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A descoberta na saúde mental que poderá mudar a justiça criminal para sempre | Kim Gorgens | TEDxMileHigh

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    Olhando para vocês,
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    percebo que cada um
    trouxe seu cérebro hoje.
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    (Risos)
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    Falando sério, muitos de nós
    não damos valor ao cérebro.
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    Na verdade não precisamos
    saber como ele funciona,
  • 0:27 - 0:29
    ele simplesmente funciona.
  • 0:30 - 0:33
    E é um luxo que pessoas
    com traumatismo cranioencefálico
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    geralmente não têm.
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    O traumatismo cranioencefálico, ou o TCE,
  • 0:37 - 0:43
    é uma interferência na função do cérebro
    causada por pancadas na cabeça.
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    E ao ouvir essa definição,
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    vocês pensam em esportes
    e atletas profissionais,
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    visto que esse tipo de lesão
    é comum nos campos.
  • 0:53 - 0:59
    E essa imagem definiu
    o TCE para o público em geral.
  • 0:59 - 1:04
    Eu faço pesquisa sobre o TCE
    em atletas e aposentados,
  • 1:04 - 1:10
    palestrei no TED em 2010, falando
    sobre contusões e esportes para crianças.
  • 1:10 - 1:14
    Então, falo como pesquisadora
    que trata dessas lesões,
  • 1:14 - 1:19
    e estou muito satisfeita em ver
    o aumento no conhecimento do TCE
  • 1:19 - 1:23
    e especialmente os riscos
    de curto e longo prazo nos atletas.
  • 1:23 - 1:27
    Hoje, quero apresentar um grupo maior,
  • 1:27 - 1:30
    mas não menos controverso,
  • 1:30 - 1:32
    de pessoas impactadas pelo TCE,
  • 1:33 - 1:35
    o qual nem sempre aparece nas manchetes.
  • 1:36 - 1:39
    Identifiquei que os detentos
    e os que estão em liberdade condicional,
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    para minha surpresa, estão entre
    os membros mais vulneráveis da sociedade.
  • 1:45 - 1:47
    Nos últimos seis anos de pesquisa
  • 1:47 - 1:51
    mudamos completamente nossa maneira
    de ver o sistema de justiça criminal
  • 1:51 - 1:53
    e seus encarcerados.
  • 1:53 - 1:56
    E talvez isso mude a sua percepção
    sobre o assunto também,
  • 1:56 - 1:59
    então, vou começar
    com uma estatística chocante.
  • 2:00 - 2:06
    Entre as pessoas no sistema criminal,
    50 a 80% têm traumatismo craniano.
  • 2:08 - 2:10
    Até 80%.
  • 2:11 - 2:14
    Para o público em geral,
    vocês, por exemplo,
  • 2:14 - 2:18
    o número é menor que 5%.
  • 2:18 - 2:21
    E não estou falando só para alertar vocês,
  • 2:21 - 2:25
    pois esse é o tipo de lesão
    que requer hospitalização.
  • 2:26 - 2:29
    A maioria delas é resultado
    de agressão física,
  • 2:30 - 2:33
    e algumas delas acontecem
    dentro da cadeia.
  • 2:33 - 2:37
    Ano passado, um estudo mostrou
    que o índice de traumatismo craniano
  • 2:37 - 2:41
    é 50 vezes maior nas cadeias
    do que nas ruas.
  • 2:42 - 2:45
    E, tão trágico quanto possa parecer,
  • 2:45 - 2:50
    esse índice é ainda maior entre
    as mulheres do sistema carcerário.
  • 2:50 - 2:56
    Quase todas as mulheres nesse sistema
  • 2:56 - 2:59
    foram expostas à violência e abuso.
  • 3:00 - 3:05
    Mais da metade dessas mulheres foram
    expostas a lesões cerebrais constantes.
  • 3:07 - 3:08
    Como resultado,
  • 3:08 - 3:13
    os cérebros dessas mulheres parecem
    como os dos jogadores aposentados da NFL,
  • 3:14 - 3:20
    e elas enfrentarão os mesmos riscos
    de demência ao envelhecer.
  • 3:20 - 3:22
    Os mesmos riscos.
  • 3:24 - 3:28
    O TCE, junto com doenças mentais,
    drogas e traumas,
  • 3:28 - 3:31
    faz com que as pessoas
    tenham dificuldade para pensar.
  • 3:31 - 3:32
    Elas têm deficiências cognitivas,
  • 3:32 - 3:35
    como falta de discernimento
    descontrole emocional,
  • 3:35 - 3:38
    problemas que levam
    a todo tipo de confusões,
  • 3:38 - 3:42
    que fazem com que a justiça criminal
    seja como uma porta giratória.
  • 3:42 - 3:45
    As pessoas são denunciadas e presas.
  • 3:45 - 3:48
    Lá, elas se envolvem
    em brigas constantemente.
  • 3:48 - 3:50
    Elas se envolvem em brigas,
    caem de beliches,
  • 3:50 - 3:52
    são libertadas e cometem atos estúpidos,
  • 3:52 - 3:55
    como esquecer o registro obrigatório,
  • 3:55 - 3:57
    e acabam presas novamente.
  • 3:57 - 4:03
    Elas estão mais propensas a serem presas
    novamente do que o contrário.
  • 4:03 - 4:09
    Uma colega chama isso
    de prisão perpétua, 30 dias por vez.
  • 4:11 - 4:14
    E, na maioria das vezes, as pessoas
    não sabem por que isso é tão difícil.
  • 4:14 - 4:17
    Elas se sentem sem controle e frustradas.
  • 4:17 - 4:21
    E, francamente, é frustrante
    para todos nós, porque pagamos por isso.
  • 4:21 - 4:23
    Mas imagine como é frustrante
  • 4:23 - 4:26
    para as pessoas dedicadas
    que trabalham nesse sistema:
  • 4:27 - 4:30
    os advogados, juízes,
    policiais, agente de condicional,
  • 4:30 - 4:33
    guardas prisionais e assistentes sociais.
  • 4:33 - 4:35
    Sem mencionar as pessoas
    que amam esses presos;
  • 4:36 - 4:38
    suas famílias e amigos.
  • 4:39 - 4:45
    Então, sabendo que o TCE está
    na raiz de tantos desafios,
  • 4:46 - 4:51
    a missão do nosso grupo em Colorado
    tem sido de quebrar o ciclo,
  • 4:51 - 4:54
    para bloquear a porta giratória.
  • 4:54 - 4:57
    Então, trabalhando com
    colaboradores locais e estaduais,
  • 4:57 - 5:00
    elaboramos um plano para atender
    as necessidades de todos:
  • 5:00 - 5:04
    do sistema, dos presos, das pessoas
    em liberdade condicional dos meus alunos.
  • 5:05 - 5:09
    Neste programa avaliamos
    como o cérebro de cada um trabalha
  • 5:09 - 5:12
    para que recomendemos mudanças básicas
  • 5:12 - 5:16
    e tornemos o sistema mais eficaz e seguro.
  • 5:16 - 5:20
    E quando digo seguro,
    significa não só para os presos...
  • 5:20 - 5:22
    obrigada... (Risos)
  • 5:22 - 5:25
    mas seguro também
    para o agente penitenciário.
  • 5:26 - 5:29
    De uma certa maneira,
    é uma abordagem muito simples.
  • 5:29 - 5:32
    Não estamos tratando da lesão cerebral,
  • 5:32 - 5:34
    estamos tratando problemas subjacentes
  • 5:34 - 5:38
    que conduzem as pessoas
    a todos esses problemas.
  • 5:40 - 5:44
    E isso não significa que estamos
    arrastando divãs pelas penitenciárias,
  • 5:44 - 5:47
    realizamos um rápido
    exame neuropsicológico
  • 5:47 - 5:51
    para identificar pontos fortes e fracos
    na maneira como o preso pensa.
  • 5:52 - 5:55
    Usamos essa informação,
    escrevendo dois relatórios:
  • 5:55 - 6:00
    o primeiro é um relatório para o sistema
    com recomendações específicas
  • 6:00 - 6:02
    sobre como lidar com aquele preso;
  • 6:02 - 6:05
    e o segundo é uma carta para o preso
  • 6:05 - 6:09
    com sugestões específicas
    para que aprenda a se controlar.
  • 6:10 - 6:13
    Por exemplo, se o resultado sugerir
  • 6:13 - 6:17
    que um preso em liberdade condicional
    tem dificuldade de memorização,
  • 6:17 - 6:19
    isso poderia ser um déficit de memória.
  • 6:20 - 6:23
    Neste caso, nossa carta
    para o tribunal pode sugerir
  • 6:23 - 6:27
    que o detento tenha anotações
    com informações importantes.
  • 6:27 - 6:30
    E nossa carta para o detento
    diria, entre outras coisas,
  • 6:30 - 6:35
    que ele deveria carregar uma agenda
    para anotar informações para ele mesmo.
  • 6:36 - 6:40
    Agora, o mais importante
    é que eu faça uma pausa,
  • 6:40 - 6:43
    para ser bem clara sobre um ponto:
  • 6:43 - 6:46
    este programa não minimiza
    a responsabilidade
  • 6:46 - 6:50
    ou justifica o comportamento alheio.
  • 6:50 - 6:54
    O objetivo é mudar
    percepções de longa data
  • 6:54 - 6:56
    e desenvolver atuação em causa própria.
  • 6:57 - 7:00
    Na verdade, significa assumir
    a responsabilidade.
  • 7:00 - 7:05
    Os presos vão de:
    "Eu estrago tudo, sou um perdedor",
  • 7:05 - 7:07
    para: "Isso é o que não faço bem,
  • 7:07 - 7:10
    e isso é o que tenho
    que fazer a respeito".
  • 7:10 - 7:12
    (Aplausos)
  • 7:18 - 7:21
    E o sistema compreende
    o comportamento problemático do preso
  • 7:21 - 7:26
    como "coisas que eles não conseguem fazer"
    contra "coisas que eles não vão fazer".
  • 7:27 - 7:33
    E essa mudança, ver o comportamento
    como déficit em vez de desobediência
  • 7:33 - 7:36
    é tudo nesse cenário.
  • 7:37 - 7:40
    Recebemos notícias de presos em todo país,
  • 7:40 - 7:44
    eles nos escrevem e, mais do que tudo,
    querem saber como ajudar a si mesmos.
  • 7:45 - 7:48
    Este é um trecho de uma carta
    do Troy, da Virgínia,
  • 7:48 - 7:51
    um trecho de uma carta com 50 páginas.
  • 7:51 - 7:53
    Ele escreve:
  • 7:53 - 7:57
    "Você pode me falar o que acha
    de todas as lesões cerebrais que sofri?
  • 7:57 - 7:59
    O que posso fazer?
  • 8:00 - 8:01
    Você pode me ajudar?"
  • 8:02 - 8:07
    No meu estado, temos milhares
    de histórias como essa e boas histórias,
  • 8:07 - 8:10
    histórias que têm um grande resultado.
  • 8:10 - 8:11
    Este aqui é o Vinnie.
  • 8:11 - 8:14
    O Vinnie foi atropelado
    quando tinha 15 anos,
  • 8:14 - 8:19
    e a partir daquele momento passou
    mais tempo na cadeia do que na escola.
  • 8:20 - 8:22
    Desenvolvendo algumas habilidades básicas,
  • 8:22 - 8:24
    depois de nossa avaliação mostrar
  • 8:24 - 8:27
    que ele tinha significante
    perda de memória,
  • 8:28 - 8:31
    o Vinnie aprendeu a usar a função
    de alarme e lembrete no seu iPhone
  • 8:31 - 8:34
    para lembrar compromissos importantes.
  • 8:34 - 8:40
    E mantém uma lista para quebrar
    grandes tarefas em pequenas.
  • 8:40 - 8:42
    E com ferramentas básicas como essa,
  • 8:43 - 8:45
    o Vinnie está fora da prisão há dois anos,
  • 8:45 - 8:46
    limpo há nove meses
  • 8:46 - 8:49
    e recentemente voltou a trabalhar.
  • 8:49 - 8:51
    (Aplausos)
  • 8:55 - 8:57
    O que é surpreendente no Vinnie é
  • 8:57 - 9:02
    que essa é a primeira vez
    fora da supervisão do tribunal
  • 9:02 - 9:05
    desde sua lesão há mais de 15 anos.
  • 9:05 - 9:08
    Ele saiu da porta giratória.
  • 9:08 - 9:11
    (Aplausos)
  • 9:13 - 9:17
    Ele agora diz: "Eu posso tudo.
  • 9:18 - 9:20
    Eu só tenho que me esforçar muito mais".
  • 9:20 - 9:21
    (Risos)
  • 9:22 - 9:23
    E este é o Thomas.
  • 9:24 - 9:28
    O Thomas tem problemas
    de atenção e comportamento
  • 9:28 - 9:32
    depois que uma lesão o deixou
    em coma por mais de um mês.
  • 9:33 - 9:37
    Depois de reaprender a andar,
    sua primeira parada foi no tribunal.
  • 9:37 - 9:40
    Ele não conseguia imaginar
    um futuro sem problemas.
  • 9:41 - 9:42
    Agora ele leva um calendário
  • 9:42 - 9:45
    para evitar ser preso
    por perder as datas do tribunal.
  • 9:46 - 9:48
    E ele marca intervalos durante o dia,
  • 9:48 - 9:52
    todo dia, para recarregar
    as energias antes de ficar agitado.
  • 9:53 - 9:55
    E ninguém conhece melhor a porta giratória
  • 9:55 - 9:58
    do que a pessoa que está sentada
    num tribunal de justiça.
  • 9:58 - 10:01
    Este é meu bom amigo
    e colega, juiz Brian Bowen.
  • 10:01 - 10:06
    O juiz Bowen estava numa missão
    para fazer o sistema funcionar para todos,
  • 10:06 - 10:09
    e quando ouviu sobre esse programa,
    viu isso como um encaixe perfeito.
  • 10:10 - 10:14
    Ele se sentou com todos
    os seus advogados para ajudá-los a ver
  • 10:14 - 10:18
    que basicamente havia duas categorias
    de réus no tribunal de justiça.
  • 10:19 - 10:23
    Aqueles de quem eles tinham medo,
    muitas vezes, justificável,
  • 10:23 - 10:25
    e aqueles com quem eles se irritavam.
  • 10:25 - 10:28
    São esses os que perdem todos
    os seus compromissos,
  • 10:28 - 10:31
    e atrapalham o melhor plano
    de liberdade condicional
  • 10:31 - 10:34
    e o juiz Bowen acredita
    que, com um pouco mais de apoio,
  • 10:34 - 10:37
    transferiríamos pessoas
    da última categoria,

  • 10:37 - 10:39
    a categoria dos irritantes,
  • 10:39 - 10:42
    finalmente, para fora do sistema.
  • 10:43 - 10:46
    Ele provou isso com Mike,
    um veterano da marinha.
  • 10:46 - 10:47
    O juiz Bowen viu a relação
  • 10:47 - 10:52
    entre a história de Mike
    e a queda de 2 mil metros
  • 10:52 - 10:54
    e seu longo histórico
  • 10:54 - 10:58
    de dificuldade em comparecer
    no dia agendado no tribunal,
  • 10:59 - 11:02
    e cumprir a terapia
    obrigatória, por exemplo.
  • 11:03 - 11:07
    E em vez de sentenciá-lo
    com mais tempo de cadeia,
  • 11:07 - 11:12
    o juiz Bowen mandou-o para casa
    com mapas, listas e anotações
  • 11:12 - 11:16
    e recomendou reabilitação vocacional
  • 11:16 - 11:19
    e horários flexíveis para as terapias.
  • 11:19 - 11:24
    E, com essa assistência, Mike voltou
    a trabalhar pela primeira vez
  • 11:24 - 11:26
    desde sua lesão enquanto
    estava servindo à marinha;
  • 11:27 - 11:29
    ele está restaurando
    o relacionamento com sua família;
  • 11:29 - 11:35
    e no mês passado se formou no programa
    "Veterans Court" do juiz Bowen.
  • 11:35 - 11:37
    (Aplausos)
  • 11:43 - 11:49
    Esse programa nos mostra
    a grande incidência de TCE
  • 11:49 - 11:51
    e de déficits cognitivos
  • 11:51 - 11:55
    e o acúmulo de violações
    no sistema criminal.
  • 11:55 - 12:01
    E destaca o poder extraordinário
    da resiliência e da responsabilidade.
  • 12:02 - 12:05
    Nas histórias de Mike, Thomas,
    Vinnie e até do juiz Bowen,
  • 12:05 - 12:08
    vocês viram que a transformação é possível
  • 12:08 - 12:13
    por uma mudança de percepção
    e ajustes simples.
  • 12:14 - 12:16
    Dito isso, neste programa,
  • 12:16 - 12:22
    os presos e os em liberdade condicional
    viram a si mesmos de forma diferente.
  • 12:23 - 12:26
    O sistema os vê de forma diferente,
  • 12:26 - 12:29
    e, quando vocês
    os encontrarem na comunidade,
  • 12:29 - 12:32
    espero que também os vejam
    de forma diferente.
  • 12:33 - 12:34
    Obrigada.
  • 12:35 - 12:36
    (Aplausos)
Title:
A descoberta na saúde mental que poderá mudar a justiça criminal para sempre | Kim Gorgens | TEDxMileHigh
Description:

Estão prontos para uma estatística chocante? De 50% a 80% das pessoas que vivem no sistema carcerário têm traumatismo cranioencefálico. Para o público em geral, esse número é menor que 5%. Então, talvez haja uma boa razão pela qual muitas pessoas não escapam da porta giratória do sistema criminal. Munida deste conhecimento, a pesquisadora cerebral Kim Gorgens foi atrás da solução... e a encontrou! A Dra. Kim Gorgens é professora de Psicofisiologia, Neuropsicologia Clínina, e Psicologia do Comportamento Criminal na Universidade de Denver. Ela gerencia uma série de pesquisas relacionadas a lesões cerebrais: estudos de históricos registrados, funções cognitivas e marcadores cerebrais de presos, pessoas em liberdade condicional e atletas. A missão de Kim é compreender melhor o impacto de curto ou longo prazo de lesões no mais vital de nossos órgãos.
Ela tem uma geladeira cheia de cérebros humanos, e paixão pelos filmes de zumbis (coincidência?). Simplesmente, Kim se importa mais com nosso cérebro do que nós mesmos.

Esta palestra foi dada em um evento TEDx, que usa o formato de conferência TED, mas é organizado de forma independente por uma comunidade local. Para saber mais visite http://ted.com/tedx

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDxTalks
Duration:
12:45

Portuguese, Brazilian subtitles

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