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(9) You Are Much More Than This Body | by Thich Nhat Hanh, 2014 06 20, NH, Plum Village

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    Temos o nosso corpo físico.
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    Mas também temos o nosso corpo do Dharma.
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    O nosso corpo do Dharma é a nossa compreensão do Dharma
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    e a nossa prática do Dharma.
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    E, após o retiro de vinte e um dias, o nosso
    corpo do Dharma deve estar mais forte,
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    mais robusto.
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    Porque, se tivermos uma boa prática, então
    não teremos medo.
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    Haverá obstáculos, dificuldades no nosso caminho.
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    Mas não teremos medo, porque temos uma prática,
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    temos um corpo do Dharma.
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    E podemos superar, podemos transformar.
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    E é por isso que temos de nutrir o nosso corpo,
    todos os dias,
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    para que seja sólido.
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    Eu tenho um bom corpo do Dharma,
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    e nutro-o todos os dias,
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    caminhando, sentando-me, respirando, e assim por diante.
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    E tenho transmitido esse corpo aos meus
    amigos, aos meus discípulos,
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    aos meus amigos,
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    aos meus discípulos,
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    ao meu corpo de continuação.
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    Quero transmitir o melhor de mim.
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    E quero transmitir o meu corpo do Dharma.
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    O meu corpo do Dharma ajudou-me tanto.
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    Passei por muitas dificuldades,
    sofrimentos e desespero.
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    Passámos por muitas guerras,
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    muitas divisões, muitas discriminações,
    muito ódio, muito desespero.
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    E, graças a esse corpo do Dharma,
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    conseguimos sobreviver, transformar, superar.
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    E a melhor coisa que ofereço é o meu corpo do Dharma.
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    E quero que os meus amigos, os meus discípulos,
    o recebam e o nutram.
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    E isso também é pelo bem do futuro.
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    Haverá futuras gerações.
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    E se praticarmos bem e continuarmos
    a alimentar esse corpo do Dharma,
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    então a geração mais jovem beneficiará
    do nosso corpo do Dharma.
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    Todos temos o nosso corpo do Dharma.
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    E temos também o nosso corpo de continuação.
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    O nosso corpo de continuação, podemos vê-lo agora.
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    Não precisamos de morrer para ver o nosso
    corpo de continuação.
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    Temos de reconhecer o nosso corpo de continuação agora.
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    Esse corpo de continuação é feito dos
    nossos pensamentos, da nossa fala e das nossas ações.
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    E o nosso corpo de continuação, se é
    belo, mais belo ou menos belo,
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    depende da qualidade dos nossos
    pensamentos, da nossa fala e das nossas ações.
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    Por isso, queremos viver... produzir o melhor da nossa vida.
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    A nossa ação é o nosso legado,
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    em termos de pensamento, fala e ação.
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    E sabemos que a nossa ação é a nossa continuação.
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    Não podemos morrer.
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    Nunca podemos morrer.
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    Como uma nuvem. Continuamos com a nossa ação.
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    E a nossa ação tomará formas,
    muitos tipos de formas.
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    Pode tomar formas muito belas.
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    Como a nuvem, se não for nuvem,
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    então pode ser a chuva ou a neve, e pode ser muito bela.
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    Por isso, não te preocupes com este corpo físico atual.
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    Ele tomará outras formas.
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    E não precisamos de esperar até que este corpo se desintegre
    para termos uma nova forma,
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    um novo corpo.
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    Pode estar aqui e agora, o teu
    corpo de continuação.
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    Precisamos de olhar.
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    Portanto, temos o corpo físico
    do qual cuidamos.
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    Sabemos como praticar o relaxamento total.
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    Sabemos como comer, como consumir, para que
    possamos ter um corpo leve,
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    que tenha liberdade e assim por diante.
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    E temos um corpo do Dharma que nutrimos todos os dias,
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    que nos ajuda a transformar, a superar dificuldades,
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    a criar alegria, paz e felicidade para nós e para os outros.
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    Todos precisam de um corpo do Dharma.
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    Essa é a nossa dimensão espiritual,
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    a dimensão espiritual da nossa vida.
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    E temos de a nutrir.
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    Depois, temos o nosso corpo da Sangha.
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    Temos de construir uma Sangha,
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    a partir de elementos da nossa família,
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    da nossa sociedade.
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    Precisamos de um corpo da Sangha para manter viva a nossa prática.
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    O Buda precisa de um corpo da Sangha.
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    Ele sabia que, sem um corpo da Sangha, não poderia alcançar,
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    realizar o seu sonho de ajudar o mundo.
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    Por isso, o Buda dedicou muito tempo e energia a construir uma Sangha.
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    Uma Sangha é um instrumento maravilhoso para realizar o sonho de um Buda,
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    ajudar o maior número de pessoas possível.
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    Por isso, todos nós precisamos de uma Sangha,
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    uma Sangha que possa ajudar a preservar a nossa prática.
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    Sem uma Sangha, podemos perder a nossa prática
    em poucos meses.
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    Com uma Sangha, podemos encontrar refúgio,
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    podemos nutrir a nossa prática
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    e podemos ajudar muitas outras pessoas.
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    Por isso, cada um de nós deve ter uma Sangha.
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    E temos uma Sangha.
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    E temos de continuar a nutrir a Sangha.
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    Temos a nossa Sangha cósmica… o nosso corpo cósmico.
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    Sabemos agora que, ao olhar para as estrelas,
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    sabemos que as estrelas são o objeto da nossa consciência.
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    E sabemos que o objeto da consciência
    não pode ser separado do sujeito da consciência.
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    Quando olhamos para uma montanha, sabemos que a montanha
    é o objeto da nossa consciência.
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    E não podemos remover a nossa consciência da montanha.
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    Não devemos dizer que, quer a nossa consciência esteja
    lá ou não, a montanha continua a existir.
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    Isso não está correto.
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    O facto é que a montanha, o rio,
    são o objeto da nossa consciência.
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    E, como aprendemos, não se pode separar o sujeito do objeto.
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    Por isso, esse rio és tu.
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    Essa montanha és tu.
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    Tu tens um corpo cósmico.
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    É como a onda no oceano, ela tem o seu corpo oceânico.
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    Cada onda tem o seu corpo oceânico.
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    E ela não precisa de ir procurar o seu corpo oceânico.
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    O seu corpo oceânico está dentro dela.
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    E o corpo cósmico é a nossa consciência cósmica,
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    a nossa consciência cósmica.
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    A consciência cósmica é Deus,
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    e, portanto, cada um de nós tem o seu corpo divino.
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    Cada um de nós tem o seu corpo divino,
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    o seu corpo cósmico,
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    o corpo do dharmadhatu.
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    É como cada nuvem que tem o seu corpo oceânico.
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    Sabemos que cada nuvem vem do oceano,
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    e cada nuvem carrega o oceano dentro dela.
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    Assim, cada nuvem, cada onda tem o seu corpo oceânico.
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    Portanto, cada um de nós tem o seu corpo divino, o seu corpo cósmico.
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    Não penses que tens apenas este corpo.
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    Enquanto o corpo cósmico existir,
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    não precisas de te preocupar com o ser ou o não ser deste corpo.
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    Enquanto o oceano continuar a existir,
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    as ondas e as nuvens não precisam de se preocupar.
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    Elas vão e voltam.
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    Vão e voltam.
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    E, a cada vez, é novo, é mais belo.
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    Então, porque devemos ter medo do não ser, da morte?
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    E não precisamos de procurar o nosso
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    corpo divino.
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    Não precisamos de ir à procura de Deus, porque
    Deus é o nosso corpo, o nosso corpo cósmico.
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    E não se pode separar o oceano da onda.
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    Não se pode separar Deus de ti.
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    Não se pode separar o cosmos de ti.
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    E é por isso que temos de praticar a meditação.
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    Meditar significa ter tempo para olhar profundamente.
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    E quando olhas profundamente,
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    a onda sabe que tem um corpo oceânico.
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    E ela não precisa de ir procurar o corpo oceânico.
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    Ela é o oceano.
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    E esse é o significado da terceira porta da libertação,
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    a ausência de busca.
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    Já não corres atrás de nada.
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    Já não precisas de correr atrás de nada.
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    Já és aquilo que queres ser...
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    aquilo que queres
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    tornar-te.
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    E esse é o significado da terceira porta da libertação.
    Apranihita significa ausência de busca.
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    Já não desejas nada, porque
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    já és tudo.
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    Tens o corpo divino,
    o corpo cósmico dentro de ti.
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(9) You Are Much More Than This Body | by Thich Nhat Hanh, 2014 06 20, NH, Plum Village
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