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Meu sonho morreu, e agora? | Lynette Lewis | TEDxRaleigh

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    Parece que todos esperam algo:
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    o emprego perfeito, o amor da sua vida,
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    o fim das dívidas, a prosperidade...
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    Grandes sonhos, pequenos sonhos...
    O que vocês esperam?
  • 0:25 - 0:28
    Pessoalmente, odeio esperar.
  • 0:29 - 0:35
    Nunca pensei que teria de esperar
    para realizar meu sonho de me casar.
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    Na infância, fui instruída
    por um certo casal.
  • 0:41 - 0:43
    Talvez vocês os conheçam.
  • 0:43 - 0:45
    (Risos)
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    Minha irmã e eu brincávamos por horas,
    imaginando nossas vidas conforme a deles,
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    sonhando em ter um casamento feliz,
    com os carros de luxo e as belas casas.
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    Através da vida deles, sonhávamos a nossa.
  • 1:01 - 1:05
    Ah, e as roupas... não esqueça as roupas.
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    Aos 18 anos, fui para a faculdade,
    cheia de esperança, confiando no sonho:
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    "Meu marido está neste câmpus.
  • 1:15 - 1:20
    Dois mil homens e duas mil mulheres.
    Há um par para todo mundo".
  • 1:20 - 1:22
    (Risos)
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    Quatro anos depois,
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    eu tinha meu diploma em Ciências
    em mãos, mas nenhum pretendente.
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    Porém eu tinha minhas damas de honra.
    Isso me redimiu um pouco.
  • 1:34 - 1:36
    (Risos)
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    Com o passar dos anos,
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    todas as minhas damas de honra
    e muitas outras mulheres
  • 1:40 - 1:44
    começaram a viver meus sonhos
    bem na minha frente.
  • 1:44 - 1:49
    Se casaram, tiveram filhos,
    compraram suas primeiras casas...
  • 1:49 - 1:52
    enquanto eu esperava.
  • 1:52 - 1:55
    Minha melhor amiga se formou na faculdade
  • 1:55 - 1:59
    e, logo em seguida, começou
    a ter um filho atrás do outro.
  • 1:59 - 2:01
    Agora ela tem dez filhos.
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    (Risos)
  • 2:09 - 2:13
    Durante meus 20 anos
    e depois pelos meus 30,
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    enquanto todos pareciam
    estar vivendo meus sonhos,
  • 2:17 - 2:22
    descobri duas escolhas
    que fizeram toda a diferença.
  • 2:23 - 2:25
    A primeira é a seguinte:
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    quando um sonho está
    em espera, vá viver outro.
  • 2:31 - 2:33
    Ah, mas nós não queremos.
  • 2:33 - 2:34
    Só queremos ficar parados
  • 2:34 - 2:39
    e focar, obcecados, aquela coisa
    que queríamos que acontecesse.
  • 2:39 - 2:43
    Mas precisamos continuar
    sonhando e seguindo em frente,
  • 2:43 - 2:47
    porque sonhos dizem aos nossos corações
    que estamos vivendo e não morrendo.
  • 2:48 - 2:51
    A segunda escolha é, sim, uma escolha.
  • 2:51 - 2:53
    Foi isto que descobri:
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    a esperança é uma escolha,
    não um sentimento.
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    Dr. Jerome Groopman, chefe de departamento
    na Escola de Medicina de Harvard,
  • 3:02 - 3:06
    diz que a esperança é tão poderosa
  • 3:06 - 3:11
    quanto qualquer remédio receitado
    ou procedimento realizado.
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    Descobri que a esperança é um músculo.
  • 3:15 - 3:18
    Quanto mais a usamos, mais forte ela fica.
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    Eu tinha quase 40 anos quando meu sonho
    de morar em Nova York aconteceu.
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    Cheguei esperançosa àquela cidade
    vibrante e cheia de sonhadores.
  • 3:31 - 3:34
    Toda manhã, entre as oito e nove horas,
  • 3:34 - 3:38
    eu caminhava pelo saguão
    do World Trade Center,
  • 3:38 - 3:41
    exceto na manhã de 11 de setembro.
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    Naquela manhã,
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    eu estava na cidade de Hartford
    dirigindo uma reunião.
  • 3:48 - 3:51
    Será que um dia esqueceremos
    o que aconteceu?
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    Naquele dia, milhares de sonhos morreram.
  • 3:58 - 4:02
    Enquanto muitos deixavam
    a cidade assustados,
  • 4:02 - 4:08
    um grupo de fiéis chegavam à cidade,
    cheios de esperança de fazer a diferença.
  • 4:08 - 4:11
    Um deles era Ron Lewis.
  • 4:11 - 4:15
    Ele e seus amigos abriram uma igreja
    no centro da Times Square.
  • 4:15 - 4:17
    Comecei a frequentá-la
  • 4:17 - 4:21
    e, no decorrer de um ou dois anos,
    Ron e eu nos tornamos amigos.
  • 4:21 - 4:24
    Um dia, sentimos que havia algo entre nós.
  • 4:25 - 4:31
    Então, aos 42 anos,
    numa igreja na Park Avenue,
  • 4:31 - 4:35
    finalmente me casei
    com o homem dos meus sonhos,
  • 4:35 - 4:40
    um sonho tão demorado,
    mas que chegou a tempo.
  • 4:41 - 4:45
    É impressão minha ou há
    uma leve semelhança?
  • 4:45 - 4:48
    (Risos)
  • 4:48 - 4:51
    (Aplausos)
  • 4:54 - 4:56
    No dia do nosso casamento,
  • 4:57 - 5:02
    Ron me deu o maravilhoso presente
    de quatro garotos adolescentes.
  • 5:03 - 5:05
    Eu digo a meu amigo Tony
  • 5:05 - 5:09
    que quatro garotos e nenhuma estria
    é um ótimo negócio.
  • 5:09 - 5:10
    (Risos)
  • 5:10 - 5:13
    Eu sonhava em ter uma filha
  • 5:13 - 5:18
    e, para minha surpresa, aos 45 anos,
    descobri que estava grávida.
  • 5:19 - 5:22
    Mas recebi a notícia, dois meses depois,
  • 5:23 - 5:25
    de que não havia batimentos cardíacos.
  • 5:26 - 5:30
    Um em oito casais sofrem de infertilidade,
  • 5:30 - 5:33
    e essa se tornou nossa jornada
    pelos próximos cinco anos.
  • 5:34 - 5:37
    Anos de lágrimas.
  • 5:38 - 5:39
    E cirurgias.
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    Um processo de adoção
    deu errado no último momento.
  • 5:43 - 5:49
    Escolhemos a esperança,
    mas nos decepcionávamos a cada passo.
  • 5:50 - 5:53
    Na mesma época, comecei a aprender
  • 5:53 - 5:57
    sobre o crescente problema
    do tráfico sexual de crianças.
  • 5:57 - 6:03
    Eu me pegava acordando à noite,
    pensando no quanto eu queria um bebê
  • 6:03 - 6:09
    e imaginando a situação de ter
    um filho que foi traficado ou abusado.
  • 6:11 - 6:12
    Ron e eu discutimos isso
  • 6:12 - 6:15
    e nos perguntamos se podíamos
    fazer alguma diferença.
  • 6:15 - 6:17
    Podíamos fazer algo?
  • 6:17 - 6:20
    Então, no espírito de escolher
    a esperança e viver outro sonho,
  • 6:20 - 6:24
    nos educamos, reunimos voluntários
  • 6:24 - 6:28
    e, pelos próximos cinco anos,
    fizemos caminhadas em 50 cidades,
  • 6:28 - 6:32
    começando por Nova York
    com a corrida de salto agulha,
  • 6:32 - 6:36
    em que quebramos o recorde
    de pessoas correndo de salto agulha.
  • 6:36 - 6:38
    (Risos)
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    Digo "pessoas", não só mulheres,
    porque até nosso filho de 16 anos,
  • 6:41 - 6:44
    quando pensamos que talvez
    não quebraríamos o recorde,
  • 6:44 - 6:47
    calçou um par de saltos
    e correu como nunca.
  • 6:47 - 6:50
    (Risos)
  • 6:51 - 6:53
    Naquela época,
  • 6:54 - 6:58
    nosso filho Jordan decidiu participar
    de uma viagem missionária na África.
  • 6:59 - 7:03
    Enquanto estava lá,
    ele teve 21 sangramentos nasais.
  • 7:05 - 7:06
    O que estava acontecendo?
  • 7:07 - 7:11
    Ele voltou para casa e, um dia antes
    de seu aniversário de 21 anos,
  • 7:11 - 7:15
    foi diagnosticado com câncer nasal
    em estágio quatro.
  • 7:17 - 7:23
    Ele interrompeu a faculdade
    e suportou 71 sessões de radioterapia
  • 7:23 - 7:25
    e 8 de quimioterapia.
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    Cinco meses depois, incrivelmente,
    foi declarado livre de câncer.
  • 7:29 - 7:34
    Seguiu seu sonho de terminar os estudos,
    voltou à faculdade, se graduou a tempo,
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    ganhou o prêmio de "superador" do ano
    e conheceu seu grande amor, Katie.
  • 7:41 - 7:43
    E conseguiu um ótimo emprego num banco.
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    Dezessete meses depois,
    às oito horas da manhã,
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    ele e seu pai foram comprar
    a aliança de noivado.
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    Às dez horas, num exame de rotina,
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    ele ficou sabendo
    que o câncer havia voltado.
  • 8:00 - 8:03
    Dessa vez, com sede de vingança.
  • 8:04 - 8:09
    Jordan e Katie estavam determinados
    a viver seu sonho de passar a vida juntos,
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    então se casaram um mês depois.
  • 8:13 - 8:16
    Pelos próximos nove meses,
    Katie nunca saiu do lado de Jordan.
  • 8:18 - 8:20
    Amanhã fará dois anos
  • 8:21 - 8:25
    que, misteriosamente,
    de um modo que nunca entenderemos,
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    nosso amado Jordan deu
    seu último suspiro na Terra
  • 8:30 - 8:32
    e seu primeiro no céu.
  • 8:34 - 8:38
    Ele nunca perdeu a esperança nem a fé.
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    Mas como se vive sem um filho?
  • 8:44 - 8:48
    Sim, sou a madrasta,
    mas o amava como se fosse meu.
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    Pelos últimos dois anos,
  • 8:51 - 8:57
    nossa família tem encarado de novo
    a decisão de ter esperança,
  • 8:57 - 8:59
    inspirada pelo exemplo de Jordan.
  • 8:59 - 9:03
    Mas, em muitos dias, parece
    que estamos morrendo por dentro.
  • 9:05 - 9:12
    Três meses antes de Jordan morrer,
    algo maravilhoso aconteceu.
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    Na véspera de Natal, estávamos
    juntos em casa para o fim de ano,
  • 9:16 - 9:18
    valorizando cada momento
    que podíamos ter em família.
  • 9:19 - 9:25
    Ron e eu recebemos uma ligação
    de uma jovem corajosa
  • 9:26 - 9:29
    que havia optado pela entrega à adoção.
  • 9:29 - 9:32
    Ela estava no nono mês de gestação
  • 9:32 - 9:38
    e queria saber se podíamos nos preparar,
    porque ela havia nos escolhido.
  • 9:39 - 9:41
    Ela daria à luz em três semanas.
  • 9:42 - 9:47
    E havia escolhido nós dois,
    que tínhamos 51 e 54 anos.
  • 9:48 - 9:51
    Ron e eu nos olhamos
    e dissemos: "Por que não?"
  • 9:53 - 9:57
    No dia seguinte, manhã de natal,
    eu estava no banheiro,
  • 9:57 - 10:01
    me arrumando para sair e preparar
    o grande almoço de Natal em família,
  • 10:01 - 10:06
    quando recebi esta foto no meu celular.
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    (Risos)
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    Não só um, mas dois sonhos se realizaram,
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    nascidos numa manhã de Natal,
    perto de Bethlehem, em outro estado.
  • 10:19 - 10:22
    Demos a notícia aos garotos
    depois de abrir nossos presentes.
  • 10:22 - 10:24
    Todos gritaram e choraram.
  • 10:24 - 10:27
    Naquele dia, pegamos um voo
  • 10:27 - 10:32
    e, pouco antes da meia-noite,
    tínhamos nossas bebês no colo.
  • 10:33 - 10:35
    Para finalizar,
  • 10:35 - 10:40
    quero lhes apresentar três moças
    que ensinaram meu coração
  • 10:41 - 10:46
    a sonhar, ter esperança e nunca desistir:
  • 10:46 - 10:48
    minha querida e eterna nora, Katie,
  • 10:48 - 10:54
    e minhas filhas,
    Victoria Joy e Isabella Grace.
  • 10:55 - 10:56
    (Aplausos)
  • 10:56 - 11:00
    Oi, amores! Venham aqui.
  • 11:37 - 11:39
    Deixo vocês com a seguinte mensagem:
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    escolham a esperança
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    e sonhem de novo.
  • 11:48 - 11:49
    Obrigada.
  • 11:49 - 11:51
    (Aplausos)
Title:
Meu sonho morreu, e agora? | Lynette Lewis | TEDxRaleigh
Description:

Você já teve um sonho que você tinha certeza de que se realizaria, mas o viu morrer ou desaparecer lentamente em meio a outras prioridades? Lynette Lewis compartilha duas escolhas poderosas que farão a diferença na vida de qualquer pessoa, escolhas que a ajudaram a suportar o trauma do ataque de 11 de setembro, a infertilidade, a morte agonizante de um filho e a espera de 20 anos para realizar um sonho. O fim surpreendente desta palestra faz a plateia aplaudir de pé.

Esta palestra foi dada em um evento TEDx, que usa o formato de conferênciaTED, mas é organizado de forma independente por uma comunidade local. Para saber mais visite http://ted.com/tedx

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDxTalks
Duration:
11:53

Portuguese, Brazilian subtitles

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