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A evolução do olho humano - Joshua Harvey

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    O olho humano é um mecanismo incrível,
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    capaz de detectar desde alguns fótons
    até a luz solar direta,
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    ou mudar o foco
    da tela em sua frente
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    para o horizonte distante
    em um terço de um segundo.
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    Na verdade, as estruturas necessárias
    para essa flexibilidade incrível
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    foram consideradas tão complexas
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    que o próprio Charles Darwin reconheceu
    que a ideia de tudo isso ter evoluído
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    parecia o absurdo dos absurdos.
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    Mas foi exatamente isso o que aconteceu,
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    a partir de mais de 500 milhões de anos.
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    A história do olho humano começa
    com um simples ponto de luz,
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    tal como o encontrado
    em organismos unicelulares,
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    como a euglena.
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    É um aglomerado
    de proteínas sensíveis à luz
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    ligado ao flagelo do organismo,
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    que é ativado quando encontra luz
    e, portanto, comida.
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    Uma versão mais complexa
    deste ponto de luz
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    pode ser encontrada na planária.
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    Em forma de concha ao invés de plana,
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    permite sentir melhor
    a direção da luz incidente.
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    Entre seus outros usos,
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    essa habilidade permite ao organismo
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    buscar a sombra
    e se esconder de predadores.
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    Durante milênios,
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    as conchas de luz foram ficando
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    mais profundas em alguns organismos,
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    e a abertura na parte da frente diminuiu.
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    O resultado foi o efeito
    do furo de agulha,
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    que aumentou drasticamente a resolução,
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    reduzindo a distorção ao deixar apenas
    um raio de luz fino entrar no olho.
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    O nautilus,
    um ancestral do polvo,
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    usa esse furo de agulha com uma melhor
    resolução e senso de direção.
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    Embora o furo de agulha permita
    apenas imagens simples,
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    o passo fundamental para o olho
    como conhecemos foi uma lente.
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    Acredita-se que ela evoluiu
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    a partir de células transparentes
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    que cobriam a abertura
    para evitar infecções,
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    com o interior do olho
    preenchido de líquido
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    que otimiza a sensibilidade
    e processamento da luz.
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    Proteínas cristalinas
    formadas na superfície
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    criaram uma estrutura que se mostrou útil
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    para focalizar a luz
    num único ponto sobre a retina.
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    Esta lente é a chave para
    a capacidade de adaptação do olho,
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    mudando sua curvatura para se adaptar
    à visão de perto e de longe.
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    Esta estrutura de câmera escura,
    com um furinho e uma lente,
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    serviu de base para o que
    evoluiria para o olho humano.
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    Outros aperfeiçoamentos
    foram um anel colorido, chamado íris,
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    que controla a quantidade
    de luz que entra no olho,
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    uma dura camada branca externa,
    conhecida como esclera,
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    para manter sua estrutura,
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    e glândulas lacrimais que secretam
    uma película de proteção.
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    Mas igualmente importante
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    foi a evolução concomitante do cérebro
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    com sua expansão do córtex visual
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    para processar imagens mais nítidas
    e coloridas que recebia.
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    Sabemos agora que, longe de ser
    uma obra-prima de design,
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    nosso olho tem vestígios
    de sua evolução passo-a-passo.
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    Por exemplo,
    a retina humana é invertida,
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    com células fotossensíveis na direção
    oposta à abertura dos olhos.
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    Isso resulta em um ponto cego,
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    onde o nervo óptico
    deve perfurar a retina
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    para alcançar a camada
    fotossensível na parte de trás.
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    Os cefalópodes têm olhos semelhantes
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    que evoluíram de forma independente,
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    têm uma retina na mesma direção,
    permitindo ver sem um ponto cego.
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    Os olhos de outras criaturas exibem
    adaptações diferentes.
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    Anableps, o chamado peixe quatro-olhos,
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    tem olhos dividido em duas seções
    para olhar de cima e debaixo d'água,
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    perfeito para observar
    seus predadores e presas.
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    Os gatos, clássicos caçadores noturnos,
    evoluíram com uma camada reflexiva
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    maximizando a quantidade de luz
    que o olho pode detectar,
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    concedendo a eles uma ótima visão noturna,
    bem como o seu brilho característico.
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    Estes são alguns exemplos da enorme
    diversidade de olhos no reino animal.
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    Então, se você pudesse projetar um olho,
    você faria isso de forma diferente?
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    Esta questão não é tão estranha
    como pode parecer.
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    Hoje, médicos e cientistas estão
    estudando diferentes estruturas do olho
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    para projetar implantes biomecânicos
    para a visão prejudicada.
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    E em um futuro não tão distante,
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    as máquinas construídas com a precisão
    e flexibilidade do olho humano
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    podem até ultrapassar
    sua própria evolução.
Title:
A evolução do olho humano - Joshua Harvey
Speaker:
Joshua Harvey
Description:

Veja a lição completa://ed.ted.com/lessons/the-evolution-of-the-human-eye-joshua-harvey

O olho humano é um mecanismo incrível, capaz de detectar desde alguns fótons até quatrilhões deles, ou mudar o foco da tela em sua frente para o horizonte distante num terço de segundo. Como essa estrutura complexa evoluiu? Joshua Harvey detalha a história de 500 milhões de anos do olho humano.

Aula de Joshua Harvey, animação de Artrake Studio.

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TED-Ed
Duration:
04:44

Portuguese, Brazilian subtitles

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