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Como os mercados on-line podem ajudar economias locais em vez de prejudicá-las

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    Em fevereiro de 2013, minha esposa
    e eu nos mudamos para Singapura.
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    No mesmo momento,
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    a Uber anunciou que iniciava
    suas atividades no país.
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    Minha esposa e eu
    concordamos em várias coisas,
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    mas usar Uber não era uma delas,
    de maneira alguma.
  • 0:20 - 0:22
    Eu estava animado com a tecnologia
  • 0:22 - 0:25
    e com o fato de talvez
    não precisarmos mais ter carros,
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    mas ela achava que todo carro da Uber
    estava roubando trabalho dos taxistas.
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    E a Sarah não era a única.
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    Conforme as Ubers, Airbnbs
    e Amazons da vida,
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    que chamamos de "mercado on-line",
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    começaram a difundir sua presença,
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    todos nós ouvimos inúmeros dirigentes
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    preocupados em como lidar
    com esses novos riscos
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    de destruição de empregos,
    salários mais baixos e perdas fiscais.
  • 0:55 - 0:58
    Também ouvimos líderes de empresas
  • 0:58 - 1:01
    preocupados com a competição
    intensa de plataformas globais
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    destruindo negócios locais.
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    E, pensando racionalmente,
    claro que entendo.
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    Afinal, é a lei da oferta e da procura.
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    Se, em qualquer mercado,
    a oferta aumenta drasticamente,
  • 1:13 - 1:19
    espera-se que preços, rentabilidade
    e crescimento caiam pra quem está no jogo.
  • 1:19 - 1:21
    Mas, na minha experiência pessoal,
  • 1:21 - 1:25
    também já vi o outro lado da história,
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    em que mercados on-line
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    como a Gojek na Indonésia
    ou a Jumia na África,
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    ajudaram o ecossistema de seus negócios
    e as comunidades ao redor.
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    O lado positivo que vi se mostrou
    em uma mulher taxista no Egito,
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    que agora podia trabalhar sem o assédio
    que sofria no ramo dos táxis.
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    Também se mostrou em um vilarejo no Quênia
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    que teve um impulso econômico,
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    porque o belo, porém
    desconhecido, lago local
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    está se tornando agora
    um ponto de ecoturismo nacional.
  • 2:00 - 2:03
    Mercados on-line vão continuar crescendo.
  • 2:03 - 2:09
    E vão transformar nosso jeito de comprar,
    de viajar e de negociar uns com os outros.
  • 2:09 - 2:11
    Então precisamos entender
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    onde está a verdade nessas duas histórias.
  • 2:15 - 2:18
    Devemos esperar mais do lado positivo
  • 2:18 - 2:20
    ou do lado negativo e preocupante?
  • 2:21 - 2:24
    E tem um jeito de conseguir
    o primeiro sem o segundo?
  • 2:25 - 2:26
    Acredito que sim.
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    Como consultor de estratégia,
    meu trabalho é estudar negócios.
  • 2:30 - 2:32
    E como matemático de coração,
  • 2:32 - 2:35
    eu não viveria em paz com dois opostos
    sendo igualmente verdadeiros.
  • 2:35 - 2:39
    Então voltei ao básico
    e fiz a seguinte pergunta:
  • 2:39 - 2:43
    "O que os mercados on-line
    fazem na verdade?"
  • 2:43 - 2:45
    O que eles fazem?
  • 2:45 - 2:49
    Em sua essência, fazem algo muito simples:
  • 2:50 - 2:52
    combinam vendedores com compradores.
  • 2:52 - 2:53
    É isso.
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    Para motoristas e passageiros,
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    temos a Uber, a Grab no Sudeste da África
  • 2:58 - 3:00
    ou a DiDi na China.
  • 3:01 - 3:03
    Para comerciantes e consumidores,
  • 3:03 - 3:06
    temos a Amazon, a Alibaba
    ou a Jumia na África.
  • 3:06 - 3:08
    E para hospedagem temos a Airbnb,
  • 3:08 - 3:10
    para captação de recursos
    temos a Kickstarter,
  • 3:10 - 3:12
    a lista não acaba.
  • 3:12 - 3:15
    O que esses exemplos têm em comum
  • 3:15 - 3:17
    é que eles transferem
    essa funcionalidade básica
  • 3:17 - 3:22
    de combinar vendedores e compradores
    do mundo físico para o digital.
  • 3:22 - 3:24
    E ao fazê-lo
  • 3:24 - 3:27
    encontram combinações melhores,
    mais rapidamente
  • 3:27 - 3:30
    e, por fim, vinculam mais valor a todos.
  • 3:32 - 3:35
    Na verdade, o principal benefício
    dos mercados on-line
  • 3:35 - 3:39
    é que nos oferecem mais
    com a mesma quantidade de esforço.
  • 3:40 - 3:42
    Por exemplo,
  • 3:42 - 3:47
    se você é taxista em São Francisco
    e decide trabalhar dez horas por dia,
  • 3:48 - 3:53
    você terá um passageiro em seu carro
    por quatro horas dessas dez.
  • 3:53 - 3:57
    Se usar o mesmo carro
    numa plataforma como a Uber,
  • 3:57 - 4:02
    poderá ter passageiros
    por mais uma hora e meia.
  • 4:02 - 4:06
    É o mesmo carro sendo 40% mais produtivo.
  • 4:06 - 4:10
    E o mesmo acontece
    em outros mercados on-line.
  • 4:10 - 4:14
    Intencionalmente, criam
    maior valor pra economia.
  • 4:16 - 4:20
    Precisamos descobrir quem fica
    com esse valor adicional.
  • 4:21 - 4:23
    Talvez os motoristas:
  • 4:23 - 4:25
    mais passageiros, maior renda.
  • 4:25 - 4:28
    Talvez os consumidores,
    com uma redução dos preços.
  • 4:28 - 4:31
    Ou talvez a plataforma
    fique com todo o dinheiro.
  • 4:32 - 4:36
    O que costuma acontecer é que esses três
    o dividem de alguma maneira.
  • 4:37 - 4:39
    Mas e as outras pessoas?
  • 4:40 - 4:44
    Também sofremos o impacto
    sem estarmos em nenhum lado desse negócio.
  • 4:44 - 4:47
    Se meu vizinho decidir alugar
    seu apartamento pela Airbnb,
  • 4:47 - 4:50
    e mais pessoas começarem
    a entrar e sair do prédio,
  • 4:50 - 4:52
    fazendo mais barulho,
  • 4:52 - 4:56
    sofrerei um efeito colateral desagradável
    dessa magia da produtividade.
  • 4:57 - 5:01
    É o que os economistas chamam
    de "externalidade negativa".
  • 5:01 - 5:05
    A externalidade negativa quando os carros
    da Uber se tornam mais produtivos
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    é que o valor da licença dos taxistas cai
    até 30% em Nova York, por exemplo.
  • 5:12 - 5:14
    Esse é o lado negativo.
  • 5:14 - 5:17
    E é isso que provoca
    manifestações nas ruas
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    e, às vezes, até violência.
  • 5:21 - 5:24
    Eu realmente acredito
    que isso pode ser evitado.
  • 5:24 - 5:25
    E isso ficou mais claro pra mim
  • 5:25 - 5:28
    conforme passei mais tempo
    nos mercados emergentes.
  • 5:29 - 5:30
    Na verdade, nos meus dias em Singapura,
  • 5:30 - 5:34
    eu passava metade da semana
    viajando pela região
  • 5:34 - 5:36
    entre a Malásia, Tailândia, Indonésia,
  • 5:36 - 5:39
    e virei usuário, na verdade fã,
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    de mercados on-line que não eram
    conhecidos até então.
  • 5:44 - 5:48
    Mas alguns deles fizeram trade-offs
    importantes e estratégicos
  • 5:48 - 5:50
    que reduziram drasticamente
    os efeitos colaterais,
  • 5:50 - 5:52
    as externalidades.
  • 5:53 - 5:55
    A Gojek, por exemplo,
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    é basicamente a Uber para motocicletas.
  • 5:58 - 6:02
    É um dos mercados on-line
    preferidos na Indonésia,
  • 6:03 - 6:07
    o que tem muito a ver com o papel
    que ela escolhe desempenhar.
  • 6:08 - 6:12
    Em vez de comprar briga com todas
    as outras opções de transporte,
  • 6:12 - 6:16
    ela escolhe gradualmente integrá-las
    em sua própria plataforma.
  • 6:16 - 6:19
    Assim, sem sair do aplicativo da Gojek,
  • 6:19 - 6:21
    podemos consultar os horários
    do transporte público
  • 6:21 - 6:24
    e escolher pegar um ônibus
    pra longas distâncias.
  • 6:24 - 6:27
    Ou, talvez, uma moto
    ou um táxi tradicional
  • 6:27 - 6:32
    que você pode pedir e pagar
    com o mesmo aplicativo.
  • 6:33 - 6:35
    Se observarmos a Gojek hoje,
  • 6:35 - 6:38
    nove entre dez motoristas de mototáxi
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    acreditam que sua qualidade de vida
    melhorou após entrarem na plataforma.
  • 6:43 - 6:45
    E nove entre dez consumidores,
  • 6:45 - 6:46
    nove entre dez,
  • 6:46 - 6:52
    acreditam que a Gojek tem um impacto
    positivo na sociedade em geral.
  • 6:52 - 6:57
    Foi esse nível de confiança
    que fez a Gojek crescer
  • 6:57 - 7:01
    e se tornar hoje um supermercado
    on-line pra tudo:
  • 7:01 - 7:05
    de comida e mantimentos
    até massagem e serviços de lavanderia.
  • 7:06 - 7:10
    Tudo isso começou
    com um trade-off consciente
  • 7:10 - 7:13
    pra que a empresa fosse a condutora
    de um ecossistema maior
  • 7:13 - 7:15
    no qual outros também têm uma função.
  • 7:15 - 7:20
    Em vez de um só ganhador,
    um herói que pega para si,
  • 7:20 - 7:23
    o que seria, no final das contas,
    uma fatia pequena do bolo.
  • 7:23 - 7:25
    Outro exemplo interessante é a Jumia.
  • 7:26 - 7:29
    A Jumia equivale à Amazon na África.
  • 7:29 - 7:32
    Mas ela não causa o mesmo nível de temor
  • 7:32 - 7:34
    na comunidade dos pequenos negócios.
  • 7:34 - 7:36
    E umas das razões
  • 7:36 - 7:40
    é que ela decidiu investir ativamente
  • 7:40 - 7:44
    em empresários africanos
    para ajudá-los a crescer na era digital.
  • 7:44 - 7:45
    Vejam bem,
  • 7:46 - 7:47
    a Jumia opera em países
  • 7:47 - 7:52
    com os índices mais baixos de literacia
    e conectividade digitais do mundo.
  • 7:53 - 7:56
    Ela podia ter lidado com isso
    da forma habitual,
  • 7:56 - 7:58
    com pressão por mudanças,
  • 7:58 - 7:59
    e provavelmente faz isso,
  • 7:59 - 8:02
    mas também criou a Universidade Jumia,
  • 8:02 - 8:06
    uma plataforma de ensino à distância
    em que comerciantes podem adquirir
  • 8:06 - 8:08
    competências digitais
    e profissionais básicas.
  • 8:09 - 8:13
    Estudamos mercados on-line
    na África ano passado.
  • 8:13 - 8:17
    Durante o estudo, conhecemos
    um dos comerciantes da Jumia.
  • 8:17 - 8:18
    O nome dele é Jomo.
  • 8:18 - 8:22
    Ele foi demitido do seu emprego em 2014
  • 8:22 - 8:25
    e, na época, decidiu que queria
    ser seu próprio chefe.
  • 8:25 - 8:27
    Queria ser independente.
  • 8:27 - 8:30
    Também queria nunca mais ser demitido.
  • 8:31 - 8:33
    Naquele momento,
  • 8:33 - 8:35
    Jomo não fazia ideia
    do que era um negócio.
  • 8:35 - 8:38
    Precisou passar
    por uma série de treinamentos
  • 8:38 - 8:41
    para aprender a selecionar
    e dar preço aos produtos
  • 8:41 - 8:43
    e promovê-los on-line.
  • 8:44 - 8:47
    Hoje, Jomo tem um negócio on-line
    com dez funcionários.
  • 8:48 - 8:50
    E há alguns meses
  • 8:50 - 8:55
    ele abriu sua primeira loja física
    nos subúrbios de Nairóbi.
  • 8:55 - 8:57
    Agora, com essa universidade,
  • 8:57 - 9:01
    a Jumia consegue ajudar
    uma grande quantidade de Jomos.
  • 9:01 - 9:06
    E estimamos que, com outros
    mercados on-line no continente,
  • 9:06 - 9:11
    ela conseguirá gerar 3 milhões
    de novos empregos até 2025.
  • 9:12 - 9:14
    E fará isso seja diretamente,
  • 9:14 - 9:17
    seja por meio do impacto
    na comunidade em geral.
  • 9:17 - 9:21
    E, às vezes, levar esse impacto
    mais amplo em consideração
  • 9:21 - 9:22
    ou se esquecer dele
  • 9:22 - 9:25
    pode erguer ou destruir uma plataforma.
  • 9:25 - 9:28
    Pra exemplificar isso,
    vamos voltar a Singapura.
  • 9:28 - 9:33
    Ano passado, quando minha esposa
    e eu decidimos nos mudar do país,
  • 9:33 - 9:35
    a Uber decidiu fazer o mesmo.
  • 9:35 - 9:37
    Ao mesmo tempo, de novo.
  • 9:38 - 9:43
    Começamos a ver um padrão aí,
    mas pode ser coincidência.
  • 9:44 - 9:49
    Na verdade, a Uber perdeu a batalha
    dos transportes por aplicativo
  • 9:49 - 9:52
    pra uma startup da Malásia chamada Grab.
  • 9:53 - 9:54
    Agora, curiosamente,
  • 9:54 - 9:58
    minha esposa não teve
    os mesmos receios em relação à Grab,
  • 9:58 - 10:01
    porque, quando começou,
    a empresa tinha outro nome.
  • 10:01 - 10:03
    Elas se chamava MyTeksi
  • 10:03 - 10:09
    e, como o nome sugere, começou
    como uma plataforma para táxis.
  • 10:10 - 10:14
    Quando a Grab começou a expandir
    o negócio para além dos táxis,
  • 10:14 - 10:16
    foi considerada gradual e sensata.
  • 10:17 - 10:20
    Também foi muito cuidadosa no processo.
  • 10:20 - 10:25
    Considerou qual tipo de rede de segurança
    devia proporcionar aos motoristas.
  • 10:25 - 10:28
    Então disponibilizaram
    pacotes especiais de seguro
  • 10:28 - 10:31
    e até programas de educação financeira.
  • 10:32 - 10:36
    Vamos comparar isso
    com o que aconteceu em Londres,
  • 10:36 - 10:38
    Nova York e Paris,
  • 10:38 - 10:42
    onde os taxistas achavam
    que as plataformas não entendiam
  • 10:42 - 10:45
    que eles tinham que pagar
    200 mil euros pela licença,
  • 10:45 - 10:47
    quase tudo com empréstimos.
  • 10:47 - 10:51
    Quando não levamos esse tipo de informação
    sócioambiental em consideração,
  • 10:52 - 10:55
    provocamos fortes reações.
  • 10:57 - 11:01
    Não estou tentando afirmar
    que os trade-offs
  • 11:01 - 11:04
    da Grab, Jumia ou Gojek
    são isentos de riscos.
  • 11:05 - 11:08
    Eles temporariamente desaceleraram
    o crescimento em algum momento?
  • 11:08 - 11:09
    Talvez.
  • 11:09 - 11:11
    Mas vejam hoje:
  • 11:11 - 11:13
    a Gojek vale US$10 bilhões;
  • 11:15 - 11:19
    a Jumia é uma das únicas três
    unicórnios em toda a África;
  • 11:20 - 11:25
    e a Grab expulsou a Uber
    de todo o Sudeste da Ásia.
  • 11:27 - 11:31
    E acho que esses trade-offs não são
    exclusivos de mercados emergentes.
  • 11:32 - 11:35
    A Amazon, a Uber e outras
    podem aprender com eles
  • 11:35 - 11:38
    e adaptá-los à própria realidade.
  • 11:38 - 11:43
    A longo prazo, não precisa
    ser um jogo de soma zero.
  • 11:43 - 11:44
    A longo prazo,
  • 11:44 - 11:47
    e pode ser meu lado asiático falando aqui,
  • 11:47 - 11:49
    vale a pena ser paciente.
  • 11:49 - 11:53
    Vale a pena reconsiderar
    suas metas e prioridades
  • 11:53 - 11:55
    à luz de uma equação bem maior
  • 11:55 - 11:58
    que inclui você, seus usuários, claro,
  • 11:58 - 12:03
    mas também reguladores,
    dirigentes, comunidades.
  • 12:04 - 12:06
    E eu afirmo, acima de tudo,
  • 12:06 - 12:09
    que inclui, também, os negócios
    que você pode desfazer.
  • 12:10 - 12:11
    Obrigado.
  • 12:11 - 12:13
    (Aplausos)
Title:
Como os mercados on-line podem ajudar economias locais em vez de prejudicá-las
Speaker:
Amane Dannouni
Description:

O crescimento dos mercados on-line como Uber, Airbnb e Amazon podem, às vezes, ameaçar negócios locais como táxis, hotéis e lojas de varejo, eliminando empregos e reduzindo a renda na comunidade. Mas não precisa ser assim, diz o consultor de estratégia Amane Dannouni. Utilizando exemplos como Gojek (a Uber de motocicletas na Indonésia) e Jumia (versão africana da Amazon), ele explica como alguns mercados on-line fazem trade-offs conscientes para incluir, em vez de substituir, integrantes existentes nas economias locais, beneficiando todo mundo a longo prazo.

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDTalks
Duration:
12:27

Portuguese, Brazilian subtitles

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