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Agora, como é que as pessoas nas cidades fazem isso?
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Três mil e quinhentos milhões de pessoas vivem nas cidades hoje em dia,
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e elas vivem muitas horas por dia através de ecrãs.
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Como podem voltar a si?
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Conectadas.
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Bem, eu...
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A maioria das cidades
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tem árvores e parques.
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É necessário arranjar tempo para caminhar.
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E até caminhar é bom.
e de usar cada degrau como uma forma de voltar a mim mesma.
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Lembro-me quando vivia em Londres de não usar o elevador, mas as escadas,
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e de usar cada degrau como uma forma de voltar a mim mesmo.
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E o mais interessante era que ninguém usava as escadas.
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Lembro-me de ser um edifício de cinco andares.
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Tinha de subir e
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sempre que subia um lanço de escadas,
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se eu perdesse a minha conexão com os meus passos, descia novamente e começava de novo.
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Por vezes, levava-me algum tempo a chegar ao topo,
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mas quando chegava ao topo, sentia-me reconectado comigo mesma e com a minha respiração.
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E se eu fosse numa viagem de autocarro, certificava-me de não olhar para os anúncios,
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mas procurava as árvores, se conseguisse ver árvores.
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E tentava sempre focar-me nelas.
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Sabes, ainda podes olhar para cima e ver o céu na cidade,
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e em Londres ou noutras cidades,
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há zonas bonitas da natureza,
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podes restaurar a tua conexão com a natureza e isso é tão importante.
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Mesmo que estejas sozinho num apartamento,
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basta deitar-se e relaxar e conectar com o teu corpo,
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é algo que podemos fazer todos os dias,
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15 minutos por dia de simplesmente tornar-nos conscientes do nosso corpo,
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fazer um scan do corpo, reconectar, claro, fazendo algum exercício.
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E aprender a voltar à conexão,
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trazendo a mente e o corpo de volta juntos através da consciência da inspiração e da expiração,
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restabelece essa conexão.
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E encontraremos formas, mesmo vivendo na cidade, de nos conectar com aquilo que é bonito e bom para nós.
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Aprenderemos a gerir o nosso tempo de ecrã,
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colocar alarmes no computador para parar e nos reconectar.
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Porque sim, é verdade.
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Perdemos a nossa conexão connosco mesmos quando estamos absorvidos no ecrã.
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É muito claro. Eu já experimentei isso.
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Mesmo vivendo num mosteiro, eu tenho de gerir isso.
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Mas quanto mais numa cidade onde se passa muito tempo nos ecrãs.
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Então, temos de retomar o controlo,
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não ser escravo, nem vítima desta tecnologia.
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Mas, sabes, só temos esta vida e ela é tão preciosa,
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e não queremos chegar ao fim da nossa vida,
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antes de perceber o quão precioso é o dom de estar vivo.
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E só no fim da nossa vida é que nos tornamos conscientes disso e tocamos nisso.