-
Ok, então vou falar um pouco sobre
-
o que tem sido chamado de Caminho Negativo
-
ou de Via Negativa.
-
então....
-
É onde nós vamos para entender quem somos
-
por meio
-
de ver e entender o que nós não somos.
-
Então...
-
na tradição Védica algumas vezes eles
-
usam este termo "Netti netti",
-
que significa nem isso, nem aquilo.
-
E...
-
então, nós....
-
nós chegamos a ver
-
o que nós somos
-
por meio de reconhecer o falso EU
-
em todas
-
as suas diferentes reincarnações.
-
Então.....
-
Então, o que é isso, o que é falso EU?
-
O que é o ego?
-
e...
-
Existem muitos caminhos
-
que trazem isso ao foco,
-
trazem isso à claridade,
-
mas um caminho
-
que eu gosto de falar a respeito é
-
começando quando você é uma criança.
-
Se você pensa a respeito de uma criança,
-
aquela luminosidade vinda dos seus olhos,
-
aquela vivacidade e aquele
-
engajamento pela vida,
-
é apenas um tipo natural
-
de conexão direta
-
com a vida
-
quando nós somos crianças.
-
O ego ainda não foi bem cultivado.
-
E, então, o que acontece
-
é que as experiências
-
que são
-
um tipo de peso ou existe um custo pelas
-
experiências daquela criança.
-
Então, essas experiências
-
criam a resistência
-
entre aquela estrutura de EU,
-
entre o corpo, o corpo-mente.
-
E
-
aquela resistência
-
se torna cabeada lá com o tempo.
-
Então esses custos acontecem
-
e....
-
algumas vezes o custo é um custo grande,
-
como no caso dos traumas,
-
podendo ser uma fiação bem profundo,
-
outras vezes há apenas padrões repetitivos
-
que
-
tornam-se acorrentados lá.
-
E, então,
-
essas
-
resistências
-
no corpo
-
criam esta fiação para
-
padrões de desejos e aversões.
-
Então,
-
com o tempo a criança
-
aprende
-
'Eu quero isto e eu não quero aquilo '
-
E...
-
E...
-
podem existir
-
comportamentos que
-
são criados
-
na medida em que a criança recebe feedback
-
positivo do mundo.
-
Então, eles aprendem que
-
se eles se comportam de
-
determinada maneira,
-
eles recebem aprovação e,
-
se eles se comportam de maneira diferente,
-
eles recebem repreensão.
-
Então, eles aprendem
-
a se movimentar
-
de determinada forma,
-
eles começam a
-
mudar o seu comportamento natural
-
e...
-
eles começam a se comportar de acordo com
-
as expectativas de outras pessoas
-
ou expectativas do mundo.
-
Eles criam a falsa 'persona'
-
para
-
sentir, pacificar aquela vontade
-
ou
-
para se livrar de
-
algo que é inconfortável.
-
E então, nós moldamos
-
este falso EU, esta falsa 'persona'.
-
Então este falso EU
-
não é nada, senão resistência
-
ao que é.
-
Literalmente, se você pensar sobre
-
uma fiação.
-
ou
-
cientificamente
-
chamadas de figuras Lichtenbergs,
-
que são padrões
-
que a eletricidade faz
-
quando acerta em algo.
-
Então a eletricidade
-
acerta algo e
-
cria uma imagem
-
similar a uma pequena árvore
-
com padrões de galhos e
-
então você vê quando
-
a eletricidade ou a energia
-
acerta algo e cria esses
-
caminhos.
-
E isto parece como
-
caminhos neurais,
-
parece simplesmente com o que você vê
-
na mente.
-
E o Universo inteiro é feito daquilo,
-
Você sabe, quando nós
-
olhamos para
-
para...
-
o que conhecemos como matéria escura
-
do Universo
-
com um desses supercomputadores.
-
O Max Plank Institute fez esta coisa
-
grande coisa
-
chamada de
-
'Millennium Run' com um suprcomputador,
-
e você pode ver que o Universo é feito
-
dos mesmo padrões.
-
A matéria escura forma
-
o que parece com caminhos neurais
-
através do Universo.
-
Então tudo é esta única mente.
-
E, e...
-
a experiência de estar
-
separado,
-
de ser um ser separado
-
é a resistência,
-
alguma forma de resistência para o que é.
-
Então,
-
uma das
-
maiores
-
formas de resistência
-
na vida são
-
as preferências que temos,
-
as preferências realmente
-
nos amarra à estrutura do ego.
-
Então,
-
eu tenho um pequeno ensinamento
-
oriundo da tradição Zen,
-
tem aproximadamente 15 minutos
-
e é chamado de 'O Grande Caminho'
-
ou algumas vezes é chamado
-
de 'Poema da mente de fé'
-
e ele realmente corta ao coração
-
daquilo que nos amarra ao ego.
-
É realmente um lindo ensinamento não dual
-
e...
-
realmente torna claro como estas
-
preferências entre
-
escolher uma coisa ao invés de outra,
-
você sabe, julgando como certo ou errado
-
todas essas coisas,
-
nós, nós ...
-
tornamos apegados
-
a estas coisas
-
e isto forma um ego
-
e então nós pensamos que somos ele.
-
Eu sou,
-
eu sou esta pessoa
-
que tem esta crença, ou
-
esta afiliação ou
-
este código moral,
-
ou qualquer outra coisa,
-
qualquer coisa pode se tornar um apego.
-
Então, eu vou ler isto e
-
acredito que eu vá pausar
-
pelo caminho em alguns pontos.
-
Existem certas coisas aqui
-
que são particularmente relevantes para
-
a prática meditativa também.
-
Então, eu vou apontar estas coisas.
-
Então, isto é o Grande Caminho e
-
isto foi escrito por um dos
-
fundadores do
-
Chan Buddhism que é a
-
versão chinesa do Zen, basicamente.
-
O Grande Caminho
-
não é difícil
-
para aqueles que não têm preferências.
-
Quando o Amor e o ódio são ausentes,
-
tudo se torna claro e sem disfarces.
-
Porém, faça a menor distinção
-
e o céu e a Terra
-
são postos infinitamente distantes.
-
Se você deseja ver a verdade,
-
então não tenha opiniões
-
a favor ou contra a nada.
-
Então, quando se diz que
-
amor e ódio são ambos ausentes
-
e tudo se torna claro e
-
sem disfarces,
-
não está dizendo para você se tornar
-
uma pessoa sem amor.
-
Está se falando sobre a
-
dualidade do amor e do ódio,
-
do bom e do mau,
-
então
-
alguns mestres espirituais
-
falam sobre o Divino amor
-
como nosso estado natural,
-
então não se está falando sobre isso,
-
está se falando sobre
-
a polaridade,
-
o julgamento.
-
Eu amo isto. Eu odeio aquilo.
-
Esse tipo de dualidade.
-
Quando o significado profundo das coisas
-
não é compreendido,
-
a paz essencial da mente
-
não se beneficia.
-
O Caminho é perfeito,
-
como um vasto espaço,
-
onde nada está faltando
-
e nada está em excesso.
-
De fato, é por causa da nossa escolha,
-
de aceitar ou de rejeitar,
-
que nós não vemos
-
a verdadeira natureza das coisas.
-
Não viva nem
-
nos emaranhados das coisas exteriores
-
nem nos sentimentos de vazio interior.
-
Seja sereno na Unidade das coisas
-
e tais visões errôneas
-
vão desaparecer por elas mesmas.
-
Quando você tentar parar
-
uma atividade
-
para alcançar passividade
-
seu próprio esforço
-
preenche você com atividade.
-
Enquanto você permanecer
-
em um extremo ou em outro,
-
você nunca conhecerá Unidade.
-
Aqueles que não vivem no caminho singular
-
fracassam na atividade e na passividade,
-
na afirmação e na negação.
-
Negar a realidade das coisas,
-
é esquecer a realidade delas.
-
Para afirmar o vazio das coisas
-
é esquecer a realidade delas.
-
Mais você fala e pensa sobre isso,
-
mais longe você vagueia
-
perdido da verdade.
-
Pare de falar e de pensar,
-
e não existirá nada
-
que você não será capaz de entender.
-
Retornar à raiz
-
é encontrar o significado,
-
mas perseguir aparências
-
é perder a fonte.
-
No momento de iluminação interior,
-
existe uma ida além da
-
aparência e do vazio.
-
Das mudanças que parecem
-
ocorrer no mundo vazio que
-
chamamos de real,
-
somente por causa da nossa ignorância.
-
Então, na meditação,
-
como vocês sabem,
-
nós normalmente tiramos a ideia
-
de que nós temos que
-
de alguma forma nos mover
-
além
-
dos pensamentos,
-
para chegar a este vazio,
-
mas
-
a verdade é ,
-
como vocês sabem,
-
que o estado não dual
-
não é um ou outro.
-
Aquela dualidade na verdade cai.
-
Então, eu vou ler
-
o coração Sutra amanhã
-
e ele diz que
-
a forma é exatamente vazio,
-
vazio é exatamente a forma.
-
E isso é o que
-
eles estão se tornando aqui.
-
Então a verdade não dual
-
está além dessas dualidades.
-
Na verdade,
-
não há forma e vazio.
-
Não há qualquer coisa.
-
É somente uma construção da mente.
-
É nosso conceito
-
que cria essas dualidades.
-
Não procure pela verdade.
-
Apenas pare para estimar opiniões.
-
Não permaneça no estado dual.
-
Evite tal perseguição com cuidado.
-
Se há até mesmo um traço disso ou daquilo,
-
de certo ou errado,
-
a essência da mente
-
estará perdida em confusão.
-
Embora todas as dualidades
-
se originem do Todo,
-
não se apegue até mesmo a esse Todo.
-
Quando a mente existe
-
imperturbável pelo caminho,
-
nada no mundo pode ofendê-la,
-
e quando nada puder mais ofendê-la,
-
ela cessa sua existência do antigo jeito.
-
Quando não houver
-
pensamentos discriminatórios surgindo,
-
a antiga mente cessa sua existência.
-
Quando pensamentos-objetos desaparecem,
-
o pensar subjetivo desaparece.
-
Assim como a Mente desaparece,
-
objetos desaparecem.
-
Coisas são objetos
-
por causa do subjetivo.
-
A mente é tal por causa das coisas.
-
Entender a relatividade desses dois
-
e a realidade básica;
-
a unidade do vazio .
-
Neste vazio,
-
os dois são indistinguíveis
-
e cada um contém dentro de si
-
o mundo todo.
-
Se você não discriminar
-
entre percurso e fim,
-
você não será tentado a
-
julgamento e opinião.
-
Para viver o Grande Caminho
-
não é nem fácil, nem difícil,
-
mas aqueles com olhar limitado
-
são medrosos e irresolutos.
-
Quanto mais rápido eles correm,
-
mais devagar eles vão,
-
e o justo não pode ser limitado.
-
Até mesmo
-
ser apegado à ideia de Iluminação
-
é perder-se.
-
Apenas deixe as coisas serem como são
-
e não haverá indo ou vindo.
-
Obedeça a natureza das coisas
-
e você andará livre e imperturbável.
-
Quando o pensamento está acorrentado,
-
a verdade é escondida,
-
tudo é obscuro e confuso,
-
e a pesada prática do julgamento
-
traz aborrecimento e cansaço.
-
Qual benefício pode ser derivado
-
de distinções e separações?
-
Se você deseja se mover para O Caminho,
-
não desgoste nem do mundo de
-
opiniões e ideias.
-
De fato,
-
aceitar eles completamente
-
é idêntico com a verdadeira iluminação.
-
A pessoa sábia
-
se esforça na direção de não metas,
-
enquanto que a pessoa tola
-
acorrenta ela mesma.
-
Existe um Dharma, não muitos.
-
Distinções aparecem
-
da necessidade de acorrentamento
-
do ignorante.
-
Procurar a mente
-
com a mente discriminatória,
-
é o maior de todos os erros.
-
Esta é uma linha realmente importante.
-
Eu quero enfatizar esta linha.
-
Procurar a mente,
-
Mente com M maiúsculo,
-
procurar o EU,
-
procurar
-
nossa verdadeira natureza
-
com a mente discriminatória,
-
com a mente egoica,
-
com a personalidade,
-
é o maior de todos os erros
-
e isto é o que nós
-
enfatizamos novamente e novamente
-
na auto-indagação.
-
De alguma forma nós
-
reconhecemos que o que já está presente.
-
Então qualquer coisa que busquemos,
-
qualquer coisa que
-
a mente condicionada está buscando,
-
está procurando em volta por algo,
-
está focada
-
no reino dos pensamentos e sensações,
-
mas
-
a consciência está sempre
-
já presente.
-
Então, nós desistimos daquela busca.
-
Para reconhecer, nós,
-
nós relaxamos na presença e
-
reconhecemos oque já está presente.
-
Descanso e agitação
-
derivam da ilusão.
-
Com a iluminação não há gostar
-
ou desgostar.
-
Todas as dualidades
-
se originam da inferência ignorante.
-
Eles são como sonhos ou flores no ar.
-
Tolice tentar entendê-los.
-
Ganhar ou perder,
-
certo ou errado;
-
tais pensamentos devem finalmente
-
ser abolidos de uma vez.
-
Se o olho nunca dorme
-
todos os sonhos vão naturalmente cessar.
-
Se a Mente não faz distinções,
-
então dez mil coisas são como elas são;
-
de essência única.
-
Entender o mistério desta Uma Essência
-
é se libertar de
-
todos os emaranhados.
-
Quando todas as coisas
-
são vistas igualmente
-
a infinita essência do EU é alcançada.
-
Comparações ou analogias não são possíveis
-
neste estado sem razão, sem relação.
-
Considere o movimento parado
-
e o parado em movimento,
-
e ambos movimento
-
e descanso desaparecem.
-
Quando tais dualidades deixam de existir,
-
A Unidade não pode existir.
-
Para esta última finalidade,
-
nem lei e nem descrição se aplicam.
-
Para a mente unificada,
-
de acordo com o caminho,
-
todo o esforço centrado no EU cessa.
-
Dúvidas e irresoluções se banem,
-
e a vida na verdadeira fé é possível.
-
E quando eles dizem
-
vida na verdadeira Fé.
-
Algumas vezes isto é chamado de
-
o poema da mente Iniciante,
-
então existe algumas interessantes
-
a traduções aqui.
-
Então, quando eles falam
-
mente de fé ou mente de iniciante,
-
o que eles estão falando é
-
a mente
-
que está em conexão direta com a vida
-
Então, é como a mente de um iniciante
-
que não está
-
filtrando através de
-
um passado condicionado
-
mas da experiência direta.
-
Com um único golpe
-
nós somos libertados do acorrentamento.
-
Nada se apega a nós
-
e nós nos seguramos a nada.
-
Tudo está vazio,
-
claro,
-
auto iluminado,
-
sem esforço do poder da mente.
-
Aqui,
-
pensamento,
-
sentimento,
-
conhecimento e imaginação não têm valor.
-
Neste mundo de real essência,
-
não existe nem o EU
-
nem outro além do EU.
-
Para chegar diretamente em harmonia
-
com esta realidade,
-
simplesmente diga quando a dúvida vier:
-
"não dois".
-
Neste "não dois"
-
nada é separado,
-
nada é excluído.
-
Não importa quando ou onde,
-
iluminação significa
-
entrando nesta verdade.
-
E esta verdade está além
-
da extensão ou diminuição
-
no tempo ou espaço.
-
Nela,
-
um único pesamento é dez mil anos.
-
Vazio aqui, vazio lá.
-
Mas o universo infinito fica
-
sempre perante nossos olhos.
-
Infinitamente grande e
-
infinitamente pequeno,
-
sem diferença.
-
Definições desapareceram
-
e não são enxergados limites.
-
Também com ser ou não ser.
-
Não desperdice tempo
-
em dúvidas e argumentos que
-
não tem nada a ver com isso.
-
Uma coisa,
-
todas as coisas movem entre e se misturam
-
sem distinções.
-
Viver nesta realização
-
é estar sem qualquer ansiedade a respeito
-
da não perfeição.
-
Viver nesta fé
-
ou na mente de iniciantes
-
é a estrada para a não-dualidade
-
porque a não-dualidade
-
é uma com a mente confiável.
-
Palavras!
-
O caminho está além da língua,
-
para ele
-
não existe ontem,
-
não existe amanhã,
-
e não existe hoje.
-
Então . . .
-
Não vou dizer muito sobre isso,
-
vou apenas deixe isso aterrizar.
-
Uma coisa que
-
algumas vezes
-
vem para as pessoas
-
é esta ideia de não ter preferências,
-
como nós
-
vivemos a vida sem preferências.
-
E . . .
-
O Despertar que acontece
-
é justamente uma simples virada
-
daquele EU condicionado.
-
Aquela personalidade
-
onde todas as preferências residem,
-
para
-
o incondicionado ou o verdadeiro EU.
-
Então,
-
naquele sentido, você sabe, nada acontece
-
como quando nós
-
estamos no estado de Samadhi,
-
a personalidade continua,
-
fazendo o que costuma fazer,
-
pode fazer o que quiser que queira.
-
Ela pode ter preferências
-
ou não preferências,
-
mas ela não tem nada a ver com
-
o verdadeiro EU.
-
O verdadeiro EU
-
é . .
-
livre,
-
sempre esteve livre
-
dessas preferências.
-
Então,
-
as pessoas acham que
-
se eu estou desperta,
-
eu não vou mais gostar
-
de chocolate, ou não vou
-
mais escolher o seu chá favorito.
-
Isto não é verdade.
-
A personalidade sempre
-
fará o que faz,
-
se . . .
-
uma dieta é necessária para aquele corpo
-
ser funcional,
-
vai continuar escolhendo aquela dieta.
-
Nada muda nesse sentido,
-
mas
-
no sentido do EU,
-
você poderia dizer
-
' EU não tenho preferências'.
-
Quando aquela virada acontece,
-
nós sabemos
-
onde essas preferências residem.
-
Então, é uma coisa interessante que
-
nada tem que mudar no mundo
-
como consequência do Despertar.
-
Tudo é exatamente como é.