Return to Video

Como podemos armazenar dados digitais no ADN

  • 0:01 - 0:06
    Todos os filmes já feitos
    cabem neste tubo.
  • 0:06 - 0:08
    Se não o conseguem ver,
    é esse o objetivo.
  • 0:08 - 0:09
    (Risos)
  • 0:09 - 0:13
    Antes de perceberem
    como isso é possível,
  • 0:13 - 0:16
    é importante perceber
    o valor deste feito.
  • 0:17 - 0:19
    Hoje em dia, todos os nossos
    pensamentos e ações
  • 0:19 - 0:21
    através de fotos e vídeos
  • 0:21 - 0:23
    — mesmo o exercício físico —
  • 0:23 - 0:26
    são guardados sob a forma
    de informações digitais.
  • 0:26 - 0:29
    Além de o espaço estar a acabar
    nos nossos telemóveis,
  • 0:29 - 0:31
    raramente pensamos
    na nossa pegada digital.
  • 0:32 - 0:35
    Mas a humanidade gerou
    coletivamente mais informações
  • 0:35 - 0:37
    nos últimos anos
  • 0:37 - 0:40
    do que jamais na história humana.
  • 0:40 - 0:43
    Os "big data" tornaram-se
    num grande problema.
  • 0:43 - 0:46
    A armazenagem digital é muito cara,
  • 0:46 - 0:50
    e nenhum dos dispositivos que temos
    aguenta a passagem do tempo.
  • 0:51 - 0:55
    Há um "website" sem fins lucrativos
    chamado Internet Archive.
  • 0:55 - 0:58
    Além de livros e filmes
  • 0:58 - 1:02
    podemos aceder a páginas "web"
    criadas desde 1996.
  • 1:02 - 1:04
    Isto é muito tentador,
  • 1:04 - 1:10
    mas eu decidi recuar no tempo
    e ver o humilde "site" inicial do TED.
  • 1:10 - 1:14
    Como veem, mudou bastante
    nos últimos 30 anos.
  • 1:15 - 1:19
    Isto levou-me ao primeiro TED, em 1984
  • 1:20 - 1:22
    que, por acaso, era um executivo da Sony
  • 1:22 - 1:25
    a explicar como funcionava um CD.
  • 1:25 - 1:27
    (Risos)
  • 1:27 - 1:31
    É realmente incrível
    poder voltar atrás no tempo
  • 1:31 - 1:33
    e aceder a este momento.
  • 1:34 - 1:39
    É também fascinante que,
    após 30 anos, depois desse primeiro TED,
  • 1:39 - 1:42
    ainda falemos sobre armazenagem digital.
  • 1:43 - 1:46
    Se olharmos para 30 anos mais atrás,
  • 1:46 - 1:50
    a IBM lançou o primeiro
    disco rígido de sempre em 1956.
  • 1:51 - 1:55
    Está aqui a ser carregado para embarque
    perante uma pequena audiência.
  • 1:56 - 1:59
    Guardava o equivalente
    a uma música em MP3
  • 1:59 - 2:02
    e pesava uma tonelada.
  • 2:02 - 2:05
    A 10 000 dólares por "megabyte",
  • 2:05 - 2:08
    penso que ninguém nesta sala
    estaria interessado em comprá-lo,
  • 2:08 - 2:11
    exceto talvez como um artigo de coleção.
  • 2:11 - 2:14
    Mas é o melhor que se fazia naquele tempo.
  • 2:15 - 2:18
    Percorremos um caminho muito longo
    em armazenagem digital.
  • 2:18 - 2:21
    Os equipamentos evoluíram drasticamente.
  • 2:21 - 2:25
    Mas todos os meios se desgastam
    ou tornam-se obsoletos.
  • 2:25 - 2:30
    Se alguém vos desse hoje uma disquete
    para guardar a vossa apresentação,
  • 2:30 - 2:33
    estranhariam e olhariam para ele,
    talvez mesmo a sorrir,
  • 2:33 - 2:36
    mas não teriam qualquer forma de usá-la.
  • 2:36 - 2:39
    Estes equipamentos já não armazenam
    de acordo com as nossas necessidades,
  • 2:39 - 2:42
    embora alguns deles possam ter novos usos.
  • 2:43 - 2:46
    Toda a tecnologia acaba por morrer
    ou por se perder,
  • 2:46 - 2:48
    juntamente com as nossas informações,
  • 2:48 - 2:50
    com todas as nossas memórias.
  • 2:50 - 2:54
    Temos a ilusão de que os problemas
    de armazenagem foram resolvidos
  • 2:54 - 2:57
    mas, na realidade, só os externalizamos.
  • 2:57 - 3:00
    Não nos preocupamos com a armazenagem
    dos nossos "emails" e fotos.
  • 3:00 - 3:02
    Eles estão na nuvem.
  • 3:03 - 3:06
    Mas nos bastidores,
    a armazenagem é problemática.
  • 3:06 - 3:10
    Na verdade, a nuvem não é mais
    do que muitos discos rígidos.
  • 3:11 - 3:15
    Podemos argumentar que a maioria
    das informações digitais não é crítica.
  • 3:15 - 3:18
    Claro que podíamos apagá-las.
  • 3:18 - 3:22
    Mas como podemos saber
    o que é importante hoje?
  • 3:22 - 3:25
    Aprendemos tanto acerca da história humana
  • 3:25 - 3:28
    a partir de desenhos e gravuras em grutas,
  • 3:28 - 3:29
    a partir de tábuas de pedra.
  • 3:29 - 3:33
    Decifrámos línguas
    a partir da Pedra de Roseta.
  • 3:34 - 3:37
    Mas sabem, nunca saberemos
    a história toda.
  • 3:37 - 3:40
    As nossas informações
    são a nossa história,
  • 3:40 - 3:41
    ainda mais nos dias de hoje.
  • 3:42 - 3:45
    Não teremos o nosso registo
    gravado em tábuas de pedra.
  • 3:46 - 3:49
    Mas não temos de escolher agora
    o que é importante.
  • 3:49 - 3:51
    Há uma forma de guardar tudo.
  • 3:52 - 3:54
    Ao que parece, há uma solução
    há muito tempo,
  • 3:54 - 3:57
    há uns milhares de milhões de anos,
  • 3:57 - 3:59
    e está neste tubo.
  • 4:00 - 4:04
    O ADN é o instrumento
    mais antigo da Natureza.
  • 4:04 - 4:07
    Afinal de contas, contém
    todas as informações necessárias
  • 4:07 - 4:10
    para construir e manter um ser humano.
  • 4:11 - 4:13
    Mas o que torna o ADN tão bom?
  • 4:13 - 4:17
    Olhemos para o nosso ADN
    como um exemplo.
  • 4:17 - 4:22
    Se pudéssemos imprimir todos
    os três mil milhões dos A, T, C e G
  • 4:22 - 4:25
    num tipo de letra e formato padrão,
  • 4:25 - 4:28
    e se depois amontoássemos
    todos esses papéis,
  • 4:28 - 4:31
    atingiriam cerca de 130 metros de altura,
  • 4:31 - 4:34
    algo entre a Estátua da Liberdade
    e o Monumento a Washington.
  • 4:34 - 4:37
    Se convertêssemos todos
    esses A, T, C e G
  • 4:37 - 4:39
    em informação digital
    — em zeros e uns —
  • 4:39 - 4:42
    atingiríamos alguns gigas.
  • 4:42 - 4:44
    Isso está dentro de cada célula
    do nosso corpo.
  • 4:45 - 4:48
    Temos mais de 30 biliões de células.
  • 4:48 - 4:49
    Vocês já perceberam:
  • 4:50 - 4:54
    o ADN pode armazenar toneladas
    de informações num espaço minúsculo.
  • 4:56 - 4:58
    O ADN também é muito resistente,
  • 4:58 - 5:00
    e não precisa de eletricidade
    para armazenar.
  • 5:00 - 5:05
    Sabemos disso porque os cientistas
    recuperaram ADN de antigos seres humanos
  • 5:05 - 5:07
    que viveram há centenas
    de milhares de anos.
  • 5:08 - 5:10
    Um deles foi o Ötzi, o Homem das Neves.
  • 5:10 - 5:12
    Pelos vistos, ele era austríaco.
  • 5:12 - 5:14
    (Risos)
  • 5:14 - 5:16
    Foi encontrado bem preservado,
    a elevada altitude,
  • 5:16 - 5:18
    nas montanhas entre a Itália e a Áustria,
  • 5:18 - 5:22
    e, ao que parece, ele tem
    parentes vivos aqui na Áustria.
  • 5:22 - 5:25
    Por isso, um de vocês
    pode ser primo do Ötzi.
  • 5:25 - 5:26
    (Risos)
  • 5:26 - 5:30
    A questão é que temos uma oportunidade
    melhor de recuperação de informações
  • 5:30 - 5:32
    a partir de um ser humano antigo
  • 5:32 - 5:34
    do que de um telemóvel antigo.
  • 5:34 - 5:38
    É, também, muito menos provável
    que percamos a capacidade de ler o ADN,
  • 5:38 - 5:41
    do que qualquer aparelho
    fabricado pelo homem.
  • 5:42 - 5:46
    Cada novo formato de armazenagem
    exige uma nova maneira para o ler.
  • 5:46 - 5:48
    Sempre conseguiremos ler o ADN.
  • 5:48 - 5:51
    Se não pudermos continuar a sequenciar,
    temos problemas maiores
  • 5:51 - 5:54
    do que nos preocuparmos
    com a armazenagem de dados.
  • 5:54 - 5:57
    Armazenar dados no ADN não é novo.
  • 5:57 - 6:00
    A Natureza tem feito isso
    há milhares de milhões de anos.
  • 6:00 - 6:02
    De facto, todos os seres vivos
  • 6:02 - 6:04
    são um dispositivo
    de armazenagem de ADN.
  • 6:05 - 6:07
    Mas como armazenamos dados no ADN?
  • 6:08 - 6:10
    Esta é a Foto 51.
  • 6:10 - 6:12
    É a primeira foto de ADN,
  • 6:12 - 6:14
    feita há cerca de 60 anos.
  • 6:15 - 6:19
    Foi nessa época que a IBM
    lançou esse mesmo disco rígido.
  • 6:19 - 6:25
    A nossa compreensão do digital,
    da armazenagem e do ADN evoluíram.
  • 6:26 - 6:29
    Primeiro aprendemos
    a sequenciar ou ler o ADN
  • 6:29 - 6:32
    e, logo depois,
    a escrevê-lo ou a sintetizá-lo.
  • 6:33 - 6:36
    É assim que aprendemos
    uma nova linguagem.
  • 6:37 - 6:41
    Agora conseguimos ler,
    escrever e copiar o ADN.
  • 6:41 - 6:44
    Estamos sempre a fazer isso
    no laboratório.
  • 6:44 - 6:48
    Então qualquer coisa que possa
    ser armazenada como zeros e uns
  • 6:48 - 6:50
    pode ser armazenada no ADN.
  • 6:51 - 6:54
    Para armazenar algo digitalmente,
    como esta foto,
  • 6:54 - 6:57
    nós convertemo-la
    em "bits", ou seja, dígitos binários.
  • 6:57 - 7:01
    Cada pixel numa foto a preto e branco
    é simplesmente um zero ou um um.
  • 7:02 - 7:04
    Podemos escrever no ADN
  • 7:04 - 7:07
    tal como uma impressora de jato de tinta
    pode imprimir letras numa página.
  • 7:07 - 7:11
    Apenas temos de converter os dados,
    todos esses zeros e uns,
  • 7:11 - 7:13
    em A, T, C e G,
  • 7:13 - 7:15
    e depois enviar isso
    para uma empresa de síntese.
  • 7:15 - 7:17
    Assim, nós escrevemos,
    podemos armazená-lo,
  • 7:17 - 7:20
    e quando quisermos recuperar os dados,
    basta-nos sequenciá-los.
  • 7:20 - 7:24
    A parte divertida de tudo isto
    é decidir quais os ficheiros a incluir.
  • 7:24 - 7:28
    Somos cientistas sérios,
    tivemos de incluir um manuscrito
  • 7:28 - 7:29
    para uma boa posteridade.
  • 7:30 - 7:32
    Também incluímos um cartão-presente
    da Amazon de 50 dólares
  • 7:32 - 7:36
    — não fiquem muito animados,
    já foi gasto, alguém o descodificou —
  • 7:36 - 7:38
    bem como um sistema operativo,
  • 7:38 - 7:41
    um dos primeiros filmes feitos
  • 7:41 - 7:42
    e uma placa Pioneer.
  • 7:42 - 7:44
    Alguns de vocês
    podem ter visto isso.
  • 7:44 - 7:47
    Tem a representação de um homem e mulher
    — supostamente típicos —
  • 7:47 - 7:50
    e a nossa localização aproximada
    no sistema solar,
  • 7:50 - 7:54
    no caso de a sonda Pioneer
    encontrar extraterrestres.
  • 7:55 - 7:58
    Depois de decidimos
    que tipo de arquivo queremos codificar,
  • 7:58 - 7:59
    empacotamos os dados,
  • 7:59 - 8:03
    convertemos os zeros e uns
    em A, T, C e G,
  • 8:03 - 8:06
    e depois enviamos esse arquivo
    para uma empresa de síntese.
  • 8:06 - 8:08
    E foi isto o que nos devolveram.
  • 8:08 - 8:10
    Os nossos ficheiros estavam neste tubo.
  • 8:10 - 8:13
    Tudo o que tivemos
    de fazer foi sequenciá-los.
  • 8:13 - 8:15
    Isso tudo parece muito fácil,
  • 8:15 - 8:18
    mas a diferença entre
    uma ideia muito fixe e divertida
  • 8:18 - 8:20
    e algo que realmente possamos usar
  • 8:20 - 8:23
    está a ignorar os desafios práticos.
  • 8:23 - 8:25
    Embora o ADN seja mais robusto
  • 8:25 - 8:27
    do que qualquer dispositivo
    feito pelo homem,
  • 8:27 - 8:29
    não é perfeito.
  • 8:29 - 8:31
    Tem algumas fragilidades.
  • 8:31 - 8:35
    Recuperamos a nossa mensagem
    sequenciando o ADN,
  • 8:35 - 8:37
    mas, sempre que os dados são recuperados,
  • 8:37 - 8:39
    perdemos o ADN.
  • 8:39 - 8:41
    Isso é apenas uma parte
    do processo de sequenciamento.
  • 8:41 - 8:43
    Não queremos ficar sem dados,
  • 8:43 - 8:46
    Felizmente, há uma maneira
    de copiar o ADN
  • 8:46 - 8:51
    o que ainda é mais barato e fácil
    do que sintetizá-lo.
  • 8:51 - 8:56
    Testámos uma maneira de fazer
    200 biliões de cópias dos ficheiros,
  • 8:57 - 8:59
    e recuperámos todos os dados sem erros.
  • 9:00 - 9:03
    O sequenciamento
    também introduz erros no ADN,
  • 9:03 - 9:06
    nos A, T, C e G.
  • 9:06 - 9:09
    A Natureza tem uma forma
    de lidar com isso nas nossas células.
  • 9:09 - 9:15
    Mas os nossos dados são armazenados
    no ADN sintético num tubo,
  • 9:15 - 9:19
    por isso tivemos de encontrar uma forma
    de superar esse problema.
  • 9:19 - 9:23
    Decidimos usar um algoritmo
    que era usado para transmitir vídeos.
  • 9:23 - 9:25
    Quando estamos a transmitir um vídeo,
  • 9:25 - 9:29
    estamos essencialmente a tentar recuperar
    o vídeo original, o ficheiro original.
  • 9:29 - 9:33
    Quando estamos a tentar recuperar
    os nossos ficheiros originais,
  • 9:33 - 9:34
    estamos a sequenciar.
  • 9:34 - 9:38
    Mas esses dois processos tratam
    de recuperar suficientes zeros e uns
  • 9:38 - 9:40
    para reunir os nossos dados.
  • 9:41 - 9:43
    E assim, devido
    à nossa estratégia de codificação,
  • 9:43 - 9:46
    conseguimos empacotar
    todos os nossos dados
  • 9:46 - 9:49
    de um modo que nos permitiu fazer
    milhões e biliões de cópias
  • 9:49 - 9:52
    e ainda recuperamos sempre
    todos os nossos arquivos.
  • 9:53 - 9:55
    Este é o filme que codificámos.
  • 9:55 - 9:57
    É um dos primeiros filmes feitos,
  • 9:57 - 10:02
    e agora o primeiro a ser copiado
    mais de 200 biliões de vezes em ADN.
  • 10:02 - 10:05
    Pouco depois de o nosso trabalho
    ter sido publicado,
  • 10:05 - 10:09
    participámos num "Ask Me Anything"
    no "site reddit".
  • 10:09 - 10:11
    Quem é fanático da informática
    conhece bem este "site".
  • 10:12 - 10:14
    A maioria das perguntas foram ponderadas.
  • 10:14 - 10:16
    Algumas eram cómicas.
  • 10:16 - 10:20
    Por exemplo, um utilizador queria saber
    quando teríamos uma "pen drive" literal.
  • 10:20 - 10:22
    Agora, a questão é que
  • 10:22 - 10:27
    o nosso ADN já armazena tudo o necessário
    para fazer de nós quem somos.
  • 10:27 - 10:30
    É muito mais seguro
    armazenar dados no ADN
  • 10:30 - 10:34
    no ADN sintético num tubo.
  • 10:35 - 10:40
    Escrever e ler dados do ADN
    é obviamente muito mais demorado
  • 10:40 - 10:43
    do que gravar todos os
    ficheiros num disco rígido
  • 10:43 - 10:45
    — por enquanto.
  • 10:45 - 10:49
    Inicialmente, devemos concentrar-nos
    na armazenagem a longo prazo.
  • 10:51 - 10:53
    A maioria dos dados são efémeros.
  • 10:53 - 10:56
    É realmente difícil perceber
    o que é importante hoje,
  • 10:56 - 10:59
    ou o que será importante
    para as gerações futuras.
  • 10:59 - 11:02
    Mas a questão é que
    não temos de decidir hoje.
  • 11:02 - 11:07
    Há um ótimo programa da UNESCO
    chamado "Memória do Mundo".
  • 11:07 - 11:10
    Foi criado para preservar
    materiais históricos
  • 11:10 - 11:14
    que são considerados de valor
    para toda a humanidade.
  • 11:14 - 11:17
    Os itens são nomeados
    para serem adicionado à coleção,
  • 11:17 - 11:20
    incluindo o filme que codificámos.
  • 11:20 - 11:24
    Embora seja uma maneira maravilhosa
    de preservar o património humano,
  • 11:24 - 11:26
    não precisa de ser uma escolha.
  • 11:26 - 11:30
    Em vez de perguntarmos
    à geração atual — nós —
  • 11:30 - 11:32
    o que pode ser importante no futuro,
  • 11:32 - 11:34
    podíamos armazenar tudo no ADN.
  • 11:36 - 11:38
    A armazenagem não é apenas
    a quantidade de "bytes",
  • 11:38 - 11:42
    é também até que ponto podemos
    armazenar bem os dados e recuperá-los.
  • 11:42 - 11:45
    Sempre houve esta tensão
    entre a quantidade de dados
  • 11:45 - 11:47
    que podemos gerar
    e quanto podemos recuperar
  • 11:47 - 11:49
    e quanto podemos armazenar.
  • 11:50 - 11:54
    Cada avanço na gravação de dados
    exigiu uma nova maneira de lê-los.
  • 11:54 - 11:56
    Já não podemos ler "media" antigos.
  • 11:56 - 12:00
    Quem aqui ainda tem
    uma unidade de disco no seu portátil,
  • 12:00 - 12:02
    para não falar de uma unidade de disquete?
  • 12:02 - 12:05
    Isso nunca acontecerá com o ADN.
  • 12:05 - 12:08
    Enquanto estivermos por aí,
    o ADN estará por aí,
  • 12:08 - 12:11
    e vamos encontrar
    uma maneira de sequenciá-lo.
  • 12:11 - 12:15
    Arquivar o mundo à nossa volta
    faz parte da natureza humana.
  • 12:15 - 12:20
    Este é o progresso que fizemos
    em armazenagem digital em 60 anos,
  • 12:20 - 12:23
    numa época em que estávamos apenas
    a começar a entender o ADN.
  • 12:24 - 12:27
    No entanto, fizemos progressos semelhantes
    em metade desse tempo
  • 12:27 - 12:29
    com os sequenciadores de ADN
  • 12:29 - 12:34
    e, enquanto estivermos por aqui,
    o ADN nunca será obsoleto.
  • 12:34 - 12:35
    Obrigada.
  • 12:35 - 12:38
    (Aplausos)
Title:
Como podemos armazenar dados digitais no ADN
Speaker:
Dina Zielinski
Description:

Das disquetes às "pen drives", todos os métodos de armazenagem de dados acabam por se tornar obsoleto. E se pudéssemos encontrar uma maneira de armazenar todos os dados do mundo para sempre? A bioinformática Dina Zielinski partilha a ciência por detrás de uma solução que existe há alguns milhares de milhões de anos: o ADN.

more » « less
Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDTalks
Duration:
12:54

Portuguese subtitles

Revisions