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Porque é que os idiomas morrem? | The Economist

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    Porque é que os idiomas morrem?
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    Irankarapte.
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    (Olá)
    Povo Ainu, Japão
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    Iishu.
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    (Olá)
    Povo Eyak, Alasca
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    Dydh da.
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    (Olá)
    Córnico, Bretanha
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    Eu não falo estes idiomas.
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    De facto, poucas pessoas falam.
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    São usados apenas por algumas pessoas,
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    e todos estes idiomas
    estão em perigo de extinção.
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    Atualmente, são falados
    mais de 7000 idiomas no mundo,
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    mas cerca de um terço
    tem menos de 1000 falantes
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    e, segundo a UNESCO,
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    mais de 40% desses idiomas
    estão em perigo de extinção.
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    De facto, a cada quinze dias,
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    um dos idiomas do mundo
    desaparece para sempre.
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    Quando se fala em língua morta,
    muitos pensam no latim.
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    Porém, o latim nunca morreu.
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    Tem sido falado continuamente
    desde o tempo dos Césares,
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    mas mudou muito gradualmente
    ao longo de 2000 anos
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    até se tornar o francês, o espanhol,
    e outras línguas românicas.
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    A morte dos idiomas
    acontece quando as comunidades
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    mudam para outros idiomas
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    e os pais deixam de educar
    os filhos a falar o idioma antigo.
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    Quando o último falante idoso morre,
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    é pouco provável que o idioma
    volte a ser falado fluentemente.
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    Se olhar para este gráfico,
    que mede os idiomas do mundo
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    em termos de dimensão e do seu estado
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    pode ver que a maioria
    está classificada no meio.
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    O inglês, tal como alguns
    outros idiomas dominantes,
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    está no canto superior esquerdo.
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    Está num estado forte.
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    Mas se o seu idioma estiver em baixo,
    no canto inferior direito do gráfico,
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    como o kayapulau da Indonésia
    ou o curuaia do Brasil,
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    está em sérios apuros.
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    Nos maus velhos tempos, os governos
    proibiam idiomas de que não gostavam.
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    Mas, por vezes, a pressão é mais subtil.
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    Qualquer adolescente
    que crescesse na União Soviética
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    notava que, independentemente
    do idioma que falasse em casa,
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    dominar o russo seria a chave do sucesso.
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    Os cidadãos da China,
    incluindo os tibetanos,
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    bem como os falantes
    de xangainês ou cantonês,
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    enfrentam pressões semelhantes
    para se focarem no mandarim.
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    Quando um idioma desaparece,
    normalmente segue o caminho do dodô.
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    Apenas um idioma regressou dos mortos:
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    o hebraico.
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    Esteve extinto durante dois milénios,
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    mas os colonos judeus que chegaram
    à Palestina no início do século XX
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    falavam idiomas diferentes na Europa
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    e adotaram o hebraico
    à sua chegada como idioma comum.
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    Tornou-se o idioma oficial de Israel
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    quando o país foi totalmente
    estabelecido em 1948,
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    e tem atualmente 7 milhões de falantes.
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    O hebraico é o único idioma
    totalmente reavivado,
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    mas outros estão a tentar.
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    O córnico,
    falado no sudoeste de Inglaterra,
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    desapareceu há dois séculos.
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    Mas atualmente, existem várias centenas
    de falantes do idioma reavivado.
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    Além do aspeto prático, a diversidade
    é uma coisa boa por si só.
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    Imagine-se a fazer
    umas férias emocionantes
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    e descobrir que a comida,
    o vestuário, os edifícios,
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    as pessoas e até mesmo o idioma
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    são iguais aos do seu país.
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    Oliver Wendell Holmes disse-o bem:
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    "Cada idioma é um templo no qual a alma
    de quem fala está consagrada."
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    Transferir a alma do povo de um templo
    para um museu não é a mesma coisa.
Title:
Porque é que os idiomas morrem? | The Economist
Description:

Existem mais de 7000 idiomas. O número de pessoas que falam inglês, espanhol e mandarim continua a crescer, mas de quinze em quinze dias um idioma desaparece para sempre. Lane Greene, especialista em idiomas do The Economist, explica porquê.

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Video Language:
English
Team:
Amplifying Voices
Project:
Endangered Languages
Duration:
03:27

Portuguese subtitles

Incomplete

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