OEB 2015- Plenário de Abertura- Ian Goldin
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0:00 - 0:01Ótimo, obrigada,
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0:01 - 0:03é ótimo estar com educadores
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0:03 - 0:05que se preocupam
com a interceção -
0:05 - 0:06de aprender com tecnologia
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0:06 - 0:08porque isso vai moldar o futuro
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0:08 - 0:11Se somos capazes de acertar nisto ou não,
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0:11 - 0:12determinará
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0:12 - 0:15se teremos um século 21 glorioso,
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0:15 - 0:17ou um período de riscos absolutos.
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0:18 - 0:22As paredes estão a ir abaixo em todo o lado e é difícil não pensar sobre isto,
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0:22 - 0:24estando tão perto, aqui em Berlim,
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0:24 - 0:27onde à 25 anos, estas paredes desabaram.
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0:27 - 0:29Mas não foram apenas
as paredes físicas que caíram, -
0:30 - 0:33foram as paredes mentais,
as paredes financeiras, -
0:33 - 0:35foram as paredes tecnológicas.
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0:35 - 0:38Todas as paredes estão a cair e é isso...
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0:38 - 0:42que faz disto o século mais entusiasmante
na história da humanidade. -
0:42 - 0:46Muda todas as nossas vidas
de maneiras surpreendentes. -
0:46 - 0:48E mudou certamente a minha.
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0:48 - 0:50Estava a viver em Paris
quando esta parede caiu. -
0:51 - 0:53E não imaginava que me fosse
tocar pessoalmente. -
0:53 - 0:54Pensava que
a sua queda -
0:55 - 0:56Era sobre a
Europa de Leste, -
0:56 - 0:57sobre a Guerra Fria,
sobre outra coisa. -
0:57 - 1:02Mas daí a 6 meses, eu iria,
para minha grande surpresa, -
1:02 - 1:06ser convidado para jantar
com o Presidente Mandela em Paris. -
1:06 - 1:08Ele não era presidente
nessa altura, -
1:08 - 1:10tinha acabado de ser
libertado da prisão. -
1:10 - 1:12Mas ele foi libertado
porque a Guerra Fria acabou. -
1:13 - 1:17E a figura definida deste período
que vivemos nas nossas vidas -
1:18 - 1:20é que, aquilo que acontece
noutro sítio -
1:20 - 1:22irá afetar-nos dramaticamente
de novas maneiras. -
1:22 - 1:25É esta mudança que resulta
da queda das paredes. -
1:25 - 1:29E é esta mudança que vai moldar
o avanço da educação -
1:29 - 1:31e o progresso tecnológico.
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1:32 - 1:36E, claro, o outro período fundamental
--neste tempo-- -
1:36 - 1:41é a tecnologia, tecnologia,
que descolou -
1:41 - 1:45ao mesmo tempo que o Muro de Berlim caiu,
há 25 anos atrás. -
1:45 - 1:47Este crescimento exponencial na
conectividade virtual. -
1:49 - 1:53E agora temos um Mundo de 5 biliões
de pessoas literadas, pessoas educadas -
1:53 - 1:56enquanto tínhamos um Mundo
apenas à 30 anos atrás -
1:56 - 1:59com bem menos de um bilião de
pessoas conectadas. -
1:59 - 2:03Quatro biliões de pessoas mais literadas
e conectadas no Mundo, -
2:03 - 2:04e isto é o mecanismo da mudança,
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2:04 - 2:06onde as pessoas nos bairros pobres de
-
2:06 - 2:09Mumbai, Soweto, São Paulo,
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2:10 - 2:12ou em apartamentos em Berlim,
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2:12 - 2:15vão contribuir para a mudança
de novas maneiras surpreendentes. -
2:15 - 2:16Eles estão a juntar-se.
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2:17 - 2:19Há uma libertação de génios individuais.
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2:19 - 2:21Se acreditam na distribuição
aleatória -
2:21 - 2:24de capacidades
excepcionais, -
2:24 - 2:25Coisa em que eu acredito.
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2:25 - 2:29há apenas mais pessoas lá fora,
educadas, conectadas, que dão e
aprendem ao mesmo tempo. -
2:29 - 2:31Mas eu também acredito num
génio colectivo, -
2:31 - 2:34as capacidades de pessoas
ao juntarem-se, -
2:34 - 2:37para formar equipas,
para aprenderem uns com os outros -
2:37 - 2:40através dos métodos
de que ouvimos falar -
2:40 - 2:41esta manhã,
-
2:41 - 2:42e de outras maneiras.
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2:42 - 2:44Novas curas para o cancro
estão a ser desenvolvidas -
2:44 - 2:47num ciclo de 24 horas
pelo Mundo fora. -
2:47 - 2:50O meu laboratório em Oxford,
trabalha nisto com pessoas -
2:50 - 2:53de Pequim, São Francisco e Palo Alto
-
2:53 - 2:55e em todo o lado, em tempo-real.
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2:55 - 2:58Já não há descanso
na inovação. -
2:58 - 3:00E é esse o poder
neste mecanismo, -
3:00 - 3:01que traz mudança.
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3:01 - 3:03E se acham que viram muita mudança
-
3:03 - 3:05Preparem-se para mais
surpresas. -
3:05 - 3:07Este é o tempo mais lento
na história -
3:07 - 3:08que vão conhecer.
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3:08 - 3:12Tudo se vai tornar mais rápido,
o passo da mudança maior, -
3:12 - 3:14as surpresas mais intensas.
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3:15 - 3:17Vai ser sempre
-
3:19 - 3:22difícil prever o que vem
a seguir. -
3:22 - 3:24A incerteza vai crescer
porque o passo da mudança -
3:24 - 3:25está a crescer.
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3:26 - 3:27Graças à queda
destas paredes, -
3:27 - 3:31existem mais dois biliões
de pessoas no Mundo desde 1990. -
3:32 - 3:35E isto é devido a ideias que viajaram,
ideias simples, -
3:35 - 3:38como "lavar as mãos previne
doenças contagiosas;" -
3:38 - 3:41e ideias complicadas como
a vacinação, -
3:41 - 3:43novas curas para o cancro,
-
3:43 - 3:45e muitas outras coisas.
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3:45 - 3:47Mais dois biliões de pessoas estão
a juntar-se, -
3:47 - 3:50a maior parte delas
urbanizada, -
3:50 - 3:52e mesmo os que não estão
fisicamente juntos, -
3:52 - 3:54estão virtualmente.
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3:54 - 3:57Um momento muito extraordinário
na história humana, -
3:57 - 3:59um em que nos reunimos
como uma comunidade, -
4:01 - 4:06tal como éramos à 150 mil anos,
quando vivíamos em aldeias, -
4:06 - 4:08os nossos antepassados
na África Este, -
4:08 - 4:10que depois se dispersaram
pelo Mundo, -
4:10 - 4:12e que estão agora,
reconectados. -
4:12 - 4:14E é esta reconexão,
que,acredito, -
4:14 - 4:16nos dá potencial
-
4:16 - 4:18Mas será que aprendemos
dela? -
4:18 - 4:20E será que somos capazes de pensar
em nós mesmos -
4:20 - 4:21de novas maneiras,
-
4:21 - 4:23porque nos estamos a conectar
de novas maneiras? -
4:23 - 4:25Será que a parede está a cair
mudando -
4:25 - 4:27a maneira como somos
e pensamos? -
4:27 - 4:29Ou ainda pensamos
-
4:29 - 4:31como individualistas
nos nossos Estados-Nação -
4:31 - 4:33perseguindo os nossos
próprios interesses -
4:33 - 4:35e os dos dos nossos países,
-
4:35 - 4:37sem nos apercebermos que
agora, -
4:37 - 4:38estamos num jogo diferente?
-
4:38 - 4:41Estamos agora num jogo
no qual temos de cooperar -
4:41 - 4:43no qual temos de pensar
sobre os outros, -
4:43 - 4:47onde as nossas acções, pela
primeira vez, se espalham de novas -
4:47 - 4:48e dramáticas maneiras,
-
4:48 - 4:50e afetam pessoas
do outro lado do planeta. -
4:51 - 4:57Este ritmo de educação significa que
não estamos apenas a libertar-nos -
4:57 - 4:59a nós mesmos,
-
4:59 - 5:01mas estamos a libertar
pessoas -
5:01 - 5:02de todo o tipo de hábitos antigos.
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5:02 - 5:05Este tipo de mudança está a levar
a todo o tipo de mudanças -
5:05 - 5:08rápidas nas normas sociais.
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5:08 - 5:10A aceitação do casamento homossexual
é uma dessas mudanças -
5:10 - 5:13mas irão haver muitas, muitas, muitas
outras. -
5:13 - 5:16Consequentemente, aquilo que pensamos
como normal hoje -
5:16 - 5:19vai parecer muito estranho
dentro de alguns anos: -
5:19 - 5:23a mudança do ritmo conduzida
pela educação, -
5:25 - 5:27mais doutorados a serem criados
na China agora -
5:27 - 5:30que na totalidade do resto
do Mundo todos os anos, -
5:30 - 5:31mais cientistas vivos hoje,
-
5:31 - 5:32que todos os cientistas
-
5:32 - 5:33que alguma vez
viveram, -
5:33 - 5:35mais pessoas literadas vivas
hoje -
5:35 - 5:38que as que alguma vez viveram
na nossa história. -
5:38 - 5:40Isto é o mecanismo da mudança.
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5:40 - 5:43Mas não é simplesmente sobre
mais e mais progresso. -
5:43 - 5:45Não é simplesmente sabermos
-
5:45 - 5:47que vai melhorar cada vez
mais. -
5:48 - 5:50É sobre o que vai ocorrer a seguir.
-
5:50 - 5:52Nós não sabemos
o que o futuro guarda. -
5:52 - 5:55Nós vivemos neste extraordinário
momento das nossas vidas -
5:55 - 5:57onde estamos a ver crescimento exponencial
render: vemos isso na -
5:57 - 6:00linha vermelha.
-
6:00 - 6:04E vimos este mais rápido
aumento nas populações, -
6:04 - 6:07o aumento do desenvolvimento, ainda
mais rápido que o aumento da população, -
6:07 - 6:10que é a razal pela qual
-
6:10 - 6:13as pessoas escaparam à pobreza a um ritmo
nunca antes visto na história. -
6:13 - 6:15Apesar da população mundial
aumentar por dois biliões nos últimos -
6:15 - 6:1825 anos,
-
6:18 - 6:22o número de pessoas desesperadamente
pobres desceu por 300 milhões. -
6:22 - 6:24Isto nunca tinha
acontecido antes. -
6:24 - 6:25Este é um tempo incrível,
de longe o melhor tempo -
6:25 - 6:28para estar vivo.
-
6:28 - 6:31Enquanto estamos aqui, a nossa
esperança média de vida deve aumentar -
6:31 - 6:33cerca de 10 horas.
-
6:33 - 6:35É este o ritmo da mudança:
-
6:35 - 6:39aquilo que estamos a aprender
é o que se está a passar nos laboratórios. -
6:39 - 6:42E é isso que me torna
incrivelmente otimista. -
6:42 - 6:46Esta é a idade da descoberta,
o novo Renascimento. -
6:46 - 6:50Este é o período da criatividade
e mudança tecnológica -
6:50 - 6:53que não tem sido visto
há 500 anos. -
6:53 - 6:54Isto é do meu laboratório de
células-tronco na escola -
6:54 - 6:57Oxford-Martin:
-
6:57 - 6:59a pele do técnico
de laboratório -
6:58 - 7:01transformou-se numa célula
do coração. -
7:01 - 7:03E esta é uma das coisas extraordinárias
que estão a acontecer -
7:04 - 7:07que deixam alguém tão entusiasmado
sobre o futuro. -
7:08 - 7:10Um futuro de aumento da esperança média
de vida, -
7:10 - 7:13para que as crianças que nasçam hoje
-
7:13 - 7:16em Berlim ou noutro sítio da Europa,
tenham uma esperança de vida muito acima -
7:16 - 7:19dos 100 anos,
-
7:19 - 7:22sem terem de se preocupar com as coisas
com que eu me preocupo, -
7:22 - 7:25como Alzheimer, Parkinson ou demência.
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7:25 - 7:29Mas que habilidades estão elas a aprender
hoje que as ajudarão a modelar este futuro, -
7:29 - 7:34a prepararem-se para ele, habilidades
que ainda serão relevantes daqui a 100 anos? -
7:34 - 7:38São essas habilidades que vocês
têm a responsabilidade de ajudar a modelar. -
7:39 - 7:41Nós conseguimos imaginar este
futuro glorioso, -
7:41 - 7:44um tempo extraordinário na
história humana. -
7:44 - 7:46Mas também nos conseguimos
aperceber -
7:46 - 7:49que tudo pode correr muito, muito mal
se contido. -
7:49 - 7:52Olhei para o Renascimento à procura de
inspiração -
7:52 - 7:55para tentar perceber como as pessoas
interpretavam estas escolhas. -
7:55 - 7:59Era um período de excepcional
criatividade, -
7:59 - 8:01de ciência excepcional.
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8:01 - 8:06E pensamos hoje em figuras icónicas,
os Miguel Ângelos, os Da Vincis, -
8:06 - 8:08os Copérnicos,
-
8:08 - 8:12descobrindo que a Terra girava em torno
do Sol, não o contrário, -
8:12 - 8:16fundamentalmente mudando o nosso
entendimento de nós no Universo -
8:16 - 8:19de maneiras que vão acontecer no
nosso tempo de vida. -
8:19 - 8:23Mudanças fundamentais que levaram
ao Humanismo, -
8:23 - 8:27ao Iluminismo e muitas,
muitas outras coisas, -
8:28 - 8:30estimuladas por tecnologias.
-
8:30 - 8:33Depois, foi a prensa de Gutenberg.
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8:33 - 8:36Ideias simples viajam muito rapidamente.
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8:36 - 8:38Até lá apenas monges
conseguiam ler e escrever, -
8:38 - 8:40em Latim, nos seus mosteiros.
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8:40 - 8:43Menos de metade de 1% do Mundo
era literado. -
8:43 - 8:46Não havia nada para ler
-- e tudo era em Latim. -
8:47 - 8:51E então, esta invenção levou
a uma total nova maneira de pensar. -
8:51 - 8:56Ideias viajavam, as pessoas podiam
aprender nas suas línguas-mãe, -
8:56 - 8:58e tivemos o Renascimento.
-
8:59 - 9:01Também tivemos o desenvolvimento
do nacionalismo -
9:01 - 9:03porque as pessoas conseguiam
identificar-se. -
9:04 - 9:07E claro, um massivo push-back
tecnológico. -
9:08 - 9:11A fogueira das vaidades,
a queima de livros, -
9:11 - 9:14não longe daqui e pela Europa.
-
9:14 - 9:19A destruição de prensas,
fundamentalismo religioso, -
9:19 - 9:23extremismo,
guerras religiosas por 150 anos. -
9:23 - 9:25Se se lembram das curvas que mostrei,
-
9:25 - 9:28da longa trajetória de crescimento
no desenvolvimento e na população, -
9:29 - 9:31o Renascimento não conseguiu
isto. -
9:31 - 9:34Foi um não-evento, não levou
a melhorias -
9:34 - 9:38no bem-estar das pessoas na Europa
e além. -
9:38 - 9:39Será que somos diferentes?
-
9:39 - 9:45Conseguimos abraçar as nossas tecnologias
de maneiras que levam ao progresso sustentado? -
9:45 - 9:47Existem duas coisas que me preocupam
a respeito disto. -
9:48 - 9:52Primeiro, enquanto as paredes desceram
entre sociedades, -
9:52 - 9:57dentro das sociedades,
as paredes estão a subir em todo o lado. -
9:57 - 10:00Todos os países estão a experienciar
a desigualdade a subir. -
10:00 - 10:02Porque será isto?
-
10:02 - 10:06É porque o ritmo do progresso
é tão rápido na fronteira -
10:07 - 10:10que este processo de integração
-- a que alguns chamam globalização-- -
10:11 - 10:16levou a uma mudança tão rápida
que se não estamos na fronteira, -
10:16 - 10:21se não temos as habilidades, a mobilidade,
a atitude para mudar, -
10:22 - 10:25para nos adaptarmos, para agarrar
novas coisas, somos deixados -
10:25 - 10:28mais e mais longe para trás.
-
10:28 - 10:32Se estamos no lugar errado,
com as habilidades erradas no tempo errado, -
10:32 - 10:36ou se somos demasiado velhos,
somos deixados mais e mais longe para trás. -
10:36 - 10:39E então vemos em todas as sociedades
desigualdade crescente. -
10:39 - 10:42Algumas pessoas foram capazes de capturar
o bom da globalização. -
10:43 - 10:45Elas foram capazes de dispôr
do seu dinheiro, -
10:45 - 10:47quer sejam uma corporação
nas Bermudas ou algures, -
10:47 - 10:51ou um indivíduo no Mónaco,
Litchenstein ou Luxemburgo. -
10:51 - 10:54Assim, os governos estão a tornar-se
cada vez menos capazes -
10:54 - 10:57de cobrar impostos aos seus cidadãos,
às suas corporações -
10:57 - 11:01e menos capazes de fundear a
educação, a saúde, infra-estruturas -
11:01 - 11:02e as outras coisas de que precisamos.
-
11:03 - 11:07O segundo grande problema deste
processo de integração -
11:07 - 11:09é: quando as coisas se conectam,
-
11:09 - 11:12infelizmente,
nem só coisas boas se conectam. -
11:13 - 11:15Raramente, coisas más fazem uma
conexão. -
11:16 - 11:21Então, a questão é como é que temos
este sistema complexo, denso, entrelaçado, -
11:21 - 11:24sem ficarmos assoberbados por ele?
-
11:24 - 11:27Seremos capazes de gerir
as nossas interdependências -
11:27 - 11:30de maneiras que serão sustentáveis
e que nos beneficiarão, -
11:30 - 11:32ou será que elas nos vão
assoberbar? -
11:32 - 11:33E isto levou a que coisas
boas e pretendidas -
11:33 - 11:36levassem a males não pretendidos.
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11:36 - 11:38A nossa consequência pretendida de usar
mais antibióticos pelo Mundo -
11:38 - 11:42está a levar a uma resistência aos antibióticos.
-
11:42 - 11:44Ou conforme o nosso consumo de energia
cresce pelo Mundo, -
11:45 - 11:46porque mais pessoas estão a escapar à pobreza,
existem mudanças climáticas negativas. -
11:46 - 11:50Ou conforme o nosso uso de recursos aumenta
porque mais pessoas têm menos fome, -
11:51 - 11:55existe uma maior carência de recursos.
-
11:55 - 11:57E as consequências não pretendidas,
bancos que se espalham pelo Globo, -
11:57 - 12:02tornando-se em centros de riscos
e crise financeira. -
12:02 - 12:06Os aeroportos espalham epidemias, aquilo
que eu chamo o efeito-borboleta da globalização. -
12:07 - 12:13A propagação do risco não é uma ideia nova.
-
12:14 - 12:16Em Inglaterra pensamos que um rato
que veio de um navio em Liverpool -
12:16 - 12:19pode ter morto metade da população
Britânica na Peste Negra. -
12:19 - 12:23A globalização precoce levou
ao risco sistémico. -
12:23 - 12:26Mas o que é novo é o ritmo
e escala da mudança. -
12:26 - 12:29A gripe suína começa na Cidade do México
-
12:30 - 12:32e chega a 160 países
em 30 dias. -
12:32 - 12:36E o grupo de infecções emergentes
na escola Oxford Martin -
12:36 - 12:39modelou esta propagação
com tráfico aéreo, -
12:40 - 12:44e mostrou exatamente como funciona.
-
12:44 - 12:46Então, os super-propagadores da
boa globalização -
12:46 - 12:48como JFK, Heathrow, Frankfurt,
e outros ótimos aeroportos -
12:49 - 12:54tornaram-se os super-propagadores da má,
neste caso, pandemias. -
12:54 - 12:58E na ciber- esfera, claro, vemos isto
dramaticamente, -
12:59 - 13:02que qualquer coisa pode estar instantaneamente
noutro lado, seja má ou boa. -
13:03 - 13:08Nas finanças, vemos a indicação dramática
disto, -
13:09 - 13:11o sistema começa a colapsar
de uma crise subprimária nos EUA -
13:11 - 13:16levando ao despedimento de 100 milhões
de pessoas pelo Mundo fora. -
13:16 - 13:22Então, aquilo que acontece noutro sítio
afeta dramaticamente pessoas -
13:22 - 13:25no outro lado do Mundo
da mesma maneira que a minha vida -
13:25 - 13:28foi modelada, mas por vezes com
consequências desastrosas. -
13:28 - 13:30E aquilo que o sistema financeiro também nos
ensina é o poder -
13:30 - 13:33em ascendência dos indivíduos.
-
13:33 - 13:39Estas novas tecnologias dão aos indivíduos
poderes simplesmente sem precedentes. -
13:39 - 13:44O banco Barings tinha existido
durante 200 anos. -
13:45 - 13:48Tinha resistido às mais fantásticas
mudanças tecnológicas, políticas, entre outras, -
13:48 - 13:50e um homem novo, Nick Leeson,
como que por diversão -
13:50 - 13:53enquanto trabalhava na Bolsa,
-
13:53 - 13:59conseguiu deitá-lo abaixo.
-
13:59 - 14:00E a mesma coisa quase aconteceu na
Société Générale com Jérôme Kerviel, -
14:00 - 14:03JP Morgan, UBS, e muitos outros.
-
14:03 - 14:06Vemos que estes indivíduos têm agora
poder de novas maneiras. -
14:06 - 14:10E claro, indivíduos podem também,
ter poder de novas maneiras. -
14:10 - 14:15E claro, indivíduos podem também,
de novas maneiras, desenvolver biopatogenos -
14:15 - 14:19usando o ADN sequenciado, que está a baixar
exponencialmente no preço, -
14:19 - 14:22um único indivíduo pode agora
construir algo, -
14:22 - 14:24usando a tecnologia como um drone
para o distribuir -
14:25 - 14:29e matar talvez, dezenas, senão centenas,
de milhões de pessoas. -
14:29 - 14:34Esta nova capacidade, este novo poder
dos indivíduos mudou -
14:34 - 14:39e os Estados Nação estão a tornar-se menos
e menos poderosos -
14:39 - 14:41relativamente ao poder dos indivíduos.
-
14:41 - 14:44E existem sete biliões de nós,
que serão nove -
14:44 - 14:46nos próximos 35 anos.
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14:47 - 14:50Dentro do ciber-espaço, nós vemos isto
dramaticamente, -
14:50 - 14:53como grupos pequenos podem causar
mutilação, -
14:53 - 14:55roubar todos os nossos registos,
abrir as nossas contas bancárias, -
14:55 - 14:57eles abrirão as nossas portas da frente,
-
14:57 - 15:01controlarão as nossas comunicações
veículo-a-veículo, etc. -
15:01 - 15:07Compreendendo como construímos sistemas
que nos libertam, -
15:08 - 15:13mas que não nos escravizam ou vulnerabilizam,
é a questão central. -
15:14 - 15:18Conseguimos criar sistemas interdependentes
onde estamos no controlo, -
15:18 - 15:19e o que é que isso significa?
-
15:20 - 15:23E que agora o processo da educação requer
um novo entendimento -
15:23 - 15:26de responsabilidade.
-
15:26 - 15:29Como estas tecnologias se impregnam
nos nossos corpos, -
15:29 - 15:31e em tudo o que fazemos,
-
15:31 - 15:32torna-se mais e mais importante.
-
15:32 - 15:35Confiança, integridade, bom-senso,
-
15:36 - 15:39estas velhas coisas tornam-se
mais e mais importantes. -
15:40 - 15:45A crise financeira foi caracterizada por
um número de coisas remarcáveis. -
15:47 - 15:52Acima de 250,000 pessoas extremamente
bem pagas nos bancos centrais do Mundo -
15:53 - 15:58no IMF e outras instituições
com grandes bases de dados -
15:59 - 16:00não vêm o que está para acontecer.
-
16:01 - 16:04Demasiados dados, integridade a menos.
-
16:05 - 16:07E conforme as máquinas começam a tomar
os nossos trabalhos -
16:07 - 16:09-- e um dos meus grupos na escola
Oxford Martin disse que 47% dos trabalhos -
16:09 - 16:12nos EUA
-
16:12 - 16:15vão ser perdidos para a inteligência
artificial nos próximos 20 anos-- -
16:15 - 16:20as pessoas vão ver cada vez mais
a inteligência artificial como uma ameaça -
16:20 - 16:23não apenas às suas contas bancárias
e outros sistemas, -
16:23 - 16:26mas aos seus trabalhos e carreiras.
-
16:26 - 16:31Assim sendo, como criamos sistemas
educativos que não são vulneráveis -
16:31 - 16:33à automação que toma os
nossos trabalhos? -
16:33 - 16:37E a resposta é, nós precisamos de fazer
coisas que não sejam automatizáveis. -
16:37 - 16:38O que é que isso significa?
-
16:38 - 16:45Significa creatividade, destreza,
empatia, bom-senso, -
16:46 - 16:50e é isso que nos manterá
diferente das máquinas -
16:50 - 16:52por, pelo menos,
os próximos 50 anos. -
16:53 - 16:57Então, criar um ambiente onde máquinas
complementam as nossas abilidades, -
16:58 - 17:00nos ajudam, fazem muitas das coisas
-
17:00 - 17:04que são realmente, de muitas maneiras,
inumanas de fazer, -
17:05 - 17:07pelo seu perigo entre outras coisas;
-
17:08 - 17:11que nos ajudam a ser mais eficazes,
mas não nos suplantam. -
17:11 - 17:14Estando na Alemanha,relembram-nos sempre
-
17:14 - 17:18que a tecnologia não simplesmente existe,
que as pessoas decidem adoptá-la. -
17:18 - 17:19É a atitude da sociedade.
-
17:19 - 17:21A Alemanha baniu bases nucleares,
baniu GMOs -
17:21 - 17:24(produtos geneticamente alterados)
-
17:24 - 17:26Muitos outros lugares
abraçam estas tecnologias. -
17:27 - 17:30É aquilo que sentimos em relação a elas
que importa. -
17:30 - 17:32É como sentimos que conseguimos
controlá-las, quer sintamos que estamos -
17:32 - 17:35no topo,
-
17:35 - 17:37que vai moldar a maneira
como as sociedades as adoptam. -
17:37 - 17:39Assim sendo, na educação,
parece absolutamente vital -
17:39 - 17:42que as compreendamos.
-
17:42 - 17:45As pessoas precisam de perceber
o que é a modificação genética. -
17:45 - 17:49As pessoas precisam de perceber
o que é sequenciar o ADN. -
17:49 - 17:54As pessoas precisam de perceber que estas
novas, extremamente poderosas tecnologias, -
17:54 - 17:59vão mudar a maneira que nós temos de ser
e as chances de avançarmos. -
17:59 - 18:04Existirão escolhas societais:
queremos criar super-humanos, ou não? -
18:04 - 18:07E se outros o fizerem,
qual é a nossa reacção a isso? -
18:07 - 18:11Estas serão as escolhas que enfrentaremos,
maiores ainda as das gerações futuras. -
18:11 - 18:14Este apertar de mãos,
esta compreensão da tecnologia, -
18:14 - 18:18esta literacia torna-se mais e mais
importante, -
18:18 - 18:20assim como a interconectividade.
-
18:22 - 18:27Conforme nos tornarmos mais ricos,
conforme nos tornamos mais conectados, -
18:28 - 18:32os transbordamentos das nossas escolhas
tornar-se-ão cada vez mais fortes. -
18:33 - 18:37E vemos isto em muitas, muitas áreas.
Vemos-- -
18:37 - 18:41--desculpem, quero voltar para o slide com o vídeo,
se me derem licença-- -
18:43 - 18:52(pessoas a discutir animadamente em torno
de um grande atum em Japonês, e a aplaudir) -
18:52 - 18:55Este é o mercado do atum em Tóquio.
-
18:55 - 18:59Este atum foi vendido por cerca de 1,5
milhões de euros. -
19:00 - 19:05Esta é a resposta do mercado à escassez
de um recurso natural. -
19:06 - 19:09O preço sobe, os atuns não sabem
quanto é que valem, claro. -
19:09 - 19:11Não se reproduzem mais
quando valem mais. -
19:11 - 19:15Pescadores com alta-tecnologia
pescam o que resta da população -
19:15 - 19:16e temos então, a extinção.
-
19:16 - 19:20A mesma coisa aconteceu,
com rinocerontes e outros recursos. -
19:20 - 19:23Os recursos naturais não percebem
mercados. -
19:24 - 19:25Eles são-lhes irrelevantes.
-
19:26 - 19:30Então, enquanto continuamos e temos
um sistema de mercado que determina escolha, -
19:30 - 19:31numa mão,
-
19:31 - 19:33e mais e mais pessoas
com mais riquezas -
19:33 - 19:36estão a tirar recursos
através deste sistema, -
19:36 - 19:40Na outra mão, temos o
suplemento de recursos naturais, -
19:40 - 19:41determinado de maneiras totalmente
diferentes, -
19:42 - 19:45o que origina um sério problema
de extinção. -
19:47 - 19:49Os Governos também não lidam
com isto espertamente. -
19:49 - 19:54Pensando a curto-prazo,
extraem recurso, -
19:54 - 19:56frequentemente para o bem do seu povo,
-
19:56 - 19:58mas colectivamente, a longo-prazo,
um desastre. -
19:58 - 20:00Este é o Mar de Aral.
-
20:00 - 20:03Pesso--Países, seis países,
fazendo a coisa certa, -
20:03 - 20:05drenando água para dar ao seu povo.
-
20:05 - 20:07Colectivamente, um desastre.
-
20:08 - 20:11Os exemplos de sucesso
--e o Mediterrâneo é um.. -
20:11 - 20:16onde cidadãos, cientistas, políticos,
movimentos sociais civis -
20:16 - 20:18se juntaram e salvaram isto.
-
20:18 - 20:22E com as mudanças climáticas, claro,
temos este problema dramático. -
20:24 - 20:28Aquilo que está a acontecer em Paris
esta semana, é um grande sinal -
20:28 - 20:30do futuro do planeta.
-
20:30 - 20:34Mas não é suficiente;
precisamos de fazer muito mais. -
20:35 - 20:36E precisamos de o fazer
duma maneira -
20:36 - 20:38que permite às pessoas
em volta do Mundo -
20:38 - 20:40beneficiar das coisas que temos.
-
20:40 - 20:44Criámos 90% do problema
nos países ricos -
20:45 - 20:48mas 80%, já 70%
dos fluxos (reconfirma) -
20:48 - 20:51crescendo para 80 nos próximos
15 anos, -
20:51 - 20:53virão de mercados emergentes.
-
20:53 - 20:56Então, como deixamos o resto do
Mundo climatizar a curva de energia, -
20:56 - 20:58enquanto asseguramos a
manuntenção do aquecimento global -
20:58 - 21:01abaixo de 2º graus?
-
21:01 - 21:05Estas decisões colectivas,
cada vez mais, -
21:05 - 21:08vão mudar a maneira como o planeta
se move. -
21:08 - 21:10Quem vai fazer isto?
-
21:11 - 21:16Estas instituições são
inaptas para o propósito. -
21:16 - 21:19Foram construídas numa era diferente,
com estruturas de poder diferentes. -
21:21 - 21:24São incapazes de alcançar
os desafios do nosso tempo, -
21:24 - 21:25e em algumas áreas,
como o ciber-espaço, não há -
21:25 - 21:28de todo uma instituição.
-
21:28 - 21:29Pequenas mudanças,
largamente pondo -
21:29 - 21:32a mobília no lugar.
-
21:32 - 21:34(risos)
-
21:35 - 21:36Então penso em nós como nações,
como numa cabina forrada por um -
21:36 - 21:38grande oceano,
-
21:38 - 21:40cada um na sua pequena cabina,
à deriva sem capitão, -
21:40 - 21:43no convés do Planeta Terra
-
21:43 - 21:44De novo, parte disto é o resultado
de mudanças -
21:44 - 21:46positivas e extraordinárias.
-
21:46 - 21:49Já não estamos num Mundo,
em que doze homens brancos, -
21:49 - 21:52a fumar,
-
21:52 - 21:56podem sentar-se numa sala e decidir
o futuro da Terra, -
21:56 - 21:59como fizeram a seguir à Segunda
Guerra Mundial. -
21:59 - 22:00Novas balanças no poder significam
que temos de ter uma -
22:00 - 22:02transição no poder.
-
22:02 - 22:03Mas estamos num tempo perigoso
em que os poderes antigos -
22:03 - 22:06já não lideram,
-
22:06 - 22:09e os novos poderes não têm
sido capazes de subir a fasquia. -
22:09 - 22:10É um tempo de transição,
é um tempo em que as grandes -
22:10 - 22:13instituições,
-
22:13 - 22:14as melhores delas como o IMF (fundo
monetário internacional), -
22:14 - 22:17se afirmaram
-
22:17 - 22:21totalmente inaptas para o propósito.
-
22:21 - 22:24Requer cidadãos, requer pensar
de novas maneiras -
22:24 - 22:28para superar este problema.
-
22:28 - 22:29Pensar de uma maneira a superar
o "curto-prazismo", -
22:29 - 22:31seja nos negócios
seja nas nossas próprias decisões. -
22:32 - 22:36Precisamos de pensar longamente,
porque estamos aqui a longo-prazo -
22:36 - 22:39e as crianças de hoje vão estar aqui por
pelo menos um século. -
22:39 - 22:41Como fazemos isto e como nos apercebemos
que as nossas decisões, cada vez mais, -
22:44 - 22:46estão entre-ligadas
com as dos outros -
22:46 - 22:49é claro a
questão crítica. -
22:49 - 22:53Aquilo que vemos na política
é uma reversão. -
22:53 - 22:56As pessoas sentem que o futuro
é assustador, incerto. -
22:57 - 22:59Elas sentem que a abertura
e a conectividade -
22:59 - 23:02as torna mais vulneráveis,
-
23:02 - 23:07e estão certas.
-
23:07 - 23:08Então, vemos este asco político
com extremismo crescer -
23:08 - 23:11em todos os países, mas especialmente
na Europa e nos EUA. -
23:12 - 23:16As pessoas querem voltar a uma idade
que romantizam ser melhor: -
23:16 - 23:20proteccionismo, nacionalismo, xenofobismo.
-
23:21 - 23:24É profundamente extraviado.
-
23:25 - 23:26De forma a assegurar-nos
que somos capazes -
23:26 - 23:28de gerir este Mundo,
-
23:28 - 23:30precisamos de estar mais conectados,
não menos. -
23:30 - 23:33Precisamos de assegurar que somos capazes
de juntar-nos, mas estar protegidos; -
23:33 - 23:37Resilientes, pensando juntos, e assegurando
que através das nossas decisões -
23:38 - 23:43não protegemos apenas os nossos próprios futuros
-
23:43 - 23:47mas protegemos os dos outros
e o planeta. -
23:47 - 23:51Obrigada
(Aplausos) -
23:51 - 24:01Se conseguirmos fazer isso, podemos rockar
até uma velhice feliz. -
24:01 - 24:05(Moderador) Ian, (ri)
muito obrigada.... -
24:05 - 24:07Existem muitos comentários aqui, mas
há um tema que está a emergir. -
24:07 - 24:09Deixem-me só dar-vos este comentário
da Anastasia Brewer (verifica), acho eu? -
24:09 - 24:15Está sobressaído como--
-
24:16 - 24:18Quero destacar, mesmo,
o que David disse mesmo ao início -
24:18 - 24:22sobre "Não ter medo
não estar em negação" -
24:22 - 24:25e esta necessidade de mudança
e o que ele disse sobre -
24:25 - 24:27o novo "normal" vai ser muito estranho
daqui a alguns anos, -
24:27 - 24:31porque Jeff Kortenbosch
faz este comentário: -
24:31 - 24:35"Um grupo de aptidões chave devia ser
sobre adaptação a uma mudança rápida, -
24:35 - 24:39"para aprender, desaprender e re-aprender"
-
24:39 - 24:41E o debate hoje vai ser
sobre as aptidões do século 21 -
24:41 - 24:46que deviam ser ensinadas em escolas
e não são. -
24:46 - 24:48Agora, maior parte do trabalho na
Martin School é sobre comportamento -
24:48 - 24:51e sobre compreensão
de como o cérebro funciona, -
24:52 - 24:54a adaptabilidade e os medos da
segunda (verifica) geração -
24:54 - 24:56para ser capaz de se adaptar a esta mudança,
-
24:56 - 24:59que está a acelarar-se provavelmente ainda mais rápido
do que a maior parte se apercebe. -
24:59 - 25:03Quão optimistas podemos ser, em relação à
nossa capacidade humana ser capaz de lidar com isto? -
25:03 - 25:07(Goldin) Sim, está é
a questão mais difícil. -
25:08 - 25:10A minha impressão é que o mundo está a mover-se
a uma velocidade revolucionária -
25:11 - 25:14e que nós e as nossas instituições somos
evolutivamente muito lentos na adaptação. -
25:15 - 25:20A minha esperança é que esta concentração
de conhecimento que está a ser solta -
25:21 - 25:26através da nova conectividade e literacia
nos permitirá dar um pulo. -
25:26 - 25:29E de facto vemos isso,
e vemos sinais disto de tantas maneiras. -
25:29 - 25:33Existem todos os tipos de coisas entusiasmantes,
-
25:33 - 25:36como as coisas que ouvimos
hoje cedo, -
25:36 - 25:38que estão a acontecer.
-
25:38 - 25:39A grande questão, e acho que vai ser
parcialmente uma questão resolvida -
25:40 - 25:43em Paris esta semana, é que podemos aprender
a cooperar nestes grandes desafios. -
25:43 - 25:47Somos capazes de desistir
de alguma independência e soberania -
25:47 - 25:50como indivíduos ou como países,
-
25:50 - 25:53para garantir que coletivamente,
todos teremos um futuro maior? -
25:53 - 25:55Somos capazes de fazer a longo term--
(Moderador) Mas e o... (verifica) -
25:55 - 25:58e a abilidade e-- só temos cerca de
3 minutos para usar agora-- -
25:58 - 26:01mas e a abilidade
do ser humano -
26:01 - 26:03para cooperar com esta enormidade, particularmente
para adaptar-se à velocidade -
26:03 - 26:07que a próxima geração,
-
26:07 - 26:08através do processo educativo
estará à espera? -
26:08 - 26:11(Goldin) Os Humanos podem fazer qualquer coisa.
-
26:11 - 26:12Na minha faculdade, Oxford Balliol, nós tivemos
um terço da faculdade a dar as suas vidas -
26:13 - 26:19na Primeira Guerra Mundial,
-
26:19 - 26:20e cerca de 20% da faculdade a dar a
sua vida na Segunda Guerra Mundial -
26:20 - 26:24para defender ideais de liberdade.
-
26:24 - 26:26As pessoas são preparadas para fazer os mais
extraordinários sacrifícios, -
26:28 - 26:31para mudar as suas vidas fundamentalmente,
-
26:31 - 26:32se acreditam que
é a coisa certa a fazer. -
26:32 - 26:35(Moderador) E podem fazê-lo?
(Goldin) Sim, podem. -
26:35 - 26:36Já o fizemos antes, e podemos fazê-lo de novo:
Estou absolutamente convencido. -
26:36 - 26:39(Aplauso)
-
26:39 - 26:42(Moderador) Mas de novo, estou a colher
e a tentar juntar -
26:42 - 26:45uma variedade de temas aqui, mas que--
como o David disse ao início. -
26:45 - 26:48"Não tenham medo, não estejam em negação".
-
26:48 - 26:50Isso é alcançável, é?
Esse tipo de reversão, com esta escala de mudança, -
26:50 - 26:54e a transição,
a acelaração a tomar lugar? -
26:54 - 26:56(Goldin) Sim. Acho que uma pessoa tem de
abrir os seus olhos -
26:58 - 27:02antes de conseguir ver
o que se passa à sua volta. -
27:02 - 27:04E este ritmo de mudança é realmente
o motivo principal. -
27:04 - 27:07Somos capazes de apreciar
-
27:07 - 27:10Este extraordinário momento na história,
no qual estamos? -
27:10 - 27:12Esta idade de descoberta, seremos capazes de
reconhecê-la pelo que é, -
27:12 - 27:16e aproveitar as oportunidades que vêm com ela?
-
27:16 - 27:18(Moderador) Sim, vou parar aqui.
Receio que- como correu demasiado, -
27:19 - 27:2225 minutos, os 30 minutos acabaram, por isso
vou ter de o parar neste ponto. -
27:22 - 27:26porque algumas pessoas começaram a sair,
há café e tudo mais -
27:26 - 27:29e um horário apertado.
-
27:29 - 27:31Lembrem-se, isto vai ser uma grande part do
grande debate hoje -
27:31 - 27:36e também, permitam-me denotar que
toda a gente aqui pode falar mais sobre isso. -
27:36 - 27:40E de facto, David Prince vai fazer
uma sessão de autógrafos, -
27:40 - 27:42"Como vamos trabalhar, viver e aprender
no futuro" à 13h05, -
27:42 - 27:47na sala Potsdam 3,
-
27:47 - 27:50e "A Informação Não Quer Ser Gratuita",
o Cory vai falar sobre isso, -
27:50 - 27:56e sobre direitos de autor na idade digital, também,
ao meio-dia. -
27:56 - 28:00Então, a todos: já vos enfardámos
com uma série de numerosos conceitos. -
28:01 - 28:05E David, posso também dizer-te,
-
28:05 - 28:07que um grande número de pessoas
te mandou mensagens, admirando a tua batalha -
28:07 - 28:11e como venceste a tua batalha no
ramo da saúde. -
28:11 - 28:13Posso agradecer-vos a todos,
e também por contribuírem -
28:14 - 28:17com alguns comentários e questões.
-
28:17 - 28:20É a hora do café.
(Aplausos) -
28:21 - 28:23[Gravações desta sessão estarão
carregadas no website www.online-educa.com]
- Title:
- OEB 2015- Plenário de Abertura- Ian Goldin
- Description:
-
Ian-Goldin- Professor de Globalização e Desenvolvimento e Director da Escola Oxford Martin na Universidade de Oxford- Inglaterra
A sessão de abertura Plenária do OEB 2015 olhou para os desafios da modernidades e identificar como pessoas, organizações, instituições e sociedades podem fazer tecnologia e conhecimento trabalhar em conjunto para acelarar o ritmo para uma nova idade de oportunidades.
Mais informações: http://bit.ly/1lugQWX
- Video Language:
- English
- Team:
Captions Requested
- Duration:
- 28:31
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