Rashid Johnson faz coisas para colocarmos coisas | "New York Close Up" | Art21
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0:01 - 0:09New York Close Up
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0:09 - 0:16"Rashid Johnson faz coisas para para colocarmos coisas"
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0:16 - 0:22Rashid Johnson - Artista
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0:22 - 0:32Quando eu estava fazendo as peças que... que se assemelham com prateleiras, eu tinha acabado de me deparar com esse livro do Lawrence Wiener, "Something to Put Something On"
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0:32 - 0:38E um personagem diz para o outro: "Eu tenho uma coisa para você".
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0:38 - 0:39E ele responde: "O que é?"
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0:39 - 0:41Então ele diz: "Está sobre a mesa."
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0:41 - 0:44O outro pergunta: "O que é uma mesa?"
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0:44 - 0:49E ele diz: "Uma mesa é uma coisa para colocarmos coisas."
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0:49 - 1:01E eu estava muito interessado nessa ideia de uma coisa para colocarmos coisas sobre. Uma espécie de semiótica de como algo existe, por que ele existe e de que forma nós o chamamos.
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1:01 - 1:06Então, eu meio que comecei a fazer coisas para colocarmos coisas.
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1:06 - 1:14Depois, a segunda pergunta para mim foi: "Bem, o que eu ponho sobre 'a coisa para colocarmos coisas'?"
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1:14 - 1:20Hm, e então eu acho que aí você começa a ver as coisas que realmente estão ao meu redor.
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1:20 - 1:27Se eram os livros que eu estava lendo, os discos que eu estava ouvindo, as coisas que eu estava aplicando no meu corpo.
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1:27 - 1:34E todos esses materiais começaram a formar um gel para... para construir o que eu pensei, sabe, minha discussão.
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1:39 - 1:43Penso que sempre houve essa coisa no meu trabalho, que eu sempre me interessei pelas coisas domésticas.
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1:43 - 1:50E em torno de um tipo de sequestro de coisas que nos são familiares e que você conhece essencialmente a sua função.
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1:55 - 2:00Eu cresci envolvido por essa discussão afrocêntrica.
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2:00 - 2:05Nós celebrávamos o Kwanza e minha mãe usava dashikis e seu cabelo era estilo afro.
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2:05 - 2:22Mas o que eu acho mais interessante é que um dia eles simplesmente pararam de vestir dashikis e não usavam mais cabelo afro e nós não celebrávamos mais o Kwanza.
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2:22 - 2:33Sabe essa... essa mudança do afrocentrismo e desse interesse em pôr em prática a africanidade.
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2:33 - 2:41A conquista de nossa africanidade, para seus pais se tornarem como essas mães de classe média, mães de jogadores de futebol e que tiveram você.
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2:41 - 2:51Como essa mudança e essa dicotomia... eu acho que é por isso que o humor se tornou tão interessante para mim em torno dessa discussão.
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2:51 - 2:53E em torno desse tipo de material com significado.
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2:58 - 3:06Muitos dos trabalhos que eu cresci observando feitos por... por artistas negros, muitos retrataram um problema.
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3:06 - 3:14Eu queria fazer algo que não falasse necessariamente de um problema.
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3:14 - 3:20Então, desenvolvi um grupo que chamei de "Clube Escapista Social e Atlético Novo Negro".
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3:20 - 3:25Acho que algumas fotos foram inspiradas em fotografias de James Van Der Zee e Harlem Renaissance.
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3:25 - 3:37E então isso se tornou um tipo de recanto para essa sociedade secreta e eu comecei a imaginar esses encontros e esse debate que poderia acontecer.
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3:37 - 3:40Com esses personagens nesse ambiente ficcional.
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3:40 - 3:48Acho que muito foi investido nisso, como na história do escapismo.
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3:48 - 4:00Sempre digo que os negros americanos tentaram ir do sul para o norte, aí podemos citar Marcus Garvey e ele diz que vamos voltar para a África.
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4:00 - 4:05Depois, temos Sun Ra e ele diz: "Não se preocupem com isso, nós estamos indo para Saturno."
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4:05 - 4:14E aí, sabe, eu sempre falo sobre um livro do Paul Beatty chamado "O garoto branco aleatório" no qual o protagonista sugere que todas as pessoas negras deveriam se matar.
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4:14 - 4:21Então é um tipo de evolução dessa prática escapista, eu acho... para mim isso é muito engraçado...
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4:31 - 4:34Aaron McGruder escreve uma história em quadrinhos chamada "Boondocks".
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4:34 - 4:41Ele tem uma citação na qual ele diz: "Por que todas as pessoas negras pensam que foram perseguidas por cães e dispersadas por mangueiras?"
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4:41 - 4:48E eu acho que onde ele está tentando chegar é que isso é importante para você, de muitas maneiras, viver sua própria história...
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4:48 - 5:00E se você está constantemente sobrecarregado por uma grande história, que pode ter afetado sua existência, mas que não é a sua história específica...
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5:00 - 5:02Então, você está fazendo um desserviço a si mesmo.
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5:07 - 5:09Não é inteiramente sobre a parte difícil da história.
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5:09 - 5:20É sobre o que você é capaz de fazer como autor de sua história e como você pode criar o futuro em vez de viver meramente no passado.
- Title:
- Rashid Johnson faz coisas para colocarmos coisas | "New York Close Up" | Art21
- Description:
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Como um artista contribui com sua história pessoal em face de um histórico de dominação? Neste filme, Rashid Johnson discute a natureza fluida da identidade negra na América e sua tendência escapista, desde a política afrocêntrica de Marcus Garvey à filosofia cósmica de Sun Ra. Johnson inventou a sociedade secreta – “Clube Escapista Social e Atlético Novo Negro” – uma formação através da qual o artista defende, com muito bom humor, a repetição e justaposição, às expectativas convencionais de influência histórica e legado.
Inspirado por uma história do artista Lawrence Weiner em que um personagem diz a outro que “a mesa é uma coisa para colocarmos coisas”, Johnson cria esculturas de estruturas parecidas com prateleiras feitas de material como cera negra, espelho, azulejo e madeira. Cada estrutura é preenchida com objetos culturalmente ressonantes – como discos de jazz de Miles Davis e Ramsey Lewis, livros de comediantes como Dick Gregory e Bill Cosby e tratados de estudiosos como W.E.B. Du Bois e Debra J. Dickerson – bem como fotografias dos próprios artistas e objetos feitos à mão.
Com obras da exposição "The Dead Lecturer" (2008) e "Other Aspects" (2009-10), assim como trabalhos em andamento no estúdio do artista em Williamsburg.
Rashid Johnson (nascido em 1977, Chicago, Illinois, EUA), vive e trabalha em Nova York e Brooklyn, Nova York. CRÉDITOS | "New York Close Up" Criado e Produzido por: Wesley Miller & Nick Ravich. Edição: Mary Ann Toman. Fotografia: Andrew David Watson. Supervisão de Edição: John Marton. Som: Nicholas Lindner & Nick Ravich. Produtor Associado: Ian Forster. Assistente de Produção: Paulina V. Ahlstrom, Don Edler & Maren Miller. Design: Open. Obra: Rashid Johnson. Agradecimentos: Javier Cordero, Alex Ernst & Brian Lewis. Uma produção ART21 Workshop. © ART21, Inc. 2011. Todos os direitos reservados. "New York Close Up" é apoiado, em parte, por fundos públicos do Departamento de Assuntos Culturais da cidade de Nova York, em parceria com a câmara municipal. Apoio adicional fornecido pelo The 1896 Studios & Stages. Para mais informações: http://www.art21.org/newyorkcloseup - Video Language:
- English
- Team:
- Art21
- Project:
- "New York Close Up" series
- Duration:
- 05:44
Sofia Lobato edited Portuguese subtitles for Rashid Johnson Makes Things to Put Things On | "New York Close Up" | Art21 | ||
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