Janine Antoni: Colaborando com Stephen Petronio | "Exclusivo" | Art21
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0:08 - 0:10[Janine Antoni:
Colaborando com Stephen Petronio] -
0:17 - 0:19[Companhia Stephen Petronio]
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0:41 - 0:45[PETRONIO] Eu trabalhei duro
para desenvolver uma linguagem suscinta, -
0:45 - 0:49idiossincr�tica e com fortes nuances.
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0:50 - 0:51Tenho mais de 50 anos.
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0:51 - 0:51[Stephen Petronio, Core�grafo]
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0:51 - 0:53Levei um bom tempo para constatar isso.
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0:53 - 0:56E agora que o fiz,
fico pensando: "E agora?" -
0:57 - 1:01O esteri�tipo da dan�a
� que existimos em um plano et�reo. -
1:02 - 1:05Nosso trabalho de fato desaparece
conforme o fazemos, -
1:05 - 1:09e essa � a melhor parte dele.
� um momento precioso porque ele se vai. -
1:09 - 1:12Voc� tem o vislumbre de um movimento
e precisa ir atr�s dele -
1:12 - 1:14ou tentar preserv�-lo na mem�ria.
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1:15 - 1:15["Lamber e Ensaboar", Janine Antoni]
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1:15 - 1:17N�o � uma escultura,
que voc� pode apreciar -
1:18 - 1:20pelo tempo que quiser ficar com ela.
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1:21 - 1:23� algo que me deixa com muita inveja.
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1:23 - 1:26Eu sou completamente obcecado
e apaixonado pelo mundo visual. -
1:28 - 1:31Eu conhecia o trabalho da Janine
antes de conhec�-la. -
1:32 - 1:35Trabalhei com pessoas
como Cindy Shermane Anish Kapoor. -
1:35 - 1:35["Cuidados Carinhosos", Janine Antoni]
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1:35 - 1:40Artistas visuais com quem dividi espa�o,
mas eles tinham o territ�rio deles -
1:40 - 1:41e eu tinha o meu.
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1:41 - 1:44Com a Janine eu sentia que,
como ela tamb�m fazia performances, -
1:44 - 1:48ela me invadiria de alguma forma.
E eu queria muito ser invadido. -
1:52 - 1:56[ANTONI] Eu fui convidada
pelo core�grafo Stephen Petronio -
1:56 - 1:59para cuidar do visual de uma pe�a
em que ele estava trabalhando, -
1:59 - 2:00chamada "Como Fez L�razo".
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2:01 - 2:06Ele estava interessado em no��es
de transcend�ncia e eleva��o. -
2:06 - 2:08["Como Fez L�razo", Teatro The Joyce, NYC]
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2:10 - 2:14Fiquei um bom tempo vendo
ele coreografar a pe�a -
2:14 - 2:16e passei um tempo com os dan�arinos.
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2:17 - 2:21Uma coisa que �
muito evidente no seu trabalho -
2:21 - 2:25� o fato de que ele tem
uma certa exuber�ncia e complexidade. -
2:25 - 2:28Ent�o depois de analis�-lo,
eu disse que o que gostaria de fazer -
2:28 - 2:32era oferecer alguma quietude.
E em vez de fornecer -
2:32 - 2:36o cen�rio para a dan�a,
eu tamb�m faria uma performance. -
2:37 - 2:42Por duas horas, durante a performance,
eu fiquei completamente im�vel. -
2:44 - 2:46[PETRONIO] Ela estava
de fato meditando no corpo dela -
2:46 - 2:49enquanto a audi�ncia olhava
para o nosso corpo. -
2:49 - 2:53Ela estava totalmente im�vel
em uma medita��o -
2:53 - 2:58sobre a pr�pria forma e a pr�pria morte,
em oposi��o ao aspecto ca�tico do palco. -
3:03 - 3:08[ANTONI] A prima do Stephen estava gr�vida
e ficava mandando imagens de ultrassom. -
3:08 - 3:12Ele olhou para aquelas imagens
e as usou como posi��es -
3:12 - 3:17para coreografar um de seus dan�arinos,
Nick Sciscione, para a �ltima dan�a -
3:17 - 3:19de "Como Fez L�razo".
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3:20 - 3:24Enquanto ele criava a dan�a,
eu disse: "Stephen, vamos fazer no mel." -
3:24 - 3:28Porque o mel se parece
com o l�quido amni�tico. -
3:28 - 3:32Mas obviamente era
algo imposs�vel de se fazer no palco. -
3:32 - 3:36N�s t�nhamos muita vontade
de fazer um v�deo -
3:36 - 3:39em que n�o fosse poss�vel
sentir a gravidade. -
3:43 - 3:45["Beb� de Mel"]
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3:50 - 3:54J� tendo dado � luz,
� algo milagroso -
3:54 - 3:57que um corpo consiga
desenvolver outro corpo. -
3:57 - 4:01Que um corpo cres�a
dos nutrientes do outro. -
4:02 - 4:06[PETRONIO] Criamos uma esp�cie de �tero
com um corpo viscoso se movendo -
4:06 - 4:09por um l�quido viscoso
a um n�vel muito lento e infinitesimal. -
4:12 - 4:16O menor movimento dos dedos,
o esticar dos polegares -
4:16 - 4:20e o arquear da cabe�a me levou a um lugar
que eu nunca poderia alcan�ar no palco. -
4:21 - 4:25Havia uma esp�cie de intimidade
que eu procuro no palco, -
4:25 - 4:29mas que eu n�o conseguiria alcan�ar nele.
Com o "Beb� de Mel" eu pude chegar l� -
4:29 - 4:31e com a c�mera eu pude chegar l�.
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4:33 - 4:36Janine n�o me convidou para criar
uma dan�a para as suas esculturas. -
4:36 - 4:39Ela me convidou para colaborar
com ela como um artista visual. -
4:40 - 4:43Janine e eu maltratamos
o Nick verbalmente durante o processo. -
4:43 - 4:47Ela me confrontava em rela��o ao movimento
e eu a confrontava em rela��o � escultura. -
4:50 - 4:54As pessoas acham dif�cil de acreditar
que fizemos isso juntos, -
4:54 - 4:57pois pensam em mim como o core�grafo
e nela como a escultora, -
4:57 - 4:59mas realmente tentamos apagar essa linha.
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4:59 - 5:03Continuamos tentando apagar essa linha
e estamos trabalhando em futuros projetos -
5:03 - 5:04para conseguir isso.
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