< Return to Video

Mindfulness of the Body | Thich Nhat Hanh (short teaching video)

  • 0:02 - 0:04
    O terceiro:
  • 0:05 - 0:10
    "Ao inspirar,
    estou consciente do meu corpo."
  • 0:10 - 0:15
    Isto é "consciência do corpo".
  • 0:29 - 0:34
    Num estado de distração,
  • 0:36 - 0:39
    mente e corpo
    não estão juntos.
  • 0:39 - 0:43
    O nosso corpo está aqui,
    mas a nossa mente está noutro lugar –
  • 0:43 - 0:49
    no passado, no futuro, nos nossos projetos,
    presa pela raiva, pelo medo.
  • 0:49 - 0:53
    Assim, mente e corpo não estão juntos.
    Não estamos verdadeiramente presentes.
  • 0:53 - 0:57
    Não estamos a viver realmente a nossa vida.
  • 1:00 - 1:06
    Este exercício serve para trazer
    a mente de volta ao corpo
  • 1:06 - 1:14
    e restaurar a unidade
    entre corpo e mente.
  • 1:15 - 1:22
    A mente torna-se uma mente "incorporada"
    e dá-nos vida.
  • 1:22 - 1:27
    E pode ajudar-nos
    a entrar em contacto com o nosso corpo.
  • 1:32 - 1:36
    O nosso corpo é uma maravilha.
  • 1:36 - 1:41
    E quando a nossa mente
    volta ao nosso corpo
  • 1:41 - 1:45
    e o reconhece,
    estamos verdadeiramente presentes.
  • 1:45 - 1:54
    E podemos começar a viver
    a nossa vida de verdade.
  • 1:57 - 2:01
    Muitos de nós...
  • 2:03 - 2:09
    vivem uma vida virtual.
  • 2:10 - 2:16
    Suponhamos que estás a trabalhar...
    estás com o teu computador.
  • 2:17 - 2:25
    Podes perder-te completamente
    no mundo virtual do computador.
  • 2:26 - 2:29
    Esqueces-te de que tens um corpo.
  • 2:29 - 2:36
    Esqueces-te de que o planeta Terra está ali
    com todas as suas maravilhas.
  • 2:38 - 2:42
    Não vives na realidade.
  • 2:44 - 2:53
    E muitos de nós têm de passar
    tantas horas nesse mundo.
  • 2:55 - 3:00
    A 14 de setembro,
  • 3:00 - 3:05
    a nossa sangha foi para o norte da Califórnia
  • 3:05 - 3:17
    e praticou um dia com as pessoas
    no centro da Google.
  • 3:17 - 3:23
    Todos os "Googlers" juntaram-se,
  • 3:23 - 3:27
    e praticámos meditação guiada,
  • 3:27 - 3:30
    meditação sentada, meditação a caminhar,
  • 3:30 - 3:36
    alimentação consciente, e assim por diante.
    Relaxamento total também.
  • 3:37 - 3:41
    E muitos Googlers experimentaram, pela primeira vez...
  • 3:41 - 3:45
    viver profundamente com o corpo,
    com a respiração
  • 3:45 - 3:50
    e tomar consciência de cada respiração,
    de cada passo.
  • 3:52 - 4:02
    A maioria deles trabalha mais de
    15 horas por dia ao computador.
  • 4:03 - 4:08
    E não têm muitas oportunidades
    de regressar ao seu corpo,
  • 4:08 - 4:10
    de estar com o corpo
  • 4:10 - 4:14
    e sentir a presença do corpo
  • 4:14 - 4:21
    e a presença do ambiente
    à sua volta.
  • 4:21 - 4:26
    O terceiro exercício é, então,
    voltar para casa, para o corpo,
  • 4:26 - 4:31
    sentir a presença do corpo
  • 4:31 - 4:36
    e tornar-se verdadeiramente vivo.
  • 4:36 - 4:40
    Não se pode estar verdadeiramente vivo sem o corpo.
  • 4:41 - 4:46
    Assim, este é um tipo de reconciliação
    entre a mente e o corpo.
  • 4:46 - 4:54
    Tu vais para casa, estás com o teu corpo
    e cuidas bem do teu corpo.
  • 4:55 - 5:05
    E quando regressas ao teu corpo,
    podes notar que ele sofre.
  • 5:06 - 5:11
    Pode haver muita tensão e dor
    no teu corpo.
  • 5:13 - 5:20
    Na verdade, muitos de nós permitimos
    que a tensão se acumule no nosso corpo,
  • 5:20 - 5:35
    e a dor continua a crescer até se tornar dor crónica.
    Por isso, o Buda propôs o quarto
  • 5:35 - 6:02
    exercício: "Liberto a tensão do meu corpo."
    A libertação da tensão no corpo. Este ensinamento,
  • 6:02 - 6:12
    esta prática, continua a ser muito relevante nos dias de hoje.
    Ao inspirarmos, regressamos ao nosso corpo,
  • 6:12 - 6:22
    sentimos a presença do nosso corpo
    e libertamos verdadeiramente a tensão.
  • 6:22 - 6:37
    E quando a tensão é libertada,
    podemos reduzir a quantidade de dor no nosso
  • 6:37 - 6:53
    corpo, porque a dor no corpo está ligada à tensão.
    E quando o corpo relaxa, tem a capacidade de se
  • 6:53 - 7:12
    curar a si próprio. O corpo tem uma capacidade natural de cura,
    se lhe permitirmos descansar e
  • 7:12 - 7:22
    libertar a tensão. Muitos de nós confiamos apenas nos medicamentos,
    e não sabemos que a prática
  • 7:22 - 7:36
    essencial é permitir que o nosso corpo relaxe.
    Vejamos os animais que vivem na
  • 7:36 - 7:45
    montanha. Eles ainda mantêm essa sabedoria.
    Quando um animal está gravemente ferido,
  • 7:45 - 8:00
    ele sabe o que fazer. Procura um lugar calmo e deita-se.
    Não pensa em procurar
  • 8:00 - 8:10
    comida, não pensa em correr atrás de outro animal.
    Essa é a sabedoria da natureza.
  • 8:10 - 8:18
    O animal procura um local tranquilo,
    senta-se, deita-se e sabe que essa
  • 8:18 - 8:27
    é a única forma de se curar. Não tem médico, não tem farmacêutico,
    mas sabe que esse é o melhor
  • 8:27 - 8:35
    caminho. E três ou quatro dias depois,
    ele recupera, levanta-se
  • 8:35 - 8:44
    e volta a procurar comida. Nós, humanos, também tínhamos
    essa sabedoria, mas perdemo-la.
  • 8:44 - 8:55
    Agora confiamos apenas nos medicamentos
    e não sabemos que ajudar o corpo a relaxar e descansar
  • 8:55 - 9:07
    é dar-lhe a capacidade de se curar.
    Mesmo quando temos férias, não sabemos
  • 9:07 - 9:19
    mais como descansar. E depois das férias,
    sentimo-nos ainda mais cansados.
  • 9:19 - 9:32
    Precisamos de reaprender a descansar,
    e esta prática ajuda-nos.
  • 9:43 - 10:08
    Existe um texto chamado "A Contemplação do Corpo no Corpo", um sutra sobre a contemplação
  • 10:08 - 10:19
    do corpo. O Buda deu um exemplo:
    Um agricultor sobe ao sótão
  • 10:19 - 10:35
    e traz um saco de sementes. Ele abre uma das extremidades do saco e deixa as sementes
    espalharem-se
  • 10:35 - 10:42
    pelo chão de madeira. E, se ainda tiver boa visão,
  • 10:42 - 10:53
    ele reconhece cada tipo de semente: estes são feijões,
    estes são grãos de milho, estes são feijões
  • 10:53 - 11:02
    mungo, e assim por diante. O praticante faz exatamente o mesmo.
    Ela pode deitar-se e começar a
  • 11:02 - 11:15
    respirar conscientemente, reconhecendo os seus olhos, nariz, língua,
    corpo, pulmões, coração, rins, fígado, pés, mãos...
  • 11:15 - 11:25
    Praticamos a plena consciência da respiração
    e revisitamos todas as partes do nosso corpo.
  • 11:25 - 11:35
    "Ao inspirar, tomo consciência dos meus olhos."
    "Ao expirar, reconheço a presença dos meus olhos."
  • 11:35 - 11:46
    Ao inspirar profundamente, gero a energia da atenção plena.
    E, com essa energia, reconheço que
  • 11:46 - 11:55
    os meus olhos existem. Abraço os meus olhos com a
    energia da atenção plena, e ganho a perceção de
  • 11:55 - 12:05
    que os meus olhos são uma condição de felicidade.
    Posso notar que os meus olhos ainda estão saudáveis
  • 12:05 - 12:16
    e percebo que basta abri-los para
    entrar em contacto com um paraíso de
  • 12:16 - 12:30
    formas e cores que está sempre disponível.
    Porque os meus olhos ainda estão
  • 12:30 - 12:38
    em boas condições, o reino da felicidade está acessível.
    O paraíso das formas e cores está acessível.
  • 12:38 - 12:46
    E eu reconheço isso como uma das muitas condições
    de felicidade que tenho. "Ao inspirar,
  • 12:46 - 12:56
    tomo consciência dos meus olhos. Ao expirar, sorrio para os meus olhos."
    Depois, tomamos consciência dos ouvidos, do nariz,
  • 12:56 - 13:07
    da língua, e visitamos todas as partes do nosso corpo
    com a prática da respiração consciente.
  • 13:07 - 13:19
    É como um scanner, mas não um scanner de raios X.
    É um raio de atenção plena.
  • 13:19 - 13:27
    Reconhecemos a presença de cada parte do corpo.
    "Ao inspirar, sorrio com compaixão."
  • 13:27 - 13:41
    Podemos perceber que talvez
    não tenhamos sido muito gentis com o nosso corpo.
  • 13:41 - 13:54
    Mas agora sorrimos para o nosso coração.
    E desse exercício pode surgir compaixão e gratidão.
  • 13:54 - 14:04
    O nosso coração bate dia e noite,
    sem parar, para nutrir todas as células do nosso corpo.
  • 14:04 - 14:21
    E, no entanto, muitas vezes não o apoiamos.
    Fumamos, bebemos álcool, ficamos acordados
  • 14:21 - 14:31
    até tarde... Coisas que não são amigáveis ao nosso coração.
    Quando reconhecemos o nosso coração
  • 14:31 - 14:41
    e lhe sorrimos, a compaixão e a compreensão podem surgir.
    E passamos a saber como cuidar dele,
  • 14:41 - 14:54
    como não lhe causar sofrimento. Podemos perceber que
    o nosso coração ainda funciona normalmente.
  • 14:54 - 15:02
    E isso é algo maravilhoso, porque há pessoas que não têm um coração saudável.
  • 15:02 - 15:10
    O maior desejo delas é ter um coração como o nosso.
    E, no entanto, nós temos um coração saudável
  • 15:10 - 15:20
    mas não o valorizamos. Continuamos a prejudicá-lo,
    fumando, bebendo álcool...
  • 15:21 - 15:33
    O mesmo acontece com o nosso fígado. "Ao inspirar, tomo consciência do meu fígado.
    Ao expirar, sorrio para o meu fígado."
  • 15:33 - 15:44
    O nosso fígado pode estar a enviar-nos uma mensagem de S.O.S.,
    mas continuamos a beber álcool,
  • 15:44 - 15:53
    continuamos a comer alimentos demasiado gordurosos.
    Ouvir o nosso corpo com compaixão, visitar cada parte do nosso corpo
  • 15:53 - 16:03
    essa é a prática recomendada pelo Buda.
    E quando chegamos a um órgão
  • 16:03 - 16:11
    doente, podemos ficar mais tempo com ele,
    abraçando-o com ternura, respirando com ele
  • 16:11 - 16:24
    conscientemente. Isso ajudará essa parte a curar-se mais rapidamente.
    Não devemos confiar apenas nos medicamentos.
  • 16:24 - 16:35
    Com esta prática recomendada pelo Buda,
    podemos ajudar o nosso corpo a curar-se a si próprio.
  • 16:42 - 16:47
    Seguramos a parte doente do corpo
    como seguramos um gatinho ferido
  • 16:47 - 16:50
    com compaixão.
    E isso ajudará no processo de cura.
Title:
Mindfulness of the Body | Thich Nhat Hanh (short teaching video)
Description:

more » « less
Video Language:
English
Duration:
16:54

Portuguese subtitles

Revisions