Casamento sem sexo: masturbação, solidão, traição e vergonha | Maureen McGrath | TEDxStanleyPark

Amor? Casamento? Sexo? Será que um casal consegue ter essas três coisas? Talvez seja algo um pouco irrealista, uma vez que hoje muitos casamentos terminam em divórcio. Qual a razão disso? Talvez um motivo possa ser o fato de que 20% dos casamentos são sem sexo, e esse número está aumentando. Por que perdemos o desejo dentro do nosso casamento? É a tecnologia? É a falta de confiança? Mais importante, como podemos "recuperar o desejo" em nosso casamento?

Maureen McGrath apresenta o programa "Sunday Night Sex" (sexo domingo à noite) no News Talk 980 CKNW. Ela é enfermeira, educadora sexual e autora do livro "Sex & Health" (sexo e saúde).

Esta palestra foi dada em um evento TEDx, que usa o formato de conferência TED, mas é organizado de forma independente por uma comunidade local. Para saber mais, visite http://ted.com/tedx

Dizem que, se você nunca mais
quiser fazer sexo, basta se casar.

(Risos)

Atualmente, o sexo é uma das questões
mais controversas no casamento,

perdendo apenas para as finanças.

Há muitos casais casados

que não têm relações sexuais
durante meses, até anos,

e tudo bem, desde que para eles
esteja esteja tudo bem e estejam felizes.

O problema surge quando uma pessoa
no relacionamento quer sexo,

e a outra não.

Segundo pesquisa de um importante
jornal, feita com 10 mil pessoas,

a maioria homens casados,

75% estavam satisfeitos no relacionamento,

mas mais de 50% estavam
insatisfeitos com sua vida sexual.

Estamos fazendo sexo, não me entendam mal,

só que na hora errada
e com a pessoa errada.

Voltarei a isso mais tarde.

(Risos)

Estamos fazendo sexo antes de casar,
em média dez anos antes,

portanto, estamos efetivamente
num relacionamento de longo prazo

e, potencialmente, sexualmente entediados

antes mesmo de bagunçarmos
o leito conjugal.

E isso traz consequências.

A maioria das noivas hoje
não fazem sexo na noite de núpcias,

e 50% dos homens não teriam
se casado com aquela pessoa

se soubessem que teriam
um casamento seria sem sexo.

Então, todo mundo quer saber

a frequência sexual das pessoas casadas,

sejam elas hétero ou homossexuais.

Todos querem saber da vida dos vizinhos;
na verdade, nada demais acontecendo.

(Risos)

Apenas cerca de 7% dos casais
pegam fogo entre os lençóis.

A maioria dos casados têm relações sexuais

um pouco mais do que uma vez por semana
na primeira década do casamento.

E depois a frequência diminui.

Portanto, eles têm sexo
cerca de 58 vezes por ano.

E 20% dos casamentos atende
os critérios de um casamento sem sexo,

o que, definido pelos especialistas,

significa sexo menos de dez vezes por ano.

Então, por que não estamos fazendo
sexo em nosso casamento?

Bem, há uma substância química
no cérebro, pouco conhecida,

chamada feniletilamina,

responsável pelo entusiasmo,
pela excitação e euforia

que sentimos quando conhecemos alguém

por quem nos sentimos
sexualmente atraídos.

É uma sensação fantástica.

Essa substância se esparrama
por nossos vasos sanguíneos.

E ficamos tão felizes...

Isso dá uma ideia do poder
de tal substância.

Mas o que acontece depois de dois anos

é que essa substância diminui,
assim como a frequência sexual.

É nesse período

que podemos estar nos casando
ou tendo conflito no nosso relacionamento,

e é por isso que a comunicação
é o segredo para um ótimo sexo.

Há outra razão para não estarmos
fazendo sexo em nosso relacionamento,

e ela tem a ver com nossa educação sexual.

Gostaria de contar uma história pessoal.

Quando eu era adolescente, minha mãe
entrou correndo no meu quarto e disse:

"Maureen, por favor, me diga

que você não deixou que um menino
lhe desse um beijo de língua".

Ela estava preocupada

pelo fato de a educação sexual
ter chegado um pouco tarde.

E eu, uma garota católica irlandesa,
estava me sentindo terrivelmente culpada,

por ter beijado de língua vários meninos

(Risos)

já naquela altura.

Ensinamos às meninas e mulheres

que sexo é algo sujo,
que é ruim, ou supervalorizado.

Dizemos: "Você vai acabar pegando
uma doença sexual ou vai engravidar!"

E essa coisa baseada no medo atrapalha
as mulheres de desfrutarem o sexo,

e nunca falamos sobre prazer ou orgasmo
com as meninas e mulheres.

E, de fato, algumas mulheres dizem:
"O orgasmo não é importante,

e a viagem é tão boa quanto o destino".

Eu discordo.

(Risos)

Claro.

Sou a garota católica irlandesa
que beijou de língua todos os meninos.

(Risos)

(Aplausos)

É como entrar num trem com seu parceiro,

e vocês estão indo pro lugar
mais prazeroso do planeta.

Vocês estão na maior empolgação.

Estão aquecendo os motores
com toda aquela bebida grátis a bordo.

É incrível!

E, pouco antes de chegarem ao destino,

ele desce, e você não.

(Risos)

Acho que deu pra entender.

(Risos)

(Aplausos) (Vivas)

Já a educação sexual
proporcionada aos meninos e homens

é completamente diferente.

É um programa mundial,
gratuito, acessível a todos,

conhecido como pornografia na internet.

Fantástico!

E ele não faz nada para ensinar
homens e garotos sobre intimidade,

algo realmente importante pra eles,

ou como fazer amor com alguém.

Além disso, temos uma escassez
de informações sobre saúde sexual

para a comunidade LGBTQI,

e precisamos incluir isso.

O casamento pode passar rapidamente
de santo matrimônio para santo inferno,

com os problemas financeiros,
os filhos, a casa, as doenças...

Vocês podem ter se comprometido
na saúde e na doença,

mas isso foi bem antes
de ver um homem gripado.

(Risos)

E...

(Risos)

E aquela história
de "na riqueza e na pobreza"?

Meninas, vamos ter de começar
a escolher na riqueza.

A maioria das mulheres hoje
trabalham dentro e fora de casa.

Fazemos a maior parte
do trabalho doméstico,

porque, segundo pesquisas,
os homens não se acham bons nisso.

E estamos naquela fase

de crescimento dos filhos
e envelhecimento dos pais.

Estamos exaustas fazendo tudo,
e nunca dando conta.

E, enquanto fazemos isso,
checamos nosso telefone.

Sabiam que 10% das pessoas
checam o celular durante o sexo?

(Risos)

E 35%, imediatamente após.

Estamos conectados à internet...

(Risos)

(Vivas) (Aplausos)

Estamos conectados à Internet

e desconectados de nossos pretendentes.

Talvez seja essa a razão

de a posição sexual mais comum
para os casados ser a do cachorrinho.

Não, não, não!

Não é o que estão pensando.

Que mente suja...

Essa é a posição em que o homem
fica de quatro implorando,

e a mulher se finge de morta.

(Risos)

Vejo em minha experiência clínica

pacientes que sofrem com disfunção sexual,

e há duas coisas que pergunto a todos.

A primeira, obviamente, é:
"Você é sexualmente ativo?"

Quando pergunto às mulheres,
elas nunca dizem sim ou não.

Bem, elas nunca dizem sim,
mas nunca dizem sim ou não.

Elas respondem: "Às vezes",

"Mais ou menos",
"Não tenho certeza", "Ele é"...

(Risos)

ou elas dizem: "Sou casada".

Eu falo: "Bem, pra mim,
isso significa um não".

Elas dizem: "Sim, é isso mesmo. É não".

A maioria dos homens se queixam
de que as mulheres nunca iniciam o sexo.

A razão para isso é, mais uma vez,

a educação sexual dada às mulheres.

As mulheres acreditam erroneamente

que o interesse sexual feminino,
o desejo, precede a atividade sexual,

quando, na verdade,

é a atividade sexual que estimula
o interesse e o desejo sexual.

A excitação sexual emerge
como resultado da atividade sexual.

Está bem, eu sei, intimidade
é importante pra vocês.

A dúvida mais importante que reflete isso,

que eu recebo de vocês,

é: "Quando a masturbação
é considerada demais?"

(Risos)

Só digo uma coisa: "Contanto
que você consiga ir trabalhar,

(Risos)

tudo bem".

Então percebo

que talvez seja só isso
o que vocês fazem no trabalho.

(Risos)

Sei que a intimidade é importante.

Você quer voltar pra casa
e fazer amor com sua esposa,

se for um relacionamento heterossexual.

Por isso, depois de um longo
e provavelmente duro dia de trabalho,

talvez em casa as coisas
estejam um pouco caóticas,

mas você só tem sexo na cabeça, e ela diz:
"Lembrou de comprar o leite?"

E você: "Droga! O leite! Esqueci o leite!"

Não se culpe por isso;

se não fosse o leite,

seriam o Facebook, os hormônios,
"Estou um pouco cansada hoje",

"Minha barriga está estufada, estou me
sentindo meio gorda, não vai dar",

"Não transamos mês passado?"

E você responde: "Não,
na verdade, foi ano passado!"

(Risos)

Você não entende... literalmente.

E você pensa: "Ela é incrível,
trabalha dentro e fora de casa,

é uma ótima mãe, faz trabalho voluntário

e ainda arranja tempo
pra sair com as amigas".

Numa dessas noites com as amigas,
dei carona pra uma delas.

Quando nos aproximamos de sua casa,

paramos, ela olhou pra janela do quarto,

viu que as luzes estavam acesas e disse:

"Argh! Donny está acordado
me esperando. Me faz um favor:

dá umas voltas no quarteirão

(Risos)

até a luz apagar".

Eu falei: "Escute aqui:
desça e transe com seu marido

antes que outra o faça".

Pois se tem uma coisa que vai
aumentar o desejo sexual de uma mulher

é alguém desejar seu homem.

Ela ainda não tinha se convencido.

Decidi exaltar os benefícios
de saúde e beleza

que o sexo traz para a mulher:

um brilho jovial, um sono melhor,
uma pele lisinha...

"Continue dirigindo", ela respondeu.

(Risos)

Há algo que aumenta
o desejo sexual de qualquer uma:

uma Mercedes-Benz
4MATIC SL conversível,

(Risos)

e vem em 64 cores.

Mas, se isso não resolver,

o desejo de ser mãe turbina
o desejo sexual de qualquer mulher.

O problema é que ter um bebê
provavelmente vai matar o desejo,

juntamente com qualquer erotismo
que um casal possa ter tido,

porque muitas pessoas acreditam

que ser mãe e ter
desejo sexual não combina.

John me seguiu no LinkedIn por dois anos

antes de criar coragem
de marcar uma consulta

pra falar sobre seu casamento sem sexo.

Ele estava casado havia sete anos,

e eles nunca tinham consumado a relação.

Seus pais os pressionavam por filhos,

pois queriam ter netos.

Quando eles vieram se consultar,

a segunda pergunta que faço
a todos que entram no consultório

infelizmente é:

"Você já foi vítima de abuso sexual

ou investidas sexuais
indesejadas quando criança?"

Essa foi a primeira vez
que John tomou conhecimento

de que sua esposa tinha sofrido
abuso sexual, aos seis anos,

nas mãos do pai da melhor amiga.

Ela achava o sexo sujo, e odiava sexo.

Precisamos de uma moratória mundial

para acabar com a violência sexual
contra nossas crianças,

meninos e meninas,
pois acontece com ambos.

(Aplausos)

Curar um abuso sexual
leva uma vida inteira.

Ella já tinha vivido uma vida.

Viúva, ela disse que não era
sexualmente ativa, mas esperava ser.

Logo pensei: "Fantástico!
Alguém aqui vai transar!"

Mas ela explicou: "O problema, Maureen,

é que esses caras velhos
não conseguem mais".

Eu sugeri: "Bem, Ella, talvez você
precise de um cara mais jovem".

Ela respondeu: "O que é 'mais jovem'
quando você tem 84 anos?"

"Setenta?"

(Risos)

Alguns aqui devem
estar dizendo: "É isso aí".

A dura verdade é

que homens na casa dos 30 ou 40 anos,
podem ter disfunção erétil.

Ella vai ter de procurar
alguém da geração Y.

(Risos)

E vocês devem estar pensando: "E daí?

Pra que tratar minha disfunção erétil?"

Bem, eu comparo o pênis a um avião.

Se o piloto não consegue decolar o avião,

e mantê-lo no ar durante toda a viagem,

talvez haja um problema com a turbina.

Então, se você não consegue ter uma ereção

e manter seu pênis ereto
durante toda a experiência sexual,

provavelmente haja
um problema com sua turbina.

Ou seja, com seu coração.

Disfunção erétil é o canário
na mina de carvão,

e isso pode significar
doença cardiovascular.

Também pode indicar diabetes.

Por isso, esses dois problemas médicos,

somados à baixa testosterona,
ao estresse, uso e abuso de drogas,

consumo excessivo de álcool, a conflitos
mal resolvidos, questões financeiras,

tudo isso pode contribuir
para o baixo desejo sexual,

e podemos acabar num casamento sem sexo.

George veio se consultar comigo.

Aos 40 anos, ele tinha decidido se casar.

E ia se casar com uma mulher
linda e realizada

dentro de poucos meses.

Só tinha um problema:

George era gay!

(Risos)

E ele não conseguia contar
à família que era gay,

pois achava que envergonharia todos.

Eu falei: "George, você vai acabar
num casamento sem sexo!"

E ele respondeu: "E eu não sei?"

Aí, George me contou
que seu plano era o seguinte:

"Quando meus pais morrerem,

vou me divorciar da minha mulher

e me casar com o homem que amo".

Eu disse: "George, você
não está pensando direito!"

(Risos)

O sexo é o barômetro
da situação de um casamento.

Pessoas em casamentos sem sexo

dizem se sentir frustradas, não amadas,

não desejadas, pouco atraentes

e, o pior de tudo, solitárias.

Demonstrou-se que a solidão
aumenta a resistência vascular,

eleva a pressão arterial
e pode levar à morte precoce.

Estamos mais sujeitos a morrer de solidão

do que de obesidade,
ou consumo excessivo de álcool.

Quando oriento as mulheres

"Se você não está fazendo sexo
com seu marido, alguém pode estar",

elas ficam nervosas e respondem

que estou culpando as mulheres
pelo mau comportamento masculino,

quando, na verdade, estou prestando
um serviço à comunidade.

Vejam bem, homens
em casamentos sem sexo traem,

em geral, pra permanecer no casamento.

E as mulheres traem para abandonar
um casamento sem sexo.

As mulheres também traem,
apesar de ninguém desconfiar.

Somos apenas mais sorrateiras,
e não somos pegas.

(Risos)

Ou socializamos diferente.

Essa é uma vantagem
que levamos sobre vocês, rapazes.

(Risos)

As mulheres traem com outros homens,
e também com outras mulheres.

E a tecnologia deixou
a traição acessível a todos,

de políticos a mães e pais
que não trabalham fora.

Um simples deslizar de tela para a direita

pode levar a um apaixonado
caso de amor on-line;

de mensagens de texto a "sexting",
a conversas telefônicas secretas.

Quanto mais duas pessoas
conversam on-line,

mais chances de um encontro acontecer.

Mas sempre podemos culpar os genes.

O gene DRD4 foi isolado
em pessoas que traem.

E o casamento sem sexo é o ambiente
perfeito para ativar esse gene.

É baseado em um sistema
de prazer e recompensa.

As apostas são altas;
as recompensas, substanciais.

É o coquetel perfeito para ativar

a droga do amor de volta,
a feniletilamina, e o ciclo recomeça.

Historicamente, o casamento
não era baseado no amor recíproco.

Mas, entre todas as instituições,
era aquela usada para adquirir

parentes, propriedade e força de trabalho.

Porém, na virada do século 20,
nos Estados Unidos,

os ideais de igualdade e a emergente
indústria cinematográfica de Hollywood

selaram o casamento com promessas
de eterno amor romântico.

E agora estamos vivendo pra sempre.

Fantástico! Parabéns!

Você tem de fazer sexo
com a mesma pessoa o resto da vida!

A segunda pergunta mais comum
que ouço dos pacientes

é: "Quando o sexo acaba?"

Um paciente de 44 anos me perguntou:
"Quando acaba o sexo, Maureen? Aos 65?"

Respondi assim: "Uma pessoa
de 22 anos me perguntou:

'Quando acaba o sexo, Maureen? Aos 35?'"

Todo mundo é velho, até chegarmos lá.

Estou aqui para dizer
que o sexo nunca termina.

Se a pessoa é saudável, ela pode...

(Vivas) (Aplausos)

Se a pessoa é saudável, pode ter uma ótima
vida sexual até os 80 ou 90 anos.

Sexo é bom, sexo é saudável.

No entanto, o sexo
está envolto em vergonha.

Nas antigas aristocracias,
os homens ricos tinham

cortesãs para o prazer,
e concubinas para sexo rápido.

Do jeito que vamos indo,
os computadores serão nossas concubinas,

e a pornografia na internet,
nossos amantes.

A tecnologia está substituindo rapidamente
a conexão humana em alta velocidade.

Então, como reacender
um casamento sem sexo?

Sexo tem a ver com o fluxo
sanguíneo, com exercícios.

É preciso malhar todo dia.

Isso aumenta nossa agilidade, nosso vigor.

As mulheres experimentam
mais prazer sexual

quando o sangue flui
para os órgãos genitais.

Isso também ajuda a tratar
a disfunção erétil.

Além disso, busquem ajuda
em caso de qualquer disfunção sexual.

A secura vaginal é um problema
que afeta mulheres

que tomam pílula anticoncepcional oral,
ou que estão amamentando,

na perimenopausa ou menopausa,

e existem tratamentos pra isso.

Prestem mais atenção no seu cônjuge
do que em seu smartphone.

Passem mais tempo no quarto
do que em salas de reuniões,

ou seu quarto vai se transformar
numa sala de reunião.

(Risos)

Enfrentem seus problemas conjugais.

Durmam na mesma cama, ao mesmo tempo,

e não tragam nada nem ninguém
de fora para seu casamento,

exceto um ótimo brinquedo sexual
e uma terapeuta sexual danada de boa.

(Risos)

É preciso estabelecer diretrizes

para lidar com os momentos
em que nos sentimos

atraídos por alguém fora do casamento.

Mas não fiquem achando

que são obrigados a transar
com a mesma pessoa pelo resto da vida.

Não é o que estou dizendo.

A resposta está na mente, claro:
a fantasia é fundamental.

O cérebro é o nosso maior órgão sexual.

E mais uma coisinha...

Gostaria de deixá-los com algo foda:

(Risos)

resolvam seus problemas conjugais
no quarto, pelados.

(Vivas) (Risos)

(Aplausos) (Vivas)