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A abundância é o nosso futuro

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    Aumentam as ameaças
    depois da morte de Bin Laden.
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    Fome na Somália.
    Spray de pimenta da polícia.
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    Cartéis cruéis.
    Linhas de cruzeiro cáusticas.
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    Decadência da sociedade. 65 mortos.
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    Aviso de maremoto. Ciberataques.
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    Combate às drogas.
    Destruição maciça. Tornado.
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    Recessão. Incumprimento.
    Dia do juízo final. Egito. Síria.
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    Crise. Morte. Desastre.
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    Oh, meu Deus!
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    Estes foram apenas alguns clipes,
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    que eu colecionei nos últimos 6 meses.
  • 0:29 - 0:31
    Podiam ser facilmente os últimos 6 dias,
  • 0:31 - 0:32
    ou os últimos 6 anos.
  • 0:32 - 0:35
    A questão é que os noticiários
  • 0:35 - 0:37
    dão-nos preferencialmente
    histórias negativas,
  • 0:37 - 0:40
    pois são a essas que prestamos atenção.
  • 0:41 - 0:43
    Há uma boa razão para isso.
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    Em cada segundo de cada dia,
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    os nosso sentidos assimilam
    muito mais informação,
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    do que a que podemos
    processar no nosso cérebro.
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    Como nada é mais importante para nós,
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    do que a sobrevivência,
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    a primeira paragem de toda esta informação
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    é uma parte antiga do lobo temporal
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    chamada amígdala.
  • 1:00 - 1:03
    A amígdala é o nosso primeiro
    detetor de alerta,
  • 1:03 - 1:05
    o nosso detector de perigo.
  • 1:05 - 1:08
    Classifica e pesquisa minuciosamente
    todas as informações,
  • 1:08 - 1:11
    procurando no ambiente
    tudo o que poderá prejudicar-nos.
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    Assim, perante uma dúzia de notícias
  • 1:13 - 1:15
    iremos olhar preferencialmente
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    para as notícias negativas.
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    Aquele ditado antigo dos jornais,
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    "Se há sangue, vende",
  • 1:21 - 1:23
    é bem verdade.
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    Portanto, dados
    todos os dispositivos digitais,
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    que nos trazem todas
    estas notícias negativas,
  • 1:28 - 1:30
    7 dias por semana, 24 hora por dia,
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    não é de admirar que sejamos pessimistas.
  • 1:33 - 1:35
    Não é de admirar que as pessoas pensem,
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    que o mundo está a tornar-se pior.
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    Mas talvez esse não seja o caso.
  • 1:41 - 1:43
    Talvez, em vez disso,
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    sejam as distorções trazidas até nós
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    do que está realmente a acontecer.
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    Talvez, o enorme progresso que fizemos
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    durante o último século
  • 1:53 - 1:55
    através de um conjunto de forças
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    esteja, na verdade, a acelerar
  • 1:57 - 2:01
    ao ponto de termos o potencial,
    nos próximos 30 anos,
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    de criar um mundo de abundância
  • 2:03 - 2:05
    Não estou a dizer
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    que não temos um conjunto de problemas
  • 2:07 - 2:10
    — a crise climática, a extinção de espécies,
  • 2:10 - 2:12
    escassez de água e energia —
  • 2:12 - 2:13
    claro que temos.
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    Enquanto seres humanos,
    somos muito melhores a ver
  • 2:15 - 2:17
    a forma dos problemas antecipadamente
  • 2:17 - 2:20
    mas, em última instância, resolvemo-los.
  • 2:21 - 2:23
    Vamos olhar
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    para o que este último século tem sido,
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    para vermos para onde estamos a ir.
  • 2:28 - 2:30
    Nos últimos 100 anos,
  • 2:30 - 2:33
    a esperança média de vida
    mais do que duplicou,
  • 2:33 - 2:36
    o rendimento médio per capita
    ajustado à inflação,
  • 2:36 - 2:38
    em todo o mundo, triplicou.
  • 2:38 - 2:39
    A mortalidade infantil
  • 2:39 - 2:41
    diminuiu por um fator de 10.
  • 2:42 - 2:45
    Adicionem-lhe o custo
    da alimentação, da eletricidade,
  • 2:45 - 2:46
    dos transportes, das comunicações
  • 2:46 - 2:49
    desceram 10 a 1000 vezes.
  • 2:50 - 2:51
    Steve Pinker mostrou-nos
  • 2:51 - 2:54
    que estamos a viver na época
    mais pacífica de sempre
  • 2:54 - 2:56
    na história do Homem.
  • 2:57 - 2:58
    Charles Kenny
  • 2:58 - 3:02
    que a literacia global passou
    de 25% para mais de 80%
  • 3:02 - 3:04
    nos últimos 130 anos.
  • 3:05 - 3:08
    Estamos a viver numa época extraordinária.
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    Mas muitas pessoas esquecessem-se disso.
  • 3:11 - 3:13
    As nossas expetativas
    estão cada vez mais altas.
  • 3:13 - 3:16
    Na verdade, redefinimos
    o que a pobreza significa.
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    Pensem nisto, atualmente nos EUA,
  • 3:18 - 3:21
    a maioria das pessoas
    abaixo da linha de pobreza
  • 3:21 - 3:24
    ainda tem eletricidade, água,
    sanitários, frigoríficos,
  • 3:24 - 3:26
    televisão, telemóveis,
  • 3:26 - 3:28
    ar condicionado e carros.
  • 3:29 - 3:32
    Os barões da indústria
    mais ricos do século passado,
  • 3:32 - 3:33
    os imperadores neste planeta,
  • 3:33 - 3:36
    nunca teriam sonhado com tais luxos.
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    A base de tudo isto
  • 3:41 - 3:43
    é a tecnologia,
  • 3:43 - 3:45
    e mais recentemente,
  • 3:45 - 3:47
    as tecnologias de crescimento exponencial.
  • 3:47 - 3:49
    O meu bom amigo Ray Kurzweil
  • 3:49 - 3:53
    mostrou que qualquer ferramenta
    que se torna numa tecnologia de informação
  • 3:53 - 3:55
    salta nesta curva, na Lei de Moore,
  • 3:55 - 3:58
    e sofre a duplicação
    da performance do preço
  • 3:58 - 4:00
    em cada 12 a 24 meses.
  • 4:00 - 4:02
    É por isso que o telemóvel no vosso bolso
  • 4:02 - 4:05
    é um milhão de vezes mais barato
    e mil vezes mais rápido
  • 4:05 - 4:07
    do que um supercomputador dos anos 70.
  • 4:07 - 4:08
    Olhem para esta curva.
  • 4:08 - 4:11
    Isto é a Lei de Moore
    nos últimos 100 anos.
  • 4:11 - 4:13
    Prestem atenção a duas coisas nesta curva.
  • 4:13 - 4:16
    Primeiro, como é suave,
  • 4:16 - 4:19
    ao longo de bons e maus tempos,
    tempos de guerra e tempos de paz,
  • 4:19 - 4:22
    recessão, depressão
    e tempos de crescimento.
  • 4:23 - 4:25
    Isto é o resultado
    de computadores mais rápidos
  • 4:25 - 4:28
    que são usados para construir
    computadores ainda mais rápidos.
  • 4:29 - 4:32
    Isto não abranda para qualquer um
    dos nosso grandes desafios.
  • 4:32 - 4:34
    E também, apesar de estar traçado
  • 4:34 - 4:36
    na curva da lei à esquerda,
  • 4:36 - 4:38
    está a curvar para cima.
  • 4:38 - 4:40
    O ritmo a que a tecnologia
    está a tornar-se mais rápida
  • 4:40 - 4:42
    é cada vez mais rápido.
  • 4:43 - 4:45
    Nesta curva, ao longo da Lei de Moore,
  • 4:45 - 4:48
    há um conjunto extraordinário
    de tecnologias poderosas
  • 4:48 - 4:51
    disponíveis para todos nós.
  • 4:51 - 4:52
    Computação em nuvem,
  • 4:52 - 4:55
    a que os meus amigos na Autodesk
    chamam computação infinita;
  • 4:55 - 4:58
    sensores e redes; robótica;
  • 4:58 - 5:01
    impressão 3D, que é a capacidade
    para democratizar e distribuir
  • 5:01 - 5:03
    produção personalizada em todo o planeta;
  • 5:03 - 5:05
    biologia sintética;
  • 5:05 - 5:08
    combustíveis, vacinas e alimentos;
  • 5:08 - 5:11
    medicina digital; nanomateriais;
    e inteligência artificial.
  • 5:11 - 5:14
    Quantos de vós viram a vitória no Jeopardy
  • 5:14 - 5:16
    pelo computador Watson da IBM?
  • 5:16 - 5:18
    Aquilo foi épico!
  • 5:18 - 5:21
    Na verdade, percorri as notícias
  • 5:21 - 5:24
    à procura do melhor cabeçalho de jornal
    e adorei este:.
  • 5:24 - 5:27
    "Watson Derrota Adversários Humanos".
  • 5:27 - 5:29
    O Jeopardy não é um jogo fácil.
  • 5:29 - 5:32
    É sobre as variantes da linguagem humana.
  • 5:32 - 5:34
    Imaginem se permitíssemos
  • 5:34 - 5:36
    inteligências artificias,
    como esta, na nuvem,
  • 5:36 - 5:39
    disponível para qualquer pessoa
    com um telemóvel.
  • 5:40 - 5:42
    Há 4 anos, aqui no TED,
  • 5:42 - 5:44
    Ray Kurzweil e eu começámos
    uma nova universidade
  • 5:44 - 5:46
    chamada Universidade da Singularidade
  • 5:46 - 5:49
    E ensinamos aos nossos estudantes
    todas estas tecnologias,
  • 5:49 - 5:51
    em particular, como é que
    podem ser usadas
  • 5:51 - 5:54
    para resolver os grandes desafios
    da humanidade.
  • 5:54 - 5:56
    Pedimos-lhes todos os anos
  • 5:56 - 5:58
    para criarem uma empresa,
    um produto, ou um serviço,
  • 5:58 - 6:02
    que possa afetar de forma positiva
    a vida de mil milhões de pessoas
  • 6:02 - 6:04
    numa década.
  • 6:04 - 6:07
    Pensem nisso, o facto de
    um grupo de estudantes
  • 6:07 - 6:09
    poder mudar hoje a vida
    de mil milhões de pessoas.
  • 6:10 - 6:12
    Há 30 anos, isto teria soado a ridículo.
  • 6:12 - 6:15
    Atualmente podemos apontar
    para dezenas de empresas,
  • 6:15 - 6:17
    que fizeram exatamente isso.
  • 6:17 - 6:21
    Quando penso na criação de abundância,
  • 6:22 - 6:26
    não se trata de criar uma vida de luxo
    para todos neste planeta;.
  • 6:26 - 6:28
    trata-se de criar
    uma vida de possibilidade.
  • 6:29 - 6:32
    Trata-se de pegar naquilo que é escasso
  • 6:32 - 6:34
    e torná-lo abundante.
  • 6:34 - 6:36
    Reparem, a escassez é contextual,
  • 6:36 - 6:41
    e a tecnologia é
    uma força libertadora de recursos.
  • 6:42 - 6:44
    Vou dar-vos um exemplo.
  • 6:44 - 6:45
    [Ouro — Prata]
  • 6:45 - 6:47
    Esta é uma história de Napoleão III
  • 6:47 - 6:49
    em meados do século IX.
  • 6:49 - 6:51
    Ele é o indivíduo à esquerda.
  • 6:52 - 6:55
    Ele convidou para jantar o rei do Sião.
  • 6:56 - 6:58
    Todas as tropas de Napoleão
  • 6:58 - 7:00
    usavam talheres de prata,
  • 7:00 - 7:03
    e Napoleão usava talheres de ouro.
  • 7:03 - 7:04
    Mas para o Rei do Sião,
  • 7:04 - 7:07
    arranjaram talheres de alumínio.
  • 7:07 - 7:11
    Reparem, o alumínio era
    o metal mais valioso do planeta,
  • 7:11 - 7:14
    valia mais do que o ouro e platina.
  • 7:15 - 7:18
    É por isso que a ponta
    do Monumento a Washington
  • 7:18 - 7:20
    é feita de alumínio.
  • 7:20 - 7:24
    Embora o alumínio corresponda
    a 8,3% da massa terrestre,
  • 7:24 - 7:26
    não se apresenta como um metal puro.
  • 7:26 - 7:29
    Está todo ligado por oxigénio e silicatos.
  • 7:30 - 7:33
    Depois surgiu a tecnologia da eletrólise
  • 7:33 - 7:35
    e tornou o alumínio tão barato
  • 7:35 - 7:38
    que o usamos
    com uma mentalidade perdulária.
  • 7:39 - 7:42
    Vamos projetar esta analogia no futuro.
  • 7:42 - 7:45
    Pensamos na escassez da energia.
  • 7:46 - 7:48
    Senhoras e senhores,
    estamos num planeta,
  • 7:48 - 7:51
    que é banhado com 5000 vezes mais energia
  • 7:51 - 7:54
    do que usamos num ano.
  • 7:54 - 7:57
    A superfície da Terra recebe
    16 terawatts de energia
  • 7:57 - 7:59
    em cada 88 minutos.
  • 8:01 - 8:03
    Não é uma questão de escassez,
  • 8:03 - 8:05
    é uma questão de acessibilidade.
  • 8:05 - 8:07
    E há boas notícias neste campo.
  • 8:07 - 8:09
    Pela primeira vez, este ano,
  • 8:09 - 8:12
    o custo da eletricidade
    produzida por energia solar
  • 8:12 - 8:15
    é 50% da eletricidade
    produzida a diesel na Índia
  • 8:15 - 8:18
    — 8,8 rupias contra 17 rupias.
  • 8:18 - 8:21
    O custo da energia solar
    desceu 50% no ano passado.
  • 8:21 - 8:23
    No mês passado, o MIT publicou um estudo
  • 8:23 - 8:25
    mostrando que, no fim desta década,
  • 8:25 - 8:27
    nas partes soalheiras dos EUA,
  • 8:27 - 8:29
    a eletricidade solar
    será 6 cêntimos o kilowatt-hora
  • 8:29 - 8:32
    em comparação com os 15 cêntimos
    como média nacional.
  • 8:33 - 8:36
    E se temos energia abundante
  • 8:36 - 8:38
    também temos água em abundância
  • 8:40 - 8:43
    Falamos muito sobre as guerras da água.
  • 8:44 - 8:47
    Lembram-se quando Carl Sagan
    virou a nave espacial Voyager
  • 8:47 - 8:50
    para voltar à Terra,
  • 8:50 - 8:52
    em 1990 logo depois
    de ter passado Saturno?
  • 8:52 - 8:54
    Tirou aquela foto famosa.
    Como é que lhe chamou?
  • 8:55 - 8:57
    "Um Ponto Azul Pálido".
  • 8:57 - 9:00
    Porque nós vivemos num planeta de água.
  • 9:00 - 9:03
    Vivemos num planeta
    coberto por 70% de água.
  • 9:03 - 9:05
    Sim, 97,5% é água salgada,
  • 9:05 - 9:07
    2% é gelo,
  • 9:07 - 9:10
    e nós lutamos por 0,5% da água do planeta.
  • 9:10 - 9:12
    Mas aqui também há esperança.
  • 9:12 - 9:14
    Vem aí tecnologia,
  • 9:14 - 9:17
    não daqui a 10 ou 20 anos,
  • 9:17 - 9:18
    mas agora mesmo.
  • 9:19 - 9:22
    Vem aí a nanotecnologia, os nanomateriais.
  • 9:22 - 9:24
    A conversa que tive esta manhã
    com Dean Kamen,
  • 9:24 - 9:27
    um dos maiores inovadores
    deo "faça você mesmo",
  • 9:27 - 9:29
    — ele autorizou-me a partilhá-la convosco —
  • 9:30 - 9:32
    foi sobre a sua tecnologia
    chamada Slingshot
  • 9:32 - 9:34
    de que talvez já tenham ouvido falar.
  • 9:34 - 9:36
    É do tamanho de um pequeno
    frigorifico de quarto.
  • 9:36 - 9:40
    É capaz de gerar mil litros
    de água potável por dia
  • 9:40 - 9:43
    a partir de qualquer fonte
    — água salgada, água poluída, de esgoto —
  • 9:43 - 9:46
    a menos de 2 cêntimos por litro.
  • 9:47 - 9:50
    O presidente da Coca-Cola
    acaba de concordar
  • 9:50 - 9:52
    em fazer um grande teste
  • 9:52 - 9:55
    de centenas destas unidades
    no mundo em desenvolvimento.
  • 9:55 - 9:56
    Se isso se concretizar,
  • 9:56 - 9:58
    — e tenho toda a confiança que irá —
  • 9:58 - 10:01
    a Coca-Cola irá implantar isto globalmente
  • 10:01 - 10:04
    em 206 países em todo o planeta.
  • 10:05 - 10:08
    É este o tipo de inovação,
    potenciada por esta tecnologia,
  • 10:08 - 10:10
    que existe atualmente.
  • 10:11 - 10:13
    Nós vimos isso com os telemóveis.
  • 10:13 - 10:16
    Meu Deus, nós vamos
    atingir 70% de penetração
  • 10:16 - 10:18
    dos telemóveis no mundo em desenvolvimento
  • 10:18 - 10:20
    até ao final de 2013.
  • 10:21 - 10:24
    Um guerreiro masai, com um telemóvel
    no meio do Quénia,
  • 10:24 - 10:26
    tem melhor comunicação móvel
  • 10:26 - 10:29
    que o presidente Reagan tinha há 25 anos.
  • 10:30 - 10:32
    E se tiverem um smartphone, no Google,
  • 10:32 - 10:34
    têm acesso a mais conhecimento
    e informações,
  • 10:34 - 10:37
    que o presidente Clinton tinha há 15 anos.
  • 10:37 - 10:40
    Estão a viver num mundo de abundância
    de informações e comunicações
  • 10:40 - 10:42
    que ninguém podia prever.
  • 10:43 - 10:44
    Melhor que isso,
  • 10:44 - 10:46
    as coisas em que vós e eu gastámos
  • 10:46 - 10:49
    dezenas e centenas de milhares de dólares
  • 10:49 - 10:52
    — GPS, vídeo em HD e imagens estáticas,
  • 10:52 - 10:54
    bibliotecas de livros e música,
  • 10:54 - 10:57
    tecnologia de diagnóstico médico —
  • 10:57 - 11:00
    estão agora a desmaterializar-se
    e a desvalorizar-se
  • 11:00 - 11:02
    nos nossos telemóveis.
  • 11:04 - 11:06
    Provavelmente a melhor parte disto
  • 11:06 - 11:09
    é o que está para vir na área da saúde.
  • 11:09 - 11:14
    No mês passado, tive o prazer de anunciar
    conjuntamente com a Fundação Qualcomm
  • 11:14 - 11:16
    um prémio de 10 milhões de dólares
  • 11:16 - 11:18
    o "Qualcomm Tricorder X Prize".
  • 11:18 - 11:20
    Estamos a desafiar equipas de todo o mundo
  • 11:20 - 11:23
    para combinar estas tecnologias
    num dispositivo móvel
  • 11:23 - 11:26
    com o qual possamos falar,
    porque tem inteligência artificial,
  • 11:26 - 11:28
    podem tossir nele,
    podem picar o dedo nele.
  • 11:28 - 11:31
    Para ganhar o prémio,
    tem que diagnosticar melhor
  • 11:31 - 11:33
    do que uma equipa de médicos certificados.
  • 11:35 - 11:37
    Imaginem este dispositivo, literalmente,
  • 11:37 - 11:40
    no mundo em desenvolvimento,
    onde não existem médicos,
  • 11:40 - 11:43
    onde há 25% do peso da doença
  • 11:43 - 11:46
    e só 1,3% dos trabalhadores
    de cuidados de saúde.
  • 11:46 - 11:48
    Se o dispositivo sequenciar
    o ARN ou ADN de um vírus
  • 11:48 - 11:50
    que não reconhecer,
  • 11:50 - 11:53
    telefona para o Centro de Prevenção
    e Controlo de Doenças
  • 11:53 - 11:55
    e impede que se espalhe a pandemia.
  • 11:57 - 11:59
    Mas aqui, aqui está a maior força
  • 11:59 - 12:02
    para trazer um mundo de abundância.
  • 12:02 - 12:05
    Eu chamo-lhe os "mil milhões emergentes".
  • 12:05 - 12:08
    As barras brancas aqui são a população.
  • 12:08 - 12:10
    Acabamos de passar a marca
    dos 7 mil milhões na Terra.
  • 12:11 - 12:12
    A propósito,
  • 12:12 - 12:15
    a maior proteção contra
    a explosão populacional
  • 12:15 - 12:18
    é tornar o mundo instruído e saudável.
  • 12:20 - 12:23
    Em 2010, tinhamos pouco menos
    de 2 mil milhões de pessoas
  • 12:23 - 12:25
    online, ligadas.
  • 12:26 - 12:30
    Até 2020, aumentará
    de 2 para 5 mil milhões
  • 12:30 - 12:32
    de utilizadores da Internet.
  • 12:32 - 12:34
    Há mais 3 mil milhões de mentes novas
  • 12:34 - 12:36
    de que nunca se ouviu falar,
  • 12:36 - 12:39
    que estão a ligar-se à conversa global.
  • 12:39 - 12:41
    O que é que estas pessoas querem?
  • 12:41 - 12:44
    O que irão consumir? O que irão desejar?
  • 12:44 - 12:46
    Em vez de haver um abrandamento económico
  • 12:46 - 12:49
    estamos prestes a ter
    a maior injeção económica de sempre.
  • 12:49 - 12:53
    Estas pessoas representam
    dezenas de biliões de dólares
  • 12:53 - 12:55
    injetados na economia global.
  • 12:56 - 12:59
    Elas irão ficar mais saudáveis
    se usarem o Tricorder,
  • 12:59 - 13:02
    e tornar-se-ão mais instruídas
    ao usarem a Academia Khan,
  • 13:02 - 13:04
    e por, literalmente, poderem usar
  • 13:04 - 13:08
    a impressão 3D e a computação infinita,
  • 13:08 - 13:10
    tornando-se mais produtivas do que nunca.
  • 13:11 - 13:13
    O que poderão trazer-nos 3 mil mihões
  • 13:13 - 13:18
    demembros da humanidade,
    saudáveis, instruídos e produtivos?
  • 13:19 - 13:22
    Que tal, um conjunto de vozes
    que nunca ouvimos antes.
  • 13:22 - 13:25
    Que tal dar aos oprimidos,
    onde quer que estejam,
  • 13:25 - 13:30
    a voz para serem ouvidos
    e a voz para agirem pela primeira vez?
  • 13:30 - 13:33
    O que irão trazer estes
    3 mil milhões de pessoas?
  • 13:33 - 13:37
    E quanto às contribuições
    que nem podemos prever?
  • 13:37 - 13:39
    Uma coisa que aprendi no Prémio X
  • 13:39 - 13:41
    é que equipas pequenas,
  • 13:41 - 13:44
    impulsionadas pela sua paixão
    com um objetivo claro
  • 13:44 - 13:46
    podem fazer coisas extraordinárias,
  • 13:46 - 13:47
    coisas que, no passado,
  • 13:47 - 13:50
    só grandes organizações
    e governos podiam fazer.
  • 13:50 - 13:53
    Vou terminar com uma história
  • 13:53 - 13:55
    que me entusiasmou bastante.
  • 13:56 - 13:58
    Há um programa de que talvez
    já tenham ouvido falar.
  • 13:58 - 14:00
    É um jogo chamado Foldit.
  • 14:00 - 14:03
    Foi lançado na Universidade
    de Washington em Seattle.
  • 14:04 - 14:07
    É um jogo em que as pessoas podem pegar
  • 14:07 - 14:10
    numa sequência de aminoácidos
  • 14:10 - 14:14
    e imaginar como é que
    a proteína se vai dobrar.
  • 14:14 - 14:17
    A forma como se dobra dita
    a sua estrutura e funcionalidade.
  • 14:17 - 14:19
    É muito importante
    para a pesquisa em medicina.
  • 14:19 - 14:21
    Até agora, tem sido um problema
    de supercomputadores.
  • 14:22 - 14:24
    Este jogo tem sido jogado
  • 14:24 - 14:26
    por professores universitários e outros.
  • 14:26 - 14:28
    São centenas de milhares as pessoas
  • 14:28 - 14:31
    que entraram online e começaram a jogar.
  • 14:31 - 14:32
    Mostrou que, de facto, atualmente,
  • 14:32 - 14:35
    o mecanismo humano
    de reconhecimento de padrões
  • 14:35 - 14:38
    é melhor a dobrar proteínas
    que os melhores computadores.
  • 14:38 - 14:40
    Quando essas pessoas souberam
  • 14:40 - 14:42
    quem era a melhor pessoa do mundo
    a dobrar proteínas,
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    não era um professor do MIT,
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    não era um estudante da CalTech,
  • 14:47 - 14:50
    era uma pessoa de Inglaterra,
    de Manchester,
  • 14:50 - 14:54
    uma mulher que, durante o dia,
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    era assistente executiva
    numa clínica de reabilitação
  • 14:57 - 15:00
    e, à noite, era a melhor
    dobradora de proteínas do mundo.
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    Senhoras e senhores,
  • 15:04 - 15:06
    o que me dá uma tremenda
    confiança no futuro,
  • 15:09 - 15:13
    é o facto de que, temos agora
    mais poder como indivíduos
  • 15:13 - 15:16
    para resolver os grandes
    desafios deste planeta.
  • 15:17 - 15:20
    Temos as ferramentes
    com esta tecnologia exponencial.
  • 15:20 - 15:23
    Temos a paixão do inovador
    do "faça você mesmo".
  • 15:23 - 15:26
    Temos o capital
    dos filantropos da tecnologia.
  • 15:26 - 15:28
    E temos 3 mil milhões de mentes novas
  • 15:28 - 15:30
    que vêm online para trabalhar connosco
  • 15:30 - 15:32
    para solucionar os grandes desafios,
  • 15:32 - 15:35
    para fazer aquilo que devemos fazer.
  • 15:35 - 15:38
    Estamos a viver e vamos viver
    em décadas extraordinárias.
  • 15:38 - 15:40
    Obrigado.
  • 15:40 - 15:43
    (Aplausos)
Title:
A abundância é o nosso futuro
Speaker:
Peter Diamandis
Description:

No palco do TED2012, Peter Diamandis apresenta argumentos a favor do otimismo — diz que vamos inventar, inovar e criar formas de solucionar os desafios que pairam sobre nós. “Não estou a dizer que não temos o nosso conjunto de problemas; temo-los certamente. Mas em última análise, derrotá-los-emos".

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDTalks
Duration:
15:53
Margarida Ferreira edited Portuguese subtitles for Abundance is our future
Margarida Ferreira edited Portuguese subtitles for Abundance is our future
Margarida Ferreira edited Portuguese subtitles for Abundance is our future
Carlos Gonçalves added a translation

Portuguese subtitles

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