Elizabeth Murray: "Bop" | "Exclusive" | Art21

Elizabeth Murray: "Bop"

Se eu continuar olhando, vou ter que voltar lá e começar a trabalhar de novo. [RISADAS]

O que eu busco é a resolução. Eu tenho em um dia e no outro já não tenho mais.

Mas, é por isso que ser artista é tão maravilhoso. Por que você consegue ter esse tipo de satisfação.

O que tem sido difícil nessas pinturas, é que eu não sei como vou concluir elas.

Eu pensei, quando fiz os desenhos para as pinturas, eu estava muito empolgada.

Pra mim eles estavam ótimos. E então eu estraguei tudo,

E o pessoal que fez essas formas para mim, colocar em ordem, fizeram, e elas voltaram para o estúdio.

Então sabe, no momento que eu vi, eu simplesmente não consegui visualizar como poderiam ficar juntas.

Mesmo depois que eu toquei elas. O jeito que as formas estava trabalhando.

Eu pensei: O que eu tinha na mente! Isso vai ficar horrível."

E foi uma longa jornada com essas pinturas.

As cores que eu achei que iria usar, nenhuma delas funcionou no início.

Mas não há nada de novo nisso.

Toda a pintura foi dolorosa.

Normalmente, quando eu começo a odiar alguma pintura, ela começa a ir em alguma direção.

Mas é igualmente difícil, por que você tem que descer para esse ponto

onde você odeia completamente e quer arrancar da parede, fazer pedacinhos e jogar fora.

Para aí começar a gostar. É muito estranho.

Por exemplo, aquela pintura em forma ..... com a coluna espinhal que passa por dentro,

Eu queria algo no centro, precisava de alguma coisa no meio,

Aquilo estava fora do centro na forma. Eu tinha uma linha em zig zag por um tempo.

E eu gostei, por um tempo, mas um dia eu cheguei aqui e falei: "Não."

A coluna vertebral acabou sendo uma espécie de meio de atravessar a forma e chegar à próxima forma.

A resoluçao tem que acontecer sem ninguém ver, nem mesmo eu.

Mas eu sei que está lá. Eu sinto que está lá.

Tem um momento que eu começo a sentir isso com essa pintura. Eu acho que não tem como descrever.

Mas eu sinto...sinto isso com ela porque eu não consigo parar.

Quando olho pra ela, em vez de ser essa batalha, esse conflito que eu tenho que tentar colocar em ordem,

Eu consigo olhar pra ela, pacificamente.

[Ajudante de arte 1] Ok. Levante até os blocos.

[Ajudante de arte 2] Onde está os blocos?

[Ajudante de arte 1] Vamos lá Steve, nós precisamos de um bloco cara!

[Ajudante de arte 1] Não, não na cabeça da galinha. [TODOS RIEM]

Quando parece certo, é uma coisa natural, quando você sente que é a forma correta,

quando você percebe que algo está completo.