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Onde estão os extraterrestres?

  • 0:01 - 0:03
    Um dia vi um OVNI,
  • 0:03 - 0:05
    Tinha oito ou nove anos.
  • 0:05 - 0:08
    Estava a brincar na rua com um amigo
    um pouco mais velho que eu.
  • 0:09 - 0:13
    Vimos um estranho disco prateado
    a pairar sobre as casas.
  • 0:13 - 0:15
    Observámo-lo por uns segundos
  • 0:15 - 0:18
    e, depois, ele desapareceu
    a uma velocidade incrível.
  • 0:18 - 0:20
    Apesar de ser um miúdo,
  • 0:20 - 0:23
    fiquei irritado por ele ignorar
    as leis da física.
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    Corremos a contar aos adultos,
  • 0:25 - 0:27
    mas eles mostraram-se céticos
  • 0:27 - 0:29
    — vocês também se mostrariam
    céticos, não é?
  • 0:30 - 0:32
    Anos depois, tive a minha desforra:
  • 0:32 - 0:33
    um desses adultos disse-me:
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    "Ontem à noite vi um disco voador,
  • 0:35 - 0:38
    "Voltava do bar, depois de uns copos".
  • 0:38 - 0:41
    Interrompi-o e disse:
    "Acho que posso explicar essa visão".
  • 0:41 - 0:42
    (Risos)
  • 0:42 - 0:45
    Os psicólogos demonstraram
    que não podemos confiar no cérebro
  • 0:45 - 0:46
    para contar a verdade.
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    É fácil iludirmo-nos a nós mesmos.
  • 0:48 - 0:49
    Vi qualquer coisa.
  • 0:49 - 0:51
    Mas o que é mais provável?
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    Eu ter visto uma nave
    espacial extraterrestre
  • 0:53 - 0:57
    ou o meu cérebro ter interpretado mal
    os dados que os meus olhos lhe forneciam?
  • 0:58 - 1:00
    Mas, desde aí, fiquei a pensar:
  • 1:00 - 1:03
    Porque é que não vemos
    discos voadores por aí?
  • 1:03 - 1:04
    Ou, pelo menos,
  • 1:04 - 1:07
    porque é que não vemos vida no cosmos?
  • 1:07 - 1:08
    É um mistério
  • 1:08 - 1:11
    que temos analisado
    com dezenas de especialistas
  • 1:11 - 1:14
    de diversas disciplinas
    durante os últimos 30 anos.
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    E não chegamos a nenhum consenso.
  • 1:16 - 1:20
    Frank Drage começou a investigar
    sinais extraterrestres nos anos 60
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    e até agora, nada.
  • 1:22 - 1:24
    A cada ano que passa,
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    esta falta de observações,
  • 1:25 - 1:29
    esta falta de provas para qualquer
    atividade extraterrestre
  • 1:29 - 1:34
    torna-se mais intrigante
    porque devíamos vê-los, não é?
  • 1:35 - 1:39
    O universo tem 13 800 milhões de anos,
  • 1:39 - 1:40
    mais ou menos.
  • 1:40 - 1:43
    Se representarmos a idade
    do universo numa escala de um ano,
  • 1:44 - 1:48
    a nossa espécie apareceria
    cerca de 12 minutos antes da meia-noite
  • 1:48 - 1:50
    de 31 de dezembro.
  • 1:50 - 1:53
    A civilização ocidental existiria
    há poucos segundos.
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    As civilizações extraterrestres
    podiam ter começado nos meses do verão.
  • 1:59 - 2:01
    Imaginem uma civilização de verão
  • 2:01 - 2:05
    evoluída, com um nível de tecnologia
    mais avançado do que o nosso,
  • 2:06 - 2:08
    mas uma tecnologia com base
    na física aceite.
  • 2:08 - 2:12
    Não estou a falar de buracos de minhoca
    nem de dobras espaciais,
  • 2:12 - 2:16
    mas apenas uma extrapolação
    do tipo de tecnologia que a TED festeja.
  • 2:17 - 2:20
    Essa civilização podia programar
    sondas autorreplicativas
  • 2:20 - 2:23
    que visitassem todos os sistemas
    planetários da galáxia.
  • 2:24 - 2:26
    Se eles enviassem as primeiras sondas
  • 2:26 - 2:29
    logo após a meia-noite
    de um dia de agosto,
  • 2:29 - 2:32
    antes do pequeno-almoço do mesmo dia,
  • 2:32 - 2:34
    podiam ter colonizado a galáxia.
  • 2:35 - 2:37
    A colonização intergaláctica
    não seria muito difícil,
  • 2:37 - 2:39
    só demoraria mais tempo.
  • 2:39 - 2:42
    Uma civilização de qualquer uma
    dos milhões de galáxias
  • 2:42 - 2:45
    podia ter colonizado a nossa galáxia.
  • 2:45 - 2:47
    Parece uma coisa rebuscada?
  • 2:47 - 2:48
    Talvez seja,
  • 2:48 - 2:53
    mas os extraterrestres não se envolveriam
    numa atividade visível
  • 2:53 - 2:57
    pondo equipamentos em volta das estrelas
    para captar a energia solar,
  • 2:57 - 3:01
    colaborando numa Wikipédia galáctica
  • 3:01 - 3:04
    ou apenas gritando ao universo:
    "Estamos aqui"?
  • 3:05 - 3:07
    Então, onde é que estão todos eles?
  • 3:07 - 3:12
    É um mistério, porque esperamos
    que essas civilizações existam, não é?
  • 3:12 - 3:16
    Afinal, pode haver um bilião
    de planetas na galáxia,
  • 3:16 - 3:17
    talvez mesmo mais.
  • 3:18 - 3:22
    Não é preciso nenhum conhecimento
    especial para refletir nesta questão
  • 3:22 - 3:26
    e eu já a explorei
    com muita gente, ao longo dos anos.
  • 3:26 - 3:29
    Cheguei à conclusão que as pessoas
    estruturam o seu pensamento
  • 3:29 - 3:32
    em termos dos obstáculos
    a ultrapassar
  • 3:32 - 3:36
    para um planeta albergar
    uma civilização que comunique.
  • 3:37 - 3:41
    Habitualmente, identificam
    quatro obstáculos fundamentais.
  • 3:41 - 3:42
    A habitabilidade
  • 3:42 - 3:44
    é o primeiro obstáculo.
  • 3:44 - 3:48
    Esse planeta terrestre tem
    que se situar na zona ideal
  • 3:48 - 3:51
    onde a água corra como um líquido.
  • 3:51 - 3:53
    Eles existem no espaço.
  • 3:53 - 3:57
    Em 2016, os astrónomos confirmaram
    que há um planeta na zona habitável
  • 3:57 - 3:59
    da estrela mais próxima
  • 3:59 - 4:01
    — a Proxima Centauri —
  • 4:01 - 4:06
    tão perto que o projeto Breakthrough
    Starshot projeta enviar sondas para lá.
  • 4:06 - 4:09
    Passaremos a ser uma espécie
    de navegadores interestelares.
  • 4:09 - 4:11
    Mas nem todos os mundos são habitáveis.
  • 4:11 - 4:14
    Ou estão muito perto
    de uma estrela, e fritamos,
  • 4:14 - 4:16
    ou estão muito afastados
    e congelamos.
  • 4:17 - 4:18
    A abiogénese
  • 4:18 - 4:20
    — a criação de vida a partir
    de matéria não viva —
  • 4:20 - 4:22
    é o segundo obstáculo.
  • 4:22 - 4:26
    Os elementos básicos para criar
    vida não existem só na Terra:
  • 4:26 - 4:29
    encontraram-se aminoácidos em cometas,
  • 4:29 - 4:32
    complexas moléculas orgânicas
    em nuvens de poeira interestelar,
  • 4:32 - 4:35
    água nos sistemas de exoplanetas.
  • 4:35 - 4:36
    Os ingredientes estão lá,
  • 4:36 - 4:39
    só não sabemos como se combinam
    para criar vida
  • 4:39 - 4:43
    e, sem dúvida, haverá mundos
    em que a vida não se inicia.
  • 4:44 - 4:48
    O desenvolvimento de civilizações
    tecnológicas é um terceiro obstáculo.
  • 4:49 - 4:53
    Há quem diga que já partilhamos
    o nosso planeta com outras inteligências.
  • 4:53 - 4:58
    Um estudo de 2011 mostra que os elefantes
    podem cooperar na solução de problemas.
  • 4:59 - 5:01
    Um estudo de 2010 mostra
  • 5:01 - 5:05
    que um polvo em cativeiro
    pode reconhecer pessoas diferentes.
  • 5:05 - 5:09
    Estudos de 2017 mostram que os corvos
    planeiam acontecimentos futuros.
  • 5:09 - 5:12
    São criaturas maravilhosas, inteligentes,
  • 5:12 - 5:15
    mas não podem conceber
    o projeto Breakthrough Starshot
  • 5:15 - 5:18
    e, se hoje desaparecêssemos,
  • 5:18 - 5:20
    eles não conseguiriam implementar
    o Breakthrough Starshot.
  • 5:21 - 5:22
    Porque é que que o fariam?
  • 5:22 - 5:25
    A evolução não tem como objetivo final
    a conquista espacial.
  • 5:25 - 5:30
    Talvez haja mundos onde a vida
    não dá lugar a uma tecnologia avançada,
  • 5:31 - 5:34
    A comunicação através do espaço
    é um quarto obstáculo.
  • 5:34 - 5:38
    Talvez haja civilizações avançadas
    que prefiram explorar o espaço interior
  • 5:38 - 5:40
    em vez do espaço exterior
  • 5:40 - 5:44
    ou dedicar-se a uma pequena distância
    em vez de uma grande distância.
  • 5:45 - 5:47
    Talvez não queiram
    arriscar-se a encontrar
  • 5:47 - 5:51
    um vizinho possivelmente
    mais avançado e hostil.
  • 5:52 - 5:54
    Talvez haja mundos onde,
    por qualquer razão,
  • 5:54 - 5:56
    a civilização se mantenha silenciosa
  • 5:56 - 5:59
    ou não passe muito tempo
    a tentar comunicar.
  • 6:01 - 6:03
    Quando ao tamanho dos obstáculos,
  • 6:03 - 6:05
    uma estimativa é tão boa
    como outra qualquer.
  • 6:06 - 6:07
    Segundo a minha experiência,
  • 6:07 - 6:10
    quando as pessoas
    começam a fazer cálculos,
  • 6:10 - 6:15
    habitualmente concluem que há
    milhares de civilizações na galáxia.
  • 6:16 - 6:19
    Mas, depois, voltamos ao princípio:
    Onde está toda essa gente?
  • 6:20 - 6:21
    Por definição,
  • 6:21 - 6:24
    os OVNI — incluindo o que eu vi —
  • 6:24 - 6:25
    não estão identificados.
  • 6:25 - 6:29
    Não podemos chegar à conclusão
    de que são naves espaciais.
  • 6:29 - 6:31
    Mesmo assim, podemos divertir-nos
  • 6:31 - 6:33
    com a ideia de que, algures,
    há extraterrestres.
  • 6:33 - 6:37
    Há quem diga que uma civilização
    de verão colonizou a galáxia
  • 6:37 - 6:39
    e semeou vida na Terra.
  • 6:40 - 6:43
    Outros, que vivemos numa reserva cósmica,
  • 6:43 - 6:44
    um parque zoológico.
  • 6:44 - 6:46
    Outros ainda
  • 6:46 - 6:48
    que vivemos numa simulação.
  • 6:48 - 6:51
    Mas os programadores ainda
    não ativaram os extraterrestres.
  • 6:52 - 6:56
    A maior parte dos meus colegas
    defendem que há ET por perto
  • 6:56 - 6:58
    e que temos que continuar a procurar.
  • 6:58 - 6:59
    Isso faz sentido.
  • 6:59 - 7:01
    O espaço é muito vasto.
  • 7:01 - 7:04
    É difícil identificar um sinal,
  • 7:04 - 7:07
    e não estamos a procurar
    assim há tanto tempo.
  • 7:07 - 7:10
    Sem dúvida, devemos passar
    mais tempo a pesquisar.
  • 7:10 - 7:14
    Trata-se de compreender
    o nosso lugar no universo.
  • 7:14 - 7:17
    É uma questão demasiado
    importante para ser ignorada.
  • 7:18 - 7:20
    Mas há uma resposta óbvia:
  • 7:20 - 7:21
    estamos sozinhos.
  • 7:21 - 7:23
    Somos só nós.
  • 7:23 - 7:26
    Pode haver um bilião
    de planetas na galáxia.
  • 7:27 - 7:31
    Será plausível sermos as únicas criaturas
    capazes de pensar nesta questão?
  • 7:32 - 7:34
    Sim, é, porque, neste contexto,
  • 7:35 - 7:37
    não sabemos se um bilião
    é um grande número.
  • 7:38 - 7:43
    Em 2000, Peter Ward e Don Brownlee
    propuseram a ideia da Terra Rara.
  • 7:43 - 7:45
    Recordam-se dos quatro obstáculos
  • 7:45 - 7:49
    que as pessoas usam para avaliar
    o número de civilizações?
  • 7:49 - 7:51
    Ward e Browniee pensam
    que pode haver mais.
  • 7:52 - 7:54
    Vejamos um obstáculo possível.
  • 7:54 - 7:57
    É uma sugestão recente
    de David Waltham, um geofísico.
  • 7:58 - 8:01
    Esta é a minha versão
    muito simplificada
  • 8:01 - 8:03
    do argumento de Dave,
    muito mais sofisticado.
  • 8:04 - 8:06
    Podemos estar aqui hoje
  • 8:06 - 8:09
    porque os anteriores habitantes da Terra
  • 8:09 - 8:12
    beneficiaram de um bom clima
    durante 4000 milhões de anos
  • 8:12 - 8:14
    — com altos e baixos,
    mas mais ou menos ameno.
  • 8:15 - 8:18
    A estabilidade do clima
    a longo prazo, é estranha,
  • 8:18 - 8:20
    quanto mais não seja
    porque as influências astronómicas
  • 8:20 - 8:24
    podem levar um planeta
    a gelar ou a fritar.
  • 8:24 - 8:27
    Parece que a Lua deu uma ajuda.
  • 8:27 - 8:28
    É interessante
  • 8:28 - 8:30
    porque a teoria predominante
  • 8:30 - 8:32
    é que a Lua se formou
  • 8:32 - 8:34
    quando Theia, um corpo celeste
    do tamanho de Marte
  • 8:34 - 8:37
    chocou com uma Terra recém-formada.
  • 8:37 - 8:41
    Esse choque pode ter resultado
    num sistema Terra-Lua muito diferente.
  • 8:42 - 8:44
    Acabámos por ter uma grande Lua
  • 8:44 - 8:48
    o que permitiu que a Terra
    tenha uma inclinação axial estável
  • 8:48 - 8:51
    e um lento ritmo de rotação.
  • 8:51 - 8:53
    Estes dois fatores influenciam o clima
  • 8:53 - 8:57
    e pensa-se que isso contribuiu
    para moderar a alteração climática.
  • 8:57 - 8:59
    Ótimo para nós, não é?
  • 8:59 - 9:03
    Mas Waltham mostra que, se a Lua
    tivesse apenas uns quilómetros a mais,
  • 9:03 - 9:05
    as coisas seriam diferentes.
  • 9:05 - 9:08
    A inclinação axial da Terra
    variaria de forma caótica,
  • 9:08 - 9:11
    criando episódios
    de rápida alteração climática,
  • 9:11 - 9:13
    pouco propícia a uma vida complexa.
  • 9:14 - 9:16
    A Lua tem o tamanho certo:
  • 9:16 - 9:19
    grande, mas não grande demais.
  • 9:19 - 9:21
    Uma lua ideal em volta
    de um planeta ideal.
  • 9:21 - 9:23
    — talvez mais um obstáculo.
  • 9:23 - 9:25
    Podemos imaginar mais barreiras.
  • 9:25 - 9:26
    Por exemplo,
  • 9:26 - 9:30
    apareceram células simples
    há milhares de milhões de anos
  • 9:30 - 9:34
    mas, talvez que o desenvolvimento
    de vida complexa
  • 9:34 - 9:37
    precisasse de uma série
    de acontecimentos pouco prováveis.
  • 9:37 - 9:39
    Quando a vida na Terra
    teve acesso à multicelularidade
  • 9:39 - 9:42
    e às estruturas genéticas
    sofisticadas e ao sexo,
  • 9:43 - 9:44
    surgiram novas oportunidades:
  • 9:44 - 9:46
    tornaram-se possíveis os animais.
  • 9:46 - 9:49
    Mas talvez seja o destino
    de muitos planetas
  • 9:49 - 9:53
    que a vida se mantenha
    ao nível de células simples.
  • 9:55 - 9:58
    Apenas para efeitos de ilustração,
  • 9:58 - 10:01
    vou sugerir mais quatro obstáculos
    a acrescentar àqueles quatro
  • 10:01 - 10:05
    que terão bloqueado a via
    para uma civilização comunicativa.
  • 10:06 - 10:09
    Repito, apenas para efeitos de ilustração,
  • 10:09 - 10:13
    suponham que há uma hipótese em mil
    de ultrapassar cada um desses obstáculos.
  • 10:13 - 10:16
    Claro que pode haver diferentes formas
    de contornar os obstáculos
  • 10:16 - 10:19
    e as hipóteses poderão ser
    melhores do que uma em mil.
  • 10:19 - 10:21
    Mas também pode haver mais obstáculos
  • 10:21 - 10:23
    e as hipóteses passam a ser
    de uma num milhão.
  • 10:24 - 10:26
    Vejamos o que acontece nesta nossa imagem.
  • 10:27 - 10:30
    Se a galáxia contém
    um bilião de planetas,
  • 10:30 - 10:35
    quantos poderão ter uma civilização
    capaz de encarar, tal como nós,
  • 10:35 - 10:38
    projetos como o Breakthrough Starshot?
  • 10:38 - 10:40
    A habitabilidade
  • 10:40 - 10:43
    — o planeta adequado
    em volta da estrela adequada —
  • 10:43 - 10:45
    o bilião reduz para mil milhões.
  • 10:45 - 10:46
    A estabilidade
  • 10:46 - 10:50
    — um clima favorável durante eras —
  • 10:50 - 10:52
    os mil milhões reduzem para um milhão.
  • 10:52 - 10:53
    A vida tem que começar,
  • 10:54 - 10:56
    o milhão reduz para mil.
  • 10:56 - 10:58
    Têm que aparecer complexas formas de vida,
  • 10:58 - 11:01
    os mil reduzem para um.
  • 11:01 - 11:03
    O uso de ferramentas sofisticadas?
  • 11:03 - 11:05
    Só há um planeta apenas em mil galáxias.
  • 11:05 - 11:07
    Para compreender o universo
  • 11:07 - 11:10
    é preciso desenvolver
    as ciências e a matemática.
  • 11:10 - 11:12
    Só há um planeta num milhão de galáxias.
  • 11:12 - 11:15
    Para chegar às estrelas,
    tem que haver criaturas sociais,
  • 11:15 - 11:18
    capazes de debater conceitos
    abstratos umas com as outras,
  • 11:18 - 11:20
    usando uma gramática complexa.
  • 11:20 - 11:23
    Só há um planeta
    em mil milhões de galáxias.
  • 11:23 - 11:25
    E têm que evitar o desastre,
  • 11:25 - 11:29
    não apenas os autoinfligidos
    mas os que caem do céu.
  • 11:29 - 11:32
    Aquele planeta em volta
    da Proxima Centauri,
  • 11:32 - 11:35
    foi destruído o ano passado
    por uma explosão.
  • 11:35 - 11:37
    Um planeta num bilião de galáxias,
  • 11:37 - 11:40
    no universo visível.
  • 11:42 - 11:44
    Penso que estamos sós.
  • 11:45 - 11:48
    Os meus colegas que
    concordam que estamos sós
  • 11:48 - 11:51
    consideram mais um obstáculo futuro,
  • 11:51 - 11:52
    o bioterrorismo,
  • 11:52 - 11:54
    o aquecimento global, a guerra.
  • 11:54 - 11:57
    Um universo que é silencioso
  • 11:57 - 12:01
    porque é a própria tecnologia
    que cria um obstáculo
  • 12:01 - 12:05
    para a evolução duma civilização
    realmente avançada.
  • 12:05 - 12:07
    É deprimente, não é?
  • 12:07 - 12:09
    Eu defendo exatamente o contrário.
  • 12:11 - 12:13
    Cresci com "O Caminho das Estrelas"
    e "O Planeta Proibido"
  • 12:13 - 12:15
    e, uma vez, vi um OVNI.
  • 12:15 - 12:21
    Por isso, acho melancólica
    esta ideia de solidão cósmica.
  • 12:22 - 12:24
    Mas, para mim,
  • 12:24 - 12:26
    o silêncio do universo grita bem alto:
  • 12:26 - 12:29
    "Somos as criaturas que tiveram sorte".
  • 12:29 - 12:31
    Deixámos para trás todos os obstáculos.
  • 12:31 - 12:33
    Somos a única espécie
    que os ultrapassámos,
  • 12:33 - 12:37
    a única espécie capaz
    de determinar o seu destino.
  • 12:38 - 12:41
    Se aprendemos a apreciar
    como é especial o nosso planeta,
  • 12:42 - 12:44
    como é importante cuidar da nossa casa,
  • 12:44 - 12:46
    e encontrar outras,
  • 12:46 - 12:50
    como somos incrivelmente felizes
    por termos consciência do universo,
  • 12:51 - 12:53
    a humanidade poderá sobreviver
    por algum tempo.
  • 12:53 - 12:55
    Todas estas coisas fantásticas
    com que sonhamos
  • 12:55 - 12:58
    que os extraterrestres
    possam ter feito no passado
  • 12:58 - 12:59
    podem ser o nosso futuro.
  • 13:00 - 13:01
    Muito obrigado.
  • 13:01 - 13:04
    (Aplausos)
Title:
Onde estão os extraterrestres?
Speaker:
Stephen Webb
Description:

O universo é incrivelmente antigo, imenso e povoado por milhares de milhões de planetas. Então, onde estão os extraterrestres? Stephen Webb é astrónomo e tem uma resposta: nós estamos sós no universo. Apaixonadamente, abre-nos as portas da astronomia e descreve os incomensuráveis obstáculos que um planeta tem que ultrapassar para conter uma civilização extraterrestre. Relata a beleza da nossa possível solidão cósmica: "O silêncio do universo grita bem alto que somos as criaturas que tiveram sorte!".

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English
Team:
closed TED
Project:
TEDTalks
Duration:
13:18
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