Por que a fofoca começa e se espalha no trabalho | Joe Mull | TEDxStripDistrict
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0:03 - 0:06Quando meu filho Miles
tinha três anos, ele se apaixonou. -
0:07 - 0:10O objeto da paixão dele
era uma brincadeira: -
0:11 - 0:12esconde-esconde.
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0:12 - 0:15Embora eu ame demais o Miles,
preciso admitir pra vocês -
0:15 - 0:17que ele era muito ruim nisso.
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0:17 - 0:18(Risos)
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0:18 - 0:22Primeiro, porque ele contava
onde ia se esconder. -
0:22 - 0:26Ele dizia: "Papai, você conta até dez,
e eu me escondo aqui". -
0:26 - 0:27(Risos)
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0:27 - 0:30A segunda razão de ele ser
tão ruim no esconde-esconde -
0:30 - 0:33é que, depois de achar
um lugar pra se esconder, -
0:33 - 0:35ele se escondia
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0:35 - 0:38e ficava rindo o tempo todo
no esconderijo. -
0:38 - 0:39(Risos)
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0:39 - 0:43Bom, se você brinca de esconde-esconde
e fica fazendo barulho sem parar, -
0:43 - 0:44você simplesmente é ruim.
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0:44 - 0:45(Risos)
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0:45 - 0:48E a terceira razão de ele ser
ruim no esconde-esconde -
0:48 - 0:51é por causa do que acontecia
depois da contagem. -
0:51 - 0:54Ele saía pra se esconder,
eu apoiava o rosto na parede... -
0:54 - 0:56e vocês sabem como funciona, né?
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0:56 - 1:00"... 6, 7, 8, 9, 10! Posso ir?"
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1:00 - 1:01(Plateia) Lá vou eu!
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1:01 - 1:03"Pode vir!"
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1:03 - 1:04(Risos)
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1:08 - 1:11Certa noite, antes de dormir,
estávamos brincando de esconde-esconde. -
1:11 - 1:14Ele se escondeu no quarto da irmã
enquanto eu contava. -
1:14 - 1:16Passei pelo corredor procurando por ele
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1:16 - 1:18e entrei no quarto da irmã dele,
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1:18 - 1:21e o que vi diante de mim
me deu vontade de rir. -
1:21 - 1:25Fiquei muito feliz na hora
por estar com meu celular no bolso -
1:25 - 1:27porque peguei o celular e bati uma foto.
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1:27 - 1:29Vou mostrar a vocês a foto agora,
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1:29 - 1:31e quero que olhem bem pra ela.
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1:31 - 1:33Me desculpem, ela está
meio escura e desfocada, -
1:33 - 1:36mas vejam se conseguem achar o Miles.
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1:37 - 1:39(Risos)
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1:44 - 1:45Eu disse que ele era ruim.
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1:45 - 1:47(Risos)
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1:47 - 1:50Se não perceberam, ele está deitado
no enorme unicórnio rosa da irmã -
1:50 - 1:54com um travesseiro das princesas
da Disney sobre o rosto... -
1:54 - 1:56Quantos aqui têm filhos?
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1:57 - 2:00E já viram algo assim antes? Já?
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2:00 - 2:02Então sabem o que está acontecendo aqui.
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2:02 - 2:04Miles acredita que...?
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2:04 - 2:09Que, como ele não consegue me ver,
eu também não vou conseguir vê-lo. -
2:09 - 2:10Se você tiver filhos,
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2:10 - 2:14você sabe que ele vai melhorar
conforme for crescendo, né? -
2:15 - 2:16Bem...
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2:16 - 2:17(RIsos)
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2:17 - 2:20Na verdade, só em parte.
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2:20 - 2:21Na verdade,
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2:21 - 2:25Miles vai acabar
desenvolvendo a capacidade -
2:25 - 2:28de ver as coisas a partir
da perspectiva do outro, -
2:28 - 2:31pelo menos no que tange
ao fisicamente visível. -
2:31 - 2:32Mas será realmente difícil para ele
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2:32 - 2:36ver as coisas sob o ponto
de vista do outro -
2:36 - 2:38no sentido de entender por que
o outro diz o que diz -
2:38 - 2:40e faz o que faz.
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2:40 - 2:44Acontece que, quando adultos,
deixamos muito a desejar nesse aspecto. -
2:44 - 2:45Quase nunca fazemos isso.
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2:45 - 2:47E não somos bons nisso.
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2:47 - 2:53E isso tem tudo a ver com por que a fofoca
começa e se espalha no trabalho. -
2:53 - 2:57Bem, vou falar um pouco
sobre a psicologia por trás disso, -
2:57 - 2:59mas antes quero falar
sobre o que ocorre no trabalho -
2:59 - 3:03quando uma pessoa está
um pouco incomodada com outra. -
3:03 - 3:06Ah, e pra ser justo com o Miles,
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3:06 - 3:10devo dizer que ele não é o único filho
que não sabia brincar de esconde-esconde. -
3:10 - 3:13A irmã mais velha dele, Lilly,
também não era lá essas coisas. -
3:13 - 3:15(Risos)
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3:18 - 3:21Vamos falar sobre
o que acontece no trabalho -
3:21 - 3:26quando uma pessoa fica aborrecida
por algo dito ou feito por outra. -
3:26 - 3:28Quando o funcionário A
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3:28 - 3:33fica aborrecido ou incomodado com algo
dito ou feito pelo funcionário B, -
3:33 - 3:37será que o funcionário A
procura o funcionário B e diz: -
3:37 - 3:38"Com licença..."
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3:38 - 3:39(Risos)
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3:39 - 3:41"Aconteceu isso,
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3:41 - 3:43estou meio incomodado.
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3:43 - 3:46Vamos sentar pra conversar, como adultos?"
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3:46 - 3:48É assim onde vocês trabalham?
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3:48 - 3:49(Plateia) Não.
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3:49 - 3:51O que o funcionário A faz em vez disso?
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3:52 - 3:56Procura outro funcionário,
liga pra um amigo... isso mesmo. -
3:56 - 4:01Ele procura um colega,
um amigo, um confidente, -
4:01 - 4:03e diz: "Ei, quero te contar uma coisa".
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4:03 - 4:06Bem, para os fins educativos de hoje,
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4:06 - 4:10vamos fingir que essas pessoas
trabalham juntas num consultório médico. -
4:10 - 4:14A funcionária A procura uma colega
e diz: "Ei, quero te contar uma coisa. -
4:14 - 4:19Acredita que atendi
14 pacientes hoje de manhã, -
4:19 - 4:22e aquela ali só atendeu 3?
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4:22 - 4:25Não sei qual é a dela,
mas não aguento mais ela". -
4:26 - 4:28Agora, vejam só que interessante:
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4:28 - 4:33a outra pessoa quase sempre
tem a mesma reação, -
4:33 - 4:36independentemente
da empresa em que trabalhe, -
4:36 - 4:37do cargo que exerça,
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4:37 - 4:40ou da natureza da queixa
que acabou de ouvir. -
4:40 - 4:41Quase sempre,
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4:41 - 4:44quando o funcionário A procura um amigo,
um companheiro no trabalho, -
4:44 - 4:46ele diz: "Ouve só isso",
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4:46 - 4:50a outra pessoa ouve a queixa,
entra na onda e diz: -
4:50 - 4:53"Tô sabendo!"
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4:53 - 4:54(Risos)
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4:54 - 4:56"Ela também fez isso comigo
semana passada!" -
4:56 - 4:58"Ahã." "Ahã." Ahã."
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4:58 - 4:59Aí, de repente,
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4:59 - 5:03surge um pequeno triângulo do drama.
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5:03 - 5:07É assim que o drama tem início
no ambiente de trabalho. -
5:07 - 5:11Para deixar claro, não estou usando
o termo "triângulo do drama" como ironia. -
5:11 - 5:13Trata-se de um padrão
de comportamento humano -
5:13 - 5:15que existe há décadas,
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5:15 - 5:17e foi demonstrado no fim dos anos 60
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5:17 - 5:19por um psicoterapeuta
chamado Stephen Karpman. -
5:19 - 5:24Ao publicar seu trabalho,
ele o chamou de "Triângulo do Drama". -
5:24 - 5:29Esses tipos de padrão de comportamento
não ocorrem apenas no trabalho, -
5:29 - 5:31mas em grupos de todas formas e tamanhos.
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5:31 - 5:34Se você vai à igreja, acontece lá.
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5:34 - 5:37No bairro onde você mora também acontece.
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5:37 - 5:39Acontece até dentro
da sua própria família. -
5:39 - 5:40Seja sincero:
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5:40 - 5:42quando você fica chateado com sua mãe,
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5:42 - 5:45você liga pra ela ou pra sua irmã?
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5:45 - 5:47(Risos)
-
5:47 - 5:49"Olha, cansei da mamãe. Fale com ela."
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5:49 - 5:50(Risos)
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5:52 - 5:55E esse padrão de comportamento
é tão previsível e comum -
5:55 - 5:57que esses personagens têm nome.
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5:57 - 6:00Chamamos o funcionário A de "A Vítima".
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6:00 - 6:02É assim que ele se enxerga.
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6:02 - 6:06"Estou sendo injustiçado
de alguma forma pelo funcionário B." -
6:06 - 6:09A outra pessoa é chamada
de "O Socorrista". -
6:09 - 6:11É assim que ela se enxerga.
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6:11 - 6:15"Meu colega precisa de mim,
da minha ajuda, conselho, opinião. -
6:15 - 6:18Ele precisa que eu o ouça e o apoie."
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6:18 - 6:20E isso é bobagem.
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6:20 - 6:22Ela só está ali por dois motivos.
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6:22 - 6:26Primeiro, é legal quando te incluem
e te contam uma fofoca -
6:26 - 6:27e, segundo:
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6:27 - 6:30"Eu meio que fico contente
por não ser eu o objeto da fofoca". -
6:30 - 6:34Aí, chamamos a terceira pessoa
de "O Perseguidor". -
6:34 - 6:36E me perdoem pela caligrafia,
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6:36 - 6:41mas é assim que essa pessoa é vista
pelos outros nesse triângulo do drama. -
6:41 - 6:44É uma pessoa má, de mau caráter,
-
6:44 - 6:46que faz escolhas ruins.
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6:46 - 6:49Bem, os triângulos do drama
se formam por duas razões. -
6:49 - 6:54A mais fácil de entender
é que eles são simplesmente mais fáceis. -
6:55 - 6:58Quase sempre é mais fácil
para o funcionário A -
6:58 - 7:00buscar o conforto da validação dos outros
-
7:00 - 7:04do que entrar no desconforto do confronto.
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7:04 - 7:06É mais fácil achar alguém
que diga que você tem razão -
7:06 - 7:08do que ter uma conversa desconfortável
-
7:08 - 7:11em que talvez você
possa estar errado ou parecer tolo. -
7:11 - 7:14Mas, na verdade, tem muito
mais coisa acontecendo aqui, -
7:14 - 7:19que ocorre antes de qualquer
um neste padrão procurar alguém. -
7:19 - 7:23Na verdade, nosso cérebro
pega alguns atalhos -
7:23 - 7:27que nos levam a esse padrão
de comportamento previsível -
7:27 - 7:31sem que nem sequer percebamos
que isso aconteceu. -
7:31 - 7:33Vou dar um exemplo.
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7:33 - 7:37O que você acha de uma pessoa
que chega atrasada no trabalho? -
7:39 - 7:40"Preguiçoso." "Não está nem aí."
-
7:41 - 7:43"Egoísta."
-
7:43 - 7:45Vejam só as repostas que surgem.
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7:45 - 7:47Quando faço essa pergunta em oficinas
-
7:47 - 7:50ou em trabalhos de desenvolvimento
de equipes em empresas, -
7:50 - 7:54as respostas que surgem a essa pergunta
-
7:54 - 7:57são praticamente uma lista
de falhas de caráter. -
7:57 - 8:00"Preguiçoso". "Não veste a camisa."
"Não está nem aí." "Desorganizado". -
8:00 - 8:03São versões de: "Ele não fez
o que tinha que fazer -
8:03 - 8:06pra estar onde tinha que estar
na hora em que tinha que estar". -
8:06 - 8:08Mas e quando é você que chega atrasado?
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8:09 - 8:11Aí qual é o motivo?
-
8:12 - 8:14O trânsito?
(Risos) -
8:14 - 8:16Seja qual for a razão,
é uma das boas, não? -
8:16 - 8:17(Risos)
-
8:18 - 8:20A verdade é que somos programados
-
8:20 - 8:24para julgar a nós mesmos
de forma mais favorável que aos outros. -
8:24 - 8:27São atalhos que nosso cérebro
toma todos os dias, -
8:27 - 8:31vieses que nosso cérebro tem a nosso favor
-
8:32 - 8:35e contra todos os demais.
-
8:35 - 8:38O primeiro deles, que quero salientar
e que leva à fofoca no trabalho, -
8:38 - 8:40chama-se "o viés
da superioridade ilusória". -
8:40 - 8:44Não preciso que se lembrem do nome;
só que saibam o que significa. -
8:44 - 8:48Somos programados para inflar
e superestimar nossos talentos, -
8:48 - 8:51capacidades, julgamento.
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8:51 - 8:54O exemplo mais conhecido disso
é um estudo feito com motoristas, -
8:54 - 8:58em que lhes foi pedido que avaliassem
sua própria habilidade ao volante. -
8:58 - 9:03E sabem que 93% deles
se avaliaram como acima da média? -
9:03 - 9:05Vou deixar vocês com essa um instante.
-
9:05 - 9:06(Risos)
-
9:06 - 9:09Em outras palavras, 93% dos motoristas
se avaliaram como melhores -
9:09 - 9:13do que 50% de todos os motoristas.
-
9:13 - 9:14Vocês sabem como é.
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9:14 - 9:16Isso acontece no trabalho também.
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9:16 - 9:20Vamos imaginar que eu trouxesse
todos da sua empresa pra esta sala -
9:20 - 9:24e dissesse: "Parabéns, todos aqui
vão receber um aumento; -
9:24 - 9:27algo entre 2% e 4%,
com base em merecimento. -
9:28 - 9:29Peguem este cartão.
-
9:29 - 9:31Escrevam nele
-
9:31 - 9:34o percentual de aumento de salário
que acreditam que devem receber". -
9:35 - 9:37De primeira, o que ninguém vai escrever?
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9:37 - 9:38Ninguém vai escrever 2%.
-
9:38 - 9:41Sabe o que ninguém mais vai escrever?
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9:41 - 9:423%.
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9:42 - 9:43(Risos)
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9:43 - 9:45Ninguém levanta a mão
e diz: "Sou mediano". -
9:45 - 9:47(Risos)
-
9:48 - 9:50Vão escrever 3,1%.
-
9:50 - 9:53E vocês têm alguns funcionários
que escreveriam 4%. -
9:53 - 9:55E o cara que, tipo, escreve 7%,
-
9:55 - 9:59o cara que limpou a geladeira suja
da copa essa semana? -
9:59 - 10:00Este cara aqui.
-
10:00 - 10:01Bum!
-
10:01 - 10:03(Risos)
-
10:03 - 10:06Nós superestimamos nossas próprias
habilidades e desempenho. -
10:06 - 10:07Até em casa somos assim.
-
10:07 - 10:11Quantos já planejaram consertar
algo em casa no fim de semana -
10:11 - 10:13e pensaram: "Isso vai levar
umas quatro horas", -
10:13 - 10:15e levou quatro finais de semanas?
-
10:15 - 10:16(Risos)
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10:16 - 10:20Somos programados para julgar
a nós mesmos de forma mais favorável. -
10:20 - 10:23É quase como se houvesse um anjo
sentado em nosso ombro, -
10:23 - 10:25sussurrando todo dia em nosso ouvido:
-
10:25 - 10:27"Você é o melhor".
-
10:27 - 10:29(Risos)
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10:29 - 10:31"Você é uma pessoa muito legal."
-
10:31 - 10:32(Risos)
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10:32 - 10:34"Você é incrível!"
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10:35 - 10:36E nós acreditamos nele.
-
10:36 - 10:38(Risos)
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10:38 - 10:39Mas o problema é o seguinte:
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10:40 - 10:41esse anjo não está só.
-
10:42 - 10:46No outro ombro, fica um diabinho
que também sussurra em nosso ouvido -
10:46 - 10:49e cuja função é avaliar todos os outros.
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10:50 - 10:53O diabinho é outro viés
que carregamos conosco todo dia -
10:53 - 10:55chamado "erro fundamental de atribuição".
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10:55 - 10:58Cientistas sociais descobriram
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10:58 - 11:03que, quando avaliamos as escolhas
e o comportamento dos outros, -
11:03 - 11:08decidimos que eles se devem
não a situações mas ao caráter. -
11:09 - 11:12Em outras palavras, quando vemos
alguém fazer algo questionável, -
11:12 - 11:16decidimos imediatamente
que seu caráter é questionável. -
11:16 - 11:18Aquele cara que te fecha no trânsito?
-
11:18 - 11:21"Quem ele pensa que é?
-
11:21 - 11:24Deve ser egoísta, se acha. Um idiota!"
-
11:25 - 11:27Aquele colega de trabalho
que está molengando hoje? -
11:27 - 11:30"Não está nem aí, não se esforça."
-
11:30 - 11:33O que você pensa de alguém
que chega atrasado no trabalho? -
11:33 - 11:37"Preguiçoso." "Desorganizado."
"Não veste a camisa." -
11:37 - 11:41Temos um diabinho sussurrando
todos os dias em nosso ouvido, -
11:41 - 11:45e ele sussurra uma história inventada
sobre por que os outros agem como agem, -
11:45 - 11:49e essa história quase sempre
presume má-fé. -
11:50 - 11:53Então, por que a fofoca começa
e se espalha no trabalho? -
11:53 - 11:56Porque, como uma criança
brincando de esconde-esconde, -
11:56 - 11:57ficamos tão distraídos
-
11:57 - 12:00que não paramos pra enxergar a situação
sob a perspectiva do outro, -
12:00 - 12:03para entender melhor
por que ele fez o que fez -
12:03 - 12:04e disse o que disse.
-
12:04 - 12:09Em vez disso, os vieses do nosso cérebro
sussurram em nosso ouvido todo dia: -
12:09 - 12:12"Numa escala de 1 a 10,
eu sou 7, 'brother', -
12:12 - 12:14e todos os outros são 4".
-
12:15 - 12:19E quando começamos a acreditar nisso,
quando damos ouvido a esses vieses, -
12:19 - 12:23quando decidimos que nossas escolhas
e comportamentos são virtuosos -
12:23 - 12:25e que os dos outros nem tanto,
-
12:25 - 12:28isso no faz começar a julgar os outros.
-
12:29 - 12:33E aí, convidamos outras pessoas
para se juntarem a nós nesse ciclo. -
12:34 - 12:38A verdade é que, se quisermos
diminuir a fofoca no trabalho, -
12:38 - 12:43existem dois comportamentos principais
com que sua equipe tem que se comprometer: -
12:43 - 12:45presumir boa-fé
-
12:45 - 12:47e procurar a fonte.
-
12:47 - 12:52Presumir boa fé é simplesmente parar
e fazer uma pergunta muito importante: -
12:53 - 12:57"Que explicação seria perfeitamente
legítima pro comportamento dessa pessoa?" -
12:58 - 13:00"O que faria um pessoa boa
agir dessa forma?" -
13:01 - 13:02O cara que te fechou no trânsito?
-
13:02 - 13:06Talvez ele seja um babaca idiota,
-
13:06 - 13:09ou talvez esteja correndo pro hospital
numa emergência médica de família. -
13:09 - 13:11A colega de trabalho molengando?
-
13:11 - 13:13Tá, talvez ela não esteja nem aí,
-
13:13 - 13:16ou talvez o chefe dela
tenha lhe pedido pra desacelerar. -
13:17 - 13:19Aquele colega que chegou atrasado?
-
13:19 - 13:22Talvez o filho tenha entornado
suco nas calças dele -
13:22 - 13:24justo quando estava saindo de casa.
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13:25 - 13:29Presumindo boa-fé, calamos
o diabinho em nosso ouvido -
13:29 - 13:32porque assim afastamos o julgamento,
-
13:32 - 13:35e nos forçamos a buscar a empatia.
-
13:35 - 13:40"Por que uma pessoa boa agiria assim?"
é uma pergunta a fazermos a nós mesmos -
13:40 - 13:44que imediatamente nos torna membros mais
inteligentes emocionalmente numa equipe. -
13:45 - 13:47O outro comportamento é buscar a fonte,
-
13:47 - 13:49é fazer exatamente o que descrevi antes,
-
13:50 - 13:51ir ao colega de trabalho e dizer:
-
13:51 - 13:54"Olha, aconteceu isso,
está me incomodando, não foi legal. -
13:54 - 13:55Precisamos conversar".
-
13:55 - 13:58E se você conseguir fazer
com que sua equipe -
13:58 - 14:01adote somente esses dois comportamentos,
-
14:01 - 14:05bem, você terá plantado neles
a essência do trabalho em equipe, -
14:05 - 14:10porque esses são os comportamentos-chave
para conflitos saudáveis no trabalho -
14:10 - 14:14e para nos desviar dos padrões
de conflitos não saudáveis. -
14:14 - 14:17Ah, e a fofoca continuará pelos cantos,
-
14:17 - 14:20a rádio-corredor continuará existindo,
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14:20 - 14:23mas será um pouco diferente.
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14:23 - 14:26Agora, o funcionário A
procurará um colega pra dizer: -
14:26 - 14:27"Ei,
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14:27 - 14:31acredita que a Jane chamou o Jack
na chincha hoje de manhã -
14:31 - 14:35e disse que estava incomodada
com o fato de ele molengar o trabalho? -
14:35 - 14:37E a reação dele até que foi tranquila".
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14:37 - 14:42E, nessa hora, o colega
pode responder baixinho: -
14:42 - 14:43"Tô sabendo!"
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14:43 - 14:45(Risos)
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14:45 - 14:46Obrigado.
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14:46 - 14:48(Aplausos)
- Title:
- Por que a fofoca começa e se espalha no trabalho | Joe Mull | TEDxStripDistrict
- Description:
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A fofoca é comum, mas por quê? Ela pode causar grandes danos. Joe apresenta uma solução. Nesta palestra, ele fala sobre os pensamentos e comportamentos previsíveis e incorretos que perpetuam a fofoca no ambiente de trabalho, e sobre as formas interromper, evitar ou impedir que eles ocorram.
Joe Mull, mestre em educação, trabalha com empresas que precisam que seus gestores se tornem chefes melhores e criem equipes mais fortes. Joe trabalhou como diretor de um dos maiores grupos na área de medicina dos EUA, e é autor de dois livros: "Cure for the Common Leader" (em tradução livre: cura para o gestor comum) e "No More Team Drama" (em tradução livre: chega de drama no trabalho) . Como presidente da Joe Mull & Associates, ele faz parcerias com clientes em todo os Estados Unidos para que seus gestores desenvolvam as habilidades e recebam as ferramentas de que precisam para alavancar o trabalho em equipe, motivar os funcionários e liderar pessoas. Joe tem graduação pela IUP (2000), mestrado em Educação pela Universidade de Ohio (2003) e mais de 20 anos de experiência como consultor e facilitador.
Esta palestra foi dada em um evento TEDx, que usa o formato de conferência TED, mas é organizado de forma independente por uma comunidade local. Para saber mais visite http://ted.com/tedx
- Video Language:
- English
- Team:
closed TED
- Project:
- TEDxTalks
- Duration:
- 14:53