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Propriedades dos álcoois

  • 0:01 - 0:04
    Vamos pensar um pouco nas
    propriedades dos alcoóis
  • 0:04 - 0:13
    Como vimos, a forma geral de alcoóis é uma
    cadeia carbônica ligada a uma hidroxila
  • 0:13 - 0:17
    E claro, o oxigênio terá dois pares
    de elétrons na camada de valência
  • 0:17 - 0:21
    Vamos comparar com a água
  • 0:21 - 0:27
    Temos um oxigênio ligado a dois
    hidrogênios e dois pares de elétrons
  • 0:27 - 0:34
    Na água, o oxigênio, muito mais
    eletronegativo, "puxa" elétrons para si.
  • 0:34 - 0:40
    Então temos uma
    carga negativa parcial no oxigênio.
  • 0:40 - 0:45
    Em contrapartida, temos uma carga
    positiva parcial nos hidrogênios.
  • 0:45 - 0:50
    Isso permite ao oxigênio -- errei
  • 0:50 - 0:57
    permite à agua se ligar e não ter um
    ponto de ebulição ridiculamente baixo.
  • 0:57 - 1:00
    Deixe-me mostrar
    Copiando e colando...
  • 1:00 - 1:04
    Vimos isso em química inorgânica,
    então copiarei e colarei.
  • 1:04 - 1:10
    Deixe-me desenhar mais
    algumas moléculas de água.
  • 1:10 - 1:17
    Perceba que, na água, o oxigênio tem carga
    negativa e o hidrogênio carga positiva.
  • 1:17 - 1:23
    Assim, o oxigênio de uma molécula
    é atraído pelo hidrogênio da outra.
  • 1:23 - 1:27
    Vimos isso antes.
    É chamado "ponte de hidrogênio"
  • 1:27 - 1:33
    Então aqui temos uma ponte de hidrogênio.
  • 1:33 - 1:39
    A mesma coisa pode acontecer com alcoóis,
    mas só com a carga positiva do hidrogênio.
  • 1:39 - 1:44
    Não sabemos o mecanismo exato, pois
    também há carbonos ligados ao oxigênio.
  • 1:44 - 1:52
    E o carbono tem certa eletronegatividade.
    Não terá os elétrons roubados tão fácil.
  • 1:52 - 1:57
    No caso dos álcoois, vou desenhar.
  • 1:57 - 2:00
    Quero algo mais concreto
    que esse radical "R".
  • 2:00 - 2:11
    Desenharei um álcool de verdade.
    Que seja um metanol.
  • 2:11 - 2:13
    Temos o hidrogênio aqui.
  • 2:13 - 2:19
    O oxigênio, muito mais eletronegativo,
    com carga negativa aqui
  • 2:19 - 2:23
    e uma positiva aqui.
  • 2:23 - 2:29
    Então, graças à ponte de hidrogênio, ele
    terá ponto de ebulição razoavelmente alto
  • 2:29 - 2:34
    Não evaporará imediatamente; as moléculas
    tentarão ligar-se umas às outras
  • 2:35 - 2:37
    Copiando e colando
  • 2:37 - 2:43
    Então álcoois também formam pontes de
    hidrogênio, porém mais fracas que na água.
  • 2:43 - 2:49
    Isso explica o ponto de ebulição mais
    baixo do metanol. É mais fácil fervê-lo.
  • 2:49 - 2:55
    É mais fácil quebrar essas ligações,
    porque não há tantas pontes de hidrogênio.
  • 2:55 - 2:59
    Então esse é um exemplo de
    pontes de hidrogênio no metanol.
  • 2:59 - 3:11
    Por sua polaridade e pelas pontes de
    hidrogênio, o metanol é miscível em água.
  • 3:11 - 3:19
    É solúvel em qualquer proporção,
    independente de quanta água ou metanol.
  • 3:19 - 3:25
    Então se desenhar uma molécula de metanol,
    na verdade, farei a água aqui.
  • 3:25 - 3:32
    Então se colocar a molécula de metanol
    aqui teremos uma ponte de hidrogênio.
  • 3:32 - 3:40
    Colocando outra molécula de metanol ali
    teremos outra ponte.
  • 3:40 - 3:45
    E isso faz com que o metanol
    seja solúvel em água.
  • 3:45 - 3:54
    Agora, se a cadeia crescer, terei álcoois
    cada vez maiores, mas menos solúveis.
  • 3:54 - 3:58
    Mas seu ponto de ebulição será maior.
    Vejamos o porquê.
  • 3:58 - 4:04
    Imagine que tenhamos algo como butanol,
    que tem quatro carbonos.
  • 4:04 - 4:25
    Será "H3C - H2C - H2C - H2C", sendo que o
    último carbono estará ligado ao oxigênio.
  • 4:25 - 4:29
    Estará ligado a um oxigênio que,
    por sua vez, está ligado a um hidrogênio.
  • 4:29 - 4:38
    Nessa situação, o oxigênio tem carga
    parcial negativa e o hidrogênio positiva.
  • 4:38 - 4:42
    Da mesma forma que na água e no metanol,
    como vimos acima.
  • 4:42 - 4:45
    Mas, agora, temos essa coisa enorme
    e sem polaridade aqui.
  • 4:45 - 4:54
    Então essa parte do álcool será insolúvel
    e dificultará a solubilidade do resto.
  • 4:54 - 5:00
    Então esse aqui é menos solúvel
    apesar de ainda ser um pouco solúvel.
  • 5:00 - 5:06
    Como temos o oxigênio aqui, ainda há a
    formação de algumas pontes de hidrogênio.
  • 5:06 - 5:12
    Mas essa parte comporta-se como se
    não quisesse se misturar com a água.
  • 5:12 - 5:14
    É apolar.
  • 5:14 - 5:21
    Na verdade, o butanol é solúvel em água,
    mas não em qualquer proporção.
  • 5:21 - 5:24
    Já o metanol é miscível.
  • 5:24 - 5:30
    Escreverei essa palavra, pois nunca
    a usei nos vídeos de química orgânica.
  • 5:30 - 5:34
    Então o metanol, escreverei em
    uma cor chamativa a nova palavra.
  • 5:34 - 5:47
    Metanol é MISCÍVEL, ou seja,
    solúvel em qualquer proporção.
  • 5:47 - 5:53
    Não importa quantos porcento
    é água ou metanol.
  • 5:53 - 5:58
    O metanol se mistura com a água
    em qualquer proporção.
  • 5:58 - 6:02
    Já o butanol é solúvel,
    mas não em qualquer proporção.
  • 6:02 - 6:06
    Se tivéssemos uma tonelada de butanol,
    uma parte não dissolveria na água.
  • 6:06 - 6:18
    Pois o butanol é somente solúvel,
    mas não miscível em água.
  • 6:18 - 6:24
    Se tivéssemos muito butanol,
    parte dele não conseguiria ser dissolvida.
  • 6:24 - 6:32
    Se fosse decanol ou outra cadeia
    realmente longa, seria quase insolúvel.
  • 6:32 - 6:37
    Poderia até ter algumas moléculas na água,
    mas a maior parte não dissolveria.
  • 6:37 - 6:39
    Outro ponto que levantei anteriormente:
  • 6:39 - 6:45
    Os álcoois têm o ponto de ebulição não tão
    baixo devido às pontes de hidrogênio
  • 6:45 - 6:46
    Então você diria:
  • 6:46 - 6:50
    Se essas cadeias carbônicas mais longas
    têm menos pontes de hidrogênio...
  • 6:50 - 6:52
    ...não deveriam ter um ponto
    de ebulição mais baixo?
  • 6:52 - 6:56
    Mas na verdade cadeias mais longas
    têm pontos de ebulição mais altos.
  • 6:56 - 7:00
    A explicação é porque as cadeias
    também interagem entre si.
  • 7:00 - 7:10
    Então quanto maior a cadeia, representada
    por "R" aqui, maior o ponto de ebulição.
  • 7:10 - 7:13
    Maior ponto de ebulição.
    Mas é mais difícil,
  • 7:13 - 7:16
    precisamos fornecer mais calor
    ao sistema...
  • 7:16 - 7:19
    ...ou a temperatura estar mais alta
    para que se separem.
  • 7:19 - 7:22
    E isso porque essas moléculas
    de decanol aqui...
  • 7:22 - 7:31
    E outra aqui. Temos um oxigênio,
    um hidrogênio e os carbonos.
  • 7:32 - 7:40
    Temos o CH - CH2 - CH2 - CH2 - CH3,
    o decanol aqui.
  • 7:40 - 7:46
    E a interação entre essas cadeias
    são as Forças de Van der Walls.
  • 7:46 - 7:54
    Haverá pontes de hidrogênio,
    como disse várias vezes.
  • 7:54 - 8:00
    As cadeias longas têm forças de dispersão
    de London, um subtipo da Van der Walls
  • 8:00 - 8:06
    Apesar da cadeia ser neutra, às vezes
    um lado torna-se levemente negativo.
  • 8:06 - 8:11
    Então, temporariamente, temos
    uma leve carga negativa.
  • 8:11 - 8:15
    Isso acontece porque os elétrons
    movem-se aleatoriamente
  • 8:15 - 8:20
    e com isso, pode-se ter mais elétrons
    de um lado da molécula, em dado momento.
  • 8:20 - 8:22
    E, assim, uma leve carga negativa.
  • 8:22 - 8:27
    Por causa desses elétrons,
    esses outros não se aproximarão...
  • 8:27 - 8:31
    ...e teremos uma carga parcial positiva e
    uma interação temporária aqui.
  • 8:31 - 8:34
    É uma força muito fraca,
    muito mais fraca que a ponte de hidrogênio.
  • 8:34 - 8:39
    Mas à medida que as cadeias crescem, elas
    podem entrelaçar-se, ficando mais próximas.
  • 8:39 - 8:43
    Com isso, as forças de London ou
    as de Van der Walls se propagam.
  • 8:43 - 8:47
    Então subitamente as cadeias se atrem
    e então a atração some.
  • 8:47 - 8:50
    Há atração, que logo disaparece.
  • 8:50 - 8:53
    Isso se repete sucessivamente.
  • 8:53 - 8:57
    Assim pode-se ver que quanto maior a
    cadeia, mais dessas interações ocorrerão.
  • 8:57 - 9:01
    Mais serão atraídas uma à outra,
    mais difícil será separá-las.
  • 9:01 - 9:03
    E maior será o ponto de ebulição.
  • 9:03 - 9:07
    Então temos dois grandes pontos
    nas propriedades dos álcoois:
  • 9:07 - 9:11
    Cadeias pequenas são solúveis em água.
  • 9:11 - 9:14
    As muito pequenas são
    completamente miscíveis.
  • 9:14 - 9:19
    Maior a cadeia, menos solúvel em água.
    Porém, maior será o ponto de ebulição.
  • 9:19 - 9:22
    São mais difíceis de separar devido
    às forças de dispersão de London
  • 9:22 - 9:24
    Legendado por Bruno HOL
    Revisado por Leonardo Trajano
Title:
Propriedades dos álcoois
Description:

Propriedades dos álcoois

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Video Language:
English
Duration:
09:24
Leonardo Garcia edited Portuguese, Brazilian subtitles for Alcohol Properties
Bruno Henrique Oliveira Lima edited Portuguese, Brazilian subtitles for Alcohol Properties
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