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Noble Silence: An Introduction by Brother Minh Luong | #6

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    A manhã cedo no mosteiro é um momento maravilhoso.
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    É muito silencioso.
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    É muito fresco.
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    Muitas vezes, temos nevoeiro matinal.
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    Temos orvalho nas folhas, nas árvores.
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    E, quando praticamos o silêncio nobre, conseguimos estar realmente presentes para todas estas coisas maravilhosas e desfrutá-las profundamente.
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    Há sempre algo para experienciar.
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    Mesmo que cheguemos a um lugar muito, muito tranquilo,
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    ainda assim encontraremos algo para ouvir.
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    E esse algo pode ser muito belo.
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    Pode ser muito profundo e maravilhoso.
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    A prática do silêncio nobre pode ser assim.
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    Desligamos todos os nossos dispositivos e pensamos que vamos perder algo.
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    Mas, depois, descobrimos a vida de uma forma mais profunda.
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    Para mim, o silêncio nobre cria uma base para a nossa prática.
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    Quando estamos em silêncio, temos a oportunidade de estar totalmente presentes no que estamos a fazer.
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    Temos a oportunidade de estar atentos.
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    As nossas mentes tendem a estar constantemente voltadas para o exterior.
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    E, quando falamos e comunicamos, vivemos nesse mundo de conceitos,
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    de linguagem e de olhar para fora.
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    Mas, quando praticamos o silêncio nobre, temos a oportunidade de olhar mais profundamente para a vida.
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    Podemos olhar para uma flor, mas não dizemos que é uma flor.
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    Olhamos para ela com muito cuidado, durante bastante tempo,
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    nesse espaço de silêncio, e sabemos que é muito mais do que apenas uma flor.
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    Não conseguimos explicar o que ela é em palavras.
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    E é graças à prática do silêncio nobre que conseguimos entrar em contacto,
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    pelo menos um pouco, com essa natureza muito profunda
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    da flor ou de qualquer coisa com que estejamos a lidar nesse momento.
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    Querido professor respeitado, querida comunidade, queridos amigos.
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    O silêncio nobre é uma das práticas mais importantes que temos no mosteiro.
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    Também é uma prática que podes levar para casa,
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    para o lugar onde vives, ou até para o lugar onde trabalhas ou onde gostas de passar o tempo.
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    No mosteiro, temos muitos períodos de silêncio.
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    Mas o maior período é à noite; após a atividade da noite
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    e até depois do pequeno-almoço na manhã seguinte, observamos um silêncio profundo.
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    Isto significa que não falamos uns com os outros.
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    Mas não se trata apenas de silêncio exterior.
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    Às vezes, podemos não estar a falar e as pessoas à nossa volta também estão em silêncio.
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    Mas há muito barulho e conversas na nossa mente ao mesmo tempo.
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    Isso ainda não é o verdadeiro silêncio.
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    E não é para nos julgarmos ou sentirmos que não estamos a praticar bem,
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    mas partilho isso para sabermos em que direção queremos ir.
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    Queremos cultivar
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    o silêncio no nosso coração.
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    Esse é o verdadeiro silêncio nobre.
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    O período de silêncio nobre ajuda-nos a voltar a nós próprios e a praticar a atenção plena
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    em tudo o que fazemos à noite, antes de dormir.
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    Ao sairmos da atividade da noite, seguimos os nossos passos e tomamos o nosso tempo.
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    Neste período de silêncio nobre, é mais fácil praticar a caminhada consciente,
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    porque não estamos a falar com as pessoas à nossa volta.
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    E, ao caminharmos conscientemente, podemos desfrutar da frescura e do silêncio da noite.
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    O período de silêncio nobre não é para praticarmos o silêncio longe das nossas atividades,
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    mas para trazermos o silêncio para as nossas atividades.
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    Ao escovar os dentes, na nossa rotina para nos prepararmos para dormir,
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    em todas estas pequenas coisas, introduzimos o elemento do silêncio nessas atividades,
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    para que possamos estar profundamente presentes nelas
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    e continuar a cultivar a nossa prática durante estas tarefas simples e diárias, que muitas vezes tomamos como garantidas.
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    Também praticamos o silêncio nobre durante muitas das nossas atividades diárias no mosteiro,
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    incluindo a meditação a comer, a meditação a caminhar, a escuta da palestra do Dharma e o relaxamento profundo.
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    E uma coisa que muitas destas práticas têm em comum é
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    que há algum tipo de consumo a acontecer.
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    Estamos a consumir alimentos durante a meditação a comer.
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    Durante a palestra do Dharma, estamos a abrir a mente para receber a chuva do Dharma.
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    A presença da Sangha à nossa volta, a energia coletiva da Sangha.
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    Há muito alimento saudável no mosteiro, e ao praticarmos o silêncio nobre,
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    facilitamos a entrada de todo esse alimento.
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    E podemos fazer bom uso de todos estes alimentos maravilhosos e saudáveis que estão disponíveis para nós.
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    Talvez também queiras praticar o silêncio nobre em casa.
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    E penso que esta é uma ideia maravilhosa.
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    Há muito barulho no mundo hoje em dia,
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    entre o trânsito da cidade e os nossos vizinhos à nossa volta.
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    Talvez o ambiente familiar possa ser barulhento por vezes.
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    Gostei de praticar o silêncio nobre quando estava em casa com a minha família, há cerca de um ano, numa visita.
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    Todas as manhãs, levantávamo-nos em silêncio nobre
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    e sentávamo-nos para desfrutar de um chá juntos numa breve meditação sentada.
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    Depois disso, preparávamos um pequeno-almoço simples e comíamos juntos em silêncio.
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    Gostei muito dessa prática.
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    Senti que criava uma boa base para o resto do dia.
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    Talvez queiras praticar o silêncio nobre no teu local de trabalho, como num escritório.
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    Há alguns lugares onde existe uma sala de oração ou uma sala de meditação.
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    Na universidade que frequentei, tínhamos uma sala de meditação
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    onde eu costumava ir durante o dia, geralmente depois do almoço, para praticar a meditação sentada.
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    E achei isso muito, muito útil.
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    A minha vida era tão ocupada.
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    Vivia numa cidade grande,
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    e muitas vezes sentia-me ansioso e sobrecarregado por todas as pessoas à minha volta.
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    A velocidade a que a vida acontecia.
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    E não temos de praticar apenas a meditação sentada.
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    Se quisermos, podemos simplesmente dar um passeio no jardim ou na relva fora do nosso local de trabalho e deixar ir as nossas preocupações.
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    Seja o que for que estivermos a pensar.
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    Conecta-te com o silêncio à tua volta ou com os sons que chegam aos teus ouvidos.
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    Podemos praticar a atenção plena da nossa audição.
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    E, usando isso como objeto da nossa meditação,
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    ajudamos a nossa mente a acalmar-se,
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    mesmo que a nossa mente esteja muito ocupada, ansiosa e a pensar em muitos projetos.
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    Hoje em dia, temos os nossos telemóveis, os nossos computadores,
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    e quando desligamos todos estes dispositivos, podemos sentir que estamos a perder algo.
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    Podemos sentir que a vida, tal como é, sem estes dispositivos, é um pouco aborrecida.
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    É um pouco monótona.
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    Mas, depois, descobrimos a vida de uma forma mais profunda.
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    Talvez não logo de início.
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    Talvez, ao princípio,
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    não estejamos habituados a conectar-nos com o mundo à nossa volta através dos nossos cinco sentidos de forma profunda.
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    Mas, à medida que continuamos a estar nesse espaço de silêncio nobre,
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    vamos confrontar o mundo cada vez mais,
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    e podemos descobrir algumas coisas de que não estávamos conscientes antes.
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    Por isso, espero que desfrutes da prática do silêncio nobre.
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    Pensa nisso como uma exploração.
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    Há muitas coisas para aprender e descobrir através da prática.
Title:
Noble Silence: An Introduction by Brother Minh Luong | #6
Description:

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Video Language:
English
Duration:
12:55

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