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Fídias(?), O friso do Partenon, c. 438-32 A.E.C.

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    Estamos no museu britânico e
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    estamos olhando para os frisos que
    envolviam o Partenon
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    mas não exatamente o exterior dele...
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    Mas sim dentro da marquise.
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    são esculturas superficiais
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    e embora elas tivessem uma
    pintura mais vívida
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    penso que era um pouco difícil vê-los
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    Essencialmente o que vemos é uma
    procissão de cidadãos atenienses
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    pelo aniversário de Atena,
    deusa padroeira de Atenas
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    Que encerraria sua caminhada
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    através da cidade no seu templo
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    Certo, o Partenon
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    E dentro do Partenon
    há um escultura gigante
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    da deusa Atena feita por Fídia
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    O que temos aqui então
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    não é a representação de alguma mitologia
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    mas, na verdade, uma representação
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    de algo que os atenienses teriam vivido
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    ...Sim, e eles se colocam no
    reino dos deuses
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    porque eles participam da procissão
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    parecendo bem altivos e nobres,
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    e a procissão termina com um
    sacrifício para os deuses
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    na presença dos deuses e deusas
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    De certa forma isso dissolve a dualidade
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    ...entre reino humano e reino divino
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    Vamos olhar de perto a procissão
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    Porque primeiramente ela é bem longa
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    ocupando dois lados da sala.
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    A procissão começa de uma maneira lenta
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    ...certo, e vai ganhado ímpeto e energia.
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    Estamos falando de dezenas de cavalos,
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    dezenas de cavaleiros,
    cada um esculpido de maneira
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    ligeiramente diferente.
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    Cavalos sobrepondo cavalos,
    que sobrepõe cavaleiros
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    Há uma incrível impressão de
    ritmo e movimento
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    Apesar de tudo estar estático, na pedra,
    certo?
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    Nada se move, mas há uma complexidade
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    dos cascos dos cavalos,
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    das pernas dos cavalos,
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    das pernas dos cavaleiros...
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    A anatomia dos cavalos,
    seus músculos, suas veias...
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    e cada um está numa posição
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    como você disse, numa posição
    ligeiramente diferente.
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    mas tudo cria esse ímpeto.
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    Quase posso ouvir o trote desses cavalos.
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    As figuras masculinas têm esses
    ombros largos e quadris estreitos
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    e belos torsos, incríveis músculos
    nos braços,
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    Rostos belíssimos e muito serenos.
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    Nós vemos esses humanos, esses
    atenienses controlam o poder
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    e a selvageria da natureza
    representada através dos cavalos.
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    Essa ação super selvagem e apaixonada
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    é uma das coisas mais maravilhosas
    em um animal.
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    E o cavaleiro humano ali montado,
    segurando a rédea... De maneira tão nobre,
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    se virando para olhar às suas costas
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    sem preocupar-se com o fato
    do seu animal estar empinando
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    pois ele tem tanto controle que
    pode se virar ainda assim.
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    Isso é algo que fala sobre um
    tipo de nobreza e heroísmo.
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    Então, se de fato, o friso
    retrata a procissão panatenaica,
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    hipótese geralmente aceita.
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    Embora haja historiadores que
    sugiram outras possibilidades.
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    O que provavelmente estamos vendo
    nessa imagem é a dobragem do peplo
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    o qual foi tecido com muita honra
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    pelos próprios atenienses
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    que, claro, desfilaram finalmente pela cidade
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    para vestirem eles mesmos
    a estátua da deusa Atena
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    no seu templo, o Partenon
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    Esse grupo de esculturas teria ficado
    bem sobre a entrada principal do Partenon
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    O próprio templo pode, na verdade,
    ser alcançado de qualquer direção
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    mas para chegar até a câmara principal
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    você teria de passar sob
    estas imagens, então...
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    ...e olhando para cima veria os deuses
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    Essas estão em piores condições.
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    E há uma espécie de calmaria aqui,
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    e há um maior distanciamento
    entre as figuras
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    em relação a confusão de
    cavalos e cavaleiros
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    na procissão que eu amo tanto.
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    Mas o que é realmente
    notável nessas figuras
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    é o tratamento de suas roupas
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    É quase como se houvesse um escultor
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    que sob a direção de Fídias,
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    amava brincar com o amarrotar do tecido.
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    Eles rodam, e se movimentam
    e se encontram.
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    Nós estamos olhando para três figuras aqui
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    que sentam-se uma de frete para a outra.
    Mas uma vira sua face para trás
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    E há uma figura aqui que simplesmente...
    Eu nunca vi nada...
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    Ares - o Deus da guerra
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    Esse é ele?
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    Sim!
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    é tão humano e tão divino ao mesmo tempo
    e apesar de nós não vermos sua face
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    há um espécie de total confiança e
    idealismo no seu corpo e na sua postura
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    E o modo como ele se move,
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    levantando o joelho e
    se inclinando para trás, olhando
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    e há um senso de total tranquiidade
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    e ainda assim seus gestos são tão humanos
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    Há uma espécie de total conforto dele
    com o seu corpo
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    Que a escultura consegue
    expressar com primor
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    Mas esse painel é notável graças a
    sua variedade
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    por sua complexidade e unidade,
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    pela compreensão das diversas formas
    do homem experienciar o movimento
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    da relação entre animal e homem,
    e homem e deus
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    e muito disso é um espelho que reflete
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    o modo como os gregos viam eles mesmos
    e o mundo.
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    Legendado por [Igor Vieira]
    Revisado por [Cainã Perri]
Title:
Fídias(?), O friso do Partenon, c. 438-32 A.E.C.
Description:

Fídias(?), O friso do Partenon, c. 438-32 A.E.C., mármore pentélico (128 metros lineares, dos 160 metros que formam o friso do Partenon, estão no Museu Britânico)

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Video Language:
English
Duration:
05:22

Portuguese, Brazilian subtitles

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