os quais seriam totalmente devastados
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    caso o nível do mar suba
    um pouco mais de um metro.
  • 2:45 - 2:47
    Milhões de pessoas
  • 2:47 - 2:50
    ficarão desalojadas segundo
    projeções preliminares
  • 2:50 - 2:52
    sobre o aumento do nível do mar.
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    Se monitorarmos regiões mais altas,
  • 2:53 - 2:57
    devido ao crescente derretimento
    do gelo continental
  • 2:57 - 3:00
    de regiões como Groenlândia e Antártica,
  • 3:00 - 3:04
    poderíamos prever
    grandes deslocamentos populacionais.
  • 3:04 - 3:07
    Com o aumento do nível do mar
    de mais ou menos um metro
  • 3:07 - 3:11
    poderia ocasionar o deslocamento
  • 3:11 - 3:13
    de mais de 200 milhões de pessoas.
  • 3:14 - 3:18
    Sem dúvidas, se continuarmos
    nesse ritmo com relação ao clima,
  • 3:18 - 3:22
    tudo o que construímos chega a um limite.
  • 3:23 - 3:26
    Até mesmo cidades que estejam
    protegidas por uma barragem,
  • 3:27 - 3:29
    a água pode ficar abaixo
    do nível da barragem,
  • 3:29 - 3:31
    durante uma tempestade,
  • 3:31 - 3:33
    ou acima desse nível.
  • 3:33 - 3:35
    E essa pequena mudança
  • 3:36 - 3:37
    pode ser crucial para definir
  • 3:37 - 3:40
    se a cidade continuará habitável ou não.
  • 3:40 - 3:42
    Ao pensar nos trópicos, existe um local
  • 3:42 - 3:46
    onde será possível ver
    os primeiros impactos,
  • 3:47 - 3:49
    As pessoas da região vivem à jusante,
  • 3:49 - 3:50
    abaixo do nível das geleiras,
  • 3:51 - 3:53
    e existem muitas pessoas
    que vivem à jusante.
  • 3:54 - 3:56
    O que acontece com essas geleiras
  • 3:56 - 3:58
    é muito importante.
  • 3:58 - 4:00
    As geleiras atuam como esponjas.
  • 4:00 - 4:04
    Durante o inverno,
    elas retêm a neve.
  • 4:04 - 4:06
    Depois, elas liberam essa neve
  • 4:06 - 4:08
    no período mais seco do ano,
    que costuma ser no verão.
  • 4:08 - 4:10
    As geleiras tendem a equilibrar
  • 4:10 - 4:13
    a precipitação anual
  • 4:13 - 4:16
    e permite que certas regiões
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    possam ser cultivadas durante o verão.
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    Caso contrário,
    seriam áreas muito secas.
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    Se considerarmos o Peru,
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    70% das geleiras tropicais
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    estão na cordilheira dos Andes, no Peru.
  • 4:29 - 4:31
    Temos um país com 34 milhões de pessoas.
  • 4:32 - 4:34
    Mais de 50% vive no deserto,
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    na costa leste do Peru, dependendo
    dos rios que se originam
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    das geleiras andinas.
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    E 76% de sua energia elétrica
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    vem de hidrelétricas,
  • 4:46 - 4:48
    das águas que vêm dessas geleiras.
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    Se considerarmos o Tibete,
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    existem 46 mil geleiras por lá.
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    No caso do rio Indo,
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    ele percorre países como a China,
    passa pelo Paquistão
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    e pela India.
  • 5:00 - 5:01
    E todos são países dependentes
    de energia nuclear
  • 5:02 - 5:05
    e dependentes desse rio
    para o abastecimento de água.
  • 5:05 - 5:08
    Essas regiões são
    geopoliticamente importantes
  • 5:08 - 5:10
    para o futuro.
  • 5:10 - 5:14
    Talvez, o maior impacto causado
    tenha sido na agricultura...
  • 5:14 - 5:17
    Se considerarmos as pradarias,
  • 5:17 - 5:18
    que encobrem o leste
    das Montanhas Rochosas,
  • 5:18 - 5:19
    elas são enormes áreas abastecidas
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    pelos rios que vêm das Montanhas Rochosas.
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    Mas se precisarmos alimentar
  • 5:23 - 5:27
    uma população mundial
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    e tivermos culturas como o trigo,
  • 5:29 - 5:33
    a qual não apresenta muita resistência,
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    estaríamos em sérios apuros.
  • 5:37 - 5:40
    Pensando nas pessoas que não têm acesso
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    a coisas como ar condicionado
  • 5:42 - 5:44
    ou uma boa infraestrutura
    na área da saúde,
  • 5:44 - 5:45
    se tivermos uma onda de calor
  • 5:45 - 5:46
    em tais áreas,
  • 5:46 - 5:48
    as pessoas ficarão doentes.
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    Os mais idosos são os que ficam
    mais doentes com a onda de calor.
  • 5:50 - 5:51
    E sem uma infraestrutura pública
  • 5:51 - 5:53
    para enfrentar isso,
  • 5:53 - 5:54
    infelizmente, pessoas morrerão.
  • 5:54 - 5:56
    Quando pensamos em saúde pública
  • 5:56 - 5:58
    e observamos as taxas
    de morbidade e mortalidade,
  • 5:58 - 6:02
    elas aumentam substancialmente
    durante eventos como esse.
  • 6:02 - 6:05
    Na Europa, em 2003,
  • 6:05 - 6:07
    houve por volta de
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    30 a 50 mil
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    de sobremortalidade
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    devido às ondas de calor.
  • 6:12 - 6:14
    Faço pesquisas na África Oriental.
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    Temos visto os impactos
    da mudança climática
  • 6:16 - 6:18
    nessas regiões e é assustador.
  • 6:18 - 6:21
    Vimos o que acontece com as pessoas
  • 6:21 - 6:23
    quando o mosquito hospedeiro da malária
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    se espalha pela região.
    Isso mata as pessoas.
  • 6:26 - 6:29
    Não é uma questão acadêmica.
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    É uma questão fundamentalmente ética.
  • 6:32 - 6:34
    A mudança climática a curto prazo
  • 6:34 - 6:37
    é cara, mas nem tanto.
  • 6:37 - 6:40
    Com o aumento da mudança climática,
  • 6:40 - 6:43
    quando pensamos a longo prazo,
  • 6:43 - 6:46
    tanto os preços
    quanto os prejuízos aumentarão.
  • 6:46 - 6:49
    Grosso modo, a cada grau de aquecimento,
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    os custos aumentam.
  • 6:52 - 6:54
    O primeiro aumento na temperatura
  • 6:54 - 6:58
    estava próximo do que estamos acostumados
    e não é tão caro.
  • 6:58 - 6:59
    Mas já passamos dessa fase.
  • 7:00 - 7:01
    O segundo aumento na temperatura
  • 7:01 - 7:03
    custará um pouco mais
    e está se distanciando
  • 7:03 - 7:06
    do que já estamos acostumados
    e tem causado preocupação.
  • 7:06 - 7:10
    E estamos nos dedicando a essa fase.
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    O terceiro aumento será
    mais caro que o segundo.
  • 7:12 - 7:14
    Será assim com o quarto e o quinto.
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    O nível do mar subirá muito.
  • 7:16 - 7:19
    E já temos problemas com alguns cultivos,
  • 7:19 - 7:21
    podendo esbarrar contra
  • 7:21 - 7:23
    os limites bioquímicos, e a capacidade
  • 7:23 - 7:26
    de produzirmos alimentos
    se torna algo preocupante.
  • 7:26 - 7:28
    E quando alcançarmos
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    o quarto, quinto e sexto aumentos,
  • 7:31 - 7:33
    os prejuízos e os impactos
    também aumentam.
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    Mas estamos discutindo
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    sobre o terceiro aumento.
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    Alertamos sobre o primeiro
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    e estamos nos dedicando
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    a esse segundo aumento.
  • 7:43 - 7:45
    Existem consequências em termos
  • 7:45 - 7:46
    de vidas humanas com isso.
  • 7:46 - 7:48
    Existem consequências em termos
  • 7:48 - 7:49
    de taxas de extinção com isso.
  • 7:49 - 7:52
    Existem consequências em termos
    de serviços ecossistêmicos.
  • 7:52 - 7:54
    A cada dia
  • 7:54 - 7:55
    que não buscamos resolver
  • 7:55 - 7:58
    esses problemas, eles se tornam maiores,
  • 7:58 - 8:02
    mais caros, mais imediatos,
  • 8:02 - 8:06
    e, em algumas regiões do mundo
  • 8:06 - 8:07
    aumentar o número de vítimas.
  • 8:07 - 8:09
    Essa questão é fundamental.
  • 8:09 - 8:11
    Não temos mais tempo a perder.
  • 8:11 - 8:13
    UNIR
  • 8:13 - 8:15
    Isso não é um discurso academicista.
  • 8:15 - 8:17
    As consequências são reais.
  • 8:17 - 8:19
    Temos que realmente tentar
    e chamar a atenção de todos
  • 8:19 - 8:21
    para o que está acontecendo.
  • 8:21 - 8:23
    Isso é muito grave.
  • 8:23 - 8:26
    Mas podemos solucionar isso.
  • 8:26 - 8:30
    Não por causa da economia,
  • 8:30 - 8:31
    mas porque é o nosso planeta
  • 8:31 - 8:32
    e as pessoas que amamos
  • 8:32 - 8:34
    que serão afetados.
  • 8:34 - 8:39
    [música]
Title:
Os impactos sociais causados pelas mudanças climáticas
Description:

As mudanças climáticas não são uma questão distante. Temos que lidar com isso agora. Este vídeo aborda como as mudanças climáticas podem impactar as sociedades. A cada dia que não buscarmos solucionar os problemas causados pelas mudanças climáticas, tais problemas se tornarão cada vez piores e cada vez mais caros para se resolver.

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Musica de fundo: "Ever Mindful" Kevin MacLeod (incompetech.com), sob a licença Creative Commons: Por atribuição da licença 3.0 http://creativecommons.org/licenses/by/3.0/

As entrevistas são trechos do curso edX "Making Sense of Climate Change Denial" (Dando sentido ao negacionismo das mudanças climáticas). Para fazer esse curso, acesse: https://www.edx.org/course/making-sense-climate-science-denial-uqx-denial101x-4.

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Video Language:
English
Team:
Amplifying Voices
Project:
Environment and Climate Change
Duration:
08:48

Portuguese, Brazilian subtitles

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