Epigenética e a influência dos nossos genes | Courtney Griffins | TEDxOU
-
0:08 - 0:11Há nove anos, eu estava
em um consultório médico, -
0:12 - 0:17contemplando o debate entre inato
versus adquirido de uma nova perspectiva. -
0:17 - 0:20Eu me formei como geneticista
-
0:20 - 0:23e passei a minha carreira
manipulando DNA -
0:23 - 0:27e vendo as profundas consequências
em um laboratório, -
0:27 - 0:32por isso, sempre apostei mais no inato,
ou o lado genético do debate. -
0:32 - 0:37Mas, quando meu médico me contou
que estava grávida de gêmeos idênticos, -
0:38 - 0:42eu me dei conta que a minha convicção
estava para ser colocada em teste. -
0:43 - 0:48Para começar, não tínhamos planejado
dois boletos para creche de uma vez só. -
0:49 - 0:53comecei a imaginar meio que brincando
quais seriam as consequências -
0:53 - 0:56se talvez nós mandássemos
só um gêmeo para a creche -
0:56 - 1:00e talvez escondêssemos o outro na minha
gaveta do escritório durante o dia. -
1:00 - 1:02(Risos)
-
1:02 - 1:06Apesar do DNA idêntico,
de alguma forma eu duvidava -
1:06 - 1:10que as coisas sairiam bem
para o gêmeo na gaveta do escritório. -
1:10 - 1:12(Risos)
-
1:14 - 1:17Gêmeos idênticos têm tido
um grande impacto -
1:17 - 1:21na compreensão dos cientistas
em o que é inato e adquirido. -
1:21 - 1:25Estudos sobre gêmeos idênticos
que são separados ao nascimento -
1:25 - 1:30e criados em famílias separadas
têm nos ajudado a entender -
1:30 - 1:35diferentes traços que são
mais afetados pela natureza, ou DNA, -
1:35 - 1:39do que pela criação,
ou ambiente doméstico. -
1:39 - 1:44Por exemplo, alguns traços,
como QI ou tendências criminosas, -
1:44 - 1:49são mais afetados pelo seu DNA
do que a casa em que você foi criado. -
1:49 - 1:53Por outro lado, outros traços,
como depressão em homens, -
1:53 - 1:56ou a sua preferência
por um determinado partido político, -
1:56 - 2:01são mais influenciados
pelo seu meio do que pelo seus genes. -
2:02 - 2:07Mas e os gêmeos idênticos que são criados
no mesmo ambiente doméstico? -
2:07 - 2:11A natureza e criação deles
são praticamente as mesmas. -
2:12 - 2:16E ainda assim, qualquer pai
de gêmeos idênticos, até eu, -
2:16 - 2:20pode rapidamente apontar
as diferenças entre suas crianças. -
2:20 - 2:24Um gêmeo pode ter preferência
por algum tipo de comida, -
2:24 - 2:29ou ter aptidão para algum esporte
ou instrumento musical. -
2:31 - 2:36E, às vezes, diferentes questões
de saúde podem surgir nessas crianças. -
2:37 - 2:40Por exemplo, existem relatos de autismo,
-
2:40 - 2:44ou asma, ou transtorno bipolar
-
2:44 - 2:49surgindo cedo em um dos gêmeos
enquanto o outro não é afetado. -
2:49 - 2:54Como explicamos essas diferenças,
dado que o DNA dessas crianças é idêntico? -
2:55 - 2:59E em grande parte,
a criação deles também é a mesma. -
3:00 - 3:05Bem, acontece que algumas
dessas diferenças podem ser explicadas -
3:05 - 3:11por uma terceira influência bem poderosa
em nossa vida, além da natureza e criação. -
3:11 - 3:13É a epigenética.
-
3:13 - 3:17Eu vou falar com vocês hoje
sobre o que é epigenética -
3:17 - 3:22e como ela impacta a sua vida, mesmo
se você não tiver um irmão gêmeo idêntico. -
3:23 - 3:28Antes de falar sobre epigenética,
temos que considerar o nosso DNA -
3:28 - 3:31e como ele se encaixa em nossas células
-
3:31 - 3:36porque, acreditem ou não,
das 50 trilhões de células no seu corpo, -
3:36 - 3:40cada uma contém quase
dois metros lineares de DNA. -
3:40 - 3:45Se nós o esticássemos, seria tão comprido
quanto um homem bem alto. -
3:45 - 3:50Como é possível todo
esse material genético caber -
3:50 - 3:55em algo do tamanho de um núcleo celular,
que é 400 mil vezes menor? -
3:56 - 4:01A resposta é que fazemos isso
enrolando nosso DNA -
4:01 - 4:04em volta de grupos
de proteínas chamadas histonas. -
4:04 - 4:08Podemos pensar nas histonas
como carretéis moleculares. -
4:08 - 4:13Há cerca de 30 milhões desses carretéis
em cada uma das nossas células. -
4:13 - 4:18Isso ajuda a explicar como uma quantidade
enorme de DNA cabe num espaço tão pequeno. -
4:19 - 4:25Nós chamamos o conjunto
dessas histonas e DNA de cromatina. -
4:25 - 4:27Apesar de a cromatina resolver
-
4:27 - 4:30o grande problema de armazenamento
que a célula tem, -
4:30 - 4:33ela também traz um novo
problema para a célula, -
4:34 - 4:36que é a acessibilidade do DNA.
-
4:37 - 4:43Lembrem-se de que as unidades funcionais
do DNA são os genes codificados nele. -
4:44 - 4:46Eles são as instruções para a célula:
-
4:46 - 4:50são eles que dizem para as células
o que fazer e o que se tornar -
4:50 - 4:55e mesmo assim, quando esses genes
estão compactados em cromatina, -
4:55 - 5:00a célula não é capaz de lê-los;
eles poderiam nem estar ali. -
5:01 - 5:04É aí que entra a epigenética.
-
5:05 - 5:10"Epi" significa "no topo de"
e "genética", nossos "genes", -
5:10 - 5:13se refere literalmente
a uma série de instruções -
5:13 - 5:17que está no topo do nosso DNA
e nossas histonas. -
5:18 - 5:24Marcadores epigenéticos são pequenas
etiquetas químicas na nossa cromatina -
5:24 - 5:28que podem ajudar a instruí-la
se deve se compactar ou se descompactar. -
5:28 - 5:31Essas instruções podem afetar
-
5:31 - 5:36como a célula lê os genes subjacentes
codificados no DNA. -
5:36 - 5:38Então, para mostrar isso esquematicamente,
-
5:38 - 5:42alguns marcadores epigenéticos,
aqui em vermelho, -
5:42 - 5:45podem ajudar a condensar a cromatina.
-
5:45 - 5:49Quando eles fazem isso,
eles escondem os genes subjacentes, -
5:49 - 5:51impedindo que a célula consiga lê-los.
-
5:51 - 5:53Eles desligam esses genes.
-
5:54 - 5:57Outros marcadores epigenéticos,
mostrados aqui em verde, -
5:57 - 5:59podem ajudar a descondensar a cromatina.
-
5:59 - 6:03Quando eles fazem isso,
o gene se torna acessível à célula, -
6:03 - 6:05e a célula consegue lê-lo e ligá-lo.
-
6:06 - 6:12Esses tipos de marcadores epigenéticos
têm muita influência na nossa biologia. -
6:13 - 6:15Considerem, por exemplo,
-
6:15 - 6:18o que torna nossas células
diferentes umas das outras, -
6:18 - 6:21o que faz com que elas pareçam
e se comportem de modo diferente, -
6:21 - 6:26o que faz uma célula muscular,
por exemplo, ser diferente de um neurônio? -
6:26 - 6:31Afinal, essas células contêm
exatamente o mesmo DNA, -
6:32 - 6:37mas são as instruções epigenéticas
que as ajudam a dizer -
6:37 - 6:40quais genes ligar e quais desligar.
-
6:41 - 6:46Com esses diferentes genes em jogo,
elas podem se tornar células diferentes. -
6:47 - 6:51Vocês devem estar se perguntando
quando a informação epigenética -
6:51 - 6:53é estabelecida na nossa cromatina?
-
6:54 - 6:58A resposta é que muito disso acontece
durante o desenvolvimento embrionário. -
6:59 - 7:03Curiosamente, quando somos concebidos,
-
7:03 - 7:08e somos apenas um agrupado de algumas
células embrionárias indiferenciadas, -
7:08 - 7:12com potencial para se tornar
qualquer tipo de célula no nosso corpo, -
7:12 - 7:15a nossa cromatina não tinha
muitos marcadores epigenéticos. -
7:16 - 7:19Apenas quando as nossas células
começam a se dividir -
7:19 - 7:23e recebem sinais e informação
de células vizinhas, -
7:24 - 7:27é que os marcadores epigenéticos
começam a acumular, -
7:27 - 7:30e então os genes começam
a serem ligados e desligados, -
7:30 - 7:34e a célula muscular
se torna diferente de um neurônio. -
7:34 - 7:38Isso me leva a um importante
ponto sobre epigenética. -
7:39 - 7:44Os marcadores epigenéticos
podem ser influenciados pelo ambiente. -
7:45 - 7:50Quando eu digo ambiente,
não me refiro apenas às células vizinhas -
7:50 - 7:52que dizem a um neurônio
para se tornar um neurônio. -
7:52 - 7:57Eu também me refiro ao ambiente
fora do desenvolvimento do embrião. -
7:58 - 8:03A comida que a mãe come,
ou as vitaminas pré-natais que ela toma, -
8:03 - 8:05ou os cigarros que ela fuma,
-
8:05 - 8:10ou o estresse que ela encontra
em casa ou no trabalho, -
8:10 - 8:14podem todos ser transmitidos
como sinais químicos -
8:14 - 8:18pela corrente sanguínea
para o feto em desenvolvimento, -
8:18 - 8:21e podem se estabelecer
como marcadores genéticos -
8:21 - 8:26que afetam os genes do próprio feto
e a sua saúde em longo termo. -
8:27 - 8:30Isso foi mostrado experimentalmente
em camundongos. -
8:31 - 8:36Camundongos têm um gene chamado agouti,
que os tornam obesos e amarelos -
8:36 - 8:40e suscetíveis a doenças,
como câncer e diabetes. -
8:41 - 8:45Esse gene e essas características
podem ser passados adiante -
8:45 - 8:50de geração em geração através do DNA
de maneira que uma mãe agouti -
8:50 - 8:56procriará uma prole obesa,
amarela e suscetível a doenças, -
8:56 - 8:59se essa prole tiver o gene agouti.
-
8:59 - 9:02Uma coisa interessante sobre esse gene
-
9:02 - 9:08é que pode ser desligado, se marcadores
epigenéticos silenciadores acumularem -
9:08 - 9:09ao seu redor.
-
9:10 - 9:14Se uma mãe agouti grávida recebe uma dieta
-
9:14 - 9:19suplementada com esses
marcadores epigenéticos silenciadores, -
9:19 - 9:24esses marcadores serão quimicamente
transmitidos para o DNA do seu embrião, -
9:24 - 9:29e vão se acumular ao redor do gene agouti
e efetivamente desligá-lo. -
9:29 - 9:32O embrião dela manterá esses marcadores,
-
9:32 - 9:35e ele vai nascer e crescer
-
9:35 - 9:39para se tornar um camundongo adulto
magro, marrom e saudável. -
9:40 - 9:44Mesmo essa mãe
sendo geneticamente idêntica -
9:44 - 9:47em relação ao DNA a ambas as proles,
-
9:47 - 9:51podemos ver que a dieta que ela
consumiu durante a gravidez -
9:51 - 9:56pode afetar a saúde
e a aparência da sua prole. -
9:56 - 10:00Isso, claro, tem implicações
além do mundo dos camundongos, -
10:00 - 10:03porque estudos em humanos mostraram
-
10:03 - 10:06que uma mulher que não se alimentam bem
durante a gravidez, -
10:06 - 10:10que come comidas ruins, terão crianças
-
10:10 - 10:15mais suscetíveis a desenvolver
obesidade e doenças cardiovasculares. -
10:15 - 10:18Do mesmo modo, se a mulher
fumar durante a gravidez, -
10:18 - 10:23seus filhos crescerão
com maior chance de desenvolver asma. -
10:23 - 10:28Acredita-se que essas correlações entre
comportamento maternal durante a gravidez -
10:28 - 10:31e consequências para a saúde
no longo termo para os filhos -
10:31 - 10:34estejam relacionadas pela epigenética,
-
10:34 - 10:37como o que viram aqui
no caso dos camundongos. -
10:38 - 10:42Outro ponto importante sobre epigenética
-
10:42 - 10:45é que esses tipos de marcadores
podem ser transmitidos -
10:45 - 10:48não apenas da mãe grávida para o feto,
-
10:48 - 10:51mas também de geração em geração
-
10:51 - 10:56se esses marcadores são
desligados no nosso esperma ou óvulos. -
10:56 - 10:59Portanto, se você está na plateia
e não está grávida, -
10:59 - 11:02e nem pensando em engravidar, pense nisso,
-
11:02 - 11:06porque as decisões de estilo de vida
que você faz hoje -
11:06 - 11:09ainda podem afetar futuras gerações.
-
11:10 - 11:16Por exemplo, um estudo de longo termo
conduzido na Suécia e Inglaterra -
11:16 - 11:21mostrou que garotos jovens
que comeram demais ou começaram a fumar -
11:21 - 11:26durante seus anos de pré-adolescência,
quando o esperma começa a se desenvolver, -
11:26 - 11:32tiveram filhos e netos com longevidade
significativamente mais curta. -
11:33 - 11:35Acredita-se que marcadores epigenéticos
-
11:35 - 11:39que foram transmitidos
pela dieta e hábito de fumo deles, -
11:39 - 11:44afetou a saúde em longo termo
das gerações futuras deles. -
11:44 - 11:48Esse tipo de informação epigenética,
também pode ser passada, claro, -
11:48 - 11:51pelas mulheres pra suas filhas e netas,
-
11:51 - 11:55se os marcadores epigenéticos
estabelecem-se nos óvulos delas. -
11:55 - 12:00A ideia de herança transgeracional
dos marcadores epigenéticos -
12:00 - 12:05é ainda debatida e estudada no caso
dos humanos, mas eu devo acrescentar -
12:05 - 12:10que em organismos não humanos,
camundongos, moscas, minhocas, -
12:10 - 12:14existe um monte de evidências
que mantém a veracidade dessa teoria. -
12:14 - 12:19Está sendo mostrado em laboratório
que ao longo de dezenas de gerações, -
12:19 - 12:22os marcadores epigenéticos
podem ser passados adiante. -
12:23 - 12:28Outra coisa sobre os marcadores que é bom
saber, é que eles não nos afetam -
12:28 - 12:30apenas quando somos um embrião
em desenvolvimento, -
12:30 - 12:35ou quando o esperma e óvulo
que nos concebeu estava se desenvolvendo; -
12:35 - 12:38eles podem nos afetar
depois do nosso nascimento. -
12:38 - 12:42Isso é bastante relevante
quando pensamos no nosso cérebro -
12:42 - 12:46que continua a crescer
e desenvolver durante nossa vida. -
12:46 - 12:48Vejam esse exemplo com ratos.
-
12:48 - 12:53Ratos têm um gene chamado
receptor de glucocorticoide -
12:53 - 12:58e ele pode ser expresso, ou lido,
em uma certa região do cérebro do rato. -
12:58 - 13:03Quando isso ocorre, ele ajuda o rato
a lidar com situações de estresse. -
13:03 - 13:06Quanto mais receptores o rato tiver
nessa região do cérebro, -
13:06 - 13:09melhor ele vai lidar com estresse.
-
13:09 - 13:13Existem estudos que mostraram
que as interações -
13:13 - 13:18entre a mãe rato e seus filhotes
durante a primeira semana de vida -
13:18 - 13:23pode ter consequências de longo termo
para quantos receptores de glucocorticoide -
13:23 - 13:26esses filhotes vão ter
no cérebro deles quando adultos -
13:26 - 13:29e, portanto, o quanto melhor
vão lidar com estresse. -
13:29 - 13:31É assim que isso funciona.
-
13:32 - 13:36Quando filhotes de ratos nascem,
o gene receptor de glucocorticoide -
13:36 - 13:41é envolvido por um número desses
marcadores epigenéticos silenciadores. -
13:41 - 13:44Eles efetivamente desligam o gene.
-
13:44 - 13:50Porém, se a mãe rato lamber
e acariciar bastante os seus filhotes, -
13:50 - 13:54basicamente cuidar bem deles,
durante a primeira semana da vida deles, -
13:54 - 13:59esses marcadores epigenéticos
podem ser removidos do gene. -
13:59 - 14:03Isso permite que o gene receptor
de glucocorticoide seja ligado de novo, -
14:03 - 14:08e continua ligado no cérebro deles
durante o resto da vida. -
14:08 - 14:10Eles crescem tornando-se
animais bem ajustados -
14:10 - 14:12que lidam bem com estresse.
-
14:14 - 14:17Se uma mãe rato ignora seus filhotes
-
14:18 - 14:19(Risos)
-
14:19 - 14:24o gene do receptor de glucocorticoide
vai manter esses marcadores silenciadores, -
14:24 - 14:30eles não vão embora, e vão ficar no
cérebro dos filhotes durante a vida deles. -
14:30 - 14:34Esses ratos serão bastante
ansiosos em situações de estresse. -
14:36 - 14:40Isso traz um ponto bastante
encorajador sobre epigenética -
14:40 - 14:44que é a reversibilidade desses marcadores.
-
14:44 - 14:47Se você está sentado na plateia,
-
14:47 - 14:50amaldiçoando seus pais e seus avós
-
14:50 - 14:54por más escolhas de estilo de vida deles,
ou pela falta de lambidas e carícias -
14:54 - 14:56(Risos)
-
14:56 - 15:00que você recebeu quando era bebê, anime-se
-
15:00 - 15:03porque cientistas estão fazendo
um tremendo progresso -
15:03 - 15:08em criar remédios que podem reverter
marcadores epigenéticos tóxicos -
15:08 - 15:11para ajudar a combater certas doenças.
-
15:11 - 15:16Isso é especialmente promissor
no caso de alguns cânceres -
15:16 - 15:21que são afetados ou ligados
por marcadores epigenéticos anômalos. -
15:22 - 15:24É assim que isso pode funcionar.
-
15:24 - 15:28Nosso corpo tem alguns genes
chamados genes supressores de tumor. -
15:29 - 15:35O trabalho desses genes é proteger
as células pra não se tornarem cancerosas. -
15:35 - 15:41Mas, se muitos marcadores epigenéticos
silenciadores começam a acumular em volta, -
15:41 - 15:43os genes são desligados
-
15:43 - 15:47e não podem mais realizar
seu trabalho de proteção da célula. -
15:48 - 15:53Então, cientistas desenvolveram drogas,
que tiveram aprovação da FDA, -
15:53 - 15:58e estão em testes clínicos,
que podem mirar nesses marcadores, -
15:58 - 16:03efetivamente removendo-os
dos genes supressores de tumor -
16:03 - 16:08e permitindo que esses genes voltem
ao seu trabalho de proteger a célula. -
16:08 - 16:10Imaginem só.
-
16:10 - 16:14Isso é um grande desvio
da terapia do câncer tradicional. -
16:14 - 16:18Historicamente, sempre nos concentramos
em matar as células cancerígenas. -
16:18 - 16:24Isso, porém, está tendo uma abordagem
em recuperar o estado original da célula, -
16:24 - 16:27relembrando-as daquilo
que e elas deveriam fazer. -
16:27 - 16:32Esse tipo de abordagem terapêutica
está mostrando grandes perspectivas -
16:32 - 16:35em termos de outras doenças,
além do câncer, -
16:35 - 16:41doenças que são afetadas de modo similar
por marcadores epigenéticos anômalos, -
16:41 - 16:45como diabetes, lúpus, asma
-
16:45 - 16:50e alguns distúrbios neurológicos,
como doença de Huntington e Alzheimer. -
16:51 - 16:55Eu sou otimista que esse tipo de terapia
trará grandes perspectivas -
16:55 - 16:58para a nossa saúde nos próximos anos,
-
16:58 - 17:02mas devo alertar que um dos desafios
enquanto vamos em frente -
17:02 - 17:08é descobrir como direcionar esses
medicamentos para os marcadores tóxicos -
17:08 - 17:13e, ao mesmo tempo, preservar os benéficos,
que ajudam a manter nossa saúde. -
17:14 - 17:17Quero concluir enfatizando
-
17:17 - 17:23que há coisas que podemos fazer agora para
influenciar nosso epigenoma positivamente. -
17:23 - 17:28Não é tarde demais para começar
a comer alimentos mais saudáveis -
17:28 - 17:31que já sabemos que nos fazem bem,
-
17:31 - 17:37como vegetais folhosos, grãos integrais,
evitar cigarros, cocaína, estresse, -
17:37 - 17:40tudo que foi mostrado experimentalmente
-
17:40 - 17:44que afeta nosso epigenoma negativamente.
-
17:45 - 17:47Essas são coisas que você pode fazer
-
17:47 - 17:51para impactar seus genes
e sua saúde de longo termo. -
17:51 - 17:54E se não for incentivo o bastante,
-
17:54 - 17:59elas também podem impactar a saúde
dos seus futuros filhos e netos. -
17:59 - 18:05Acredito que esse conceito, de que podemos
impactar nossos genes positivamente, -
18:05 - 18:08é realmente profundo e empoderador
-
18:08 - 18:10porque sempre trabalhamos sob a suposição
-
18:10 - 18:15de que nossos genes são inalteráveis,
que estão além da nossa influência. -
18:15 - 18:20Gostaria de terminar hoje,
desafiando vocês, e a mim mesma, -
18:20 - 18:23a aproveitar a oportunidade
que está diante de nós -
18:23 - 18:27de impactar a nossa saúde
de longo termo positivamente, -
18:27 - 18:33tratando do nosso epigenoma com cuidado,
com decisões de estilo de vida saudáveis. -
18:33 - 18:34Obrigada.
-
18:34 - 18:36(Aplausos)
- Title:
- Epigenética e a influência dos nossos genes | Courtney Griffins | TEDxOU
- Description:
-
Esta palestra foi dada em um evento TEDx, que usa o formato de conferência TED, mas é organizado de forma independente por uma comunidade local. Para saber mais visite http://ted.com/tedx
Porque queremos entender quais genes são necessários para o desenvolvimento de vasos sanguíneos, Courtney Griffin estuda algumas enzimas que ajudam a ligar e desligar genes. Essas enzimas estão especialmente envolvidas em relaxar o DNA que normalmente está bem enrolado nas nossas células.
- Video Language:
- English
- Team:
closed TED
- Project:
- TEDxTalks
- Duration:
- 18:41