Três lições de amor revolucionário em tempos de ódio
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0:01 - 0:03(Oração "sikh") Waheguru Ji Ka Khalsa,
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0:03 - 0:05Waheguru Ji Ki Fateh.
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0:08 - 0:12Tem um momento na cama de parto
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0:12 - 0:15em que parece que estamos morrendo.
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0:16 - 0:20O corpo em trabalho de parto se alarga
para formar um círculo impossível, -
0:20 - 0:22as contrações vêm em frações de minutos.
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0:23 - 0:26Onda após onda,
quase não dá para respirar. -
0:26 - 0:28O termo médico:
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0:28 - 0:29"transição",
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0:30 - 0:34porque "parece a morte"
não é científico o suficiente. -
0:34 - 0:35(Risos)
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0:35 - 0:36Eu chequei.
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0:37 - 0:38Durante a minha transição,
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0:38 - 0:40meu marido pressionava
a base da minha coluna -
0:40 - 0:42para não deixar meu corpo se quebrar.
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0:42 - 0:45Meu pai esperava atrás
da cortina do hospital… -
0:46 - 0:47na verdade, escondendo-se.
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0:48 - 0:50Mas minha mãe estava do meu lado.
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0:52 - 0:55A parteira disse que conseguia
ver a cabeça do bebê, -
0:55 - 0:58mas tudo o que eu sentia
era um círculo de fogo. -
0:58 - 1:01Eu virei para minha mãe
e disse: "Eu não consigo", -
1:01 - 1:05mas ela já recitava a oração
do meu avô em meu ouvido: -
1:05 - 1:07(Oração "sikh") "Tati Vao Na Lagi,
Par Brahm Sarnai" -
1:08 - 1:10"Os ventos quentes não podem te tocar"
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1:11 - 1:13"Você é corajosa," ela disse.
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1:14 - 1:15"Você é corajosa."
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1:18 - 1:20De repente,
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1:21 - 1:24eu vi a minha avó, atrás da minha mãe.
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1:25 - 1:27E a mãe dela atrás dela.
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1:28 - 1:29E a mãe dela atrás dela.
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1:30 - 1:34Uma longa fila de mulheres
que enfrentaram o fogo antes de mim. -
1:34 - 1:35Eu respirei;
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1:35 - 1:36fiz força;
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1:36 - 1:37meu filho nasceu.
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1:39 - 1:42Quando eu o segurei em meus
braços, tremendo e chorando -
1:42 - 1:45pela descarga de ocitocina
que invadiu o meu corpo, -
1:45 - 1:49minha mãe já se preparava
para me alimentar. -
1:49 - 1:52Cuidando de seu bebê
enquanto eu cuidava do meu. -
1:52 - 1:56Minha mãe nunca deixou de me dar à luz,
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1:56 - 1:58do meu nascimento
ao nascimento do meu filho. -
1:58 - 2:02Ela já conhecia aquilo que eu estava
apenas começando a nomear: -
2:03 - 2:06que amor é mais
que um sentimento repentino -
2:06 - 2:09que acontece conosco se tivermos sorte.
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2:09 - 2:13Amor é um parto doce.
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2:13 - 2:15Ardente.
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2:15 - 2:16Sangrento.
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2:16 - 2:17Imperfeito.
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2:18 - 2:20Que dá a vida.
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2:20 - 2:24Uma escolha que fazemos de novo e de novo.
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2:28 - 2:30Eu sou uma ativista
americana dos direitos civis -
2:30 - 2:34e trabalhei com comunidades
de cor desde o 11 de setembro, -
2:34 - 2:38lutando contra políticas estatais
injustas e atos de ódio nas ruas. -
2:38 - 2:40E em nossos momentos mais dolorosos,
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2:40 - 2:43em frente aos fogos da injustiça,
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2:43 - 2:47eu vi partos de amor nos dar à luz.
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2:48 - 2:53Minha vivência na linha de frente da luta
contra o ódio nos EUA tem sido um estudo -
2:53 - 2:57que eu passei a chamar
de amor revolucionário. -
2:58 - 3:03Amor revolucionário é a escolha
de entrarmos em trabalho de parto -
3:04 - 3:07por outros que não se parecem conosco,
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3:07 - 3:10por oponentes que nos machucam
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3:10 - 3:12e por nós mesmos.
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3:13 - 3:17Nesta era de enorme ódio
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3:17 - 3:19quando o fogo estiver
queimando à nossa volta, -
3:20 - 3:25Eu acredito que o amor revolucionário
é a resposta dos nossos tempos. -
3:29 - 3:32Agora, se você sente vergonha
quando dizem: "Amor é a resposta…" -
3:33 - 3:35Eu também sinto.
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3:35 - 3:36(Risos)
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3:36 - 3:37Eu sou advogada.
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3:37 - 3:39(Risos)
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3:39 - 3:45Então deixem-me mostrar como passei a ver
o amor como uma força pela justiça social -
3:45 - 3:46através de três lições.
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3:50 - 3:54Meu primeiro encontro
com o ódio foi na escola. -
3:54 - 3:56Eu era uma garotinha,
crescendo na Califórnia, -
3:56 - 4:00onde a minha família vivia
e cultivava há um século. -
4:00 - 4:04Quando me disseram que eu iria
para o inferno porque não era cristã, -
4:04 - 4:07chamaram-me de "cachorra preta"
porque eu não era branca, -
4:07 - 4:09eu corri para os braços do meu avô.
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4:09 - 4:11Papa Ji secou minhas lágrimas
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4:11 - 4:15e deu-me as palavras de Guru Nanak,
o fundador do "sikhismo". -
4:15 - 4:17"Eu não vejo estranhos", disse Nanak.
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4:17 - 4:19"Eu não vejo inimigos."
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4:21 - 4:22Meu avô me ensinou
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4:22 - 4:27que eu podia escolher ver
todos os rostos que encontrasse -
4:28 - 4:30e refletir sobre eles.
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4:31 - 4:32E se eu refletir sobre eles,
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4:32 - 4:36escutarei suas histórias,
mesmo quando for difícil. -
4:36 - 4:39Recusarei-me a odiá-los,
mesmo quando eles me odiarem. -
4:39 - 4:43Eu até prometerei protegê-los
quando estiverem em perigo. -
4:43 - 4:45É isso que significa ser "sikh":
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4:45 - 4:46S-i-k-h.
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4:46 - 4:49Trilhar o caminho de um santo guerreiro.
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4:49 - 4:52Ele me contou a história
da primeira guerreira "sikh" -
4:52 - 4:53Mai Bhago.
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4:53 - 4:56A história conta que havia 40 soldados
que abandonaram seus postos -
4:56 - 4:59durante a grande batalha
contra um império. -
4:59 - 5:00Eles retornaram a uma vila,
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5:00 - 5:02e essa mulher da vila disse a eles:
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5:03 - 5:06"Vocês não vão abandonar a luta.
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5:06 - 5:08Vão retornar ao fogo,
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5:10 - 5:12e eu vou guiá-los".
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5:13 - 5:15Ela montou um cavalo.
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5:15 - 5:16Vestiu um turbante.
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5:16 - 5:19E com uma espada em sua mão
e fogo em seus olhos, -
5:19 - 5:21ela os levou aonde
ninguém mais os levaria. -
5:21 - 5:24Ela se tornou aquela
por quem ela esperava. -
5:27 - 5:30"Não abandone seu posto, querida."
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5:30 - 5:32Meu avô me via como uma guerreira.
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5:32 - 5:34Eu era uma garotinha
com duas tranças compridas, -
5:35 - 5:36mas eu prometi.
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5:38 - 5:41Avançando no tempo, eu tenho 20 anos,
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5:43 - 5:46assistindo às Torres Gêmeas caírem.
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5:46 - 5:48o horror preso em minha garganta,
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5:48 - 5:51e então um rosto aparece na tela:
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5:51 - 5:53um homem pardo com turbante e barba
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5:53 - 5:59e eu percebo que o novo inimigo
da nação é parecido com o meu avô. -
6:00 - 6:04E os turbantes que deviam representar
o nosso compromisso de servir -
6:04 - 6:06nos tornaram terroristas.
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6:06 - 6:08E os "sikhs" tornaram-se alvos de ódio,
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6:08 - 6:11junto com nossos irmãos
e irmãs muçulmanos. -
6:11 - 6:16A primeira pessoa morta num crime de ódio
depois do 11/09 foi um homem "sikh", -
6:16 - 6:19na frente do seu posto
de gasolina no Arizona. -
6:19 - 6:26Balbir Singh Sodhi era um amigo
da família que eu chamava de "tio", -
6:27 - 6:30morto por um homem
que se dizia "patriota". -
6:33 - 6:37Ele foi o primeiro de muitos a ser morto.
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6:38 - 6:39Mas sua história...
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6:39 - 6:43nossas histórias
mal chegaram aos noticiários. -
6:45 - 6:48Eu não sabia o que fazer,
mas eu tinha uma câmera, -
6:48 - 6:50eu encarei o fogo.
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6:50 - 6:53Fui até sua viúva,
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6:53 - 6:54Joginder Kaur.
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6:55 - 6:57Chorei com ela, e a perguntei:
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6:58 - 7:01"O que você gostaria de dizer
para as pessoas dos EUA?" -
7:03 - 7:05Eu estava esperando acusação.
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7:07 - 7:08Mas ela me olhou e disse:
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7:10 - 7:12"Diga a eles: 'Obrigada.'
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7:14 - 7:17Três mil americanos vieram
ao memorial do meu marido. -
7:17 - 7:21Eles não me conheciam,
mas choraram comigo. -
7:22 - 7:24Diga a eles: 'Obrigada.'''
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7:27 - 7:29Milhares de pessoas apareceram,
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7:29 - 7:31porque, diferente
dos noticiários nacionais, -
7:31 - 7:34a mídia local contou
a história do tio Baldir. -
7:35 - 7:38História podem criar a reflexão
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7:38 - 7:42que transformam estranhos
em irmãs e irmãos. -
7:43 - 7:46Essa foi minha primeira lição
de amor revolucionário: -
7:47 - 7:50que histórias podem
nos ajudar a não ver estranhos. -
7:52 - 7:53E então...
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7:54 - 7:57minha câmera virou minha espada.
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7:58 - 8:00Meu diploma de direito virou meu escudo.
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8:01 - 8:03Meu parceiro de filmagem virou meu marido.
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8:03 - 8:05(Risos)
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8:05 - 8:07Não esperava por isso.
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8:07 - 8:13E nós nos tornamos parte
de uma geração de defensores -
8:13 - 8:17trabalhando com comunidades
que enfrentavam seus próprios fogos. -
8:17 - 8:19Trabalhei em uma prisão
de segurança máxima, -
8:20 - 8:22no litoral do Guantánamo,
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8:22 - 8:24no palco de tiroteios em massa,
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8:24 - 8:26quando o sangue ainda
estava fresco no chão. -
8:27 - 8:29E todas as vezes,
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8:29 - 8:31por 15 anos,
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8:31 - 8:33com cada filme, cada processo,
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8:33 - 8:35cada campanha,
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8:35 - 8:37eu pensava que estava
deixando a nação mais segura -
8:37 - 8:39para a próxima geração.
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8:42 - 8:44E então meu filho nasceu.
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8:54 - 8:55Em uma época...
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8:57 - 8:59em que crimes de ódio
contra as nossas comunidades -
8:59 - 9:02estão mais frequentes
do que nunca desde o 11/09. -
9:04 - 9:08Em que movimentos de direita nacionalista
estão crescendo ao redor do globo -
9:08 - 9:11e capturaram a presidência
dos Estados Unidos. -
9:13 - 9:16Em que supremacistas brancos
marcham em nossas ruas, -
9:16 - 9:19tochas ao alto, sem capuzes.
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9:21 - 9:24E eu tenho que lidar com o fato
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9:25 - 9:31de que meu filho está crescendo
em um país que é mais perigoso para ele -
9:31 - 9:33do que aquele que foi dado a mim.
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9:36 - 9:37E haverá momentos
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9:39 - 9:41em que eu não poderei protegê-lo
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9:42 - 9:46quando ele for visto como terrorista,
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9:49 - 9:53da mesma forma que os negros nos EUA
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9:53 - 9:55ainda são vistos como criminosos.
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9:57 - 9:59Pardos, ilegais.
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10:00 - 10:02Homossexuais e transexuais, imorais.
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10:03 - 10:05Indígenas, selvagens.
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10:05 - 10:07Mulheres e crianças como propriedade.
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10:07 - 10:11E quando falham em ver os nossos corpos
como filhos de alguma mãe, -
10:11 - 10:14fica fácil banir-nos,
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10:14 - 10:16deter-nos,
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10:16 - 10:17deportar-nos,
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10:17 - 10:19emprisionar-nos,
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10:19 - 10:23sacrificar-nos pela ilusão de segurança.
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10:27 - 10:30(Aplausos)
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10:38 - 10:41Eu queria abandonar o meu posto.
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10:43 - 10:45Mas eu fiz uma promessa,
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10:46 - 10:49então eu voltei para o posto de gasolina
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10:49 - 10:54onde Baldir Singh foi morto
há exatos 15 anos. -
10:56 - 10:59Depositei uma vela no local
onde ele sangrou até a morte. -
11:00 - 11:02O irmão dele, Rana, virou-se para mim
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11:03 - 11:05e disse: "Nada mudou".
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11:07 - 11:08E eu perguntei:
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11:09 - 11:12“Quem nós ainda não tentamos amar?”
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11:16 - 11:19Decidimos ligar
para o assassino na prisão. -
11:21 - 11:22O telefone toca.
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11:23 - 11:25Sinto o coração bater em meus ouvidos.
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11:25 - 11:28Eu ouço a voz de Frank Roque,
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11:28 - 11:30um homem que uma vez disse:
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11:32 - 11:36"Eu vou sair daqui e atirar
em alguns cabeça de toalha. -
11:39 - 11:42Devíamos matar os filhos deles, também".
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11:44 - 11:48E cada impulso emocional
em mim diz: "Eu não consigo". -
11:52 - 11:57Tornou-se um ato de vontade de reflexão.
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11:59 - 12:02"Por quê?", eu pergunto.
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12:03 - 12:06"Por que você concordou em falar conosco?"
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12:09 - 12:12Frank diz: “Sinto muito
pelo que aconteceu, -
12:12 - 12:16mas também sinto muito por todas
as pessoas mortas no 11 de setembro". -
12:16 - 12:19Ele não se responsabiliza.
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12:19 - 12:21Eu fico com raiva para proteger Rana,
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12:23 - 12:28mas Rana ainda está
refletindo sobre Frank. -
12:29 - 12:30Escutando...
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12:31 - 12:32Ela responde:
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12:34 - 12:38"Frank, esta é a primeira
vez que ouço você dizer -
12:38 - 12:40que sente muito".
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12:43 - 12:45E Frank...
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12:46 - 12:49Frank diz: "Sim.
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12:50 - 12:54Sinto muito pelo que fiz com o seu irmão.
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12:56 - 13:00Um dia, quando eu for ao céu
para ser julgado por Deus, -
13:01 - 13:03pedirei para ver o seu irmão.
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13:05 - 13:06E o abraçarei.
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13:08 - 13:10E pedirei o seu perdão".
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13:14 - 13:15E Rana diz:
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13:17 - 13:19"Nós já perdoamos você".
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13:23 - 13:27Perdoar não é esquecer.
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13:29 - 13:32Perdoar é libertar-se do ódio.
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13:34 - 13:36Porque quando estamos livres do ódio,
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13:36 - 13:39vemos aqueles que nos machucam,
não como monstros, -
13:39 - 13:42mas como pessoas
que também estão feridas, -
13:42 - 13:44que também sentem-se ameaçadas,
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13:44 - 13:47que não sabem o que mais fazer
com suas inseguranças -
13:47 - 13:49além de nos machucar, de puxar o gatilho,
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13:49 - 13:50ou lançar o voto,
-
13:50 - 13:52ou aprovar a política contra nós.
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13:52 - 13:55Mas se começarmos a refletir sobre eles,
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13:56 - 13:58até mesmo ouvir suas histórias,
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14:00 - 14:05descobrimos que a participação
na opressão tem um preço. -
14:06 - 14:10Ela retira deles sua capacidade de amar.
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14:15 - 14:20Esta foi minha segunda lição
de amor revolucionário. -
14:22 - 14:29Nós amamos nossos oponentes
quando cuidamos da ferida deles. -
14:30 - 14:34Cuidar da ferida não é curá-los,
-
14:34 - 14:35só eles podem fazer isso.
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14:35 - 14:39Cuidar, apenas, nos permite
-
14:39 - 14:41ver nossos oponentes:
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14:42 - 14:46os terroristas, os fanáticos,
os demagogos. -
14:47 - 14:53Eles foram radicalizados por culturas e
políticas que, nós juntos, podemos mudar. -
14:56 - 14:59Eu repensei em todas as nossas campanhas,
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15:00 - 15:05e percebi que cada vez
que enfrentamos maus atores, -
15:05 - 15:06não mudamos muito.
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15:08 - 15:13Mas quando escolhemos empunhar
nossas espadas e escudos -
15:13 - 15:15para enfrentar maus sistemas,
-
15:16 - 15:18é aí que vemos mudança.
-
15:19 - 15:21Eu trabalhei em campanhas
-
15:21 - 15:25que libertaram centenas de pessoas
de confinamentos solitários, -
15:26 - 15:29reformaram um departamento
de polícia corrupto, -
15:29 - 15:31mudaram políticas federais
de crimes de ódio. -
15:32 - 15:37A escolha de amar nossos oponentes
é moral e pragmática, -
15:37 - 15:42e abre a possibilidade,
antes inimaginável, -
15:42 - 15:44de reconciliação.
-
15:48 - 15:49Mas lembrem-se...
-
15:50 - 15:53foram precisos 15 anos
para fazer aquele telefonema. -
15:55 - 16:00Precisei cuidar da minha
própria raiva e luto primeiro. -
16:01 - 16:06Amar nossos oponentes requer
que amemos a nós mesmos. -
16:07 - 16:09Gandhi, King, Mandela
-
16:09 - 16:13ensinaram muito sobre como amar
os outros e os oponentes. -
16:15 - 16:17Não falaram muito sobre
amarmos a nós mesmos. -
16:18 - 16:20Esta é uma intervenção feminista.
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16:22 - 16:23(Aplausos)
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16:23 - 16:24Sim.
-
16:25 - 16:26Sim.
-
16:26 - 16:28(Aplausos)
-
16:29 - 16:34Porque por muito tempo foi dito
a mulheres e mulheres de cor -
16:34 - 16:35que reprimissem sua raiva,
-
16:35 - 16:39reprimissem seu luto
em nome do amor e do perdão. -
16:39 - 16:41Mas quando reprimimos nossa raiva,
-
16:41 - 16:43é aí que ela torna-se ódio,
direcionado para fora, -
16:43 - 16:46mas, geralmente, direcionado para dentro.
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16:47 - 16:52Mas a maternidade me ensinou que
todas as nossas emoções são necessárias. -
16:54 - 16:57A alegria é o presente do amor.
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16:58 - 17:01O luto é o preço do amor.
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17:02 - 17:05A raiva é a força que o protege.
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17:07 - 17:11Esta é a minha terceira lição
de amor revolucionário. -
17:11 - 17:13Nós nos amamos
-
17:13 - 17:17quando respiramos através do fogo da dor
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17:18 - 17:21e nos recusamos a deixá-la tornar-se ódio.
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17:22 - 17:24É por isso que acredito
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17:25 - 17:29que o amor deve ser
praticado nas três direções -
17:29 - 17:30para ser revolucionário.
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17:31 - 17:35Amar apenas nós mesmo é bom,
-
17:35 - 17:37mas é narcisismo.
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17:37 - 17:40(Risos)
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17:41 - 17:45Amar apenas os nossos
oponentes é autopenitência. -
17:47 - 17:51Amar apenas os outros é ineficiente.
-
17:52 - 17:55É aqui que muitos dos nossos
movimentos estão neste momento. -
17:56 - 17:59Nós precisamos praticar
as três formas de amor. -
18:01 - 18:04E então, como as praticamos?
-
18:05 - 18:06Prontos?
-
18:07 - 18:08Número um:
-
18:10 - 18:12para poder amar os outros,
-
18:12 - 18:14não vejam estranhos.
-
18:14 - 18:17Podemos treinar nossos olhos
para olhar estranhos na rua, -
18:17 - 18:19no metrô, na tela,
-
18:19 - 18:21e dizer em nossas mentes:
-
18:21 - 18:22"Irmão,
-
18:22 - 18:23irmã,
-
18:23 - 18:25tia,
-
18:25 - 18:26tio".
-
18:27 - 18:29E quando dizemos isto,
o que estamos dizendo é: -
18:29 - 18:32"Você é uma parte de mim
que eu ainda não conheço. -
18:33 - 18:35Eu escolho refletir sobre você.
-
18:36 - 18:38Escutarei suas histórias
-
18:39 - 18:42e levantarei uma espada
quando você estiver em perigo". -
18:44 - 18:45Então, número dois:
-
18:46 - 18:49para amar nossos oponentes,
-
18:49 - 18:50cuide da ferida.
-
18:51 - 18:54Você consegue enxergar a ferida
naqueles que te machucam? -
18:56 - 18:58Pode refletir até mesmo sobre eles?
-
19:00 - 19:04E se essa pergunta
gera pânico em seu corpo, -
19:04 - 19:06então seu ato mais revolucionário
-
19:06 - 19:10é refletir, escutar e responder
às suas próprias necessidades. -
19:11 - 19:12Número três:
-
19:13 - 19:15para amarmos a nós mesmos,
-
19:15 - 19:17respire e faça força.
-
19:18 - 19:21Quando fazemos força
pelo fogo de nossos corpos -
19:21 - 19:23ou pelos fogos do mundo,
-
19:23 - 19:25precisamos respirar juntos
-
19:26 - 19:28para que façamos força juntos.
-
19:29 - 19:31Como você respira a cada dia?
-
19:32 - 19:34Com quem você respira?
-
19:36 - 19:38Porque...
-
19:39 - 19:45quando ordens executivas e notícias
de violência atingem nossos corpos, -
19:45 - 19:47às vezes em frações de minutos,
-
19:47 - 19:49parece que estamos morrendo.
-
19:51 - 19:52Nesses momentos,
-
19:53 - 19:57o meu filho coloca sua mão
em minha bochecha e diz: -
19:57 - 19:59"Hora de dançar, mamãe?"
-
20:01 - 20:02E nós dançamos.
-
20:04 - 20:07Na escuridão, nós respiramos e dançamos.
-
20:07 - 20:10Nossa família se torna um bolso
de amor revolucionário. -
20:10 - 20:13Nossa felicidade é um ato
de resistência moral. -
20:13 - 20:15Como você protege
sua felicidade a cada dia? -
20:15 - 20:19Porque na felicidade, vemos
até a escuridão com novos olhos. -
20:21 - 20:25E então, a mãe que existe em mim pergunta:
-
20:27 - 20:32e se esta escuridão não for
a escuridão do túmulo, -
20:33 - 20:35mas a escuridão do ventre?
-
20:38 - 20:40E se o nosso futuro não estiver morto,
-
20:41 - 20:43mas ainda esperando para nascer?
-
20:45 - 20:48E se esta for a nossa grande transição?
-
20:50 - 20:52Lembrem-se da sabedoria da parteira.
-
20:53 - 20:54"Respire," ela diz.
-
20:54 - 20:56E então...
-
20:56 - 20:57"faça força."
-
20:57 - 20:59Porque se não fizermos força, morreremos.
-
20:59 - 21:01Se não respirarmos, morreremos.
-
21:01 - 21:06O amor revolucionário exige que respiremos
e façamos força através do fogo -
21:06 - 21:09com um coração de guerreiro
e olhos de santo -
21:09 - 21:10e então, um dia...
-
21:12 - 21:17um dia você verá o meu filho
como seu próprio -
21:18 - 21:20e irá protegê-lo quando eu não estiver lá.
-
21:22 - 21:25Você cuidará da ferida
daqueles que o machucarem. -
21:27 - 21:30Ensinará a ele como amar a si mesmo,
-
21:30 - 21:32porque você ama a si mesmo.
-
21:34 - 21:36Você sussurrará em seu ouvido,
-
21:37 - 21:39como eu sussurro no seu:
-
21:41 - 21:42"Você é corajoso".
-
21:43 - 21:45Você é corajoso.
-
21:46 - 21:47Obrigada.
-
21:47 - 21:48(Aplausos)
-
21:48 - 21:50(Oração “sikh”) Waheguru Ji Ka Khalsa,
-
21:50 - 21:52Waheguru Ji Ki Fateh.
-
21:52 - 21:58(Aplausos)
- Title:
- Três lições de amor revolucionário em tempos de ódio
- Speaker:
- Valarie Kaur
- Description:
-
Qual é o antídoto para o nacionalismo, a polarização e o ódio crescentes? Nesta palestra poética e inspiradora, Valarie Kaur nos pede para reivindicar o amor como um ato revolucionário. Enquanto percorre da sala de parto até trágicos locais de massacres, Kaur nos mostra como a escolha de amar pode ser uma força por justiça.
- Video Language:
- English
- Team:
- closed TED
- Project:
- TEDTalks
- Duration:
- 22:12
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