-
Quando tinha cerca de
12 anos
-
comecei a reparar em algo
muito estranho sobre mundo:
-
Ele repete-se ano após ano.
-
Percebi que cada ano
é quase idêntico ao ano anterior,
-
e será basicamente idêntico
ao ano seguinte.
-
As mesmas coisas acontecem:
-
escola, trabalho, fins de semanas,
férias, ano novo
-
Natal, Páscoa, aniversários,
halloween, e por ai fora,
-
tudo numa repetição em loop
ano após ano, após ano.
-
As mesmas estruturas,
mesmas tradições,
-
o mesmo tipo de vida ocorre
em todos os estágios.
-
Na verdade, se visse perto o suficiente
a vida dos meus pais,
-
provavelmente saberei como será
a minha nos próximos 30 a 40 anos.
-
TROM
-
CONSUMING A YEAR
www.tromsite.com
-
Comecei a questionar cada vez mais
-
pois, parecia-me estranho fazer
as mesmas coisas todos os anos.
-
Comecei por perguntar:
"o que é um ano?"
-
"O que são dias e férias,
-
o que é escola ou trabalho?"
-
E acima de tudo, porque é que ninguém
parece extremamente aborrecido
-
com toda esta "estúpida" repetição,
-
ou pelo menos a questionar-se
em voz alta?
-
Quanto mais aprendo
sobre o mundo,
-
mais me apercebo que na base
de todo este "espetáculo" anual
-
está um, escondido, mas não misterioso,
segredo,
-
que não só sustenta este estado
repetitivo,
-
mas exige-o e perpetua-o,
-
e pode mesmo ter inventado
certos aspectos.
-
Estou a falar do jogo
"sistema monetário"
-
Como tentarei mostrar-te,
-
a maneira que "dançamos"
durante toda as nossas vidas
-
é praticamente moldada pelo
sistema monetário/consumismo.
-
É uma coisa que muitos
nem sequer se questionam,
-
mas depois de o fazeres
-
vais descobrir, um
padrão impressionante.
-
Começamos?
-
Primeiro, o que é um ano, um dia,
um minuto e um segundo?
-
Parece que todos concordamos que
estamos em 2016, próximos de 2017.
-
Mas para quê que este conceito
de data serve?
-
Se analisarmos fosseis, pedras,
ou todo o mundo à nossa volta
-
com precisão ciêntifica,
-
viríamos que o universo apareceu
-
à cerca de 13.8 biliões de anos atrás.
-
A Terra formou-se à cerca de
4.6 biliões de anos atrás,
-
a vida complexa à cerca de
500 milhões de anos atrás,
-
e humanos anatomicamente modernos
à cerca de 200 mil anos atrás.
-
À 50-30 mil anos atrás,
-
os humanos migraram
para as Américas, Australia, Asia
-
e outras partes do mundo.
-
Pára por um momento e pensa
sobre o facto
-
que hoje existem cerca de
1 bilião de pessoas
-
no Norte
e Sul da América,
-
um sitio onde não havia humanos
-
à uns escassos 30 mil anos atrás.
-
Muito interessante.
-
À cerca de 11 mil anos atrás,
-
começaram a desenvolver-se
as primeiras sociedades complexas.
-
A partir daí
-
os humanos tentaram ter visão
mais séria sobre o mundo,
-
principalmente para seu próprio
beneficio.
-
De maneira a terem mais controlo
das suas vidas,
-
primeiro tiveram que perceber como o
seu ambiente funcionava.
-
Eles notaram alguns padrões no clima
e no céu.
-
Seguindo a Lua, as estrelas
e alguns planetas
-
- que eles também pensavam ser
estrelas naquele tempo -
-
eles começaram a prever o tempo.
-
Isso provou ser uma grande
vantagem.
-
Pensa no facto de que, agora,
eles poderiam conceber
-
um sistema agrícola muito melhor
-
e prepararem-se melhor
para os tempos vindouros.
-
Toda esta obsessão em
seguir o tempo
-
tornou-se em dias, meses, anos
-
e em relógios que a maioria de nós
ainda "respeita" e usa até hoje.
-
Para aprofundar sobre como é que os
calendários vieram à existência
-
é um grande desafio,
-
no entanto, parece que apesar
de não existir conexão à internet,
-
como era para aqueles
que viviam à 8 mil anos atrás,
-
isso não foi difícil.
-
Em vários momentos houveram
10 meses num ano,
-
ou 5 a 10 dias numa semana,
-
ou mesmo sem semanas.
-
Foi tudo inventado através
observação dos corpos celestes
-
e afinando durante milénios,
-
por vezes para se servir a agenda
religiosa ou apenas aceitação social
-
ou apenas para ser pratico o suficiente
por ser capaz de ajudar a prever o futuro.
-
Aconteceu uma coisa interesante à
cerca de 1500 anos atrás
-
quando alguém decidiu
reiniciar o tempo
-
para começar com o
nascimento de Cristo,
-
uma figura bem conhecida que influenciou
muitas religiões naquele tempo
-
Basicamente, se
virmos o ano de hoje,
-
este diz-nos que Cristo
nasceu à 2016 anos,
-
e é assim que nós - ou a vasta
maioria de nós -
-
hoje, usa esta noção.
-
Então, nós dizemos que
este é o ano de 2016,
-
e é também por isso que
alguns se encontraram
-
confusos com o que significa
AD e BC
-
BC significa 'Antes de Cristo'
('Before Christ')
-
como referência aos anos antecedentes
do nascimento desta figura
-
Incluido também o tempo dos dinossauros e
dos organismos unicelulares.
-
Enquanto AD significa
'Anno Domini',
-
uma frase Latina que significa
'no ano do nosso Senhor'
-
referindo-se ao ano de
nascimento de Cristo.
-
São marcas religiosas que permaneceram
connosco até o presente,
-
Embora usando tais notações
esconde vergonhosamente
-
a imensidade e importancia
dos bilhões de anos
-
em que triliões e triliões de estrelas
-
se fundiram, formaram-se planetas
-
e a vida desenvolveu-se.
-
Se tivéssemos que escolher
um importante momento
-
para começar a datar os anos para
as sociedades humanas
-
eu sugiro que possa ser à 3.6 biliões,
-
por volta do tempo que as primeiras células
vivas começaram a existir na terra,
-
ou talvez o momento que os humanos
começaram a percorrer de Africa
-
para outras partes do mundo,
-
o evento que levou as sociedades e o
desenvolvimento que vemos hoje.
-
Em todo o caso, eu penso que existem momentos
bem mais importantes
-
para marcar o datar do ano,
-
e dar-lhe uma verdadeira
importância cientifica.
-
Por mais tonto que te possa parecer
-
anos, meses, semanas, dias, etc
-
são apenas invenções humanas
que só algumas pessoas consideram "normal"
-
e, embora úteis para alguns domínios científicos
em determinados períodos de tempo,
-
poderão não ser tão significativos
ou úteis como costumavam ser.
-
Mas primeiro, o que é o dia?
-
Do ponto de vista científico,
não é nada de exacto.
-
Enquanto a terra gira no seu próprio eixo
-
em orbita da sua
estrela mais próxima, o Sol,
-
Vários comprimentos de onda de luz
da estrela atingem o nosso planeta.
-
Uma vez que a Terra
tem uma forma esférica,
-
Apenas cerca de metade
do planeta está inundado
-
com diferentes comprimentos
de onda de luz vindos do Sol,
-
enquanto que,
ao mesmo tempo, a outra metade
-
só é ligeiramente inundada
por comprimentos de onda
-
de outras estrelas
e planetas mais distantes.
-
Uma pequena faixa
destes comprimentos de onda
-
é detectável pelos nossos olhos,
(a) luz visível.
-
Nós "vemos" porque parte dessa luz visível
-
é refletida das montanhas, flores,
paredes, outras pessoas, etc.,
-
e entra nos nossos olhos.
-
Chamamos a isto de "dia".
-
No lado escuro da Terra,
o que chamamos de "noite",
-
vemos muito menos claridade,
-
Uma vez que a luz das outras
estrelas é mais fraca
-
devido às fontes de luz, (as estrelas)
que estão desse lado do planeta
-
estarem a muitos anos luz
de distância.
-
Quando há uma lua cheia, no entanto,
-
mais luz solar é reflectida da Lua
-
em direcção ao lado negro da Terra,
-
permitindo-nos ver muito melhor.
-
Se os nossos olhos fossem capazes
de detectar outros comprimentos de onda,
-
o dia e a noite poderiam
não ser tão diferentes para nós,
-
ou a diferença poderia
ser pouco detectável,
-
ou diferente de uma
maneira completamente nova.
-
Esta é uma das razões
pelas quais a noção de um dia
-
é principalmente um conceito humano
-
que se baseia em alguns
padrões imprecisos na realidade
-
como a rotação da terra
em torno do seu eixo
-
e a orbita à volta do Sol
não é assim tão exacta.
-
Uma vez que os padrões,
dia e noite,
-
São baseados directamente na luz
que somos capazes de ver
-
é importante reconhecer que
são feitos importantes
-
só porque injetamos importância neles.
-
Existem muitos outros padrões
na natureza que não usamos:
-
campos magnéticos, variação climática,
posições das estrelas, manchas solares, etc.
-
ou porque simplesmente não as usamos
-
tão simples quanto isto,
-
ou porque não tem utilidade
-
pelas necessidades que são
perceptíveis à sociedade actual
-
e/ou para nós como individuos,
-
talvez porque elas não são tão
facilmente detectáveis para nós,
-
ou não são "regulares" o suficiente.
-
Um ano é uma órbita imperfeita
da Terra à volta do Sol,
-
e um dia é uma rotação imperfeita da
Terra à volta do seu próprio eixo.
-
Ambos podem ser muito
úteis em certos domínios,
-
no entanto, a forma como
os interpretamos a nível social
-
pode ser muito obsessivo.
-
Um dia também é dividido
em horas, minutos, segundos,
-
e ainda unidades menores,
um tic-tac de movimentos regulares
-
dentro de um certo mecanismo popular.
-
Estas unidades foram aperfeiçoadas
para manter o "tic-tac"
-
menos influenciada por forças externas
-
tais como o movimento,
a pressão e a gravidade.
-
Até à 4.000 anos, as pessoas não tinham
nenhuma noção de minutos ou horas.
-
Consegues imaginar?
-
Consegues imaginar como
passar o dia
-
sem estas pequenas divisões?
-
Horas, minutos e segundos?
-
Interessante...
-
Foi usado um método muito simples
para dividir o dia em partes pequenas
-
Basicamente puseram um pau no chão
-
e calcularam como a sombra
do pau se movia durante o dia.
-
A certa altura, decidiram dividir
o dia em 12 partes iguais.
-
Esta divisão é demonstrada pelos Egípcios
com o uso do sistema duodecimal,
-
onde a importancia do numero 12
-
é tipicamente atribuida ao facto
-
se ser igual ao numero de
ciclos lunares num ano,
-
ou o numero de articulações dos
dedos em cada mão
-
três em cada um dos quatro dedos,
excluindo o pulgar,
-
sendo possível contar
até 12 com o pulgar.
-
Como não tinham luz
artificial disponível,
-
Eles consideravam a noite
completamente separada do dia,
-
e a duração das horas do
dia eram diferentes
-
de uma estação para outra.
-
O horário de verão era maior
do que no inverno.
-
A determinada altura, começaram a medir
o tempo à noite usando as estrelas,
-
e isto só aconteceu porque eles
usaram 12 estrelas para marcar o tempo.
-
Então, 12 divisões para o dia,
-
mais 12 para a noite,
-
dando-nos 24 horas num dia.
-
Durante milhares de anos, as horas
não tinham a mesma duração.
-
Só recentemente,
à 600 anos atrás,
-
é que as horas foram amplamente aceites
e ajustadas para ter uma duração fixa.
-
O dia de 24 horas tornou-se
o sistema mais adotado,
-
embora houvesse outros sistemas
em uso naquela época
-
que poderiam ter sido usados para
criar o conceito global de "horas".
-
No entanto, alguns desses outros sistemas foram
usados para desenvolver minutos e segundos.
-
Um desses sistemas era o sistema
sexagesimal (base 60).
-
60 é um número bem adaptado para
dividir o tempo em unidades menores.
-
Por exemplo, uma hora pode
então ser dividida igualmente
-
em secções de 30 minutos, 20 minutos,
15 minutos, 12 minutos, 10 minutos,
-
6 minutos, 5 minutos, 4 minutos,
3 minutos, 2 minutos e 1 minuto.
-
60 é o menor número que é divisível
por cada número de 1 a 6;
-
Isto é, é o menor múltiplo comum
de 1, 2, 3, 4, 5 e 6.
-
Como mencionado anteriormente,
eles não tinham internet naquela época,
-
o que lhes permitia ter mais tempo
para brincar com as matemáticas
-
e tentar encontrar padrões na natureza.
-
À cerca de 2.000 anos, enquanto
se desenvolvia o sistema
-
da latitude e longitude
para mapear a terra
-
as pessoas usaram o mesmo sistema
sexagesimal para o construir.
-
E ao dividir a longitude em partes menores
para uma melhor precisão
-
usando 60 partes menores
-
e dividindo cada uma dessas partes
em 60 outras partes novamente
-
eles passaram a chamar à primeira divisão
de linhas de longitude
-
como «partes minutiae primae»
e ás segundas «partes minutiae secundae».
-
Agora, alguns inspiraram-se para usar
a mesma notação para as horas
-
e dividiram cada uma das 24 horas
em 60 partes chamando-as de minutos
-
e estas novas partes em outras 60
chamando-as de segundos.
-
Foi assim que os segundos e minutos
foram inventados
-
uma inspiração do mapeamento da terra
com linhas.
-
Tudo num sistema sexagesimal.
-
Lembra-te que isto foi à
2000 anos atrás
-
quando as pessoas não usavam
as horas
-
como uma escala fixa durante todas
as estações do ano.
-
Para acrescentar,
-
o conceito de minutos e segundos
-
não foram bem adoptados
até à cerca de 400 anos atrás.
-
Antes disso, os diferentes relógios
só dividiam as horas
-
em metades, terços, quartos e,
às vezes, 12 partes,
-
mas nunca por 60.
-
De facto, a hora não era geralmente
compreendida
-
por ter uma duração de 60 minutos.
-
Não era pratico para o publico em geral
considerar os minutos
-
até que os relógios mecânicos que realmente
mostravam os minutos começaram a aparecer
-
à cerca de 200-300 anos atrás.
-
O interessante é que ainda hoje
usamos
-
estas mesmas noções para
contar o tempo
-
e muitas vezes os seres humanos têm
lutado para se adaptar essas noções antigas
-
para se ajustar aos modernos instrumentos
tecnológicos e conhecimento.
-
Por exemplo, em 1967,
o segundo foi redefinido
-
com a duração de 9,192,631,770 transições
de energia de um atomo de célcio.
-
Percebeste?
-
Eu também não.
-
Aparentemente,
para manter o tempo atômico
-
- um tic-tac melhor da natureza -
-
de acordo com o tempo astronómico,
-
"saltos de segundos" têm que ser
adicionados ocasionalmente.
-
Assim, nem todos os minutos
contêm 60 segundos.
-
Alguns raros minutos, que ocorrem
a uma taxa de cerca de oito por década,
-
contem, na verdade, 61.
-
Então, à cerca de 8,000 anos,
-
ideias "aleatorias" foram-se mutando
através da inspiração,
-
da necessidade, da "beleza" matemática,
ou da religião e do contexto social,
-
transformaram-se no que
agora chamamos de um ano,
-
um mês, uma semana, um dia,
uma hora, um minuto ou um segundo.
-
Perceber a historia dessas
notações
-
é extremamente importante para sermos
capazes de correctamente analisar
-
o que elas realmente representam.
-
Hoje, essas noções de tic-tac
parece que cresceu
-
em algo completamente e absolutamente
crucial para todos nós.
-
Não as controlamos,
elas controlam-nos.
-
quando dormimos
e por quanto tempo,
-
quando e quantas vezes
comemos,
-
quando relaxamos ou
quando somos produtivos,
-
já não são eventos casuais,
emergentes,
-
em vez disso foram transformados
em eventos cuidadosamente agendados.
-
É verdade que o "tic-tac"
que usamos atualmente
-
tem demonstrado enorme poder
na previsão de eventos futuros,
-
mesmo a bilhões ou trilhões de anos
a partir de agora,
-
e com tal precisão que podemos
prever futuros eclipses solares
-
com a margem de erro de um segundo.
-
Mas porque que nós estamos tão obcecados
em marcar o tempo para o nosso dia a dia,
-
e quais são os
benefícios?
-
"Oito horas de trabalho, oito horas
recreativas, oito horas de descanso"
-
foi algo que uma pessoa
-
com bastante poder na sociedade
disse há cerca de 200 anos,
-
e é, ainda hoje,
o modelo mais adotado.
-
Então, como é que a maioria
das pessoas passa cada ano?
-
Aqui estão os números representados em
dias completos e contínuos sem tempo livre:
-
O trabalhador médio gasta
cerca de 80 dias no trabalho;
-
122 dias a dormir;
-
9 dias só a ver publicidade;
-
5 dias a limpar;
-
11 a 12 dias a cozinhar;
-
20 dias a conduzir;
-
cerca de 2 dias preso no trânsito
(só à espera)
-
e 15 dias às compras.
-
Os estudantes gastam cerca de 50 dias na
escola, sem contar com o "trabalho de casa"
-
122 dias a dormir;
-
9 dias a ver publicidade;
-
2 dias preso no trânsito
e 15 dias nas compras.
-
Assim, para os trabalhadores,
em média, 256 dos 365 dias
-
são dedicados inteiramente
ao sono,
-
ao trabalho, ao cozinhar,
à limpeza, às compras ou ao trânsito.
-
Para os estudantes, são cerca de
200 dias de 365 dias ocupados.
-
Mais uma vez, o que mencionei é
comprimindo todo o tempo.
-
Sem intervalos.
-
Agora pensa no facto de que isto
são só estimativas aproximadas
-
de como tu gastas o teu tempo em cada ano.
-
Os números podem ser
significativamente mais altos
-
se também calcularmos o tempo que
se gasta à espera nas estações
-
para os autocarros, horas extra na escola,
-
horas extra no trabalho,
à espera de uma encomenda
-
ou que as crianças cheguem a casa da escola
antes de poderes sair de casa,
-
e muitas outras 'pequenas coisas'
diretamente relacionadas
-
com o estilo de vida no sistema monetário.
-
Imagina como
as horas mencionadas mudariam
-
se não fosses obrigado
a ter um trabalho
-
ou forçado a frequentar um sistema
educacional completamente obsoleto;
-
ou se o sistema de transportes
fosse eficiente e automatizado
-
para que pudesses apreciar a viagem
em vez de lutar contra o trânsito;
-
ou se não tivesses que gastar
tanto tempo nas compras,
-
a limpar, a cozinhar ou a ser submetido
a desagradáveis publicidades, nunca.
-
Agora, vamos analisar isto mais de perto
-
e ver como as estruturas relevantes
como escola ou trabalho são,
-
e como o "tempo" tornou-se mais do que
um governante - tornou-se a regra.
-
O típico horário escolar é uma pura invenção,
-
impulsionada pela necessidade
da cultura de criar trabalhadores.
-
Eu estive na escola durante 15 anos
-
e gastei muito tempo a não fazer nada,
-
nem se quer a prestar atenção nas
aulas obsoletas.
-
Apenas me sentava na sala de aula e
esperava que ela acabasse.
-
Isso aconteceu com toda gente
que eu conheço, sem exceções.
-
Eramos punidos se chegasse-mos tarde,
-
e não era-mos autorizados
a sair a sala de aula mais cedo,
-
mesmo se o professor
tivesse terminado o curso.
-
Nas ocasiões que o professor
não podia estar lá,
-
continuávamos obrigados a permanecer
na sala durante toda a sua duração,
-
40 a 50 minutos.
-
Os professores também eram
forçados a apresentar o seu curriculum
-
ao relógio, enquanto nós eramos
forçados a ouvir,
-
como se 40 a 50 minutos
fosse o suficiente
-
para ensinar ou aprender significativamente
qualquer tipo de assunto,
-
incluido as aulas de desportos de equipa
que duravam o mesmo tempo.
-
Existe alguma "razão" especial por quê?
-
Não!
-
Esse era o horário e todos nós
tínhamos que respeitá-lo.
-
Se não o fizesse-mos
as consequências seriam financeiras
-
para os professores e uma infinidade
de impactos negativos para os alunos
-
- más notas, medidas disciplinares -
-
coisas que criava tensões
e reações de stress
-
tanto para alunos com
para os pais,
-
tudo por medo de que o estudante
não termine a escola
-
ou que se licencie com boas notas,
-
comprometendo seu futuro
no mercado de trabalho
-
e assim pôr em perigo a sua vida
dentro do sistema monetário.
-
Então,
talvez existe uma razão especial.
-
O trabalho é outra necessidade
no mundo de hoje
-
e a quantidade de tempo que
gastamos no trabalho
-
não é medida pelo progresso
ou eficiência,
-
mas por uma quantidade fixa em dinheiro.
-
As pessoas que conheço gastam,
quase todos os dias, algum tempo
-
nos seus trabalhos a fazer
absolutamente nada;
-
Só à espera que o tempo passe
-
para terminar o seu "horário."
-
É uma perda de tempo pessoal
-
e só acontece porque somos governados
pelo governante, tempo e dinheiro.
-
Se o trabalho diz que tens
que trabalhar 8 horas por dia,
-
mas terminas o trabalho em 6 horas,
-
tens que ficar na mesma as 8 horas
-
Se não respeitares o horário,
-
haverá, também aqui,
punições severas.
-
Em ambos exemplos,
da escola e do trabalho,
-
a principal punição é a ameaça
à tua vantagem monetária neste sistema.
-
Se perderes essa "vantagem",
poderás perder a tua vida
-
- nada para comer, nenhum lugar para ficar,
problemas de saúde, etc -
-
ou de outra forma sofrer tremendamente.
-
Um emprego, o trabalho
para ter poder de compra,
-
é o meio através do qual as pessoas
participam neste sistema.
-
Sem empregos,
não pode haver sistema monetário.
-
Os horários dos autocarros, táxis,
metros e comboios são sincronizados
-
principalmente com estes dois principios
-
escola e trabalho, reforçando o sistema
para permanecer como está.
-
Se as horas de trabalho ou de escola
fossem reduzidas,
-
as empresas de transporte perderiam
uma quantia substancial de dinheiro.
-
Mesmo os programas de televisão
e a maioria dos horários das lojas
-
são projetados para se ajustar
a este sistema.
-
Se quiseres comprar algo ao domingo,
-
poderás não encontrar as lojas abertas.
-
Numa nota relacionada, podes provavelmente
encontrar um casino aberto à 1 da manhã,
-
mas não uma farmácia
para ter acesso a um medicamento
-
que poderás precisar.
-
Estes tipos de horários são ditados
principalmente pelo dinheiro:
-
os casinos ganham mais dinheiro
àquela hora, então estão abertos.
-
Já notas-te que a grande maioria dos filmes
-
ou documentários tendem a ficar dentro
de um "tempo de execução" específico?
-
Bem, para ser considerado
para uma difusão pública,
-
eles têm que fazer uma versão comercial
adaptada aos horários dos teatros e canais de tv
-
Estes programas são impulsionados
pela publicidade e outros motivos para o lucro,
-
razão pela qual as notícias, filmes,
documentários, etc.,
-
muitas vezes têm de "preencher" o tempo
com "qualquer coisa" - muitas vezes absurdo -
-
apenas para esticá-lo para um
determinado tempo.
-
Considerando as transmissões
de notícias,
-
não deveria ser
a reportagem da noticia a ditar
-
a quantidade de tempo de apresentação?
-
Por que é que hoje é ao contrario?
-
As horas de sono
e a divisão do dia
-
também são reforçados
principalmente por estes dois sectores,
-
trabalho e escola.
-
Podemos pensar que é natural dormir
6 a 8 horas ao dia e à noite.
-
Mas não tão rápido,
ò sistema monetário!
-
Muitos estudos têm sido feitos
e a conclusão é
-
que não há uma maneira "normal" de dormir.
-
Algumas pessoas dormem várias vezes ao dia
durante 2 a 4 horas cada;
-
algumas pessoas preferem
dormir durante o dia,
-
ou uma única vez por dia,
mas por apenas 3 a 4 horas.
-
Mas actualmente neste mundo
controlado pelo sistema monetário,
-
o tudo de uma vez, padrão, 6 a 8 horas
por dia de sono não é muito uma escolha.
-
Eu sempre tive um padrão de sono
muito diferente da 'norma';
-
indo dormir ás 4h/5h da manhã
e acordar à 1h/2h da tarde
-
quando não tinha escola.
-
Quando fui para a escola,
o meu padrão de sono
-
causou-me muito stress
-
e fui forçado a adaptar-me,
-
muitas vez indo para a escola
muito cansado.
-
Para simplificar,
eu fui forçado a cumprir.
-
Nesta perspectiva, eu não seria capaz
de "segurar" um emprego.
-
Cada vez que eu tive que trabalhar
em trabalhos secundarios,
-
chegava ao trabalho tão cansado
que não era capaz trabalhar muito
-
de qualquer maneira.
-
Tenho a certeza que muitos de vocês
também estão a passar por isso,
-
forçados a adaptar-se
aos horários das instituições
-
e talvez não assim tão bem.
-
Embora alguns pensem que vivemos
em tribos modernas e temos uma boa vida,
-
mesmo as coisas mais básicas,
como o sono, são ditadas
-
pela nossa assim chamada "inteligente"
e "cuidadosa" sociedade.
-
Muitas vezes, as pessoas têm
de se forçar a ir dormir às 22h,
-
não porque têm sono,
-
mas porque tem que se
levantar às 6h da manhã
-
para estar a "horas" no dia seguinte.
-
Talvez não houvesse tal coisa
como o 'amanhã'
-
se não fomos obrigados a acordar
para chegar à escola ou trabalhar a horas.
-
Fins de semana, férias e feriados.
-
Estas são as pausas
-
da escola obrigatória e dos horários
de trabalho institucionalizados,
-
mas mesmo estes são cuidadosamente
organizados e "adequadamente moldados"
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pelo sistema monetário.
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Os fins de semana são frequentemente
destinados pelas pessoas para o descanso
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depois de uma semana de dias difíceis
no trabalho/escola,
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então, mesmo tendo 2 dias "grátis"
todas as semanas,
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eles podem não ser tão produtivos
por muito que se descanse um pouco,
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em preparação para a semana a seguinte.
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Numa nota relacionada,
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porque a escola/trabalho se tornou
o foco principal nas vossas vidas,
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algumas pessoas não fazem ideia
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do que fazer nos tempos livres
ao fim de semana.
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Acredites ou não, elas ficam irritadas
com isso.
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O Trabalho/escola está tão engrenado
nas suas vidas
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que eles não têm vida significativa
fora disso.
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Fins de semana são também
tempo para compras;
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quando os trabalhadores correm para gastar
o dinheiro que eles trabalharam na semana anterior.
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Assim, uma grande parte dos fins de semana
é também atribuído às compras.
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As compras são uma parte crucial
do sistema monetário,
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Sem a qual não poderia haver um
sistema monetário em vigor.
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As pessoas devem ser feitas
para comprar e consumir
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a fim de manter o ciclo
da circulação de dinheiro.
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As férias são outro aspecto que
se tornaram muito no sentido do consumismo.
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As pessoas em férias tendem a comprar
e usar ainda mais coisas.
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Talvez seja o "orgasmo" mental
que eles obtêm
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após longos períodos de trabalho
ou de aprendizagem nos 5 dias por semana.
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Claro, esta é uma grande oportunidade
para as empresas
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para vender mais coisas.
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Numerosos negócios
de vários biliões de dólares
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baseiam-se completamente
nestas longas pausas,
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embora não sendo
realmente longas, de todo,
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em comparação com o tempo esperado que as
pessoas trabalhem/estudem ao longo de um ano.
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Muitas pessoas reservam viagens
para as férias de verão
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com muitos meses de antecedência,
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frequentemente "hipnotizados"
por "pacotes especiais",
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enquanto outros sentem a necessidade
de usar esse "tempo de pausa"
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para trabalhar horas extra
para ganhar mais dinheiro.
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Coisas semelhantes se aplicam para
"inverno" ou pausa semelhantes,
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onde as pessoas tentam agendá-las
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para se certificar de que
tiraram "o máximo proveito",
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e sua programação é frequentemente
influenciada por publicidade e descontos artificiais.
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Feriados religiosos e de outros tipos
foram reduzidos
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a decorações e 'vendas de férias'
em prateleiras dos supermercado
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e agendas/promoções na maioria
das campanhas de marketing dos negócios.
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Dia dos Namorados, Natal,
Ano Novo (e dia),
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Dia de Ação de Graças, Halloween,
Páscoa, dias nacionais das tribos,
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aniversários e outros
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tornaram-se mais reconhecidos
no que é "suposto ser" consumido.
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Eles tornaram-se cada vez mais
associados à comida
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o que deve ser servido em caras,
grandes e excessivas quantidades
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nesses eventos em particular,
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ou os presentes, as decorações,
e outros objetos que cercam a árvore de Natal
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ou no aniversário de alguém.
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Meses antes da "celebração"
um ano novo ,
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as pessoas começam a falar sobre
o novo local
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onde eles vão celebrar.
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Se moras aqui, deves ir lá,
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E se moras lá, deves vir aqui
para a celebração.
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Semanas antes,
a principal preocupação das pessoas
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é qual a roupa gira para vestir,
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quais as jóias, quanto dinheiro para gastar
e que restaurante escolher,
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qual o carro para ir
para lá
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e de que outra forma parecer
'melhor' e/ou parecer mais rico
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que os outros que lá apareçam.
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Os restaurantes competem pelo seu negócio
com pratos exóticos,
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interiores com design new-age
e "a melhor música na cidade",
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todos querendo vender
tanto quanto possível.
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Caro para fazer e perigoso para manusear,
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fogos de artifício "de outro mundo"
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fazem as pessoas olhar "para cima"
- uma atividade rara para a maioria -,
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apenas para ver coloridas explosões
artificiais por alguns minutos.
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Um desperdício de recursos?
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Tu decides.
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Venha um - venha todos!
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Os vestidos e bebidas caras,
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roupas desconfortáveis e sorrisos falsos,
não devem ser desperdiçados.
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Claro, isto não acontece
em todo o mundo,
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mas celebrar tais eventos é
definitivamente influenciado
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de uma forma ou de outra
pelo dinheiro que deu à luz
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ao status social glorificado
através de objetos.
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Mesmo quando é apenas
o teu aniversário,
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esperas ter um bolo
e definitivamente alguns presentes.
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Clubes e restaurantes como tal,
dependem completamente do consumo,
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e a maior parte
está associada
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com alimentos e álcool
na maior parte do mundo.
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Talvez não seja de admirar
porque é que muitas pessoas preferem
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drogarem-se depois de
uma dura semana de trabalho
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ou uma semana stressante na escola ...
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Em suma, porque vivemos num mundo
de consumo perpétuo forçado
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e estratificação social baseada
na riqueza e no acesso,
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muitos eventos anuais
tornaram-se eventos de consumo:
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desde a árvore de Natal
aos presentes,
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das roupas mais caras que compras
ao álcool que consomes,
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tudo é projectado pela cultura
como "normal",
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apenas para continuarem a publicitar
os produtos e fazer algum dinheiro,
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com pouco respeito
pela condição humana.
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Não estamos a sugerir que se trata
de uma conspiração entre empresas
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para nos forçar a consumir mais.
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Simplesmente, é apenas uma parte
de como funciona o sistema monetário.
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Como provavelmente agora perceberás,
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todos os aspectos da tua vida:
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quando e quanto dormes,
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quando e quanto é que tens
que trabalhar ou aprender,
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quando podes relaxar
ou divertir,
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e em geral, como gastas a maior parte
do tempo da tua vida,
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é ditado por um sistema despreocupado,
desperdiçador, irrefletido
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que se baseia principalmente no consumo
perpétuo e nas regras coercivas.
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Consumimos o ano todo, olhando para o
relógio e "procurando" o dinheiro,
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para que possamos fazer tudo
outra vez no ano seguinte.
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Agora lembra-te do valor real dos anos,
meses, semanas, dias, minutos e segundos.
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Agora podes ver como fomos "treinados"
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para nos tornar tão obcecados
com essas medidas?
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Fomos robotizados
para fins lucrativos.
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Se eu te der 1440 Dollars por dia,
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provavelmente vais tentar gastar tudo,
dia após dia,
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para aproveitar cada centimo.
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Bem, 1440 é também o número de minutos
que vives em um dia.
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E se o nosso tempo
se tornar-se a "moeda"
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em que nos esforçava-mos para gastar
sabiamente?
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Numa sociedade onde o dinheiro
- ou qualquer tipo de comércio - é uma ideia obsoleta,
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onde não haveria vestígios das regras
e percepções do sistema monetário,
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as pessoas seriam capazes de valorizar
os outros pelo que são,
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ao invés do que elas usam.
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Talvez os novos "feriados",
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eventos onde as pessoas se reúnem
para celebrar um propósito comum,
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seriam quando aterrássemos
naves espaciais noutros mundos,
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quando ocorressem
eclipses solares,
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e quando se desvendasse outros
surpreendentes eventos naturais.
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Talvez tais os feriados futuros sejam
mais do que um momento para comemorar.
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Poderiam ser tanto um momento
para comemorar,
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bem como um momento para
todos nós aprendermos mais
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sobre o mundo e
nós próprios.
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Mais do que isso,
talvez num sistema tão humano
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que descrevemos em detalhe
no TROMsite.com,
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as pessoas não sentiriam a necessidade
de ser tão obcecadas com as 'horas'.
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Talvez um ano, um mês, uma semana,
uma hora, um minuto ou um segundo
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deixavam de existir,
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pelo menos na maneira como eles
hoje dirigem as nossas vidas.
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Talvez, apenas viveríamos,
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desfrutávamos, relaxávamos,
explorávamos e éramos criativos.
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Descobre um mundo novo em:
www.tromsite.com