The FREQ Show: Manufaturando uma Ameaça Muçulmana
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0:00 - 0:02"A multidão já se dispersou?"
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0:02 - 0:04"Não, está lá ainda, mas desarmada.
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0:04 - 0:05Apenas entoando. Sabe, coisas padrão
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0:05 - 0:07como 'Morte à América'."
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0:13 - 0:15De A Verdade da Mentira
a Sniper Americano, -
0:15 - 0:16de 24 Horas até
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0:16 - 0:18Call of Duty: Guerra Moderna,
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0:18 - 0:19a mídia ocidental está cheia
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0:19 - 0:22de pessoas malvadas do Oriente Médio
que devem ser exterminadas -
0:22 - 0:24por homens brancos nobres,
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0:24 - 0:26lutando heroicamente
por liberdade e justiça. -
0:26 - 0:28E claro, isso é tão comum até agora
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0:28 - 0:30que talvez você esteja imune
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0:30 - 0:31à antiquada islamofobia americana
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0:31 - 0:33de nossa mídia.
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0:33 - 0:35(Os Caçadores da Arca Perdida, 1981)
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0:42 - 0:43(O Homem de Ferro, 2008)
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0:50 - 0:51(Sniper Americano, 2014)
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1:00 - 1:02(Madam Secretary, 2014)
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1:05 - 1:07(Momento crítico, 1996)
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1:09 - 1:11(Comando delta, 1986)
"Isso é um sequestro!" -
1:14 - 1:16(Momento crítico, 1996)
"Vão sentar, vão sentar!" -
1:17 - 1:19"Vai sentar! Ninguém se move! Ninguém!"
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1:19 - 1:20"OK!"
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1:21 - 1:22(Regras do jogo, 2000)
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1:28 - 1:31"Atirem ao aparecerem alvos hostis!
Acabem com esses canalhas!" -
1:32 - 1:36(A verdade da mentira, 1994)
"Vocês mataram nossas mulheres e crianças" -
1:36 - 1:38"Bombardiaram nossas cidades
à distância..." -
1:38 - 1:39"covardemente...
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1:39 - 1:41e ousam nos chamar de terroristas?!"
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1:42 - 1:45"Aqui, flor do deserto, fique com o troco"
(Quem não corre, voa, 1981) -
1:45 - 1:48"Já pensou em se juntar a um harém?"
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1:49 - 1:52"Ó céus! Eles me acharam.
Não sei como, mas acharam." -
1:52 - 1:54(De volta para o futuro, 1985)
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1:57 - 1:58"Nãooooo!"
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1:58 - 2:01O que?! De volta para o futuro?!
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2:01 - 2:03Até esse amado clássico da comédia
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2:03 - 2:05tem tempo para incluir
uns homens pardos assustadores -
2:05 - 2:07para ameaçar e aterrorizar
os heróis brancos. -
2:08 - 2:10Infelizmente, não podemos entrar no
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2:10 - 2:11DeLorean do Dr. Brown
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2:11 - 2:13e desfazer toda representação danosa de
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2:13 - 2:15Muçulmanos, Árabes
e pessoas do Oriente Médio -
2:15 - 2:16que assombram as histórias desde
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2:16 - 2:19bem, basicamente desde as Cruzadas.
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2:19 - 2:20Mas podemos nos assegurar a história
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2:20 - 2:22não continue se repetindo.
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2:22 - 2:25(Mas não há mais trabalhos para
atores de cor como nunca antes?) -
2:25 - 2:28OK, OK, talvez não seja totalmente justo.
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2:28 - 2:30De alguma forma as coisas mudaram.
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2:30 - 2:31Havia um tempo que
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2:31 - 2:34atores não-brancos raramente
conseguiam trabalho em Hollywood. -
2:34 - 2:35Hoje, séries como
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2:35 - 2:36Homeland e filmes como
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2:36 - 2:38Momento Crítico estão proporcionando
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2:38 - 2:41a atores pardos grandes
oportunidades de representar -
2:41 - 2:43terroristas assustadores que são baleados
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2:43 - 2:44gritando algo absurdo como
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2:44 - 2:46"Morte à América!"
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2:46 - 2:47Nem importa se você tem mesmo
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2:47 - 2:48origem do Oriente Médio.
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2:48 - 2:51Se você for um tanto pardo,
você pode estar ali -
2:51 - 2:52(para representar os caras maus).
-
2:53 - 2:56(Príncipe da Pérsia:
As Areias do Tempo, 2010) -
2:57 - 2:58(O Reino, 2007)
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3:01 - 3:02"Ligue a câmera."
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3:05 - 3:08(O Príncipe do Deserto, 2011)
"Você é artista, Sr.Thurkettle?" -
3:08 - 3:10"Não senhor, eu trabalho
numa pequena empresa -
3:10 - 3:13chamada 'Texan Oil'."
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3:14 - 3:18"Bem, não há óleo aqui, Sr. Thurkettle."
(Antonio Bandeiras?! Como assim?) -
3:18 - 3:19"Apenas areia."
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3:20 - 3:23Mas claro, nem todo personagem do
Oriente Médio é vilão em filmes. -
3:23 - 3:26No sucesso de bilheteria em 1921,
-
3:26 - 3:27O Sheik,
-
3:27 - 3:29o charmoso herói
fica com a garota no final. -
3:29 - 3:32Mas o mundo árabe do filme
é apresentado como exótico e perigoso, -
3:32 - 3:34e o próprio Sheik,
-
3:34 - 3:36o bom herói Árabe,
-
3:36 - 3:38é interpretado pelo galã ítalo-americano
-
3:38 - 3:40Rudolph Valentino.
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3:40 - 3:42E como ele não é realmente árabe,
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3:42 - 3:43ele pode ficar com a garota no final.
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3:45 - 3:48Se você acha que essa forma racista
de simbolizar a diferença -
3:48 - 3:50entre "bons" e "maus" árabes acabou
-
3:50 - 3:53com o advento do cinema falado,
pense novamente. -
3:53 - 3:55Você já reparou como no Aladdin da Disney
-
3:55 - 3:58o mocinho poderia muito bem ser
um surfista americano bronzeado -
3:58 - 4:01mas os caras maus parecem
e soam um pouco mais ... -
4:01 - 4:04árabes?
-
4:05 - 4:07"Você está atrasado."
(Alladin, 1992) -
4:07 - 4:10"Com mil perdões, oh pacientíssimo."
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4:10 - 4:11"Você a trouxe então?"
-
4:11 - 4:13"Tive que cortar alguns pescoços,
-
4:13 - 4:14mas consegui."
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4:14 - 4:17Enquanto historicamente
Hollywood por vezes deu -
4:17 - 4:19"bons" papéis árabes
para atores não-árabes, -
4:19 - 4:21também deu não-tão-bons papéis árabes e
-
4:21 - 4:24sul-asiáticos para atores brancos também,
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4:24 - 4:25rejeitando trabalho de pessoas pardas e
-
4:25 - 4:28representação decente nas telas
tudo de uma só vez. -
4:28 - 4:31É basicamente o pior Ardil-22 do mundo.
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4:31 - 4:33Por exemplo, tome o Sr. Habib,
-
4:33 - 4:35o vilão ardiloso do Oriente Médio em
-
4:35 - 4:36O Pai da Noiva 2,
-
4:36 - 4:38interpretado por Eugene Levy.
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4:38 - 4:40"Os Habibs gostariam de
comprar a casa, George. -
4:40 - 4:42É exatamente o que estão procurando!"
-
4:42 - 4:43"Moramos aqui por 18 anos.
-
4:43 - 4:45Não sei se vamos conseguir..."
-
4:48 - 4:49Não são nem palavras reais
-
4:49 - 4:51que ele está dizendo à sua esposa!
-
4:51 - 4:54Apenas soa vagamente do Oriente Médio,
sem sentido algum. -
4:54 - 4:55O equivalente disso na escrita
-
4:55 - 4:57é muito comum também.
-
4:57 - 4:58Videogames e programas de TV
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4:58 - 5:01constantemente jogam um texto rabiscado
[Não é árabe] -
5:01 - 5:03e tentam passá-lo como árabe real.
[Ainda não é árabe] -
5:03 - 5:05Bem, esse aqui é árabe mas
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5:05 - 5:07com certeza não diz o que
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5:07 - 5:08os produtores de Homeland queriam!
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5:08 - 5:09[Homeland é racista]
-
5:09 - 5:10Por mais insidioso seja colocar
-
5:10 - 5:12populações e culturas inteiras
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5:12 - 5:14na Terra da Escrita de Rabisco,
-
5:14 - 5:16não há nada tão difuso e prejudicial
-
5:16 - 5:19quanto a tendência de
Hollywood de retratar -
5:19 - 5:20pessoas do Oriente Médio
-
5:20 - 5:22como terroristas genéricos.
-
5:22 - 5:24É tão comum que, nas telas,
-
5:24 - 5:26pele parda se tornou
praticamente sinônimo de -
5:26 - 5:28caras maus que tem pouco ou nenhum
-
5:28 - 5:29desenvolvimento de personagem
-
5:29 - 5:30além do ódio à América e
-
5:30 - 5:31às batatas-fritas da liberdade.
-
5:33 - 5:34[24 Horas, 2007]
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5:42 - 5:44"Allahu Akbar!"
-
5:46 - 5:47Obrigada, Jack Bauer!
-
5:47 - 5:48O que faríamos sem você?
-
5:49 - 5:50Um dos maiores problemas disso
-
5:50 - 5:53é que apaga as vidas e culturas reais
-
5:53 - 5:54de pessoas do Oriente Médio e leva
-
5:54 - 5:58muitos espectadores Ocidentais
a agrupar todos eles no mesmo grupo. -
5:58 - 5:59Vamos começar esclarecendo alguns termos
-
5:59 - 6:01cujo significado foi ofuscado pela
-
6:01 - 6:03mídia que pinta todo o Oriente Médio
-
6:03 - 6:06com o mesmo pincel
largo, raso e ignorante. -
6:06 - 6:07Primeiro, nós fizemos muita pesquisa
-
6:07 - 6:09sobre isso, e vejam só
-
6:09 - 6:11palavras realmente têm significados.
-
6:11 - 6:12Estranho, né?
-
6:12 - 6:14Você não pode só agrupar
árabes e muçulmanos -
6:14 - 6:17porque eles não são a mesma coisa!
-
6:17 - 6:18Os árabes são um grupo étnico específico,
-
6:18 - 6:20unidos pela cultura e linguagem,
-
6:20 - 6:22e que origina principalmente de
-
6:22 - 6:23países do Oriente Médio.
-
6:23 - 6:27Árabe não é, repito,
não é uma categoria racial. -
6:27 - 6:28Certo?
-
6:28 - 6:30Você pode ser branco, negro, pardo
-
6:30 - 6:31e ainda ser Árabe.
-
6:31 - 6:33Mas nem todas as pessoas do
Oriente Médio são árabes, -
6:33 - 6:35e vice-versa.
-
6:35 - 6:37Digamos, como a etnia Persa no Irã.
-
6:37 - 6:39Um muçulmano é
alguém que pratica o Islã, -
6:39 - 6:42uma religião com mais de
1,7 bilhões de membros -
6:42 - 6:44abrangendo um vasto número de étnicos
-
6:44 - 6:46e identidades culturais.
-
6:46 - 6:48O mundo muçulmano
compreende uma variedade de -
6:48 - 6:50grupos que as pessoas
muitas vezes esquecem, incluindo -
6:50 - 6:53iranianos, sul-asiáticos, norte-africanos,
-
6:53 - 6:55indonésios, americanos negros...
-
6:55 - 6:57O Islã não está confinado
ao Oriente Médio, -
6:57 - 6:58às pessoas cor-de-oliva,
-
6:58 - 7:00ou apenas às pessoas que falam árabe.
-
7:01 - 7:03Mas apesar do Islã ser uma religião,
-
7:03 - 7:03não uma raça,
-
7:03 - 7:05é vital que a gente entenda
-
7:05 - 7:07que islamofobia é racismo.
-
7:07 - 7:09Se estiver atento até aqui,
-
7:09 - 7:10você pode se perguntar,
-
7:10 - 7:11se Islã não é uma raça,
-
7:11 - 7:14então como islamofobia pode ser racismo?
-
7:14 - 7:15A resposta está em outro "ismo",
-
7:15 - 7:17um que muitos ocidentais não estão
-
7:17 - 7:20muito familiarizados: isso é Orientalismo.
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7:20 - 7:22Em suma, o termo orientalismo
refere-se a como, -
7:22 - 7:24por séculos,
-
7:24 - 7:26história ocidental artística e acadêmica
-
7:26 - 7:28perpetuou uma preconceituosa e ignorante
-
7:28 - 7:29visão do "Leste".
-
7:29 - 7:31Uma visão enraizada na idéia
da Cultura Ocidental como -
7:31 - 7:33inerentemente mais avançada e esclarecida,
-
7:33 - 7:36e a Cultura Oriental
inerentemente mais ignorante, -
7:36 - 7:37irracional, primitiva e, com frequência,
-
7:37 - 7:39super sexualizada.
-
7:39 - 7:41De novo, muçulmanos vêm de
muitas raças diferentes -
7:41 - 7:43e abarcam uma miríade de
identidades culturais. -
7:43 - 7:45Na verdade, o ex-presidente
-
7:45 - 7:47da Sociedade Islâmica da América do Norte
-
7:47 - 7:49é uma mulher branca, Dra. Ingrid Mattson.
-
7:49 - 7:50Mas vamos falar a verdade,
-
7:50 - 7:51ninguém que espalha ódio ao Islã
-
7:51 - 7:53está falando de senhoras brancas.
-
7:53 - 7:55A mídia ocidental contribuiu para um nível
-
7:55 - 7:57de ignorância tão grande,
que para muitos -
7:57 - 7:58isso resultou em
-
7:58 - 8:00igualar o Islã a
pessoas pardas assustadoras, -
8:00 - 8:02particularmente homens
pardos assustadores -
8:02 - 8:03do Oriente Médio.
-
8:03 - 8:04Tem sido tão efetivo
-
8:04 - 8:06que a maioria de vocês
provavelmente nem sabia -
8:06 - 8:08que esse homem não é
muçulmano, ele é Sikh! -
8:09 - 8:12[ Anúncio de Serviço Público: Muçulmanos
e Sikhs não são a mesma coisa! -
8:17 - 8:18Não só cinema e televisão
-
8:18 - 8:20perpetua esse tipo de ignorância.
-
8:20 - 8:21Aqui o comediante Kumail Nanjiani
-
8:21 - 8:23fala sobre como os videogames geralmente
-
8:23 - 8:26não colocam o mínimo de esforço e pesquisa
-
8:26 - 8:28ao representar o Oriente Médio,
-
8:28 - 8:30ou até mesmo o Sul da Ásia,
-
8:30 - 8:32que não é a mesma coisa que Oriente Médio!
-
8:32 - 8:35"A língua que falamos no Paquistão é Urdu."
-
8:35 - 8:36"Esse é o nome da língua que falamos: urdu."
-
8:36 - 8:38"Mas todos os sinais de rua em Karachi em
-
8:38 - 8:41Call of Duty estão em árabe..."
-
8:41 - 8:44"Sim, é uma língua
completamente diferente." -
8:45 - 8:47"E eu sei que isso
não parece grande coisa, -
8:47 - 8:49mas esse jogo levou
três anos para ser feito." -
8:49 - 8:52"Se você olhar para isso,
as imagens são perfeitas." -
8:52 - 8:54"Você pode ver cada
fio de cabelo nas pessoas, -
8:54 - 8:55quando elas correm, eles suam."
-
8:55 - 8:57"Quando elas correm,
seus cadarços balançam!" -
8:57 - 8:58"Tudo o que precisavam fazer era Googlar:
-
8:58 - 9:00Idioma do Paquistão."
-
9:04 - 9:05"Eles literalmente pensaram
-
9:05 - 9:07'Que língua eles falam no Paquistão?'
-
9:07 - 9:08'Não importa'."
-
9:10 - 9:12"Não consigo fazer
as costeletas combinarem." -
9:13 - 9:15Filmes modernos, programas de TV e jogos
-
9:15 - 9:17definitivamente perpetuam
a Islamofobia, -
9:17 - 9:19mas não é exagero dizer que
-
9:19 - 9:20representações ignorantes de pessoas
-
9:20 - 9:22do Oriente Médio na mídia ocidental
-
9:22 - 9:23datam séculos.
-
9:24 - 9:25Pinturas orientalistas dos anos 1800
-
9:25 - 9:27foram muitas vezes caracterizados por
-
9:27 - 9:29representações excessivamente
sexualizadas da vida diária. -
9:29 - 9:31E a literatura romântica Orientalista
-
9:31 - 9:33do final dos anos 1700
e início dos anos 1800 -
9:33 - 9:36serviu para justificar
o imperialismo europeu, -
9:36 - 9:38apresentando pessoas e culturas do Oriente Médio
-
9:38 - 9:41como inerentemente exóticas e estranhas.
-
9:41 - 9:43Então há uma fusão
de árabes com muçulmanos, -
9:43 - 9:45e porque nossas idéias sobre o Islã são
-
9:45 - 9:48tão fortemente ligadas a estereótipos
de terrorismo e violência, -
9:48 - 9:52ambas as categorias estão
associadas à masculinidade e aos homens. -
9:52 - 9:54Enquanto em Hollywood muitos
atores homens muçulmanos -
9:54 - 9:57só podem encontrar papéis pequenos
como terroristas malvados, -
9:57 - 10:00As mulheres muçulmanas são
muitas vezes apagadas por completo. -
10:00 - 10:02Os verdadeiros avanços que
as mulheres árabes fizeram -
10:02 - 10:04em muitas partes do mundo são ignorados,
-
10:04 - 10:05porque representá-las complicaria
-
10:05 - 10:08a narrativa racista e simplista
sobre árabes e muçulmanos -
10:08 - 10:10na qual Hollywood continuamente
tenta fazer dinheiro. -
10:11 - 10:14É quase como se não soubéssemos lidar
com as mulheres como pessoas de verdade. -
10:15 - 10:16O quê?!!!
-
10:17 - 10:19Cineastas e produtores de TV sabem como
-
10:19 - 10:20objetivar mulheres,
-
10:20 - 10:22como valorizá-las por seus atributos físicos,
-
10:22 - 10:23e por suas aparências,
-
10:23 - 10:26As histórias que nos permitimos contar sobre o Oriente Médio
-
10:26 - 10:28não permite o mesmo tipo de objetificação fácil
-
10:28 - 10:30dos corpos dessas mulheres pardas,
-
10:30 - 10:32e então resistimos
em incluí-las por completo. -
10:34 - 10:35[24 horas, 2005]
-
10:37 - 10:38"Mãe!"
-
10:41 - 10:44Pelo menos podemos agradecer a 24 Horas
por escolher a grande atriz iraniana, -
10:44 - 10:46Shohreh Aghdashloo, na 4 ª temporada
-
10:46 - 10:49como uma terrorista muçulmana
que também é esposa e mãe! -
10:50 - 10:52Mas há artistas, críticos e escritores
-
10:52 - 10:54falando sobre o que significa ser o alvo
-
10:54 - 10:56de todo esse racismo anti pessoas pardas.
-
10:56 - 10:57E muitas das críticas mais interessantes
-
10:57 - 10:59estão vindo das próprias
mulheres muçulmanas. -
11:00 - 11:02Droga! Acho que perdi uma ligação.
-
11:02 - 11:04Será que deixaram mensagem?
-
11:06 - 11:08Secretária Eletrônica Feminista
-
11:10 - 11:12"E aí, Anita??!"
-
11:12 - 11:15É a sua comediante feminista muçulmana
iraniana-americana favorita ligando. -
11:15 - 11:18[Mensagem de Zahra Noorkhsh]
Eu estive pensando... -
11:18 - 11:22como é que em todos esses filmes terroristas,
-
11:22 - 11:24você sabe, aqueles que têm pessoas pardas,
-
11:24 - 11:26porque estamos sempre... atrasados?
-
11:26 - 11:29Para todas as nossas aventuras terroristas.
-
11:29 - 11:30Você sabe do que estou falando?
-
11:30 - 11:34Tipo, eles sempre têm esses caras marrons gritando
-
11:34 - 11:36"Yalla! Yalla! Yalla!"
-
11:36 - 11:38"Yalla" significa apenas "Apresse-se".
-
11:38 - 11:40É como uma coisa que se diz quando quer
-
11:40 - 11:41que alguém se apresse.
-
11:41 - 11:42"Yalla, vamos lá."
-
11:42 - 11:45"Yalla, crianças! Entrem no
carro para ir para a escola!" -
11:45 - 11:49E faça parte de algumas aventuras malignas
-
11:49 - 11:52contra Claire Danes e Homeland.
-
11:52 - 11:54Qual é a deles com isso?
-
11:55 - 11:56Cara, sério!
-
11:56 - 11:57Qual o porquê disso?
-
11:57 - 11:59"Yalla" na minha casa só queria dizer
-
11:59 - 12:01"Apresse-se porque
o jantar está esfriando". -
12:02 - 12:04Há um enorme dano em séculos de imagens
-
12:04 - 12:07que reduzem nações,
culturas e religiões inteiras -
12:07 - 12:09ao status de selvagens sub-humanos.
-
12:09 - 12:12Como Jack Shaheen, o autor
de "Reel Bad Arabs", disse: -
12:12 - 12:16"A política e as imagens de
Hollywood estão conectadas." -
12:16 - 12:17Eles reforçam um ao outro.
-
12:17 - 12:20Política aplica imagens míticas;
-
12:20 - 12:23imagens míticas ajudam a
reforçar a política. -
12:25 - 12:29"Vamos reforçar velhas alianças
e formar novas alianças; -
12:29 - 12:31e unir o mundo civilizado contra
-
12:31 - 12:34terrorismo islâmico radical."
-
12:34 - 12:37Recentemente, durante a
campanha presidencial de 2016, -
12:37 - 12:39candidatos republicanos jogaram a frase
-
12:39 - 12:42"terrorismo islâmico radical", como se fosse
-
12:42 - 12:43algum tipo de magia que eles poderiam usar para
-
12:43 - 12:45fazer votos aparecem do nada.
-
12:45 - 12:47"Terrorismo islâmico radical".
-
12:47 - 12:48"Terrorismo islâmico radical".
-
12:48 - 12:50"Terrorismo islâmico radical".
-
12:50 - 12:52"Terrorismo islâmico radical".
-
12:52 - 12:53"Terroristas islâmicos".
-
12:53 - 12:56"Terrorismo islâmico radical".
-
12:56 - 12:57"Terrorismo islâmico radical".
-
12:57 - 12:59"Terrorismo islâmico radical".
-
12:59 - 13:02"Presidente Obama, se você não disser,
eu vou: Islamismo Radical. -
13:02 - 13:05A única razão pela qual táticas
como essas têm algum efeito é que, -
13:05 - 13:07para muitos americanos,
-
13:07 - 13:09as pessoas do Oriente Médio
nunca foram reconhecidas -
13:09 - 13:13como seres humanos com vidas reais,
esperanças, sonhos e lutas. -
13:13 - 13:16Quando quase todas as histórias que você já viu sobre
-
13:16 - 13:18uma parte particular do mundo pinta as pessoas que vivem lá
-
13:18 - 13:21como monolítico, mal e assustador,
-
13:21 - 13:24Você é muito mais propenso a acreditar que é verdade.
-
13:24 - 13:26Quando as pessoas acreditam que é verdade
-
13:26 - 13:28eles não são apenas mais propensos a apoiar os políticos
-
13:28 - 13:30e políticas que apelam ao medo e à ignorância
-
13:30 - 13:31sobre o Oriente Médio.
-
13:31 - 13:32Eles também são mais propensos a agir sobre esse
-
13:32 - 13:34medo e ignorância eles mesmos.
-
13:34 - 13:36O Southern Poverty Law Center observa que
-
13:36 - 13:37o número de grupos de ódio anti-muçulmanos triplicou
-
13:37 - 13:40nos Estados Unidos em 2016.
-
13:40 - 13:42O Comitê Anti-Discriminação Americano-Árabe observou
-
13:42 - 13:45o mesmo aumento após o lançamento do sonho da febre patriótica,
-
13:45 - 13:47Sniper Americano
-
13:47 - 13:52Em 2016 também houve um aumento de
67% nos crimes de ódio anti-muçulmanos, -
13:52 - 13:54e não há dúvida de que Trump é racista,
-
13:54 - 13:56retórica temerosa tem desempenhado um papel neste
-
13:56 - 13:58surto de xenofobia e violência.
-
13:58 - 14:00Claro, Trump não para
-
14:00 - 14:01com a própria retórica.
-
14:01 - 14:03Nos primeiros 100 dias de sua presidência,
-
14:03 - 14:05ele tentou várias vezes acabar com as proibições
-
14:05 - 14:06impedindo os cidadãos de vários
-
14:06 - 14:09Países de maioria muçulmana de entrar nos Estados Unidos.
-
14:09 - 14:12Ele deixou cair o mais poderoso dos militares dos EUA
-
14:12 - 14:14bomba não nuclear no Afeganistão,
-
14:14 - 14:16e ele disparou 59 mísseis Tomahawk em
-
14:16 - 14:19ALGUM país do Oriente Médio,
-
14:19 - 14:21enquanto comia um belo
pedaço de bolo de chocolate. -
14:22 - 14:23"Eu estava sentado à mesa,
-
14:23 - 14:26tínhamos terminado o jantar e
estávamos então com a sobremesa, -
14:26 - 14:30e tínhamos o pedaço mais bonito
de bolo de chocolate já visto... -
14:30 - 14:32E tínhamos acabado de lançar
-
14:32 - 14:3659 mísseis a caminho do Iraque."
-
14:36 - 14:37"A caminho da Síria?"
-
14:38 - 14:40"Sim, indo em direção à Síria."
-
14:43 - 14:45Iraque, Síria: qual a diferença?
-
14:45 - 14:46Foi um desses países
-
14:46 - 14:49que as pessoas pardas malvadas
e assustadoras moram. -
14:50 - 14:52Agora eu posso até ouvir o exército de
-
14:52 - 14:55papagaios de Richard Dawkins
anti-feministas twitter usuários -
14:55 - 14:57digitando suas respostas sobre
como o Islã é uma religião -
14:57 - 14:59dedicado a oprimir as mulheres.
-
14:59 - 15:01É incrível como de repente todo mundo é feminista
-
15:01 - 15:04quando isso lhes permite perpetuar o ódio contra pessoas marrons
-
15:04 - 15:06ou descartar preocupações sobre como as mulheres são oprimidas
-
15:06 - 15:08em sua própria cultura.
-
15:08 - 15:09Então, vamos ser claros:
-
15:09 - 15:11a misoginia não é um problema com o Islã.
-
15:11 - 15:13A misoginia é um problema que algumas culturas,
-
15:13 - 15:15que por acaso é muçulmano, use a religião para
-
15:15 - 15:18perpetuar e justificar.
-
15:18 - 15:19O cristianismo tem sido usado como uma ferramenta para oprimir
-
15:19 - 15:21mulheres em todo o mundo por milênios.
-
15:21 - 15:23É especificamente porque
nossa mídia perpetuamente -
15:23 - 15:26iguala o Islã, uma religião
seguida por quase um quarto -
15:26 - 15:28da população mundial,
-
15:28 - 15:30com o mal, o terrorismo e a opressão
-
15:30 - 15:32que tantas pessoas acreditam que é isso que o Islã
-
15:32 - 15:33na verdade é.
-
15:34 - 15:35A insistência da nossa mídia de entretenimento
-
15:35 - 15:38em constantemente retratar
pessoas do Oriente Médio como -
15:38 - 15:40Sheiks conspiradores do petróleo,
escravizadores, encantadores de serpentes, -
15:40 - 15:43e homens-bomba, mas
nunca como pessoas reais -
15:43 - 15:45tem consequências reais.
-
15:45 - 15:49Muçulmanos aqui nos EUA, e todos que são
ou parecem ser do Oriente Médio, -
15:49 - 15:52constantemente enfrentam
ignorância e racismo. -
15:52 - 15:54Eles vivem com medo da real
possibilidade de serem -
15:54 - 15:58abordados ou atacados, porque
alguém os olha e os associa -
15:58 - 15:59com tudo o que viram nos filmes
-
15:59 - 16:01e tudo o que o presidente disse
-
16:01 - 16:03sobre pessoas do Oriente Médio.
-
16:03 - 16:05Precisamos agora de mais histórias
-
16:05 - 16:07que desfaçam os estereótipos
profundamente prejudiciais -
16:07 - 16:09e nos encoraje a ver pessoas do Oriente Médio,
-
16:09 - 16:12sejam elas árabes ou muçulmanas,
ou nenhum ou ambos, -
16:12 - 16:14como o que elas realmente são:
-
16:14 - 16:15seres humanos.
-
16:17 - 16:19Nós precisamos da sua ajuda para
continuar a fazer esse vídeos -
16:19 - 16:21Você pode fazer isso de diversas formas,
-
16:21 - 16:23Primeiro, assine nosso canal do YouTube.
-
16:23 - 16:27Segundo, compartilhe nossos vídeos
com amigos e todos que você conhece. -
16:28 - 16:30E terceiro, doe para
continuarmos a fazê-los.
- Title:
- The FREQ Show: Manufaturando uma Ameaça Muçulmana
- Description:
-
Assine nosso canal do YouTube para mais vídeos: http://bit.ly/2bDhQUX
Este é o terceiro episódio da nova série da Feminist Frequency, The FREQ Show! Com The FREQ Show, nós estamos respondendo a pergunta, "O que representações de raça, gênero e sexualidade na cultura pop tem a ver com o atual cenário social e político?"
Em "Manufaturando uma Ameaça Muçulmana”, nós analisamos as formas onipresentes e profundamente prejudiciais que representações estereotipadas de Muçulmanos e Árabes como terroristas e selvagens em muito da mídia popular contribuem diretamente para a Islamofobia em nossa cultura. Mais do que isso, elas cultivam um espaço político onde nosso presidente pode conduzir um sentimento de Islamofobia diretamente para dentro da Sala Oval, e então defender políticas enraizadas na mesma Islamofobia que Hollywood fez tanto para cultivar.
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- 16:35
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