Indo além do sexo e gênero binários | Ugla Stefanía | TEDxReykjavik
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0:07 - 0:10"Que tipo de genitais você tem?"
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0:10 - 0:12"Posso ver?"
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0:12 - 0:15"Que tipo de roupa íntima você usa?"
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0:16 - 0:18"Qual banheiro você usa?"
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0:19 - 0:21"Você é menino ou menina?"
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0:22 - 0:25"Espera aí, qual é o seu nome de verdade?"
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0:25 - 0:29Imaginem ouvir essas perguntas em média
ao menos uma vez por semana, -
0:29 - 0:31a vida inteira.
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0:31 - 0:36Parece bem invasivo, mal-educado
e totalmente ofensivo, não? -
0:37 - 0:39Bem, para mim, isso é uma realidade.
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0:39 - 0:42"Por que alguém te faria
essas perguntas?", -
0:42 - 0:44talvez vocês perguntem.
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0:44 - 0:47Antes de contar, quero explicar
alguns conceitos básicos, -
0:47 - 0:49pra que todos possam entender melhor.
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0:49 - 0:52Primeiro, quero falar sobre sexo,
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0:52 - 0:56não de sexo como em "fazer sexo",
mas de sexo como na biologia. -
0:56 - 1:00Bom, nosso sexo é uma combinação
de aspectos biológicos, -
1:00 - 1:04tais como cromossomos, produção hormonal,
distribuição de gordura, -
1:04 - 1:07genitais, crescimento de pelos, etc.,
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1:07 - 1:10e nos referimos a eles
como características sexuais. -
1:10 - 1:13Quando uma pessoa nasce,
normalmente é considerada menino ou menina -
1:13 - 1:18com base nessas características sexuais,
porque é "simples assim", não é mesmo? -
1:19 - 1:22Bem, não é tão simples assim.
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1:22 - 1:26Na verdade, as características sexuais
são tão diferentes entre as pessoas -
1:26 - 1:30que existem pelo menos 40 variações
sexuais diferentes reconhecidas. -
1:31 - 1:35Normalmente, quando uma pessoa não se
encaixa nesse binário "macho ou fêmea", -
1:35 - 1:37nós a chamamos de "intersexual".
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1:38 - 1:40Quando uma criança nasce intersexual,
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1:40 - 1:44com genitais que não se encaixam
no binário macho ou fêmea, -
1:44 - 1:46cirurgiões geralmente realizam
intervenções médicas -
1:46 - 1:50para alterar cirurgicamente o corpo dela,
visando a torná-la "normal", -
1:50 - 1:55geralmente sem o consentimento dos pais
e certamente sem o da própria criança. -
1:55 - 1:57Não sei vocês, mas para mim,
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1:57 - 2:02isso com certeza parece uma violação clara
dos direitos humanos dessa pessoa. -
2:02 - 2:05Em segundo lugar,
quero falar sobre gênero. -
2:05 - 2:08Quando pensamos em homens
e mulheres, meninos e meninas, -
2:08 - 2:10uma certa ideia vem à nossa mente.
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2:10 - 2:15Associamos mulheres à feminilidade
e associamos homens à masculinidade. -
2:15 - 2:19Esperamos que homens e mulheres
se vistam e façam coisas diferentes, -
2:19 - 2:21e que tenham papéis
diferentes na sociedade. -
2:21 - 2:23O gênero, em parte, é isso,
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2:23 - 2:27a ideia construída pela sociedade
sobre o que homens e mulheres são -
2:27 - 2:29e sobre o que esperamos que eles sejam,
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2:30 - 2:33porque isso também é "muito simples", não?
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2:34 - 2:35Bem, na verdade, não.
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2:35 - 2:39O gênero também é muito mais complicado
do que as categorias binárias -
2:39 - 2:40de homem e mulher.
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2:40 - 2:45Na verdade, a ideia de gênero é diferente
em diferentes sociedades e culturas, -
2:45 - 2:47e ela muda ao longo tempo.
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2:47 - 2:49O gênero e a forma como as pessoas
identificam seu gênero -
2:49 - 2:54são, portanto, muito mais complexos
e a realidade é muito mais diversa. -
2:55 - 2:59Bom, aí que eu quero contar a vocês
um pouco sobre mim -
2:59 - 3:02e sobre por que me fazem
essas perguntas o tempo todo. -
3:02 - 3:06Quando nasci, me consideraram menino,
por causa dos meus genitais. -
3:06 - 3:11Apesar disso, certamente não sou homem,
nem jamais fui homem. -
3:12 - 3:14Certamente é chocante pra alguns de vocês.
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3:17 - 3:21Normalmente, quando uma pessoa nasce,
nós a consideramos, como disse antes, -
3:21 - 3:24como sendo de determinado
gênero com base nos genitais -
3:24 - 3:30e isso normalmente dá certo,
funciona, mas às vezes não, -
3:30 - 3:33e eu sou um exemplo de pessoa
com quem isso não funcionou. -
3:33 - 3:37Também não sou apenas
"um gay que passou um pouco do limite", -
3:37 - 3:38antes que alguém pergunte,
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3:38 - 3:40(Risos)
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3:40 - 3:43porque, para ser gay,
é preciso, primeiro, ser homem, -
3:43 - 3:46o que já sei que não sou,
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3:46 - 3:48e é preciso ter atração por outros homens.
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3:49 - 3:52Ser gay ter a ver com orientação sexual,
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3:52 - 3:56enquanto ser trans, como eu,
tem a ver com identidade de gênero. -
3:57 - 4:03Quando eu tinha 14 anos, comecei a jogar
um jogo chamado "World of Warcraft". -
4:03 - 4:04Nesse jogo, é possível criar personagens
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4:04 - 4:08e jogar com pessoas de todas
as partes do mundo, pela internet. -
4:08 - 4:13Nesse jogo, me apresentei
como menina às pessoas que conheci. -
4:13 - 4:16Não sei por que fiz isso na época,
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4:16 - 4:18ou o que se passava pela minha mente,
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4:18 - 4:22mas isso me ajudou a perceber algo
que me perturbava havia anos. -
4:22 - 4:25Era algo que nunca havia dito em voz alta,
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4:25 - 4:28ou sequer admitido pra mim mesma na época:
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4:28 - 4:31o fato de que eu não era um menino.
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4:32 - 4:36O tempo foi passando e fui conhecendo
um pouco melhor as pessoas nesse jogo -
4:36 - 4:39e, por fim, elas quiseram
se encontrar pessoalmente. -
4:39 - 4:42Foi aí que as coisas ficaram
um pouco complicadas pra mim. -
4:42 - 4:46Eu tinha 17 anos e jamais havia
contado a ninguém que eu era trans -
4:46 - 4:51e não tinha oportunidade alguma
de viver minha identidade àquela altura. -
4:51 - 4:53Então, contei à minha melhor amiga
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4:53 - 4:57e consegui convencê-la a viajar comigo
para encontrar aquelas pessoas. -
4:58 - 5:01Isso incluía sair
pra comprar roupas novas, -
5:01 - 5:04aprender alguns truques
básicos de maquiagem -
5:04 - 5:07e, no geral, aprender "a ser uma menina".
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5:08 - 5:12Se isso não nos mostra o quanto o gênero
é na verdade um papel representado, -
5:12 - 5:14não sei o que mostraria,
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5:14 - 5:19mas como ninguém sabia de mim,
guardamos segredo sobre tudo que fizemos. -
5:19 - 5:23Passamos tardes inteiras no shopping,
fingindo estar comprando roupas pra ela, -
5:23 - 5:26quando, na verdade,
estávamos comprando pra mim. -
5:26 - 5:29Certamente vocês podem imaginar
a cara dos caixas das lojas -
5:29 - 5:32por estarmos comprando roupas
que não tinham as medidas da minha amiga. -
5:32 - 5:33(Risos)
-
5:33 - 5:35Ela sempre ouvia perguntas do tipo:
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5:35 - 5:39"Senhora, tem certeza
de que esse vestido tem a sua medida?" -
5:40 - 5:42Quando finalmente viajamos
e conhecemos as pessoas, -
5:42 - 5:45foi uma montanha-russa de emoções pra mim.
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5:45 - 5:49Lembro-me de descer do trem na estação
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5:49 - 5:51e de subir um lance de escadas.
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5:51 - 5:55No fim do corredor, vi o grupo
de pessoas que íamos conhecer. -
5:55 - 5:58Naquele momento, eu congelei.
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5:58 - 6:03Virei-me pra minha amiga e disse:
"Não posso fazer isso". -
6:03 - 6:07Ela respirou fundo, olhou pra mim e disse:
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6:07 - 6:11"Não viajei tão longe e fiz isso tudo
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6:11 - 6:13só pra você agora querer desistir.
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6:13 - 6:17Então, você vai respirar fundo,
você vai se acalmar -
6:17 - 6:19e vamos conhecer essas pessoas".
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6:19 - 6:23Ela segurou minha mão
e me puxou em direção ao grupo. -
6:24 - 6:27Essa viagem não poderia
ter sido melhor pra mim -
6:27 - 6:30e foi o melhor momento da minha vida,
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6:30 - 6:33porque, ali, finalmente eu estava vivendo.
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6:34 - 6:36Ao voltarmos dessa viagem,
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6:36 - 6:39conhecemos duas islandesas no mesmo trem,
a caminho do aeroporto. -
6:39 - 6:42Como os islandeses fazem
ao se encontrar no exterior, -
6:42 - 6:44claro que nos cumprimentamos
e nos apresentamos, -
6:44 - 6:47porque os islandeses são meio assim mesmo.
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6:47 - 6:48(Risos)
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6:48 - 6:50Quando chegamos ao aeroporto,
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6:50 - 6:53fui trocar de roupa
e pus uma roupa mais neutra, -
6:53 - 6:57porque ainda usava meu nome antigo
e indicação de gênero no meu passaporte. -
6:57 - 7:00Assim que entrei no avião, as duas
mulheres que conhecemos me saudaram -
7:00 - 7:04como comissárias de bordo daquele voo.
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7:04 - 7:06Dá pra imaginar a cara delas.
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7:06 - 7:10Elas ficaram tão confusas
e surpresas quanto eu, -
7:11 - 7:14mas, pra mim, aquele momento
representou algo. -
7:14 - 7:16Representou dois mundos se encontrando:
-
7:16 - 7:19o mundo que eu havia criado
pra mim na internet -
7:19 - 7:21e a realidade onde eu morava.
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7:22 - 7:25Então, pra mim,
aquele momento foi essencial. -
7:25 - 7:29Quando cheguei em casa, comecei a contar
a mais pessoas que eu era trans -
7:29 - 7:32e, quando fiz 18 anos,
me "assumi" totalmente. -
7:32 - 7:35Falei pra todos que eu era uma menina
e, durante muito tempo, -
7:35 - 7:39me submeti totalmente
às regras socialmente criadas -
7:39 - 7:42do que se espera que mulheres
gostem ou façam, -
7:42 - 7:46a forma como se espera
que elas se vistam, etc. -
7:47 - 7:51Contei pra todo mundo o quanto eu adorava
usar vestidos o tempo todo, -
7:51 - 7:54contei que sempre soube que eu era menina
-
7:54 - 7:57e contei que sempre adorei maquiagem.
-
7:57 - 7:59Também contei a todo mundo
que adorava brincar com bonecas -
7:59 - 8:04e que meus filmes favoritos eram
os de meninas, como o "Meninas Malvadas", -
8:04 - 8:08que, aliás, é o melhor filme que já vi,
só pra deixar claro. -
8:09 - 8:14Mas sempre tive uma sensação assustadora
de estar apenas assumindo um estereótipo. -
8:14 - 8:19Sabe, eu queria provar pra todo mundo
que eu era realmente menina -
8:19 - 8:22e, na verdade, tive que provar isso
a profissionais de saúde -
8:22 - 8:26para conseguir os serviços médicos
de que eu precisava. -
8:26 - 8:28Então, joguei o jogo,
-
8:28 - 8:32e o fiz tão bem que consegui
convencer até a mim mesma -
8:32 - 8:34de aquela era realmente quem eu era.
-
8:36 - 8:39Por fim, porém, percebi
que tudo que eu sempre fazia -
8:39 - 8:43não era necessariamente
porque eu queria fazer. -
8:43 - 8:44Era por causa da sociedade
-
8:44 - 8:48e das influências que eu recebia
das pessoas à minha volta. -
8:49 - 8:51Quando acabei percebendo isso,
-
8:51 - 8:53passei a viver mais como eu mesma queria,
-
8:53 - 8:55parei de me preocupar
com a pressão por me adequar, -
8:55 - 8:58com o que eu deveria gostar
e o que eu deveria fazer. -
8:58 - 9:00Eu me aceitei totalmente
-
9:00 - 9:04e me permiti voltar a fazer coisas
que eu realmente adorava fazer. -
9:04 - 9:07Eu me permiti ser eu mesma.
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9:07 - 9:11E se vocês acham que sofrem tentando
se enquadrar nos padrões de gênero, -
9:11 - 9:13vocês não sabem da missa a metade.
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9:14 - 9:17A coisa é tão mais difícil quando
se trata de pessoas trans -
9:17 - 9:20que temos que aceitar um diagnóstico
de "transtorno mental", -
9:20 - 9:24e temos que preencher requisitos
de profissionais de saúde -
9:24 - 9:26que nem sequer conhecemos,
-
9:26 - 9:31enquanto eles avaliam, julgam e decidem
se estão convencidos -
9:31 - 9:35de que somos aquilo
que sabemos que somos. -
9:35 - 9:40Então, é claro, joguei o jogo
e disse a eles tudo que queriam ouvir. -
9:40 - 9:41Francamente, foi bem fácil
-
9:41 - 9:44porque a coisa é
tragicamente estereotipada. -
9:44 - 9:47Às vezes, eu sentia
como se estivesse numa fábrica -
9:47 - 9:50e eles estivessem garantindo
que criariam os homens perfeitos -
9:50 - 9:51e as mulheres perfeitas,
-
9:51 - 9:55que se enquadrariam
e não seriam muito "diferentes". -
9:56 - 10:00Hoje, me identifico mais
como "genderqueer", ou não binária. -
10:00 - 10:05Isso significa que não me identifico
com as categorias de homem ou mulher. -
10:05 - 10:07Isso porque não me sinto confortável
-
10:07 - 10:12sendo enquadrada nessas categorias
porque as acho opressoras. -
10:12 - 10:15Sinto que as pessoas esperam
que eu me adeque a certas coisas -
10:15 - 10:18às quais não tenho a menor
vontade de me adequar. -
10:18 - 10:22Pra mim, é algo pessoal e político;
-
10:22 - 10:25político porque a vida é política.
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10:25 - 10:28Como podem ver, minhas feições
são bem femininas -
10:28 - 10:32e não me sinto totalmente desconfortável
sendo classificada como menina, -
10:32 - 10:36mas não acho que me encaixo
perfeitamente nessa categoria. -
10:37 - 10:40Também não aceito a ideia de que sou
inerentemente homem -
10:40 - 10:42por causa da minha genética.
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10:42 - 10:47O sexo é uma construção social também,
tanto quanto o gênero. -
10:47 - 10:51O significado que damos a essas categorias
não é algo que vem da natureza. -
10:51 - 10:55Veio de nós, humanos,
por meio das interações sociais. -
10:55 - 11:01Somente eu tive o poder de me definir,
de definir meu corpo; ninguém mais. -
11:08 - 11:10Às vezes, algumas pessoas vão dizer:
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11:10 - 11:13"Você não é isso", ou: "Você é isso",
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11:13 - 11:15ou: "Você não é aquilo",
ou: "Você não é isso". -
11:15 - 11:17Essa é a mensagem
que quero que todos assimilem: -
11:17 - 11:21ninguém tem o poder de definir ninguém,
-
11:21 - 11:23a não ser a si mesmo,
-
11:23 - 11:27e essa é uma das coisas mais importantes.
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11:27 - 11:31Imaginem ouvir constantemente perguntas
sobre tudo que vocês fazem, -
11:31 - 11:35pessoas constantemente assediando
e criticando vocês pelo que são. -
11:35 - 11:38As pessoas trans passam
não apenas por isso, -
11:38 - 11:43mas também enfrentamos uma séria ameaça
à nossa segurança física e mental. -
11:44 - 11:48Somos propensos a desenvolver
ansiedade, depressão e outros problemas, -
11:48 - 11:54e a grande maioria das pessoas trans
tenta ou acaba cometendo suicídio. -
11:56 - 12:00O acesso à assistência médica é bem
limitado para pessoas trans em todo mundo, -
12:00 - 12:03ou até inexistente.
-
12:03 - 12:07Portanto, as pessoas trans geralmente
se veem na classe mais baixa da sociedade, -
12:07 - 12:13sem chances ou oportunidades
de viver de forma autêntica e verdadeira. -
12:14 - 12:18Essa é apenas uma forma pela qual
as atuais ideias sobre sexo e gênero -
12:18 - 12:23afetam as pessoas de maneiras
gravemente nocivas. -
12:23 - 12:27Uma coisa que quero que todos vocês
levem consigo hoje é: -
12:27 - 12:31nossa forma atual de pensar
sobre sexo e gênero -
12:31 - 12:36é nociva, opressora, irreal
-
12:36 - 12:38e precisa mudar.
-
12:39 - 12:41Ela é nociva não apenas
para pessoas trans como eu, -
12:41 - 12:45ou para pessoas intersexuais
ou que de alguma forma não se encaixam. -
12:45 - 12:48É nociva para todos nós
enquanto sociedade, -
12:48 - 12:52porque nos afeta a todos
de diferentes maneiras. -
12:54 - 12:58Quando as coisas começam a fazer mal
às pessoas só por serem elas mesmas, -
12:58 - 13:02precisamos parar e pensar:
"Como podemos mudar isso?", -
13:02 - 13:06porque realmente podemos mudar,
mais será preciso um pouco mais -
13:06 - 13:11do que apenas ir a uma Parada do Orgulho
uma vez por ano, com uma bandeira. -
13:11 - 13:13Precisamos denunciar as injustiças
-
13:13 - 13:16e precisamos confrontar
ativamente o preconceito. -
13:16 - 13:22Vocês precisam nos ajudar a desconstruir
a ideia de que sexo e gênero são binários -
13:22 - 13:25e de que estão incondicionalmente ligados,
-
13:25 - 13:29porque é isso que está
fazendo mal às pessoas. -
13:30 - 13:33Antes de terminar,
quero aproveitar esta oportunidade -
13:33 - 13:37para homenagear todos as pessoas trans
que lutaram antes de mim, -
13:37 - 13:40e todas as pessoas trans que não têm
o mesmo status e privilégios -
13:40 - 13:42que eu tenho na sociedade.
-
13:42 - 13:45Quero aproveitar esta
oportunidade para homenagear -
13:45 - 13:48todas as pessoas trans
que perderam suas vidas -
13:48 - 13:51por causa do preconceito,
da discriminação e da violência -
13:51 - 13:54que essas categorias binárias produzem.
-
13:55 - 14:00Como dizemos na comunidade trans:
"Que todos sejam empoderados". -
14:01 - 14:02(Aplausos)
- Title:
- Indo além do sexo e gênero binários | Ugla Stefanía | TEDxReykjavik
- Description:
-
Em sua palestra, Ugla aborda as categorias binárias de gênero e sexo, e sua experiência pessoal como pessoa trans numa sociedade binária, bidimensional. Ela compartilha suas histórias, bem como ideias informativas e radicais sobre gênero, sexo e sexualidade. Esta palestra visa a desafiar suas ideias sobre o assunto, bem como a dar a você ideias sobre como melhorar, ser mais crítico, contribuir e aprender a ser um melhor aliado das pessoas trans e "queer".
Ugla Stefanía Kristjönudóttir Jónsdóttir é uma ativista trans e queer islandesa. Ela está envolvida no ativismo há oito anos e faz parte de ONGs como a Samtökin 78, a National Queer Organization, Trans Iceland and IGLYO e a International Gay, Lesbian, Bisexual, Transgender, Queer and Intersex Youth and Student Organization. Atualmente, ela está cursando mestrado em estudos sobre gênero, na Universidade da Islândia.
Esta palestra foi dada num evento TEDx, que usa o formato de conferência TED, mas é organizado de forma independente por uma comunidade local. Para saber mais, visite: http://ted.com/tedx
- Video Language:
- English
- Team:
closed TED
- Project:
- TEDxTalks
- Duration:
- 14:09