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Steven Schwaitzberg: Um tradutor universal para cirurgiões

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    Hoje à noite quero falar com vocês sobre duas coisas.
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    A primeira:
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    Ensinar cirurgia e fazer cirurgia
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    é muito difícil.
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    A segunda,
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    que linguagem é uma das coisas mais profundas
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    que nos separa no mundo inteiro.
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    E no meu cantinho do mundo,
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    essas duas coisas estão relacionadas,
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    e hoje à noite quero lhes contar como.
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    Ninguém quer uma operação.
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    Quem aqui já passou por cirurgia?
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    Vocês queriam?
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    Mantenham as mãos levantadas se vocês queriam uma operação.
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    Ninguém quer uma operação.
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    Em especial, ninguém quer uma operação
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    com instrumentos como esses em incisões grandes
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    que causam muita dor,
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    que causam muito tempo afastado do trabalho ou da escola,
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    e que deixam uma cicatriz grande.
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    Mas se você tem que passar por uma operação,
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    o que você quer é uma operação minimamente invasiva.
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    E é sobre isso que eu quero falar com vocês hoje à noite --
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    como a prática e o ensino deste tipo de cirurgia
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    nos levou a uma busca
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    por um melhor tradutor universal.
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    Agora, este tipo de cirurgia é difícil,
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    e começa com colocar as pessoas para dormir,
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    colocar dióxido de carbono no seu abdômen,
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    enchê-las como um balão,
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    colocar uma dessas coisas afiadas e pontudas no seu abdômen -
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    é coisa perigosa -
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    e usar os instrumentos e assistir tudo em uma TV.
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    Vamos ver como é.
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    Isso é uma cirurgia de vesícula biliar.
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    Fazemos um milhão dessas por ano
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    só nos Estados Unidos.
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    É assim que é. Não há sangue.
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    E você pode ver como os cirurgiões estão focados,
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    quanta concentração é necessária.
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    Você pode ver em seus rostos.
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    É difícil de ensinar, e não é tão fácil de aprender.
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    Fazemos umas 5 milhões dessas nos EUA
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    e talvez 20 milhões destas no mundo todo.
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    Todos vocês já ouviram a expressão:
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    "Ele é um cirurgião nato."
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    Mas os cirurgiões não nascem assim.
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    Eles também não são criados.
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    Não há pequenos tanques onde estamos criando cirurgiões.
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    Os cirurgiões são treinados passo a passo.
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    Começa com uma fundação, as habilidades básicas.
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    Desenvolvemos a partir daí, e esperamos poder levá-los à sala de operações,
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    onde eles aprendem a ser assistentes.
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    Então os ensinamos a ser cirurgiões em treinamento.
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    E depois de passar por tudo isso por uns cinco anos,
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    eles conseguem a cobiçada certificação do Conselho de Medicina.
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    Se você precisa fazer uma cirurgia, é melhor ser operado
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    por um cirurgião certificado pelo Conselho.
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    Você consegue o certificado do Conselho
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    e pode exercer a profissão.
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    Ao final, se tiver sorte, você domina a técnica.
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    O conhecimento de base é tão importante,
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    que muitos de nós
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    da maior sociedade de cirurgia geral nos EUA, a SAGES,
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    começamos um programa de treinamento no fim dos anos 90
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    que garantiria que todo cirurgião que faz cirurgia minimamente invasiva
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    teria um sólido conhecimento de base e as habilidades
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    necessárias para fazer esses procedimentos.
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    A ciência por trás disso é tão potente,
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    que o Conselho de Cirurgia fez do programa um requisito
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    para que um jovem cirurgião tenha o certificado do Conselho de Medicina.
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    Não é uma palestra, não é um curso.
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    É tudo isso mais uma avaliação de alto risco.
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    É difícil.
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    No ano passado, um de nossos
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    parceiros, o Colegiado de Cirurgiões dos EUA,
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    anunciou que todos cirurgiões devem ter
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    o certificado de Bases da Cirurgia Laparoscópica (BCL)
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    para fazer cirurgias minimamente invasivas.
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    Estamos falando só de pessoas dos EUA e Canadá?
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    Não, de todos os cirurgiões.
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    Promover essa educação e treinamento ao redor do mundo
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    é uma tarefa muito grande,
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    algo com o que estou muito empolgado enquanto viajamos pelo mundo.
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    A SAGES faz cirurgia no mundo todo, ensinando e educando os cirurgiões.
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    Mas nós temos problemas, e um deles é a distância.
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    Não podemos viajar para todos os lugares.
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    Precisamos fazer do mundo um lugar menor.
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    E eu acho que podemos desenvolver ferramentas para fazer isso.
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    Uma das ferramentas de que eu gosto é o vídeo.
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    Fui inspirado por um amigo.
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    Esse é Allan Okrainec, de Toronto.
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    Ele provou
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    que você pode efetivamente ensinar as pessoas a fazerem cirurgia
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    usando videoconferência.
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    Esse é o Allan ensinando a um cirurgião na África que fala inglês
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    estas habilidades fundamentais e básicas
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    que são necessárias para fazer cirurgias minimamente invasivas.
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    Muito inspirador.
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    Mas para essa avaliação que é muito difícil
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    nós temos um problema.
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    Mesmo entre as pessoas que declaram falar inglês,
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    apenas 14% são aprovadas.
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    Porque para eles não é uma avaliação de cirurgia,
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    mas de inglês.
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    Vou dar um exemplo concreto.
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    Trabalho no Hospital Cambridge.
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    É o estabelecimento mais importante da Faculdade de Medicina de Harvard.
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    Temos mais de 100 tradutores abrangendo 63 línguas,
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    e gastamos milhões de dólares só no nosso pequeno hospital.
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    Há um grande empenho, um trabalho intenso.
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    Se você pensar no fardo mundial
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    de tentar falar com os seus pacientes -
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    não só de ensinar cirurgiões, só em tentar se comunicar com seus pacientes --
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    não há tradutores suficientes no mundo.
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    Precisamos empregar a tecnologia em nosso auxílio nessa jornada.
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    No nosso hospital vemos desde professores de Harvard
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    até pessoas que acabaram de chegar semana passada.
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    Vocês não têm ideia de como é difícil
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    falar ou cuidar de alguém com quem você não consegue se comunicar.
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    Nem sempre há um tradutor disponível.
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    Então precisamos de ferramentas.
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    Precisamos de um tradutor universal.
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    Uma das coisas que quero deixar com vocês quando pensarem nessa palestra
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    é que não se trata apenas de estarmos pregando para o mundo.
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    Trata-se de estabelecer um diálogo.
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    Temos muito a aprender.
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    Aqui nos EUA gastamos mais dinheiro per capita
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    para obtemos resultados que não são melhores que o de muitos países no mundo.
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    Talvez tenhamos algo a aprender também.
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    Estou entusiasmado em ensinar estas habilidades BCL ao redor do mundo.
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    No ano passado fui à América Latina e à China
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    falar sobre os fundamentos da cirurgia laparoscópica.
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    A todo lugar que vou a barreira é a mesma:
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    "Queremos isso, mas precisamos que seja na nossa língua."
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    Então, aqui está o que achamos que queremos fazer:
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    Imagine dar uma palestra
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    e conseguir falar com as pessoas na língua materna delas simultaneamente.
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    Quero falar com as pessoas na Ásia, América Latina, África e Europa
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    perfeitamente, corretamente,
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    e com baixo custo, usando tecnologia.
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    E isso deve ser bidirecional.
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    Eles devem conseguir nos ensinar algo também.
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    É uma grande tarefa.
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    Procuramos um tradutor universal. Eu achei que haveria um por aí.
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    Nossa webpage tem tradução, o celular tem tradução,
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    mas nenhuma delas é boa o suficiente para ensinar cirurgia.
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    Porque precisamos de um léxico. O que é isso?
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    Um léxico é um conjunto de palavras que descrevem uma área.
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    Preciso de um léxico da área da saúde.
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    E dentro disso, preciso de um léxico de cirurgia.
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    É uma encomenda enorme. Temos que trabalhar nisso.
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    Vou mostrar a vocês o que estamos fazendo.
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    Isto é pesquisa -- não tem para comprar.
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    Estamos trabalhando com o pessoal do Centro de Acessibilidade da Pesquisa IBM,
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    articulando tecnologias para chegar ao tradutor universal.
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    Ele começa com um sistema de estrutura,
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    em que o cirurgião faz a palestra
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    usando uma tecnologia de criação de legendas,
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    à qual adicionamos outra tecnologia para fazer videoconferências.
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    Mas não temos as palavras ainda, então adicionamos uma terceira tecnologia.
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    Agora temos as palavras
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    e podemos colocar o molho especial: a tradução.
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    Colocamos as palavras em uma janela e fazemos a mágica.
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    Trabalhamos com uma quarta tecnologia.
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    Atualmente temos acesso a onze duplas de línguas.
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    Mais virão à medida que pensamos em fazer do mundo um lugar menor.
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    Gostaria de mostrar a vocês o nosso protótipo
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    de encadeamento de todas essas tecnologias, que nem sempre se comunicam,
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    para gerar algo útil.
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    [Narrador:] Fundamentos da Cirurgia Laparoscópica.
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    Módulo 5: prática de destreza manual.
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    Os alunos podem colocar as legendas em sua língua materna.
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    [Steven:] Se você está na América Latina,
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    você clica em "Eu quero em espanhol",
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    e a legenda aparece em espanhol em tempo real.
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    Se por acaso você estiver em Pequim nessa hora,
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    ao usar a tecnologia de forma construtiva,
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    você poderia assistir em mandarim, ou você poderia assistir em russo.
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    E assim por diante, simultaneamente, sem precisar de tradutores humanos.
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    Mas essas são as palestras.
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    Se você lembra do que eu falei sobre BCL no começo,
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    trata-se de conhecimento e habilidades.
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    Em uma operação, a diferença
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    entre fazer algo com sucesso ou não
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    pode ser mover a sua mão um tanto assim.
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    Então vamos um passo adiante.
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    Trouxemos meu amigo Allan de volta.
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    [Allan Okrainec:] Hoje vamos praticar sutura.
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    Segura-se a agulha assim.
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    Segure a agulha na ponta.
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    É importante ser preciso.
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    Mire nos pontos pretos.
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    Oriente a volta nesse sentido.
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    Agora prossiga e corte.
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    Muito bem, Oscar. Te vejo semana que vem.
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    [Steven:] Estamos trabalhando nisso
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    na nossa busca pelo tradutor universal.
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    Queremos que ele seja bidirecional.
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    Temos que aprender, assim como ensinar.
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    Consigo pensar em milhões de utilidades para uma ferramenta assim.
  • 10:47 - 10:49
    Conforme pensamos em associar tecnologias.
  • 10:49 - 10:52
    Todo mundo tem um celular com câmera.
  • 10:52 - 10:54
    Poderíamos usar isso em tudo,
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    seja na assistência à saúde, aos pacientes,
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    em engenharia, direito, conferências, tradução de vídeos.
  • 11:01 - 11:03
    É uma ferramenta onipresente.
  • 11:03 - 11:05
    Para superar nossas barreiras
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    temos que aprender a falar com as pessoas,
  • 11:07 - 11:11
    exigir que as pessoas trabalhem em tradução.
  • 11:11 - 11:13
    Precisamos disso para o nosso dia a dia
  • 11:13 - 11:16
    para fazer do mundo um lugar menor.
  • 11:16 - 11:18
    Muito obrigado.
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    (Aplausos)
Title:
Steven Schwaitzberg: Um tradutor universal para cirurgiões
Speaker:
Steven Schwaitzberg
Description:

A cirurgia laparoscópica se vale de procedimentos minimamente invasivos - o que significa menos dor e um período menor de recuperação para os pacientes. Mas Steven Schwaitzberg encontrou dois problemas ao ensinar essa técnica para cirurgiões ao redor do mundo: a linguagem e a distância. Ele mostra como uma nova tecnologia, que combina videoconferências e um tradutor universal em tempo real, poderia ajudar. (Filmado no TEDxBeaconStreet.)

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDTalks
Duration:
11:41

Portuguese, Brazilian subtitles

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