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Hiroshi Sugimoto in “Memory” - Season 3 | “Art in the Twenty-First Century"

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    HIROSHI SUGIMOTO:
    Este é meu estúdio em Nova York,
  • 0:17 - 0:22
    e estou no 11º andar de
    frente para o céu norte.
  • 0:26 - 0:29
    Ele é um estúdio muito tradicional,
  • 0:29 - 0:31
    semelhante ao de pintores
    do século XIX em Paris.
  • 0:32 - 0:35
    E eu... não estou usando
    nenhuma luz artificial aqui.
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    E tudo que eu faço é isso,
    você sabe, sombremento
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    para cima e para baixo e
    então posso controlar a luz.
  • 0:47 - 0:49
    Para mim, esse sistema, esse método,
  • 0:49 - 0:53
    ainda produz a melhor
    qualidade de imagem.
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    Uh, uh... achamos que
    continuamos fazendo invenções e
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    tornando as ferramentas
    tão sofisticadas quanto
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    possível, mas para mim as
    pessoas contemporâneas tendem a...
  • 1:05 - 1:08
    tendem a confiar no método do
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    computador e em todas as máquinas.
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    Isso não é bom o suficiente.
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    Você precisa de
    algo mais do que isso.
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    Então esse sistema, é
    muito difícil de controlar,
  • 1:18 - 1:21
    mas ainda assim
    produz a melhor imagem.
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    Então eu sou contra um tipo
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    de evolução, sabe, isso é...
  • 1:25 - 1:26
    [rindo]
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    Estou me mantenho no
    método tradicional.
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    [máquina apitando]
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    Eu sou uma pessoa muito
    voltada para o artesanato.
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    Mas, ao mesmo tempo,
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    quero fazer algo artístico.
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    Os fósseis funcionam quase
    da mesma forma que a fotografia.
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    Para mim, a fotografia funciona
    como uma fossilização da época.
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    [gotejamento de líquido]
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    Como minha série
    arquitetônica começou?
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    Eu visitei tantas arquiteturas
    do início do século XX.
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    Elas são todas famosas.
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    Elas ficam tão lindas no livro,
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    mas se você realmente for lá,
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    tem 60, 70, 80 anos.
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    Elas estão, a maioria delas,
    em condições muito ruins.
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    Tornando a imagem fora de foco,
    todas as rugas desapareceram.
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    Quietude, bem,
    isso é algo
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    Eu estão intencionalmente,
    promovendo isso, sabe?
  • 2:54 - 2:56
    Mas a maioria das pessoas vê isso
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    e é muito tranquilo e sereno.
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    Uh caso de paisagens marítimas,
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    meu assunto é água e ar.
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    Esse é o tipo de...
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    mais tipo de tema abstrato.
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    Encontro um lugar
    onde quero ficar,
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    e eu fico lá
  • 3:24 - 3:26
    às vezes uma semana,
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    às vezes algumas semanas,
    duas, três semanas.
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    E então eu simplesmente fico lá
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    e sinto que eu faço parte dessa,
    você sabe, natureza e paisagem.
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    Até agora, visitei
    tantos mares diferentes,
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    mas nunca estou no barco.
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    Eu tenho que estar no chão.
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    Começo a sentir que esta
    é a criação do universo
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    e estou testemunhando isso.
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    Bem, estas são minhas paisagens
    marinhas em miniatura, Dia e Noite.
  • 4:08 - 4:12
    E eu dou corda e elas tremem.
  • 4:12 - 4:17
    Então este é o meu, você sabe,
    famoso terremoto japonês.
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    Devo fazer isso aqui?
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    Uau.
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    Bem, este é um dos
    meus fósseis da coleção,
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    450 milhões de anos de idade.
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    E neste gabinete...
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    Eu chamo este gabinete
    de meu santuário xintoísta,
  • 4:50 - 4:52
    santuário xintoísta portátil.
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    Eu tenho esse espelho aqui e, bom, o
  • 4:55 - 4:58
    o Santuário xintoísta japonês,
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    eles sempre guardam o espelho dentro,
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    provavelmente é o reflexo da
    velha memória, dos ancestrais.
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    E, você sabe, isso é...
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    Estou adorando
    nossos ancestrais.
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    Este é o estágio inicial da
    formação da vida no mundo.
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    Então é isso que devo respeitar.
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    Dois anos atrás, fui contratado para
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    construir um santuário xintoísta no Japão.
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    Você sabe, é uma
    instituição religiosa
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    e ainda está ativo, mas
    o prédio em si,
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    é tão antigo e deteriorado
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    que fui contratado para
    reconstruir este santuário xintoísta.
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    Então, faz exatamente 30 anos
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    desde que vi pela primeira vez
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    este Large Glass, esta peça de Duchamp.
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    Na verdade, esse foi o ano em que vim da
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    Califórnia para Nova
    York, depois de passar
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    três anos em
    Califórnia como estudante de arte.
  • 6:05 - 6:07
    E...
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    essa foi a primeira
    coisa que fiz,
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    fazer uma curta viagem
    de Nova York à Filadélfia
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    para ver essa peça de Duchamp.
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    Parece forte e importante.
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    A maneira como você
    lê é sua própria criação.
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    Ele está estimulando um tipo de
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    pensamento muito abstrato
    do tipo de metáforas.
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    Então não há uma resposta
    para descrever isso, sabe?
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    Bem, esta é a
    miniatura que eu fiz.
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    Na verdade, isso foi
    fotografado em Tóquio, e
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    o que fotografei foi a
    réplica do The Large Glass.
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    Eu uso uma câmera oito por dez.
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    Este é o negativo
    original aqui imprensado
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    entre os dois vidros
    grossos como este.
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    E então este lado é o
    positivo, na verdade, a
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    impressão do contato
    do outro lado, negativo.
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    Eu não estava tão consciente
    da influência de Duchamp, mas...
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    mas depois de chegar à
    minha idade agora, eu...
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    Sinto fortemente o quanto.
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    .. o efeito que teve
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    na minha carreira artística.
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    No que estou trabalhando agora é
    meu show na Fundação Cartier em Paris.
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    A Fundação Cartier,
    é uma caixa de
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    vidro, é uma enorme
    caixa de vidro.
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    Estou apresentando uma
    forma tridimensional
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    do Duchamp Large Glass na
    minha maneira de apresentar.
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    Esta é a seção
    de solteiros.
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    E esta é a
    seção da noiva.
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    Cada um tem nove dígitos como um
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    solteiro que está
    sendo representado
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    mais como uma figura
    semelhante a uma máquina.
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    É por isso que estou
    relacionado com esta
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    coleção de fotografias
    da minha máquina.
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    Os modelos de
    máquinas foram século 19.
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    Eles serviram
    para demonstrar o
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    movimento básico da
    máquina para o aluno.
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    Estamos entrando
    na parte superior
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    da seção chamada
    “seção da noiva”.
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    Então isso é...
    deveria haver uma
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    noiva com essa
    formação muito
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    interessante de formas
    semelhantes a nuvens.
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    Isso é meio feminino
    para mim, então decidi
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    comparar com minhas
    formas matemáticas, assim.
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    Isto foi feito para ser... para
    mostrar a um aluno o que
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    é matemática, você
    sabe, teorias matemáticas
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    tridimensionais podem ser vistas
    em modelos tridimensionais reais.
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    Eu era muito ruim em matemática
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    quando era estudante
    do ensino médio.
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    Eu adorava física,
    mas minha falta de
  • 9:45 - 9:50
    compreensão de matemática me
    fez pensar que não sou a pessoa
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    adequada para entrar na física.
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    Você sabe, eu descobri que
    sou uma pessoa bastante visual
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    Tenho que confirmar
    tudo pelos meus olhos.
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    Então me tornei mais
    como um artista visual.
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    Cada exposição de museu,
    Tento projetar o espaço.
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    Isso é muito importante.
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    Não é apenas uma
    mostra de fotografia.
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    É mais parecido estou
    projetando o espaço.
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    É apenas um...
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    como uma escultura
    espacial, tipo.
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    Quero que as pessoas fiquem
    confusas primeiro, você sabe.
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    À medida que as pessoas
    entram, no começo
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    provavelmente as pessoas podem pensar que
    é uma mostra de escultura minimalista.
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    E então depois de ir até
    o espaço e voltar,
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    de repente este é
    um show de fotografia.
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    Assim, as pessoas
    pagam apenas uma entrada
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    e podem ver dois tipos
    diferentes de espetáculo.
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    Está... com um grande desconto.
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    Tenho tantas ideias sendo
    preparadas em meu cérebro
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    e elas parecem impossíveis.
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    Mas às vezes...
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    tornam-se realidade.
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    Então isso se dá minha
    da minha tradução,
  • 11:35 - 11:40
    compreensão visual de
    como... como eu vejo as coisas.
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    E então fazerfaça...
    tornar possível a
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    imaginação para poder mostrar a todos
  • 11:57 - 12:01
    que essa é a tarefa
    do artista, eu penso.
Title:
Hiroshi Sugimoto in “Memory” - Season 3 | “Art in the Twenty-First Century"
Description:

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Video Language:
English
Team:
Art21
Project:
"Art in the Twenty-First Century" broadcast series
Duration:
13:24

Portuguese, Brazilian subtitles

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