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Vamos aprender um pouco
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sobre ácidos carboxílicos.
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Ácidos Carboxílicos.
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Eles têm a fórmula geral do
grupo carbonila, similar ao
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que vimos nos aldeídos e nas cetonas--
aqui eles serão parte
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de uma cadeia carbônica mais longa.
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No lugar de um hidrogênio aqui, como em
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um aldeído, ou uma outra cadeia
carbônica aqui,
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como em uma cetona, nós temos um grupo OH.
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Você deve pensar "Porque
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isso é chamado de ácido?
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Deve se chamar ácido porque é um ácido"--
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você está certo.
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O motivo pelo qual isso é um ácido e
o motivo dele ser mais
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ácido do que algo só com um grupo OH-- ele
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é bem mais ácido que um álcool-- é
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porque uma vez que isso perca
um hidrogênio-- lembre-se,
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dependendo do tipo de ácido que
pense, ácidos
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de Lewis poderiam ser aqueles que pegam
os elétrons, e esse
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oxigênio pode pegar o elétron
desse hidrogênio.
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Ou, pensando na definição de
Arrhenius para um
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ácido-- ácidos como doadores de prótons--
esse grupo OH aqui
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pode doar um próton.
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Ele toma o elétron do hidrogênio ou doa
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um próton-- baseado na definição usada.
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O motivo pelo qual isso é mais ácido do
que álcoois é que,
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uma vez que o próton seja doado,
ele, na verdade, apresenta
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estabilidade pela ressonância.
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Vamos ver o que significa isso.
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Para isso, deixe-me mostrar
a ligação entre esse
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oxigênio e esse hidrogênio.
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Esse oxigênio tem esse elétron rosa,
enquanto que o hidrogênio tem
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esse elétron em magenta ali.
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Colocando isso em uma solução aquosa,
ou seja, considerando que você tem H2O
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aqui, esse oxigênio aqui quer por que quer
pegar esse elétron em magenta
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de volta.
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Ao fazer isso, o oxigênio
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basicamente doaria o hidrogênio
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para uma molécula de água.
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A molécula de água iria dar um de
seus elétrons para
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o hidrogênio, ficando positiva.
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Uma vez que isso ocorra, o próximo
passo seria algo mais ou menos assim.
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O que era nosso ácido carboxílico
torna-se agora em um
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íon carboxalato, tendo essa estrutura, com
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o nosso grupo carbonila.
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Esse oxigênio pegou um um elétron extra.
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Aqui está ele, se quisermos desenhá-lo.
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Vou desenhar.
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Esse é o oxigênio.
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O oxigênio começou com dois pares
de elétrons livres, então eu
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irei desenhá-los primeiro. No início,
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ele tinha esses dois pares de elétrons
livres, tendo ganhado esse elétron
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em rosa como vimos, e agora ele pegou
esse elétron aqui em
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magenta, ficando com um elétron de
valência extra.
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Podemos até desenhar isso.
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Contando: um, dois, três, quatro,
cinco, seis.
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Um oxigênio neutro possuí seis elétrons,
mas ele agora ganhou mais um.
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Está com sete.
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Ele agora tem uma carga negativa,
sendo que a água
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tornou-se em um íon hidrônio (H3O+).
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Aqui temos a água.
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Aumentamos a concentração do próton
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ou do hidrônio na água.
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Essa molécula de água é agora uma molécula
de hidrônio, ou seja, isso
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está agora ligado a esse hidrogênio
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dessa forma.
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Esse oxigênio deu um elétron para esse
próton, ficando com
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uma carga positiva.
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Temos um íon carboxilato
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aqui-- o motivo pelo qual isso
era mais ácida do que
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algo que tivesse só um grupo OH é
porque sua base
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conjugada, o íon carboxilato, tem
estabilidade por meio da ressonância.
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É mais estável do que a base conjugada
de um álcool--
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irei mostrar isso a você.
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Essa carga negativa
pode ser compartilhada.
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Vou desenhar isso.
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Pode pegar esse elétron em magenta,
dá-lo a esse
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carbono, que ficará com um elétron extra,
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sendo que o carbono dará um elétron
de volta para o oxigênio do topo.
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Ele tem estabilidade por ressonância,
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o que é mostrado nessa estrutura.
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Vou desenhar o mesmo para que
pareça com isso.
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Muito grande.
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Vou descer um pouco.
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Seria algo assim.
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O oxigênio pegou de volta um elétron em azul,
ou seja, uma das
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ligações se foi, sendo que ele começou
com dois pares de elétrons
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livres-- então eu quero desenhar
aquilo aqui-- agora ele
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tem mais um par.
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Ele tem esse elétron, aquele elétron e
agora tem também esse
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elétron em azul aqui.
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Agora o oxigênio do topo
tem carga negativa,
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o carbono faz uma ligação dupla
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com esse oxigênio.
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O carbono-- vou voltar para
o amarelo-- essa é
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a primeira ligação com o oxigênio.
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Ele tinha dois pares no início e agora tem
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essa ligação em magenta.
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Esse elétron rosa está
desse lado da ligação.
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O elétron roxa está do outro lado, ou esse
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elétron em magenta, ele tem uma dupla
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ligação com esse oxigênio.
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Sabemos que se a estabilidade
advém da ressonância,
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não é como andar para frente e para trás.
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A verdade é que você tem uma meia
dupla ligação entre ambos
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os oxigênios, que esses elétrons
estão navegando
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por toda parte, o que estabiliza
a nossa molécula.
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Agora que isso é uma estrutura
de ressonância,
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vou colocá-la entre parênteses.
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No geral, se esse grupo R aqui
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for mais fácil de perder elétron,
caso você colocasse
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algo realmente eletronegativo aqui,
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algo que gostasse de pegar elétrons,
isso faria com que o
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íon carboxilato ficasse ainda
mais estável.
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Faria com que esse ácido carboxílico
fosse um ácido ainda melhor.
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Colocando algo eletronegativo aqui, você
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poderia imaginar que parte da
carga negativa que
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desenhamos nessas duas estruturas de
ressonância pode ser sugada pelo
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grupo R, o que faria com que isso
fosse ainda mais
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estável, resultando em um ácido
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carboxílico ainda mais ácido.
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Como em tudo que já vimos, há alguns
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ácidos carboxílicos comuns que não
são nomeados de forma sistemática,
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sendo bom saber quais entram nessa lista.
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Começarei com o primeiro, só para você
ver que segue o padrão já
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visto em outras funções.
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Vimos que se tivermos esse composto,
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chamamos-o de acetaldeído.
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Esse foi o aldeído mais simples
que estudamos.
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Vimos que se temos algo assim, que é uma
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cetona, nós a chamamos de acetona.
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Você pode imaginar qual nome usaremos--
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vou usar uma cor diferente--
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para essa molécula aqui.
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Isso é claramente um ácido carboxílico,
sendo que ele só tem
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um grupo metil, similar ao acetaldeído e
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a acetona. Por isso,
chamamos ele de ácido acético.
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Acetaldeído, acetona e ácido acético para mim
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são nomes fáceis de se memorizar,
pois todos eles têm
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acet- em seu nome.
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Todos eles têm o prefixo acet-, além
do fato de essa parte da
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molécula ser idêntica em todos eles.
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A diferença é o hidrogênio, o grupo metil
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aqui, ou o grupo OH, o que os
caracteriza como ácido
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carboxílico, como cetona e todo o resto.
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Outros exemplos que não causarão
dor de cabeça para você
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aprender estão bem aqui.
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Esse, você não pode negar, é mais simples
do que o ácido acético, sendo chamado de
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ácido fórmico.
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Um outro exemplo que recentemente
abordei em uma
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aula de química geral, na qual o usamos
em um exemplo de
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titulação, nada mais é do que dois grupos
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carboxila ligados um no outro.
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Parece isso-- dois grupos carboxila
ligados um no
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outro, sendo que você pode vê-los.
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Aqui temos um grupo carboxila
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e ali você tem o outro grupo carboxila.
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Com isso, ele pode
perder um próton duas vezes.
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Esse hidrogênio pode ser perdido,
seguido por aquele outro ali.
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Trata-se do ácido oxálico.
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É isso por hoje.
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No próximo vídeo, aprenderemos a
nomear sistematicamente
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ácidos carboxílicos.
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Legendado por Leonardo Trajano Dias Garcia