Economic Calculation in a Natural Law / RBE, Peter Joseph, The Zeitgeist Movement, Berlin
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0:01 - 0:02[aplausos]
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0:08 - 0:09Olá, me chamo Franky.
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0:09 - 0:13Como vocês já sabem, também
trabalho com o Movimento Zeitgeist. -
0:14 - 0:16E gostaria de saudar
todos aqui, -
0:16 - 0:20todos que vieram de
longe. Muito obrigado. -
0:20 - 0:24Gostaria de aproveitar esta oportunidade
para agradecer especialmente -
0:24 - 0:27os times do Movimento Zeitgeist.
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0:27 - 0:30Time linguístico,
de Web, de Tecnologia, -
0:30 - 0:34de Ativismo e também o time de Projetos
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0:34 - 0:37que coordenou este projeto.
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0:37 - 0:41O capítulo Alemão todo
fez um grande trabalho -
0:41 - 0:44estabelecendo este evento
dentro de apenas um mês. -
0:44 - 0:47Eu gostaria pessoalmente
de agradecer a todos. -
0:47 - 0:49Que bom ver vocês aqui.
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0:49 - 0:52Acho que Peter Joseph
não precisa de introdução. -
0:52 - 0:55Acredito que todo mundo
aqui sabe quem ele é. -
0:55 - 0:58Para ser curto e preciso, obrigado
-
0:58 - 1:01e entrego agora o microfone ao Peter.
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1:01 - 1:02[Aplausos]
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1:13 - 1:17Você pode desligar esse microfone
já que eu não vou usá-lo. -
1:18 - 1:21Ah, é este outro... Oi !
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1:21 - 1:23Como está todo mundo?
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1:23 - 1:26Eu realmente agradeço a
todos vocês por estarem aqui. -
1:26 - 1:29Quero agradecer Franky
e o time de Berlim -
1:29 - 1:32por agirem tão rápido,
foi realmente fenomenal. -
1:32 - 1:36Já realizei muitos eventos ao longo
dos anos, não é uma tarefa fácil. -
1:36 - 1:38E sempre me lembro, quando eu viajo,
-
1:39 - 1:42que o Movimento Zeitgeist é um verdadeiro
fenômeno global, nessa etapa, não? -
1:43 - 1:46Não importa qual lugar do planeta
qualquer um de nós está, -
1:46 - 1:50não é preciso ir muito longe para encontrar
amigos que partilham valores semelhantes -
1:50 - 1:52nesta busca por um mundo melhor.
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1:55 - 1:56O título desta palestra é
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1:56 - 2:00"Cálculo Econômico em uma economia de
Lei Natural Baseada em Recursos". -
2:00 - 2:02Durante os últimos cinco anos ou mais
-
2:02 - 2:05o Movimento Zeitgeist produziu
um extenso material educacional -
2:05 - 2:07no que diz respeito ao que advogamos.
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2:07 - 2:10E a curva de aprendizagem
tem sido bastante intensa. -
2:11 - 2:13Tem havido uma tendência a generalizar
-
2:13 - 2:16com relação a como as coisas
de fato funcionam tecnicamente. -
2:17 - 2:19Este é o conteúdo desta apresentação.
-
2:19 - 2:22Na parte um e dois eu vou refinar
-
2:22 - 2:25as falhas inerentes ao
modelo de mercado atual -
2:25 - 2:27a respeito de porque
nós precisamos mudar -
2:27 - 2:29apresentando juntamente
as vastas possibilidades -
2:29 - 2:32que atualmente temos para
resolver grandes problemas, -
2:32 - 2:35melhorar a eficiência e
gerar uma forma de abundância -
2:35 - 2:37que possa atender a todas
as necessidades humanas. -
2:37 - 2:40O termo comum que ganhou
popularidade nos últimos dois anos -
2:40 - 2:42é chamado de pós-escassez,
-
2:42 - 2:44mesmo que essa palavra seja
-
2:44 - 2:47um pouco imprecisa semanticamente,
como eu vou explicar. -
2:48 - 2:50E na terceira parte vou mostrar
como essa nova sociedade -
2:50 - 2:54funciona de modo geral na sua
estrutura e cálculo básico. -
2:54 - 2:56Eu acho que a maioria das pessoas
no planeta sabem que há -
2:56 - 2:59algo muito errado com a atual
tradição socioeconômica. -
3:00 - 3:02Só não sabem como
pensar sobre a solução, -
3:02 - 3:05ou, mais precisamente,
como chegar a tais soluções. -
3:06 - 3:09E até que isso seja abordado,
não vamos chegar muito longe. -
3:10 - 3:13Na mesma nota, dentro de poucos meses,
um texto bastante substancial -
3:14 - 3:17vai ser posto em circulação,
disponível gratuitamente -
3:17 - 3:19e também em forma impressa
ou disponível para download -
3:19 - 3:22a preço de custo, é uma
obra sem fins lucrativos. -
3:22 - 3:24Esperamos que seja concluída
até o primeiro mês do próximo ano. -
3:24 - 3:27E será a expressão definitiva,
de forma condensada, -
3:28 - 3:30sobre o Movimento, algo que
há muito está atrasado. -
3:30 - 3:32É chamado de "O Movimento Zeitgeist:
Uma nova forma de pensar" (PT-BR) -
3:32 - 3:33e vai servir tanto como
-
3:33 - 3:36uma orientação, quanto
um guia de referência. -
3:36 - 3:40E terá, provavelmente, mais de
mil notas de rodapé e fontes. -
3:41 - 3:44Uma vez terminado, uma série de
vídeos educativos será criada, -
3:44 - 3:47dividida em cerca de 20 partes
para produzir o material, -
3:47 - 3:48juntamente com um guia de
referência para ajudar as pessoas -
3:48 - 3:50que querem aprender
a falar sobre essas ideias -
3:50 - 3:53porque precisamos de mais pessoas
-
3:53 - 3:56a nível internacional para sermos capazes
de nos comunicar, como eu tento fazer. -
3:57 - 4:00É algo muito importante, e
acho que o futuro do movimento -
4:00 - 4:03jaz, em parte, em nossa
capacidade de criar -
4:03 - 4:06uma eficiente máquina
educacional internacional -
4:06 - 4:08com linguagem consistente
-
4:08 - 4:12juntamente com projetos de design
reais e suas inter funcionalidades. -
4:14 - 4:17Parte 1: Por que estamos aqui?
-
4:17 - 4:19É este tipo de mudança
em grande escala, -
4:20 - 4:22que o movimento defende,
realmente necessária? -
4:22 - 4:24Não podemos apenas trabalhar
para corrigir e melhorar o -
4:24 - 4:28atual modelo econômico,
mantendo o quadro geral de dinheiro, -
4:28 - 4:32comércio, lucro, poder, propriedade
e assim por diante? -
4:33 - 4:36A resposta curta é um definitivo "não",
-
4:36 - 4:38como eu vou explicar.
-
4:38 - 4:40Se houver qualquer interesse
real para resolver a crescente -
4:41 - 4:43crise na saúde pública
e ambiental atualmente, -
4:43 - 4:45este sistema precisa acabar.
-
4:45 - 4:48O capitalismo de mercado, não importa
como você queira regulamentá-lo -
4:48 - 4:51ou não regulamentá-lo,
depende com quem você fala, -
4:51 - 4:54contém severas falhas estruturais
-
4:54 - 4:57que irão sempre, de uma
forma ou de outra, -
4:57 - 5:01perpetuar o abuso ambiental
e a desestabilização, -
5:01 - 5:04desrespeito humano e
cáustica desigualdade social. -
5:06 - 5:09Dito de outra forma,
desequilíbrios ambientais e sociais -
5:09 - 5:13e uma falta de base de sustentabilidade
ambiental e cultural -
5:13 - 5:16é inerente à economia de mercado,
e sempre foi. -
5:17 - 5:21A diferença entre o capitalismo de hoje
e, digamos, do século 16 -
5:21 - 5:25é que a nossa capacidade tecnológica
de acelerar rapidamente -
5:25 - 5:27e ampliar este processo de mercado
-
5:28 - 5:31trouxe à tona consequências que
simplesmente não podiam ser entendidas -
5:31 - 5:35ou mesmo percebidas durante
aqueles tempos mais primitivos. -
5:36 - 5:39Em outras palavras, os princípios
básicos da economia de mercado -
5:39 - 5:41sempre foram intrinsecamente falhos.
-
5:42 - 5:45Levou todo esse tempo
para a gravidade dessas falhas -
5:45 - 5:47surtirem efeito.
-
5:47 - 5:49Deixe-me explicar um pouco.
-
5:49 - 5:51De um ponto de vista ambiental,
-
5:51 - 5:54a percepção do mercado simplesmente
não consegue enxergar a Terra -
5:54 - 5:57como nada além de um inventário
para fins de exploração. -
5:57 - 6:00Por quê? Porque toda a existência
de uma economia de mercado -
6:00 - 6:05tem a ver com manter o dinheiro
em circulação a uma taxa -
6:05 - 6:08que possa manter as pessoas
empregadas tanto quanto possível. -
6:09 - 6:13Em outras palavras, a economia mundial
é alimentada pelo consumo constante. -
6:13 - 6:16Se os níveis de consumo cairem,
a demanda de trabalho cai também, -
6:16 - 6:20e assim também o poder de
compra da população em geral -
6:20 - 6:23e, portanto, o mesmo acontece
com a demanda por bens -
6:23 - 6:25já que o dinheiro não
está lá para comprá-los. -
6:25 - 6:28Este consumo cíclico é a força vital
-
6:29 - 6:31da nossa existência econômica.
-
6:31 - 6:34A própria ideia de ser conservador
ou verdadeiramente eficiente -
6:34 - 6:37com os recursos finitos da
Terra de alguma forma -
6:37 - 6:40é estruturalmente contraproducente
-
6:40 - 6:43para essa necessária
força motriz de consumo. -
6:44 - 6:47Se você não acredita nisso,
pergunte a si mesmo por que -
6:47 - 6:51praticamente todos os sistemas de suporte
à vida no planeta estão em declínio. -
6:51 - 6:53Nós temos a perda crescente
da camada superficial do solo, -
6:53 - 6:56perda da água doce, desestabilização
atmosférica e climática, -
6:56 - 6:59uma perda de plâncton produtor
de oxigênio no oceano -
6:59 - 7:02que é fundamental para a
ecologia marinha e atmosférica, -
7:03 - 7:05o esgotamento contínuo
da população de peixes, -
7:05 - 7:08a redução das florestas tropicais, etc.
-
7:08 - 7:11Em outras palavras, uma perda global
generalizada da biodiversidade -
7:11 - 7:14está ocorrendo e de forma crescente.
-
7:14 - 7:18Para aqueles não familiarizados com
a importância crucial da biodiversidade, -
7:18 - 7:22bilhões de anos de evolução
criaram uma vasta biosfera -
7:22 - 7:26interdependente de seus
sistemas a nível planetário. -
7:26 - 7:31E a violação de um sistema tem sempre
um efeito sobre muitos outros. -
7:32 - 7:34Isso, claro, não é uma nova observação.
-
7:34 - 7:40Em 2002, 192 países, em
associação com as Nações Unidas -
7:40 - 7:44se reuniram em torno de algo chamado
"Convenção sobre Diversidade Biológica". -
7:45 - 7:50Eles assumiram um compromisso público de
reduzir significativamente esta perda até 2010. -
7:51 - 7:53E o que mudou oito anos mais tarde?
-
7:53 - 7:55Nada.
-
7:55 - 7:58Em sua publicação oficial
em 2010, eles afirmam: -
7:58 - 8:02"Nenhuma das 21 sub-metas que
acompanhavam o objetivo global -
8:02 - 8:08de reduzir significativamente a taxa
de perda de biodiversidade até 2010 -
8:08 - 8:11pode se afirmar definitivamente ter
sido alcançada globalmente." -
8:11 - 8:16"Ações para promover a biodiversidade recebem
uma minúscula fração do financiamento -
8:16 - 8:19em comparação com infraestrutura
e desenvolvimento industrial. " -
8:19 - 8:21(Hmm) Eu me pergunto por quê?
-
8:21 - 8:23"Além disso, considerações
sobre biodiversidade -
8:23 - 8:25são frequentemente ignoradas
-
8:25 - 8:27quando tais desenvolvimentos
são projetados..." -
8:27 - 8:29"A maioria dos cenários futuros preveem
-
8:29 - 8:32a continuidade de elevados níveis de extinções
-
8:32 - 8:35e perda de habitats ao longo deste século."
-
8:36 - 8:39Em um estudo publicado em 2011
que foi, em parte, -
8:40 - 8:45uma resposta a uma chamada geral
para isolar e proteger certas regiões -
8:45 - 8:48para garantir alguma segurança
desta biodiversidade, -
8:48 - 8:51constatou-se que, mesmo com milhões de
quilômetros quadrados de terra e oceano -
8:52 - 8:55atualmente sob proteção legal,
houve pouco efeito -
8:55 - 8:58em diminuir a tendência de declínio.
-
8:59 - 9:02Eles também fizeram a seguinte
conclusão altamente preocupante, -
9:03 - 9:07combinando esta tendência com o estado
do nosso consumo de recursos: -
9:08 - 9:12"O uso excessivo de recursos da Terra é possível
-
9:12 - 9:15porque os recursos podem ser
colhidos mais rapidamente -
9:15 - 9:17do que podem ser substituídos.
-
9:17 - 9:21A excedência de recursos acumulada
a partir de meados da década de 1980 a 2002 -
9:21 - 9:23resultou em uma 'dívida ecológica'
-
9:23 - 9:27que exigiria 2,5 planetas Terra para pagar.
-
9:27 - 9:31Se a tendência atual se mantiver, as
nossas exigências sobre o planeta Terra -
9:31 - 9:36poderiam alcançar a produtividade
de 27 planetas em 2050. " -
9:39 - 9:43E não há falta de outros
estudos que confirmam, -
9:43 - 9:46de uma forma ou de outra, que estamos
realmente excedendo em muito -
9:46 - 9:49a capacidade anual de produção da Terra,
-
9:49 - 9:52juntamente com a poluição
e destruição colateral -
9:52 - 9:55causados por padrões
de consumo e industriais. -
9:56 - 10:00Mais uma vez, esse tipo de pesquisa
foi publicada por muitas décadas. -
10:00 - 10:03Por que é que, mesmo com
todos esses dados coletados, -
10:03 - 10:06parece que não conseguimos frear
o esgotamento do suporte à vida -
10:07 - 10:09e nossa excessiva tendência de consumo?
-
10:09 - 10:11Será que é porque há
muitas pessoas no planeta? -
10:12 - 10:14Será que é porque nós somos
apenas absolutamente incompetentes -
10:14 - 10:17e não temos nenhum controle
consciente sobre nossas ações? -
10:18 - 10:19Não.
-
10:19 - 10:20O problema é que temos
-
10:20 - 10:23uma tradição econômica
global ainda em vigor -
10:23 - 10:27enraizada no pensamento pré-industrial
do século 16 orientados à manufatura -
10:27 - 10:29que coloca o ato de consumir,
-
10:29 - 10:34comprar e vender como o condutor central
de todos os desdobramentos sociais. -
10:34 - 10:36A melhor analogia que posso
pensar é a de considerar -
10:36 - 10:38o pedal do acelerador em um carro:
-
10:38 - 10:41Quanto maior o consumo de combustível,
mais rápido ele vai. -
10:41 - 10:43E comprar coisas em nosso
mundo é o combustível. -
10:43 - 10:47Se você diminuir o consumo,
o crescimento econômico diminui, -
10:47 - 10:50pessoas perdem empregos,
poder de compra cai, -
10:50 - 10:53as coisas desestabilizam
e assim por diante. -
10:54 - 10:56Então, eu espero
que esteja claro -
10:56 - 11:00que o sistema simplesmente
não recompensa ou mesmo apoia -
11:00 - 11:04sustentabilidade ambiental,
na forma de conservação. -
11:04 - 11:08Na verdade, ele não recompensa
a sustentabilidade em nenhuma forma -
11:08 - 11:12de eficiência física e planetária,
-
11:12 - 11:15como explicarei com mais
detalhes em um momento. -
11:16 - 11:19Ao invés disso, recompensa o fornecimento
de serviços, de negócios e o desperdício. -
11:19 - 11:21E quanto mais problemas
e ineficiências temos, -
11:22 - 11:24para não mencionar o
quanto mais inseguros, -
11:24 - 11:27materialistas e necessitados nos tornamos,
-
11:27 - 11:29melhor para a indústria.
-
11:29 - 11:31O que é melhor para o PIB,
o que é melhor para o emprego, -
11:32 - 11:34independentemente do fato de
que nós podemos literalmente -
11:34 - 11:37estar matando a nós mesmos no processo.
-
11:38 - 11:43Meu amigo John McMurtry, um filósofo
canadense, refere-se a este estado -
11:43 - 11:46como:
"A fase cancerígena do capitalismo", -
11:46 - 11:50um sistema que agora está destruindo
seu hospedeiro, nós e a Terra, -
11:50 - 11:54quase sem saber, porque muito
poucos hoje realmente entendem -
11:54 - 11:59quão insustentáveis os princípios
condutores do mercado realmente são. -
12:00 - 12:04A segunda consequência estruturalmente
inerente que quero mencionar -
12:04 - 12:06é o fato de que, empiricamente,
-
12:06 - 12:10o capitalismo de mercado
é socialmente desestabilizador. -
12:11 - 12:14Ele cria desigualdade
desnecessária e desumana, -
12:14 - 12:17e consequentemente conflitos
humanos desnecessários. -
12:17 - 12:21Na verdade, eu diria que o estado
mais natural do capitalismo -
12:21 - 12:24é o conflito e desequilíbrio.
-
12:25 - 12:28Eu classificaria duas formas
de conflito no mundo: -
12:29 - 12:31nacional e de classe.
-
12:34 - 12:37Eu não vou gastar muito tempo
sobre as causas da guerra nacional, -
12:37 - 12:40pois devem ser bastante óbvias para
a maioria de nós neste momento. -
12:40 - 12:43Nações soberanas que em parte
são instituições protecionistas -
12:43 - 12:46às mais poderosas forças de negócios,
muitas vezes se engajaram -
12:46 - 12:50no ato mais primal de concorrência:
assassinato sistemático em massa. -
12:51 - 12:54A fim de preservar a integridade econômica
de suas economias nacionais -
12:54 - 12:59e selecionar interesses empresariais,
que compõem invariavelmente -
12:59 - 13:03o corpo político
de qualquer país. -
13:04 - 13:07Todas as guerras da história,
embora muitas vezes -
13:07 - 13:09convenientemente mascaradas
por desculpas variadas, -
13:09 - 13:12têm sido predominantemente sobre
a terra, os recursos naturais, -
13:12 - 13:15ou estratégia geoeconômica
em um nível ou outro. -
13:15 - 13:18A instituição estatal
sempre foi impulsionada -
13:18 - 13:22por interesses comerciais e de propriedade,
existentes tanto como um regulador -
13:22 - 13:26das operações econômicas
internas básicas do dia-a-dia, -
13:26 - 13:30na forma da legislação e como uma
ferramenta para a consolidação de poder -
13:30 - 13:33e vantagem competitiva das
indústrias mais dominantes -
13:34 - 13:38da economia nacional ou mesmo, na
verdade, mais importante ainda, global. -
13:40 - 13:44Há muitas pessoas no mundo que ainda
olham para essa causalidade em sentido inverso. -
13:44 - 13:46Em alguns pontos de vista econômicos,
-
13:46 - 13:49o governo estatal é considerado
o problema central, -
13:49 - 13:52em oposição ao interesse próprio
e à vantagem competitiva -
13:52 - 13:55de ethos inerente
ao capitalismo de mercado. -
13:55 - 14:00Como o argumento "Se o poder estatal
fosse removido ou reduzido drasticamente, -
14:00 - 14:04o mercado e a sociedade seriam livres
da maioria dos seus efeitos negativos. " -
14:05 - 14:07O problema com este argumento
é que ele se esquece -
14:07 - 14:09que o capitalismo
é apenas uma variação -
14:09 - 14:11de um sistema baseado na escassez,
-
14:11 - 14:15especialização e troca de propriedade.
-
14:15 - 14:19Um sistema que, na verdade,
remonta a milênios, de uma forma ou de outra. -
14:20 - 14:23Assentamentos, na antiguidade,
precisavam se proteger, uma vez que -
14:23 - 14:27a aquisição de recursos e de terras
se expandia ao longo do tempo. -
14:27 - 14:31Exércitos foram criados para proteger
recursos de forças invasoras e afins. -
14:32 - 14:33Ao mesmo tempo, pessoas engajavam-se
-
14:33 - 14:37em empregar a agricultura e artesanato,
-
14:38 - 14:42o que revelou "trabalho" e "valor de troca"
em uma forma muito primitiva. -
14:44 - 14:46Daí o valor da propriedade,
em meio a essa escassez, -
14:46 - 14:49exigiu regulamentação e leis;
-
14:49 - 14:51não só para proteger a propriedade,
mas para proteger o comércio -
14:51 - 14:55e também evitar golpes e
fraudes em transações. -
14:56 - 14:58Esta é a semente do estado!
-
14:58 - 15:01O mercado é um jogo e
pessoas podem trapacear. -
15:02 - 15:04Você precisa de regulamentação.
-
15:04 - 15:06Este é o problema básico.
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15:06 - 15:09O mercado também permite,
e aqui está a moral da história, -
15:09 - 15:12que a regulação possa ser
comprada por dinheiro. -
15:12 - 15:15Portanto, não há uma integridade garantida.
-
15:15 - 15:18O Estado e o mercado tanto lutam entre si
-
15:18 - 15:20como complementam um ao outro.
-
15:20 - 15:24Sempre existirá poderes reguladores centralizados
em uma economia de mercado. -
15:24 - 15:27O Estado e o mercado são inseparáveis;
-
15:27 - 15:29caminham lado a lado.
-
15:30 - 15:33Agora, como um aparte, algumas pessoas
costumam desafiar essa realidade -
15:33 - 15:36com argumentos morais ou éticos,
-
15:36 - 15:40que, lamento dizer, são inteiramente
subjetivos culturalmente. -
15:41 - 15:43Em um mundo onde tudo está à venda,
-
15:43 - 15:47onde o reforço à recompensa,
a condição operante, -
15:47 - 15:51está diretamente ligada à busca
de ganhos e vantagens pessoais, -
15:51 - 15:55quem pode dizer onde as linhas
devem ser traçadas? -
15:56 - 16:01É por isso que os princípios morais,
sem reforço estrutural -
16:01 - 16:03são inúteis.
-
16:04 - 16:08No final, a questão não é o que é
moralmente certo ou moralmente errado. -
16:08 - 16:10A questão é o que funciona
e o que não funciona. -
16:10 - 16:12Às vezes é preciso uma
grande quantidade de tempo -
16:12 - 16:15para a verdade de tais
padrões se materializar. -
16:15 - 16:18Por exemplo, a maioria
das pessoas veem, com razão, -
16:18 - 16:20a abjeta escravidão
histórica do ser humano -
16:20 - 16:22como uma condição
moralmente errada. -
16:22 - 16:26Mas vamos aprofundar as características,
pensar mais profundamente. -
16:26 - 16:31Eu acho que é muito mais produtivo
reconhecer que a escravidão não funcionou -
16:31 - 16:35no sentido de que foi
culturalmente insustentável. -
16:35 - 16:38Fanatismo em todas as formas
não só é horrendo, -
16:38 - 16:42é culturalmente insustentável
porque gera conflito. -
16:43 - 16:45Eu não estou ciente de qualquer
sociedade escravista -
16:46 - 16:48que não sofreu grandes
rebeliões de escravos. -
16:49 - 16:52É instável e, portanto, insustentável.
-
16:52 - 16:55O capitalismo de mercado
está no mesmo caminho. -
16:55 - 16:57Há mais escravos no mundo hoje,
-
16:57 - 17:01operando dentro dos limites
da economia de mercado -
17:01 - 17:04do em qualquer momento
na história humana. -
17:04 - 17:07E não duvido de que, se conseguirmos
passar por este período árduo -
17:07 - 17:10sem destruir a nós mesmos
através de guerra, -
17:10 - 17:12revoltas ou colapso ecológico,
-
17:12 - 17:15as pessoas no futuro vão
olhar para trás e enxergar -
17:15 - 17:18o nosso mundo atual com
a mesma repugnância -
17:18 - 17:21à violação dos direitos humanos
pelo sistema econômico, -
17:22 - 17:26como nós, hoje, enxergamos o período
da abjeta escravidão humana no passado. -
17:28 - 17:30Luta de classes.
-
17:30 - 17:33Isso nos direciona bem
para o tema da luta de classes -
17:33 - 17:36e desigualdade socioeconômica.
-
17:37 - 17:41A longa história do chamado clamor "socialista"
tem sido em grande parte sobre -
17:41 - 17:45este desequilíbrio constante e
desumano em um nível ou outro. -
17:45 - 17:48Grande parte do tempo foi gasta
por muitos críticos do capitalismo, -
17:48 - 17:52descrevendo como ele é, realmente,
um sistema de exploração, -
17:52 - 17:57o qual inerentemente separa a sociedade
em camadas econômicas estratificadas -
17:57 - 18:01e garante a dominância da classe baixa
pela classe alta estruturalmente. -
18:01 - 18:03É estruturalmente parte do sistema.
-
18:04 - 18:07Se você é uma daquelas pessoas
que não concordam com esta realidade, -
18:07 - 18:11pergunte-se por que há greves trabalhistas
uma após a outra durante os últimos 300 anos, -
18:11 - 18:13por que sindicatos
trabalhistas sequer existem, -
18:13 - 18:15e por que CEOs tendem a ganhar centenas de vezes
-
18:15 - 18:17mais dinheiro do que o trabalhador comum,
-
18:17 - 18:22ou por que 46% da riqueza do mundo é, agora,
propriedade de 1% da população, -
18:22 - 18:25que são quase exclusivamente algo
que poderíamos chamar de -
18:25 - 18:28a classe proprietária capitalista.
-
18:29 - 18:33Desigualdade e separação de classe
é um resultado matemático direto -
18:33 - 18:36da orientação inerentemente
competitiva do mercado -
18:36 - 18:38que divide indivíduos em pequenos grupos,
enquanto estes trabalham -
18:38 - 18:42para competir uns contra os outros
pela sobrevivência e segurança. -
18:43 - 18:46É totalmente orientada ao individualismo;
-
18:46 - 18:51impulsionada por um sistema de incentivos
baseado em autopreservação individual, -
18:51 - 18:55assumindo a necessidade de reforçar
constantemente a própria segurança financeira -
18:56 - 18:59uma vez que o ambiente de mercado
não dá nenhuma certeza -
18:59 - 19:02de bem-estar por si próprio.
-
19:02 - 19:04Medo e ganância.
-
19:05 - 19:06Os ricos ficam mais ricos,
-
19:06 - 19:09porque o modelo favorece-os,
e os pobres, basicamente, ficam na mesma, -
19:09 - 19:12porque este sistema funciona
contra eles, em comparação. -
19:12 - 19:15É estruturalmente classificada.
-
19:15 - 19:18Aqueles com mais dinheiro têm mais opções
e influência do que aqueles com menos. -
19:18 - 19:21Você é tão livre quanto
seu poder de compra -
19:21 - 19:24permitir que você seja.
-
19:25 - 19:27O sistema de crédito
é um exemplo perfeito. -
19:27 - 19:30O dinheiro é tratado como
nada mais do que um produto -
19:30 - 19:32no sistema de crédito / bancário.
-
19:32 - 19:35Dinheiro é vendido pelos bancos
através de empréstimos, por lucro, -
19:35 - 19:37que vem sob a forma de juros.
-
19:37 - 19:40Se você perder os pagamentos
ou violar seu contrato, -
19:40 - 19:43frequentemente, a taxa de juros é elevada
-
19:43 - 19:46porque você é agora considerado
um consumidor de maior risco. -
19:46 - 19:49Se você não conseguir atender
aos juros ou pagamentos futuros, -
19:49 - 19:51você se torna inadimplente,
por causa do empréstimo. -
19:52 - 19:55Seu castigo é a ruína
de sua avaliação de crédito -
19:55 - 19:58ou reputação nos
círculos financeiros. -
19:58 - 20:02Quando isso acontece, a sua flexibilidade
financeira é ainda mais sufocada, -
20:02 - 20:05pois seu acesso econômico
se torna mais limitado. -
20:05 - 20:08As pessoas veem isso como
apenas "a forma como as coisas são", -
20:08 - 20:10mas eles não percebem
como isso é insidioso. -
20:11 - 20:13Isso força as classes mais baixas
a ficar sempre embaixo -
20:13 - 20:17por motivos e forças de coerção
que são incorporados na estrutura -
20:17 - 20:20que estão além de seu controle.
Eu poderia dar muitos outros exemplos. -
20:20 - 20:22Tudo neste sistema
funciona contra você, -
20:22 - 20:25se você não for afluente
na sociedade, -
20:25 - 20:28e, adivinhem, estas políticas
financeiras foram criadas -
20:28 - 20:35por uma lógica de mercado
orientada pelo interesse pessoal, -
20:35 - 20:38e não por algum político
ou algum governo. -
20:38 - 20:41E eu não vou nem discorrer sobre
o fato de que os juros cobrados -
20:41 - 20:46para a venda de dinheiro, hoje, não existe
no próprio suprimento de dinheiro, -
20:46 - 20:49o que cria uma espécie de sistema
à base de coerção social -
20:49 - 20:53forçando a inevitabilidade de
inadimplência ao longo do tempo. -
20:54 - 20:56Juntamente com atos
de desespero econômico, -
20:56 - 20:59como a venda de imóvel
que você preferiria não vender, -
20:59 - 21:01apenas para atender
às suas necessidades básicas, -
21:01 - 21:04ou assumir cargos de trabalho
que você não gostaria. -
21:04 - 21:08O mercado gera desespero
como o seu método de coerção. -
21:09 - 21:13Isso nos leva a outra confusão
muito comum sobre "livre mercado", -
21:13 - 21:16que frequentemente vejo na
popular comunidade "Laissez-faire". -
21:17 - 21:22Eles falam sobre o livre comércio como
o comércio que é inteiramente voluntário -
21:22 - 21:26como se tal coisa pudesse existir
em um sentido empírico. -
21:26 - 21:30Todas as decisões de comércio
vem de influências e pressões. -
21:31 - 21:34Apenas, talvez, o super-ricos
que literalmente não precisam -
21:34 - 21:38se preocupar com a sobrevivência
básica devido à sua riqueza, -
21:38 - 21:42pode-se dizer, se envolvem no ato
de livre comércio voluntário. -
21:43 - 21:47Para o resto dos 99% da população mundial,
ou trocamos ou não sobrevivemos. -
21:47 - 21:50Essa pressão é empiricamente coercitiva.
-
21:50 - 21:53E não, isso não tem que ser assim,
-
21:53 - 21:56que é o ponto de todo
este novo modelo social. -
21:57 - 22:00Assim, com tudo isso de lado,
e com esta compreensão -
22:00 - 22:04de que a desigualdade de riqueza
é inerente ao próprio capitalismo -
22:04 - 22:06- Você não pode eliminá-la -
-
22:06 - 22:08A principal questão que
quero abordar aqui tem a ver -
22:08 - 22:13com o que a separação de classes
e a desigualdade social nos faz -
22:13 - 22:15no contexto da saúde pública.
-
22:16 - 22:19Não é apenas uma simples questão
de alguns terem mais que outros, -
22:19 - 22:22e outros sofrendo a mera
inconveniência material -
22:22 - 22:26ou a pressão para se envolver em trabalhos
ou trocas que prefeririam não fazer. -
22:26 - 22:28Vai muito além disso.
-
22:28 - 22:31A desigualdade socioeconômica é um veneno,
-
22:32 - 22:34uma forma de poluição desestabilizadora
-
22:35 - 22:39que afeta a saúde psicológica
e fisiológica de maneira profunda, -
22:40 - 22:44ao mesmo tempo, muitas vezes acumulando
raiva em relação a outros grupos, -
22:44 - 22:48e, por conseguinte, uma
geração de instabilidade social. -
22:49 - 22:53O melhor termo que eu conheço que
incorpora esta questão é "violência estrutural". -
22:54 - 22:56Se eu colocar uma arma
na cabeça de alguém, -
22:56 - 23:00digamos um homem de 30 anos,
puxar o gatilho e matá-lo -
23:00 - 23:03- assumindo uma expectativa
média de vida de 84 anos - -
23:03 - 23:06você pode argumentar que,
de certa forma, 54 anos de vida -
23:07 - 23:10foram roubados dessa pessoa
em um ato direto de violência. -
23:10 - 23:13No entanto, se uma
pessoa nasce pobre -
23:13 - 23:15no meio de uma sociedade abundante
-
23:16 - 23:19onde é estatisticamente comprovado
que não prejudicaria ninguém -
23:19 - 23:22sanar as necessidades
básicas desta pessoa, -
23:22 - 23:25e ainda assim ela morre aos 30 anos,
devido a uma doença cardíaca -
23:25 - 23:28a qual hoje é relacionada estatisticamente
-
23:28 - 23:30àqueles que sofrem o estresse e os efeitos
-
23:30 - 23:33do baixo status socioeconômico,
-
23:34 - 23:35é a morte dessa pessoa
-
23:35 - 23:38- a remoção desses 54 anos -
-
23:38 - 23:40um ato de violência?
-
23:40 - 23:42A resposta é "sim, é".
-
23:42 - 23:45Nosso sistema legal
nos condicionou a pensar -
23:45 - 23:47que a violência é um ato
comportamental direto. -
23:48 - 23:50A verdade é que a
violência é um processo, -
23:50 - 23:53não um ato, e pode
assumir muitas formas. -
23:53 - 23:58Você não pode separar qualquer resultado
do sistema a partir do qual ele é orientado. -
23:59 - 24:03E isso é praticamente ausente
na forma como as pessoas pensam -
24:03 - 24:06sobre causa e efeito em um
sistema socioeconômico. -
24:07 - 24:10Os efeitos do capitalismo de mercado
não podem ser reduzidos -
24:10 - 24:13ou, devo dizer, não podem
ser deduzidos logicamente -
24:13 - 24:17a partir de um exame
local ou reducionista. -
24:17 - 24:19É como se as coisas funcionassem
como um relógio: -
24:19 - 24:23O mercado é um sistema sinérgico,
a economia é um sistema sinérgico, -
24:23 - 24:25e o comportamento do conjunto, ou seja,
-
24:25 - 24:27as consequências sociais de larga escala
-
24:27 - 24:30tais como a perpetuação de
desigualdade ou violência, -
24:31 - 24:35só podem ser avaliadas em
relação a esse conjunto. -
24:35 - 24:38É por isso que tem havido
uma grande dicotomia -
24:38 - 24:40entre o que os teóricos
de mercado acham que -
24:40 - 24:42supostamente deveria
acontecer em seu mundo -
24:42 - 24:43e o que está realmente acontecendo.
-
24:44 - 24:45Por exemplo,
-
24:45 - 24:48não há dúvida de que a pobreza
e a desigualdade social -
24:48 - 24:53está, e sempre esteve, causando um vasto
espectro de problemas de saúde pública, -
24:53 - 24:56tanto no contexto de privação absoluta,
o que significa não ter -
24:56 - 25:00o dinheiro para simplesmente sanar as
necessidades básicas, como alimentação, -
25:00 - 25:03e no contexto de privação relativa,
-
25:03 - 25:07que é um fenômeno psicológico
relacionado ao estresse, -
25:07 - 25:10o estresse psicossocial
de simplesmente viver -
25:10 - 25:13em uma sociedade
altamente estratificada. -
25:14 - 25:18Um dos maiores preditores na
redução de saúde pública -
25:18 - 25:23é identificado hoje
como desigualdade social. -
25:24 - 25:28Se você comparar nações desenvolvidas
pelo nível de desigualdade de riqueza -
25:28 - 25:32vai constatar que nações mais igualitárias
têm índices muito melhores de saúde -
25:32 - 25:35do que as nações menos igualitárias.
-
25:35 - 25:37Isso inclui a saúde física, saúde mental,
-
25:37 - 25:41abuso de drogas, níveis de ensino,
prisão, obesidade, -
25:41 - 25:44mobilidade social, a confiança ou o
"capital social", -
25:44 - 25:46a vida comunitária, a violência,
-
25:47 - 25:49gravidez na adolescência,
e bem-estar infantil, em média. -
25:49 - 25:52Estes resultados são
significativamente piores -
25:52 - 25:55nos países ricos com maior desigualdade.
-
25:56 - 26:00No entanto, se você tentou reduzir
e analisar, em uma única pessoa, -
26:00 - 26:03qualquer um desses fatores
de saúde pública citados, -
26:03 - 26:07você nunca teria certeza se essa
pessoa é realmente uma vítima -
26:07 - 26:08do estresse psicológico
-
26:08 - 26:12ou da própria condição da
violência relativa ou absoluta. -
26:13 - 26:15A causalidade só pode ser entendida
-
26:15 - 26:17em larga escala, probabilisticamente,
-
26:17 - 26:21o que representa a importância
da análise estatística. -
26:22 - 26:25O mercado só pode ser
percebido como um todo -
26:25 - 26:28para podermos mensurar a
verdade de seus efeitos. -
26:28 - 26:32É por isso que o nosso sistema
jurídico é tão básico e primitivo. -
26:34 - 26:38Dito isto, gostaria de detalhar outros
exemplos de violência estrutural, -
26:39 - 26:41uma vez que, obviamente,
manifesta-se de muitas outras formas. -
26:42 - 26:46Quando vemos que 1,5 milhões de crianças
morrem a cada ano por doenças diarreicas, -
26:46 - 26:48um problema totalmente evitável,
-
26:48 - 26:50o qual não é resolvido
-
26:50 - 26:52devido a uma limitação financeira em todo o mundo,
-
26:52 - 26:55vemos, na verdade, o assassinato
de 1,5 [milhões] de crianças -
26:55 - 26:58por um sistema que é tão ineficiente em seu processo,
-
26:58 - 27:00que não consegue tornar disponíveis
-
27:00 - 27:02os recursos necessários
em determinadas regiões, -
27:02 - 27:05mesmo que eles já estejam lá.
-
27:05 - 27:08Dependência de drogas,
que se tornou uma praga -
27:08 - 27:11da sociedade moderna em todo o mundo,
não apenas trazendo mortes, -
27:11 - 27:14mas também um espectro de sofrimento,
-
27:14 - 27:16comprovou-se ter raízes no estresse.
-
27:16 - 27:18Tem a ver com a falta de apoio
-
27:18 - 27:21que cria uma reação
em cadeia psicológica -
27:21 - 27:26que leva a preencher seus sentimentos
de dor com auto-medicação. -
27:26 - 27:28Você raramente vai encontrar um estudo
sobre os padrões de dependência -
27:29 - 27:31que não vê uma correlação direta
-
27:31 - 27:34com as condições de vida
instáveis e estresse. -
27:35 - 27:39E qual seria a característica
psicológica dominante da pobreza? -
27:40 - 27:43Sentimentos de insegurança e submissão.
-
27:44 - 27:47Até mesmo a grande maioria
dos comportamentos violentos -
27:47 - 27:50surgem de condições
prévias que foram ligadas -
27:50 - 27:53a privações e abusos
induzidos pela pobreza. -
27:53 - 27:57O ex-chefe de estudos sobre Violência
de Harvard, Dr. James Gilligan, -
27:57 - 28:00foi um psiquiatra penitenciário
por várias décadas, -
28:00 - 28:03analisando as razões para atos
extremos de assassinato e afins. -
28:03 - 28:08Em praticamente todos os casos, altos
níveis de privação, negligência e abuso -
28:08 - 28:12ocorreram na vida dos criminosos.
E adivinha o quê? -
28:12 - 28:15A pobreza é o melhor preditor
-
28:15 - 28:18de abuso infantil e negligência.
-
28:18 - 28:20Em um estudo realizado nos EUA,
as crianças que viviam em famílias -
28:20 - 28:22com uma renda anual
inferior a 15 mil dólares -
28:22 - 28:26têm risco 22 vezes maior de serem
abusadas ou negligenciadas -
28:26 - 28:31do que crianças que vivem em famílias
com renda anual de 30 mil dólares ou mais. -
28:32 - 28:38Aristóteles disse:
"A pobreza é a mãe da revolução e do crime." -
28:38 - 28:42Gandhi disse:
"A pobreza é a pior forma de violência." -
28:42 - 28:44E o interessante nisso tudo
-
28:44 - 28:48é que todos nós somos
possíveis vítimas de seus efeitos, -
28:48 - 28:50pois cada vez que você
ouvir falar de um roubo, -
28:51 - 28:53ato de violência, assassinato, ou similar,
-
28:53 - 28:56é provável que as origens
desse comportamento -
28:56 - 28:59vieram de uma forma de privação evitável.
-
28:59 - 29:01Digo "evitável" porque hoje
-
29:01 - 29:04não há absolutamente
nenhuma razão técnica para -
29:04 - 29:07qualquer ser humano viver em situação
de pobreza e privação de recursos. -
29:08 - 29:11Resolver a desigualdade social
não é apenas uma boa ação, -
29:11 - 29:13é um verdadeiro imperativo
de saúde pública. -
29:13 - 29:16Assim como ter certeza que
a nossa água não está poluída, -
29:16 - 29:18para que não fiquemos doentes.
-
29:18 - 29:22E cada um de nós não tem ideia de quando
poderemos ser submetido a, digamos, -
29:22 - 29:25violência produzida por essa privação.
-
29:25 - 29:27É uma forma de efeito colateral.
-
29:28 - 29:31Assim como o que alguns teóricos
sociais pensam sobre as razões -
29:31 - 29:34do terrorismo moderno oriundo
de países que sofrem abuso. -
29:34 - 29:36Um país como os Estados Unidos
bombardeiam alguma cidade; -
29:36 - 29:38as pessoas nessa cidade perdem tudo.
-
29:38 - 29:40Certas pessoas são profundamente afetadas
-
29:40 - 29:42e não encontram nenhum
outro recurso emocional -
29:42 - 29:45além de vingar-se de
forma mais violenta possível. -
29:45 - 29:49Em seguida, uma bomba explode em um café
-
29:49 - 29:51em sua cidade, matando seu irmão.
-
29:53 - 29:57Em suma, se você quer produzir uma
mentalidade criminosa ou de quadrilha, -
29:57 - 30:00deixe-os serem criados num
ambiente onde crescem -
30:00 - 30:03com a sensação de que a sociedade
não se preocupa com eles. -
30:04 - 30:07Assim, eles não têm necessidade de
se preocupar com a sociedade. -
30:07 - 30:09Esta é a marca registrada,
-
30:09 - 30:11a característica essencial
-
30:11 - 30:14da ordem social capitalista.
-
30:15 - 30:19E, antes de seguir em frente,
acho muito interessante -
30:19 - 30:22que a grande maioria das
instituições de direitos civis hoje, -
30:22 - 30:25ou instituições de direitos humanos,
-
30:25 - 30:30que ainda exigem mais igualdade
de raça, sexo, crença e igualdade política, -
30:30 - 30:35tendam a fazer muito pouco para abordar
as raízes da desigualdade econômica. -
30:36 - 30:39É uma contradição muito interessante.
Estou firmemente convencido de que, -
30:39 - 30:42à medida que o tempo avança,
a igualdade econômica vai se transformar -
30:42 - 30:47e adquirir o mesmo papel que
a igualdade de gênero e raça, -
30:47 - 30:50em que suprir as necessidades humanas
e prover um alto padrão de vida -
30:50 - 30:53será uma questão de
direitos humanos, -
30:53 - 30:56não uma conveniência de mercado,
-
30:57 - 30:59nem do darwinismo social
em que se baseia. -
31:01 - 31:04Parte Dois: Pós-Escassez.
-
31:04 - 31:06Eu gostaria de passar um
momento esclarecendo o que -
31:06 - 31:09"Sociedade Focada em Abundância"
realmente significa -
31:09 - 31:12e dar algumas extrapolações
estatísticas tangíveis -
31:12 - 31:15para confirmar esse potencial.
-
31:16 - 31:20A Economia Baseada em Recursos
e Lei Natural (EBRLN) não é uma utopia. -
31:21 - 31:26O Movimento Zeitgeist busca uma
abundância alta, relativa e sustentável -
31:26 - 31:29aliviando as formas mais
relevantes de escassez. -
31:30 - 31:32Muitos que ouvem tais distinções
desconsideram imediatamente -
31:33 - 31:35tais qualificações como meras opiniões.
-
31:35 - 31:38O fato é que não há opinião quando
se trata de suporte à vida -
31:39 - 31:41ou necessidades humanas empíricas.
-
31:42 - 31:44Abundância sustentável
relativa significa -
31:44 - 31:48buscar mais do que o suficiente para
atender todas as necessidades humanas e além, -
31:48 - 31:51enquanto se mantém o equilíbrio ecológico.
-
31:52 - 31:56"As formas mais relevantes de escassez"
significa diferenciar -
31:56 - 31:58entre a escassez que se
refere às necessidades humanas -
31:58 - 32:01e a escassez que se refere
aos desejos humanos, -
32:01 - 32:03já que não são a mesma coisa.
-
32:03 - 32:07Infelizmente, a lógica do mercado
faz de conta que são. -
32:07 - 32:10O mercado não tem como separar
necessidades de desejos. -
32:10 - 32:14E isso nos leva a raiz do
transtorno do sistema de valores, -
32:15 - 32:17que continua a distorcer nossa cultura.
-
32:18 - 32:21A lógica é a seguinte: se existir
-
32:21 - 32:24qualquer forma de escassez de
qualquer coisa, em qualquer nível, -
32:24 - 32:27então precisamos de dinheiro e
do mercado competitivo para regulamentá-la. -
32:29 - 32:31Deixe-me explicar isso um pouco mais.
-
32:31 - 32:34Um dos membros da nossa equipe
de palestras internacionais, Matt Berkowitz, -
32:34 - 32:38entrevistou para o rádio um economista
austríaco muito popular pouco tempo atrás, -
32:39 - 32:43e quando o tema da escassez surgiu,
esse economista respondeu assim: -
32:43 - 32:47"Nem todo mundo pode ter um
bife de primeira ou uma Ferrari!" -
32:47 - 32:51Essa foi a sua posição definitiva
em relação à escassez. -
32:51 - 32:54Isso pode até ser verdade.
Nem todo ser humano -
32:54 - 32:58pode ter uma mansão de 500 quartos,
com três aviões no gramado da frente, -
32:59 - 33:02e metade do continente africano
como seu quintal. -
33:03 - 33:06Em teoria, poderíamos
evocar qualquer coisa -
33:06 - 33:09e defender a escassez
através do luxo, -
33:09 - 33:12assim fundamentando a existência
de um mercado competitivo. -
33:13 - 33:16Então, quais são as necessidades humanas?
Seriam subjetivas? -
33:17 - 33:19As necessidades humanas foram criadas
-
33:19 - 33:23pelo processo de evolução
física e psicológica. -
33:23 - 33:27O não cumprimento dessas necessidades
virtualmente empíricas gera, -
33:27 - 33:28como observado anteriormente,
-
33:28 - 33:32um espectro desestabilizador,
estatisticamente previsível, -
33:32 - 33:36de distúrbios físicos,
mentais e sociais -
33:37 - 33:41Os desejos humanos, por outro lado,
são manifestações culturais -
33:41 - 33:46que foram sujeitas a uma enorme
mudança subjetiva ao longo do tempo, -
33:46 - 33:49revelando, na verdade,
algo de natureza arbitrária. -
33:49 - 33:54Isto não quer dizer que obsessões compulsivas
não podem ser tão desejadas -
33:54 - 33:58que começam a assumir
o papel de necessidades. -
33:58 - 34:00Esse é um fenômeno que ocorre facilmente
-
34:00 - 34:02em nossa sociedade
materialista, na verdade. -
34:02 - 34:06É exatamente por isso que as questões de
desigualdade financeira anteriormente assinaladas, -
34:06 - 34:08ou seja, a resposta de
estresse psicossocial -
34:09 - 34:12resultante da comparação social,
são o que são. -
34:13 - 34:16É uma parte da nossa psicologia
evolutiva de muitas maneiras. -
34:16 - 34:19Mas é em parte por isso que as
sociedades mais desiguais também -
34:19 - 34:23são as sociedades menos saudáveis,
porque perpetuamos isso. -
34:24 - 34:28O Movimento Zeitgeist não está promovendo
uma abundância universal infinita de tudo, -
34:28 - 34:30o que é claramente impossível
num planeta finito. -
34:30 - 34:34Em vez, promove uma visão de
mundo "pós-escassez" ou de abundância, -
34:34 - 34:38reconhecendo os limites naturais
de consumo no planeta, -
34:39 - 34:41e procurando um equilíbrio.
-
34:43 - 34:46E o que separa o mundo de hoje
do mundo do passado -
34:46 - 34:48é que a nossa capacidade
científica e tecnológica -
34:49 - 34:51chegou a um ponto de
aceleração da eficiência -
34:51 - 34:55onde a criação de um alto padrão de vida,
para todas as pessoas do planeta -
34:55 - 34:58com base nas preferências
culturais atuais, na verdade, -
34:58 - 35:01é possível agora dentro
destes limites sustentáveis -
35:01 - 35:05sem a necessidade destrutiva de competir
através do mecanismo de mercado. -
35:07 - 35:10Isto é feito com a chamada
'efemerização', -
35:11 - 35:14um termo cunhado pelo engenheiro
R. Buckminster Fuller, -
35:14 - 35:16e o entendimento é muito simples:
-
35:16 - 35:20"A quantidade de recursos e energia necessárias
para executar uma determinada tarefa -
35:20 - 35:23diminuiu constantemente ao longo do tempo,
-
35:23 - 35:27enquanto a eficiência da tarefa
tem aumentado, paradoxalmente." -
35:28 - 35:30Um exemplo é a comunicação por satélite,
-
35:30 - 35:33que usa exponencialmente menos material
-
35:33 - 35:36do que o fio de cobre grosso tradicional
-
35:36 - 35:39e é mais versátil e eficaz.
-
35:39 - 35:43Em outras palavras, estamos sempre
fazendo mais com menos, -
35:43 - 35:46e essa tendência pode ser notada em todas
as áreas de desenvolvimento industrial, -
35:46 - 35:48dos processadores de computador ou a Lei de Moore
-
35:48 - 35:51até a rápida aceleração
do conhecimento humano -
35:51 - 35:54ou da tecnologia da informação
-
35:56 - 35:58E não é apenas nos bens físicos.
-
35:58 - 36:01Também se aplica a processos ou sistemas.
-
36:01 - 36:03Por exemplo, o sistema de trabalho,
hoje com a automação, -
36:03 - 36:05mostra exatamente o mesmo padrão.
-
36:05 - 36:10A indústria se tornou mais produtiva
com menos pessoas, -
36:10 - 36:12máquinas cada vez mais eficientes
-
36:12 - 36:18com um consumo de energia e materiais cada vez
menor por operação ao longo do tempo. -
36:19 - 36:21Agora um breve parêntesis, alguns podem ter notado
-
36:21 - 36:24que constantemente uso a seguinte frase:
-
36:24 - 36:27"Alto padrão de vida".
O que isso significa? -
36:27 - 36:30Quem pode dizer o que um
alto padrão de vida deve ser? -
36:30 - 36:33A resposta a essa pergunta
não "quem", é "o quê". -
36:33 - 36:36E 'o quê' determina o nosso padrão de vida
-
36:37 - 36:39é justamente o nosso
estado atual da tecnologia. -
36:39 - 36:42e o que é necessário para manter
-
36:42 - 36:46a sustentabilidade social e ambiental
em um planeta finito. -
36:46 - 36:47Essa é a equação.
-
36:49 - 36:52Se nós, como sociedade, desejamos
manter os valores do materialismo, -
36:52 - 36:57crescimento e consumo, promovendo
a virtude de ter desejos infinitos -
36:57 - 37:00então podemos muito bem
nos matar agora mesmo, -
37:00 - 37:03já que será o resultado final
se continuarmos a ultrapassar -
37:03 - 37:07os limites do mundo físico em relação
à nossa exploração dos recursos -
37:07 - 37:09e à perda da biodiversidade.
-
37:09 - 37:12Então quero deixar bem claro:
esta nova proposta econômica -
37:12 - 37:15não trata apenas de ver como
o mercado é obsoleto por si só, -
37:15 - 37:19dada a nossa nova e poderosa
percepção de eficiência técnica, -
37:19 - 37:23também trata do fato de
que precisamos sair -
37:23 - 37:26do paradigma do mercado
o mais rápido possível -
37:26 - 37:29antes que cause ainda mais danos.
-
37:31 - 37:33OK, Pós-Escassez.
-
37:33 - 37:35As quatro categorias que eu quero
abordar em detalhes em relação a isso -
37:35 - 37:38são alimentos, água,
energia e bens materiais. -
37:39 - 37:41Por favor, notem que,
para alimentos, energia e água, -
37:41 - 37:45esta é uma avaliação realmente
muito conservadora, -
37:45 - 37:48através de estatísticas e medidas
baseadas apenas -
37:48 - 37:51em métodos existentes que
foram postos em uso industrial, -
37:51 - 37:55não em coisas teóricas de que
pessoas falam o tempo todo. -
37:55 - 37:57E tudo o que eu vou fazer
é aumentar a escala, -
37:57 - 38:00usando o contexto da
teoria dos sistemas. -
38:00 - 38:01Alimentos.
-
38:02 - 38:05De acordo com as Nações Unidas,
uma em cada oito pessoas na Terra, -
38:05 - 38:08quase um bilhão de pessoas,
sofrem de desnutrição crônica. -
38:11 - 38:14No entanto, admite-se que há
comida suficiente, produzida hoje -
38:14 - 38:17pelos métodos tradicionais do mercado,
para fornecer a todos no mundo -
38:17 - 38:21pelo menos 2720 kilocalorias por dia,
-
38:21 - 38:24que é mais que o suficiente para
manter a saúde básica para a maioria. -
38:24 - 38:27Portanto, em princípio, neste momento,
-
38:27 - 38:31a existência de um grande número
de pessoas cronicamente famintas -
38:31 - 38:34revela, no mínimo, de que há algo
fundamentalmente errado -
38:34 - 38:38com o processo industrial
e econômico global. -
38:39 - 38:43De acordo com a Instituição
de Engenheiros Mecânicos, -
38:43 - 38:46"Estima-se que 30 a 50% de todos
os alimentos produzidos -
38:47 - 38:49nunca atinge o estômago humano
-
38:49 - 38:52e este número não reflete o fato
de que grandes quantidades de terra, -
38:52 - 38:55energia, fertilizantes e água
também foram perdidos -
38:55 - 38:59na produção de gêneros alimentícios
que simplesmente vão para o lixo. " -
39:01 - 39:02Enquanto há certamente
um imperativo -
39:02 - 39:05para considerar a relevância
destes padrões de desperdício, -
39:05 - 39:08parece que o jeito
mais eficiente e prático -
39:08 - 39:10de superar completamente
essa deficiência mundial -
39:10 - 39:14é atualizar o próprio sistema
de produção de alimentos -
39:14 - 39:17com a localização mais estratégica
-
39:17 - 39:20a fim de reduzir o desperdício causado
-
39:20 - 39:24pelas deficiências na cadeia
de fornecimento global atual. -
39:24 - 39:27Talvez o mais promissor
desses arranjos é algo chamado -
39:27 - 39:30agricultura vertical, com o qual suponho
que muitos já estão familiarizados. -
39:30 - 39:33A agricultura vertical tem sido
posta à prova em várias regiões -
39:33 - 39:36com resultados extremamente promissores
em relação à eficiência e à conservação. -
39:37 - 39:40Este método de produção de
alimentos abundantes não apenas -
39:40 - 39:43usa menos recursos por unidade produzida,
gerando menos desperdício, -
39:43 - 39:45tem um impacto ecológico reduzido,
-
39:45 - 39:47alimentos de melhor qualidade,
-
39:48 - 39:51como também usa uma
superfície menor do planeta, -
39:51 - 39:54usa menos área de terra
do que estamos usando hoje. -
39:54 - 39:58Pode ser feito até mesmo
no mar, de tão versátil, -
39:58 - 40:01permitindo que certos tipos de alimentos,
impossíveis de serem produzidos em certos climas e regiões, -
40:01 - 40:03possam ser cultivados, simplesmente
porque é um sistema fechado. -
40:04 - 40:07Um sistema de fazenda vertical
em Cingapura, por exemplo, -
40:07 - 40:09tem um gabinete transparente
construído sob medida, -
40:09 - 40:11que usa um sistema hidráulico
automatizado em circuito fechado -
40:12 - 40:15para fazer as plantas circularem
entre a luz do sol -
40:15 - 40:17e tratamento de nutrientes orgânicos,
-
40:17 - 40:19custando apenas cerca 3 dólares por mês
-
40:19 - 40:22em eletricidade para cada gabinete.
-
40:23 - 40:26Este sistema também é relatado
em ter 10 vezes -
40:26 - 40:30mais produtividade por metro quadrado
do que a agricultura convencional, -
40:30 - 40:34novamente, usando muito
menos água, trabalho e fertilizantes. -
40:34 - 40:37Estudantes da Universidade
de Columbia nos EUA -
40:37 - 40:42determinaram que, para alimentar 50 mil pessoas,
uma fazenda de 30 andares -
40:42 - 40:45construída no espaço de
um quarteirão seria necessário, -
40:45 - 40:47o que dá cerca de 2,5 hectares.
-
40:47 - 40:51Se extrapolarmos isso no contexto
da cidade de Los Angeles, Califórnia -
40:51 - 40:55de onde venho, com uma população
de mais ou menos de 4 milhões, -
40:55 - 40:58com uma área total de,
aproximadamente, 128 mil hectares, -
40:59 - 41:03levaria 78 estruturas para
alimentar todos os residentes. -
41:03 - 41:09Isso equivale a cerca de 0,1%
da área total de Los Angeles -
41:09 - 41:11para alimentar toda a população.
-
41:12 - 41:15Se aplicarmos esta extrapolação para a Terra
-
41:15 - 41:18e à população humana de 7,2 bilhões
de pessoas, acabamos precisando de -
41:18 - 41:22cerca de 144 mil fazendas verticais
para alimentar o mundo todo. -
41:22 - 41:27Isso equivale a cerca de 368 mil hectares
de terra para colocar essas fazendas que, -
41:28 - 41:30dado que uns 38% das terras do planeta
-
41:30 - 41:33são, atualmente, utilizadas
para a agricultura tradicional, -
41:33 - 41:36chegamos à conclusão que precisamos
de apenas cerca de 0,006% -
41:37 - 41:39das terras agrícolas existentes na Terra
-
41:39 - 41:42para atender às necessidades de produção.
-
41:42 - 41:44Vamos ser um pouco mais coerentes.
-
41:44 - 41:47Dentro dessa estatística de 38%
de uso do solo para a agricultura, -
41:47 - 41:49muitas dessas terras
são também utilizadas -
41:49 - 41:52para a criação de gado, e não apenas
para o cultivo de safras. -
41:53 - 41:55Assim, se fôssemos usar, teoricamente,
-
41:55 - 41:59somente as terras de produção de safras,
-
41:59 - 42:01que são cerca de 1,6 bilhões de hectares,
-
42:01 - 42:03substituindo o cultivo em terra
-
42:03 - 42:08por estas fazendas verticais de 30 andares
colocadas lado a lado, em teoria -
42:09 - 42:13a produção de alimentos seria suficiente
para atender as necessidades nutricionais -
42:13 - 42:16e alimentar 34,4 trilhões de pessoas.
-
42:18 - 42:23Dado que só precisaremos alimentar
cerca de 9 bilhões de pessoas em 2050, -
42:23 - 42:28precisamos aproveitar apenas cerca de 0,02%
desta capacidade teórica, que, -
42:28 - 42:34como poderiamos argumentar,
torna bastante discutível as objeções práticas -
42:34 - 42:36comuns contra as extrapolações
mencionadas acima. -
42:36 - 42:40Em suma, temos um potencial
de completa abundância global de alimentos. -
42:42 - 42:43Água.
-
42:44 - 42:47Segundo a Organização Mundial de Saúde,
cerca de 2,6 bilhões de pessoas, -
42:47 - 42:49metade do mundo em desenvolvimento,
carecem de saneamento básico adequado -
42:50 - 42:52e cerca de 1,1 bilhão
de pessoas não têm acesso -
42:53 - 42:55a qualquer tipo de
fonte de água potável. -
42:55 - 42:58Devido ao esgotamento em curso, em 2025,
-
42:58 - 43:01estima-se que cerca de
2 bilhões de pessoas -
43:01 - 43:04viverão em áreas duramente
afetadas pela escassez de água, -
43:04 - 43:07com 2/3 de toda a população mundial
-
43:08 - 43:10vivendo em áreas com
períodos de falta de água. -
43:11 - 43:14A causa? Obviamente
desperdício e poluição, -
43:14 - 43:16mas não vou falar sobre isso.
-
43:16 - 43:19Os detalhes, causas e prevenção,
não são o tema aqui. -
43:20 - 43:23Em vez disso, vamos adotar, mais uma vez,
apenas uma abordagem da capacidade tecnológica, -
43:23 - 43:28considerando os sistemas modernos
de purificação e dessalinização -
43:28 - 43:30na escala macro industrial.
-
43:31 - 43:33A purificação.
-
43:33 - 43:39Globalmente, cada pessoa usa, em média,
1.385m³ de água por ano. -
43:39 - 43:43Isso leva em conta toda a atividade industrial,
bem como a agricultura. -
43:44 - 43:47Por uma questão de argumentação,
vamos considerar o que levaria para purificar -
43:47 - 43:53toda a água doce que é usada no mundo, em média, por ano.
-
43:53 - 43:58Dada a média global de 1385m³
-
43:58 - 44:00e uma população de 7,2 bilhões,
-
44:00 - 44:04chegamos a um consumo anual total
de cerca de 10 trilhões de m³. -
44:05 - 44:11Usando como base uma uma estação de desinfecção
por Raios UV do Estado de Nova Iorque, -
44:11 - 44:15que possui capacidade de produção de cerca
de 3 bilhões de metros cúbicos por ano, -
44:16 - 44:19ocupando cerca de 0,9 hectares de terra,
-
44:19 - 44:22precisaríamos de 3.327 estações
-
44:22 - 44:27para purificar toda a água utilizada
por toda a população global, -
44:27 - 44:30ocupando cerca de 3.000 hectares de terra.
-
44:31 - 44:34Nem é preciso dizer que há
muitos outros fatores que entram em jogo, -
44:34 - 44:37tais como as necessidades de energia,
localização, etc. Isso faz sentido. -
44:37 - 44:39No entanto, esse é um pequeno problema.
-
44:40 - 44:423.000 hectares não são nada comparados
-
44:42 - 44:46aos 9 bilhões de hectares
de terra do planeta. -
44:47 - 44:50Para dar um exemplo mais prático:
os militares dos EUA, sozinhos, -
44:51 - 44:55tem cerca de 845 mil bases militares
-
44:56 - 44:58e edifícios.
-
44:58 - 45:03Foi relatado que isso usa até 7,5 milhões
de hectares em todo o mundo. -
45:04 - 45:08Somente 0,04% dessa terra seria necessário
-
45:08 - 45:12para tratar a água fresca total
que o planeta inteiro consome. -
45:12 - 45:16Isso caso fosse necessário, o que, obviamente, não é.
-
45:17 - 45:19Dessalinização.
-
45:19 - 45:22Vamos usar a mesma extrapolação
teórica para a dessalinização. -
45:23 - 45:26O método de dessalinização mais comum hoje
é chamado de "osmose inversa". -
45:26 - 45:29De acordo com a Associação
Nacional de Dessalinização, -
45:30 - 45:34é responsável por 60% do tratamento
de dessalinização, a nível mundial. -
45:34 - 45:37Há uma série de outros métodos
que estão emergindo muito rapidamente -
45:37 - 45:40com níveis elevados de eficiência, os quais podem
tratar a água muito mais rapidamente. -
45:40 - 45:42Mas não vou falar sobre isso.
-
45:42 - 45:44Quero falar somente dos métodos
comuns, aplicados hoje. -
45:45 - 45:47Apenas tenha em mente que
tudo o que eu estou falando -
45:47 - 45:49tem imensas melhorias
chegando muito em breve. -
45:49 - 45:54Há uma estação de dessalinização da água do mar
por osmose inversa avançada na Austrália -
45:54 - 45:58capaz de produzir cerca de
150 milhões de m³ de água doce por ano -
45:58 - 46:00ocupando aproximadamente
13 hectares. -
46:00 - 46:04Dado que uso anual total
de água do mundo, hoje, -
46:04 - 46:07é cerca de 10 trilhões
de metros cúbicos, -
46:07 - 46:09levaria 60 mil estações
para produzir -
46:09 - 46:12toda a água usada globalmente hoje.
-
46:12 - 46:15Considerando as dimensões
dessa estação, que é muito grande, -
46:15 - 46:18tal façanha levaria mais ou menos
29 mil quilômetros de litoral, -
46:18 - 46:22ou 8,5% dos litorais do mundo.
-
46:22 - 46:26Obviamente, isso não é o ideal, é muito litoral,
-
46:26 - 46:28mas este exercício é sobre proporções.
-
46:28 - 46:31É óbvio que não precisamos
dessalinizar toda a água usada, -
46:31 - 46:34nem ignoraríamos o uso
de processos de purificação -
46:35 - 46:39ou ignoraríamos as vastas reformas necessárias
para preservar a eficiência e a água doce; -
46:40 - 46:44ou, de igual importância, os sistemas
de reuso que estão vindo à fruição -
46:44 - 46:47onde os edifícios são capazes
de usar a água várias vezes, -
46:47 - 46:50reciclando a água que vem da pia
para ser usada em descargas, -
46:50 - 46:54e outros mecanismos que, infelizmente,
não são usados pela a grande maioria. -
46:55 - 46:58Vamos fazer uma extrapolação
um pouco mais prática e real, -
46:58 - 47:01combinando apenas
purificação e dessalinização, -
47:01 - 47:04com estatísticas reais
de escassez regionais. -
47:04 - 47:07No continente africano,
há cerca de 345 milhões de pessoas -
47:08 - 47:10que não têm acesso a água potável.
-
47:10 - 47:13Se aplicarmos a taxa de
consumo média global observada, -
47:13 - 47:16novamente: 1385m³ por ano,
-
47:16 - 47:20procurando fornecer essa quantidade
a cada uma dessas 345 milhões de pessoas, -
47:21 - 47:25precisaríamos produzir cerca de 480 bilhões
de metros cúbicos anualmente. -
47:25 - 47:27Se dividirmos esse número na metade
-
47:27 - 47:32e usarmos a purificação para uma parte
e dessalinização para a outra parte, -
47:32 - 47:36o processo de dessalinização usaria 1,9%
-
47:36 - 47:40ou 795 km de litoral para suas instalações,
-
47:41 - 47:46e apenas cerca de 118 hectares de terra
para instalações de purificação, -
47:46 - 47:49que é uma fração minúscula
do continente africano -
47:49 - 47:51que possui cerca de
2,8 bilhões de hectares. -
47:51 - 47:54Portanto, isso é altamente realizável,
mesmo neste exemplo bruto. -
47:55 - 48:00De qualquer maneira, maximizaríamos
estrategicamente o processos de purificação, -
48:00 - 48:02já que é claramente mais eficiente,
-
48:02 - 48:06e usaríamos a dessalinização
apenas para a demanda restante. -
48:07 - 48:09Em suma, é um absurdo
para qualquer um no planeta -
48:09 - 48:12ficar sem água doce,
sem falar, entre parêntesis, -
48:13 - 48:16que 70% de toda a água doce usada hoje
-
48:17 - 48:22vai para a agricultura em nossos métodos
agrícolas com alto desperdício. 70%! -
48:23 - 48:28Se, por exemplo, aplicássemos sistemas
de fazendas verticais cuja economia -
48:28 - 48:31de água já foi constatada em mais de 80%,
-
48:31 - 48:33veríamos um enorme aumento
na disponibilidade -
48:33 - 48:36desse recurso escasso.
-
48:36 - 48:38Passando para a energia.
-
48:38 - 48:43Vivemos em uma massiva máquina de
motor-perpétuo conhecida como Universo. -
48:43 - 48:47O fato de ainda estarmos usando reservas
de combustíveis fósseis poluidores na Terra -
48:47 - 48:50ou o fenômeno nuclear
incrivelmente instável, -
48:50 - 48:53o qual deixa pouco espaço
para a falibilidade humana, -
48:53 - 48:55é verdadeiramente assustador.
-
48:56 - 49:00Existem quatro principais
ontes de energias renováveis -
49:00 - 49:02de grande capacidade
-
49:02 - 49:05que são atualmente ideais,
-
49:05 - 49:08conforme o nosso estado atual
da aplicação tecnológica. -
49:08 - 49:11São as estações
geotérmicas, eólicas, -
49:11 - 49:14solares e energia
à base de água. -
49:14 - 49:17Devido à falta de tempo,
não vou explicar o que são -
49:17 - 49:19e suponho que a maioria já sabe.
Eu só vou fazer -
49:19 - 49:21uma comparação da abundância.
-
49:22 - 49:23Geotérmica.
-
49:23 - 49:26Um relatório de 2006 do MIT
sobre energia geotérmica -
49:26 - 49:29constatou que 13 mil zettajoules de energia
estão atualmente disponíveis na Terra, -
49:29 - 49:33com 2 mil zettajoules ao alcance
-
49:33 - 49:35com o aperfeiçoamento
de tecnologias. -
49:35 - 49:38O consumo total de energia de
todos os países do planeta -
49:38 - 49:41é apenas metade de
um zettajoule por ano. -
49:41 - 49:44Isto significa, literalmente, que milhares
de anos de energia planetária -
49:44 - 49:47poderiam ser aproveitados
apenas por este meio. -
49:47 - 49:52A energia geotérmica também usa muito menos
área do que outras fontes de energia. -
49:53 - 49:54Por aproximadamente 30 anos,
-
49:54 - 49:55um período de tempo
comumente usado -
49:55 - 50:00para comparar o impacto do ciclo
de vida de diferentes fontes de energia, -
50:00 - 50:03verificou-se que uma instalação
de energia geotérmica -
50:04 - 50:09usa 404 m² de terreno
por gigawatt hora, -
50:09 - 50:11enquanto uma
termelétrica a carvão -
50:11 - 50:16usa 3.632 m² por
gigawatt hora. -
50:17 - 50:20Se fizessemos uma comparação básica
entre energia geotérmica e a carvão, -
50:20 - 50:23usando essa proporção
de m² por gigawatt hora, -
50:23 - 50:25veríamos que dá para encaixar
9 usinas geotérmicas -
50:25 - 50:28no espaço de uma usina a carvão.
-
50:28 - 50:31E isso sem contar a enorme
quantidade de terra -
50:31 - 50:33que é utilizada atualmente para
a extração do carvão. -
50:34 - 50:36Esses enormes buracos
que vemos na terra. -
50:36 - 50:39E alias a beleza da energia
geotérmica e, de fato, -
50:39 - 50:42de todas as fontes de energias
renováveis sobre as quais vou falar, -
50:42 - 50:45é que o local de
extração [de energia] -
50:45 - 50:48é quase sempre no mesmo lugar
da produção [de eletricidade] -
50:48 - 50:51e da distribuição também.
-
50:51 - 50:55Todas as fontes de hidrocarbonetos,
por outro lado, exigem que a extração -
50:55 - 50:59e as instalações de produção de energia
fiquem quase sempre em locais separados, -
50:59 - 51:02e às vezes refinarias também,
em outro local. -
51:03 - 51:06Em 2013, foi anunciado que uma
termelétrica de 1.000 megawatts -
51:06 - 51:09seria construída na Etiópia.
-
51:09 - 51:13Vamos usar isso como uma
base teórica para extrapolação. -
51:14 - 51:16Se fosse uma usina geotérmica
de 1.000 megawatts -
51:16 - 51:19operando a plena capacidade,
-
51:19 - 51:2124 horas por dia,
365 dias por ano, -
51:21 - 51:26produziria 8,7 milhões de
megawatts hora por ano. -
51:26 - 51:29A demanda atual de energia
mundial é de mais ou menos -
51:29 - 51:32153 bilhões
megawatts hora por ano, -
51:32 - 51:35o que significa que seriam
necessárias, teoricamente, -
51:35 - 51:39umas 17 mil usinas geotérmicas
para suprir a demanda global. -
51:40 - 51:45Há mais de 2.300 termelétricas a
carvão em operação no mundo hoje. -
51:45 - 51:49Usando a comparação de tamanho
mencionada anteriormente, -
51:49 - 51:53de nove usinas geotérmicas cabendo
no espaço de uma termelétrica a carvão, -
51:53 - 51:57seria necessário o espaço de
1.940 termelétricas a carvão -
51:57 - 52:01para conter as 17 mil
usinas geotérmicas -
52:01 - 52:04ou 84% do total das termelétricas
a carvão existentes hoje. -
52:05 - 52:07Além disso, dado que o carvão
corresponde por apenas 41% -
52:08 - 52:10de produção de
energia atualmente, -
52:10 - 52:13esta extrapolação teórica
também mostra -
52:13 - 52:17como, em 84% do espaço atualmente
usado por termelétricas a carvão, -
52:18 - 52:20as usinas geotérmicas
poderiam fornecer -
52:20 - 52:24100% da demanda
energética global. -
52:25 - 52:28Parques eólicos.
-
52:28 - 52:31Calcula-se, hoje, com a tecnologia
de turbinas existentes, -
52:31 - 52:32que está melhorando rapidamente,
-
52:32 - 52:33que a Terra pode produzir
-
52:33 - 52:36centenas de trilhões de watts
de potência, muitas vezes mais -
52:36 - 52:39do que o mundo
consome no total. -
52:39 - 52:42No entanto, de forma simplificada,
usando os 3600 hectares -
52:42 - 52:45do Parque Eólico Alta, na Califórnia,
como base teórica, -
52:45 - 52:51que tem uma capacidade ativa
de 1320 megawatts de potência, -
52:51 - 52:55uma produção anual de 11 milhões
de megawatts hora é possível, em teoria. -
52:56 - 53:01Isso significa que 13 mil
parques eólicos de 3600 hectares -
53:01 - 53:02seriam necessários para atender
-
53:03 - 53:07demanda global total de
153 bilhões de megawatts hora. -
53:07 - 53:11Isso requer cerca de 48 milhões
de hectares de terra -
53:11 - 53:16ou 0,3% da superfície da Terra
-
53:16 - 53:19para fornecer energia ao
mundo todo, em abstração. -
53:19 - 53:22No entanto, a energia eólica
em mar aberto -
53:22 - 53:25é geralmente muito mais poderosa
do que quando baseada em terra. -
53:25 - 53:26De acordo com a
-
53:26 - 53:32'Avaliação de Recursos Eólicos em
Mar Aberto para os Estados Unidos': -
53:32 - 53:37um potencial de 4150 gigawatts
em turbinas eólicas -
53:37 - 53:40poderia ser gerado
-
53:40 - 53:43em mar aberto, apenas
nos Estados Unidos. -
53:43 - 53:47Supondo que esta fonte de energia
fosse estável durante um ano inteiro, -
53:47 - 53:51ficaríamos com um total de energia de
36 bilhões de megawatts hora no ano. -
53:52 - 53:55Sendo que Estados Unidos, em 2010,
-
53:55 - 53:58usou 25,7 bilhões
de megawatts hora, -
53:58 - 54:01concluímos que a produção de
energia eólica em mar aberto sozinha -
54:01 - 54:04atenderia e excederia
o uso total nacional -
54:04 - 54:08em cerca de 10,6 bilhões
megawatts hora, ou 41%. -
54:09 - 54:13E axiomaticamente, extrapolando
esse nível nacional de capacidade -
54:13 - 54:15para as demais linhas
costeiras do planeta, -
54:16 - 54:21levando também em conta as estatísticas
baseadas em terra mencionadas anteriormente, -
54:21 - 54:25é claro que podemos abastecer
em energia o mundo várias vezes -
54:25 - 54:27com energia eólica e
de forma bastante prática. -
54:29 - 54:31Usinas solares.
-
54:32 - 54:35Se a humanidade pudesse capturar 0,1%
da energia solar que incide na Terra -
54:36 - 54:38teríamos acesso a
seis vezes mais energia -
54:38 - 54:41de que consumimos em
todas as formas hoje. -
54:41 - 54:43A capacidade de aproveitar essa
energia depende da tecnologia -
54:43 - 54:47e do percentual de
conversão da radiação. -
54:48 - 54:51O Sistema Solar Elétrico Ivanpah,
na Califórnia, -
54:51 - 54:54é um campo de
1400 hectares -
54:54 - 54:57com uma geração anual de cerca de
um milhão de megawatts hora. -
54:57 - 55:02Se extrapolássemos, utilizando
isso como a base teórica, -
55:02 - 55:08levaria cerca de 142 mil campos ou
cerca de 200 milhões de hectares de terra -
55:08 - 55:11para atender ao consumo
global atual de energia. -
55:11 - 55:14Isso dá cerca de 1,5% da
área total da Terra. -
55:15 - 55:20Os desertos cobrem cerca de 1/3 do mundo,
ou cerca de 4,8 bilhões de hectares -
55:20 - 55:23e eles tendem a ser bastante
favoráveis a usinas solares, -
55:23 - 55:27embora muitas vezes a menos propícios
ao suporte à vida para o ser humano. -
55:27 - 55:30Tendo em conta os cerca de
200 milhões de hectares -
55:30 - 55:33teoricamente necessários para abastecer
o mundo com energia, como calculado, -
55:34 - 55:37apenas 4,1% dos desertos do
mundo seriam necessários -
55:37 - 55:39para conter essas usinas.
-
55:40 - 55:43É terra que praticamente
não tem outra utilidade. -
55:44 - 55:46Energia baseada em água.
-
55:46 - 55:50Existem cinco tipos dominantes de
energia a base de água: ondas, das marés, -
55:50 - 55:52corrente oceânicas, osmótica,
-
55:52 - 55:55oceano térmica, e cursos de água.
-
55:55 - 55:58Em geral, a tecnologia para
o aproveitamento do oceano -
55:58 - 56:01está em sua infância,
mas o potencial é muito grande. -
56:01 - 56:04E com base em
estimativas tradicionais, -
56:04 - 56:07seguem os potenciais globais
geralmente aceitos, -
56:07 - 56:11estimados usando
os métodos existentes. -
56:11 - 56:15Não estamos usando tecnologia avançada
que não já esteja em aplicação. -
56:16 - 56:21A soma dá em torno de
150 mil terawatt hora por ano -
56:21 - 56:24ou 96% do uso global atual
-
56:24 - 56:26de meio zetta joule.
-
56:26 - 56:31É o suficiente para abastecer o mundo a partir
de uma só fonte, se fosse explorada. -
56:31 - 56:34No entanto, para dar uma ideia do
potencial tecnológico crescente, -
56:34 - 56:37porque eu acho que isso é importante,
considerando como a tecnologia -
56:37 - 56:41de energia orientada a água está
profundamente em sua infância, -
56:41 - 56:44desenvolvimentos recentes no
aproveitamento das correntes oceânicas -
56:45 - 56:47- as correntes que existem no fundo do oceano -
-
56:47 - 56:50que podem abranger velocidades muito
mais baixas agora do que costumavam, -
56:50 - 56:53foi estimado que o oceano,
sozinho, poderia hoje, -
56:53 - 56:57teoricamente, abastecer o mundo inteiro,
se explorado corretamente. -
56:59 - 57:00Vamos recapitular:
-
57:01 - 57:04Eólica, solar, d'água e a
energia geotérmica demonstraram, -
57:04 - 57:07como grande fontes de
energia renovável, -
57:07 - 57:11que são capazes, individualmente,
de atender e até exceder em muito -
57:11 - 57:15a demanda anual global
de energia neste momento. -
57:15 - 57:19E, obviamente, uma abordagem de sistemas,
harmonizando uma fração otimizada -
57:19 - 57:22de cada uma dessas fontes
renováveis, estrategicamente, -
57:22 - 57:26é a chave para alcançar a
abundância total e global de energia. -
57:27 - 57:29Por exemplo, não é
inconcebível imaginar -
57:29 - 57:32uma série de ilhas
artificiais flutuantes -
57:32 - 57:36em litorais selecionados, projetadas
para aproveitar, de uma só vez, -
57:36 - 57:41o vento, o sol, a diferença térmica,
as ondas, as marés e as correntes, -
57:41 - 57:44todos ao mesmo tempo
e no mesmo local. -
57:44 - 57:48Tais ilhas de energia enviariam, então,
sua colheita de volta a terra -
57:48 - 57:50para armazenamento
e distribuição. -
57:50 - 57:54Projetar coisas desse tipo depende
apenas da nossa engenhosidade. -
57:56 - 57:58Localização e reuso.
-
57:58 - 58:00A última coisa que quero
mencionar sobre energia, -
58:01 - 58:04que se baseia explicitamente
neste pensamento sistêmico, -
58:04 - 58:07tem a ver com a localização
e esquemas de reuso. -
58:08 - 58:11A exploração local de energia
não recebe um décimo -
58:11 - 58:14da atenção que
precisa hoje. -
58:14 - 58:16Métodos renováveis de pequena
escala menor que favorecem -
58:17 - 58:19estruturas individuais
ou pequenas áreas -
58:19 - 58:22se enquadram na mesma lógica de sistemas,
qualquer que seja a combinação. -
58:23 - 58:25Esses sistemas locais poderiam
também, se for necessário, -
58:25 - 58:28estar ligados com o sistema
de carga base maior, -
58:28 - 58:31criando uma rede global integrada
e de fontes diversificadas, -
58:31 - 58:34que acontece às vezes hoje
com a energia solar. -
58:34 - 58:37Existem muitos sistemas localizados
lá fora que pode extrair energia -
58:37 - 58:40do ambiente próximo:
há matrizes de energia solar, -
58:41 - 58:43há sistemas de captação
de vento de pequeno porte, -
58:43 - 58:45aquecimento e
arrefecimento geotérmico -
58:45 - 58:48e até mesmo projetos arquitetônicos
que simplesmente tornam o uso -
58:49 - 58:51da luz natural e o isolamento
térmico mais eficientes. -
58:52 - 58:54Buckminster Fuller foi genial
com suas estruturas geodésicas -
58:54 - 58:57e como elas conseguem reter
energia muito bem. É a mesma ideia. -
58:58 - 59:00Olhando para a
infra-estrutura das cidades, -
59:00 - 59:04vemos o mesmo desperdício de
eficiência possível em quase toda parte. -
59:04 - 59:07Uma tecnologia simples
chamada piezoeletricidade -
59:07 - 59:11é capaz de converter energia mecânica
e pressão diretamente em eletricidade. -
59:11 - 59:15É um excelente exemplo de um método de
reaproveitamento de energia com grande potencial. -
59:15 - 59:18As aplicações existentes
incluem a geração de energia -
59:18 - 59:22por pessoas simplesmente andando
sobre estes pisos e calçadas, -
59:22 - 59:25ruas que podem gerar energia
pelo tráfego de veículos, -
59:25 - 59:28e sistemas ferroviários que
também podem capturar energia -
59:28 - 59:31da passagem de trens
através de pressão. -
59:31 - 59:35Pessoas que estudaram
isso sugeriram -
59:35 - 59:38que um trecho de estrada de
um quilômetro e meio de comprimento, -
59:38 - 59:41quatro faixas de largura,
uma rodovia, -
59:41 - 59:43e trafegada por cerca de
mil veículos por hora -
59:44 - 59:46pode criar cerca de
0,4 megawatts de energia, -
59:46 - 59:49o que é suficiente para
alimentar 600 casas. -
59:49 - 59:52Agora, extrapole para o grosso
das estradas do mundo, -
59:53 - 59:56você tem uma fonte muito poderosa
de energia regenerativa. -
59:58 - 60:01No geral, se pensarmos sobre o enorme
desperdício de energia mecânica -
60:01 - 60:05apenas por veículos e pedestres
em centros de alto tráfego, -
60:05 - 60:08o potencial de energia a
ser regenerada é substancial. -
60:08 - 60:11É este o pensamento
sistêmico que é necessário -
60:11 - 60:13para manter a sustentabilidade
-
60:13 - 60:17e ao mesmo tempo buscar essa
abundância de energia global. -
60:19 - 60:22O último assunto, mais complexo,
além da energia, -
60:22 - 60:25será o tema de
abundância material -
60:25 - 60:27e da criação dos bens de
consumo necessários à vida. -
60:28 - 60:31Ao contrário da categoria
anterior, mais simples, -
60:31 - 60:34a pós-escassez da água
e da energia e etc., -
60:34 - 60:38a criação de uma ampla
abundância material -
60:38 - 60:41de todos os itens básicos que compõem
a média atual, pode-se dizer, -
60:42 - 60:45do que é culturalmente considerado
um "alto padrão de vida", hoje, -
60:45 - 60:47é substancialmente mais
radical em sua necessidade -
60:48 - 60:50de revisão e mudança
da cadeia industrial. -
60:51 - 60:55Como dito anteriormente, o método
atual altamente ineficiente -
60:55 - 60:59de design industrial, produção,
distribuição e regeneração -
60:59 - 61:02é uma das principais razões
por estarmos em um estado constante -
61:02 - 61:04de excesso global na
utilização dos recursos -
61:04 - 61:08e de perda desestabilizadora
de biodiversidade. -
61:09 - 61:12Além disso, como observado antes,
o mercado não incentiva -
61:12 - 61:14estados avançados
de eficiência, -
61:14 - 61:17já que a eficiência sempre
reduz a quantidade de trabalho, -
61:17 - 61:20recursos e serviços necessários
para um determinado fim -
61:21 - 61:23e, portanto, reduz a
circulação monetária. -
61:23 - 61:26Não consigo deixar
de reforçar isso sempre. -
61:26 - 61:29Portanto, um nova visão
sistêmica sinérgica da indústria -
61:30 - 61:33focalizada explicitamente na eficiência
no uso dos materiais e da mão de obra -
61:34 - 61:38juntamente com uma estratégia otimizada
para a sustentabilidade está em pauta. -
61:38 - 61:43Por uma questão de tempo e como
transição para a última parte dos cálculos, -
61:43 - 61:46eu vou focar em alguns
princípios ou protocolos -
61:46 - 61:49e como cada protocolo
auxilia na eficiência -
61:49 - 61:52para esta abundância
pós-escassez. -
61:52 - 61:55Sem isso levaria uma
quantidade enorme de tempo. -
61:55 - 61:57Não é tão simples quanto
as extrapolações anteriores. -
61:57 - 61:59No entanto, neste livro que
eu mencionei haverá um capítulo -
61:59 - 62:02dedicada a esta temática,
com muitos detalhes. -
62:07 - 62:091) Acesso, não propriedade privada.
-
62:10 - 62:13Uma sociedade baseada na propriedade
incentiva a preferência de possuir -
62:14 - 62:16um determinado produto, em vez de alugar
-
62:17 - 62:19ou ter acesso, quando necessário.
-
62:20 - 62:23Eu sou um cineasta e apesar, de alugar
alguns equipamentos de vez em quando, -
62:23 - 62:26é muito mais econômico e
inteligente comprar as coisas -
62:27 - 62:29porque elas têm
valor de revenda. -
62:29 - 62:32Este incentivo à propriedade universal
é um incrível desperdício -
62:32 - 62:36quando examinamos o tempo de
uso real de um determinado bem. -
62:37 - 62:41Facilitar os meios de acesso quando as
coisas podem ser compartilhadas -
62:41 - 62:45permitirá que muitos ganhem acesso aos bens
que de outra forma não poderiam usar -
62:45 - 62:49bem como a redução na produção,
em proporção, desses bens. -
62:49 - 62:51Numa Economia Baseada
em Recursos e Lei Natural -
62:51 - 62:55procuramos criar uma abundância de acesso,
não uma abundância de propriedade -
62:55 - 62:57que é inerentemente
um desperdício. -
62:58 - 63:02Em paralelo, também é importante
notar que a propriedade -
63:02 - 63:04não é um
conceito empírico. -
63:04 - 63:07Apenas o acesso é
empiricamente válido. -
63:07 - 63:10Propriedade é um
artifício protecionista. -
63:10 - 63:13O acesso é a realidade
da condição social humana. -
63:13 - 63:16Para que você possa realmente
dizer que "possui" um computador, -
63:16 - 63:18você tem que ter
chegado sozinho -
63:18 - 63:22a todo o processo tecnológico
que fez essa coisa -
63:22 - 63:24juntamente com as ideias
que compõem as ferramentas -
63:24 - 63:27que você poderia ter usado
para fazer esse computador. -
63:27 - 63:29Isso é literalmente impossível
-
63:29 - 63:33e é o que destrói a antiga
teoria do valor-trabalho. -
63:33 - 63:36- propriedade é o que é apresentada
pelos economistas clássicos - -
63:37 - 63:40Não existe propriedade.
Há apenas o acesso e partilha, -
63:40 - 63:43não importa o sistema
social que usa. -
63:44 - 63:472) Reciclagem no próprio Design.
-
63:47 - 63:50Ao contrário da nossa intuição,
não existe desperdício -
63:50 - 63:51no mundo natural.
-
63:51 - 63:54Não só do ponto de vista
da biosfera, que reutiliza -
63:54 - 63:56tudo em seu processo,
-
63:56 - 64:01os 92 principais elementos que ocorrem
naturalmente na tabela periódica -
64:01 - 64:04que compõem toda a matéria
não podem ser esgotados. -
64:05 - 64:08A humanidade tem dado
muito pouca consideração -
64:08 - 64:12para o papel de regeneração dos materiais
e como todas as nossas práticas de design -
64:12 - 64:15devem levar em conta
essa reciclagem. -
64:15 - 64:18Na verdade, como alguns devem saber,
o mais elevado estado desta reciclagem -
64:18 - 64:21eventualmente acabará vindo
com a nanotecnologia. -
64:21 - 64:24A nanotecnologia será
capaz de criar produtos -
64:24 - 64:28no nível atômico e
desmontá-los de volta -
64:28 - 64:31praticamente para
o ponto de partida. -
64:31 - 64:35É a forma perfeita de reciclagem.
Por sinal, não estou sugerindo isso. -
64:35 - 64:38Não estou sugerindo que a nanotecnologia
seja mesmo necessária neste momento, -
64:39 - 64:41como se fosse o que
estamos fazendo agora. -
64:41 - 64:44É que este é um grande
princípio para referenciar -
64:44 - 64:47em relação à importância
da regeneração. -
64:48 - 64:52Hoje, a indústria tem pouco senso
de sinergia nesse contexto. -
64:52 - 64:55A reciclagem é pensada depois.
As empresas continuam fazendo coisas -
64:55 - 64:58como revestir cegamente materiais
com tintas químicas e afins -
64:58 - 65:01que distorcem as propriedades
desses materiais -
65:01 - 65:03fazendo com que sejam
menos reaproveitáveis, -
65:03 - 65:06ou talvez completamente irrecuperáveis
pelos métodos de reciclagem atuais. -
65:06 - 65:09Isso acontece o tempo todo.
Então, resumindo, -
65:09 - 65:12a reciclagem estratégica
é, provavelmente, o mais importante -
65:12 - 65:15núcleo para a
abundância sustentada. -
65:16 - 65:19Cada aterro na Terra é apenas
um desperdício de potencial. -
65:20 - 65:24Número 3: adequação estratégica
ao design correto. -
65:24 - 65:26para o uso dos materiais
-
65:26 - 65:29mais abundantes e
propícios conhecidos. -
65:30 - 65:33Você vai notar essa qualificação
da eficiência no que eu disse: -
65:34 - 65:36propício e abundante.
-
65:36 - 65:41Propício significa mais adaptados com
base nas propriedades dos materiais. -
65:41 - 65:45Abundante significa que
você leva também em conta -
65:45 - 65:49a acessibilidade do material
e o impacto ambiental -
65:49 - 65:54na comparação com outros materiais
que podem ser menos ou mais propícios. -
65:54 - 65:57Esta é uma comparação
da eficiência sinérgica. -
65:58 - 66:00Me desculpem se o vocabulário
fica um pouco complicado. -
66:00 - 66:05Provavelmente o melhor exemplo disso
seja a construção de um lar ou domicílio. -
66:05 - 66:08O uso comum de madeira, tijolos,
parafusos e a vasta gama de peças -
66:08 - 66:13típicas de uma casa comum é muito
ineficiente comparado com -
66:13 - 66:18materiais mais modernos, simplificados
e pré-fabricados ou moldáveis. -
66:19 - 66:21A casa tradicional de 200
metros quadrados requer cerca de -
66:22 - 66:2440 a 50 árvores,
ou seja um hectare. -
66:24 - 66:28Compare isso com casas que podem
ser criadas com processos de pré-fabricação -
66:28 - 66:31com polímeros
ecológicos simples, -
66:31 - 66:35concreto ou outros métodos
facilmente moldáveis. -
66:35 - 66:38A impressão em 3D, por exemplo,
está a caminho. -
66:39 - 66:44Estas novas abordagens têm um impacto
ambiental muito pequeno quando comparado -
66:44 - 66:47à continua destruição das florestas
do planeta para extração de madeira. -
66:47 - 66:50A construção civil é, hoje, um dos setores
industriais que mais consome e desperdiça -
66:50 - 66:53matéria prima no mundo.
-
66:54 - 66:57com cerca de 40% de toda a
matéria prima usada na construção -
66:57 - 66:59acabando como lixo
no final da obra. -
67:01 - 67:05Número 4: Design propício para
a automação do trabalho. -
67:05 - 67:08Bom isso é muito
estranho para muitos. -
67:08 - 67:10Quanto mais nos conformamos
com o estado atual -
67:11 - 67:14dos processos de produção
rápida e eficiente, -
67:14 - 67:16maior a abundância gerada.
-
67:17 - 67:20Se você ler textos sobre
processos de fabricação, -
67:20 - 67:23eles normalmente separam
o trabalho em três categorias. -
67:23 - 67:27Há a montagem humana, a
mecanização e a automação. -
67:27 - 67:29Montagem humana
significa feito à mão. -
67:29 - 67:32Mecanização significa máquinas
auxiliando o trabalhador, -
67:32 - 67:35e automação significa que
não há participação humana. -
67:37 - 67:40Imagine que você está precisando de
uma cadeira e existem três modelos. -
67:40 - 67:44O primeiro é elaborado e complexo
e só pode ser feito à mão. -
67:44 - 67:47O segundo é mais simples,
e poderia ser feito de peças -
67:47 - 67:50feitas por máquinas, mas
teria que ser montado à mão. -
67:50 - 67:56A terceira cadeira é produzida por um
processo completamente automatizado. -
67:58 - 68:01Esta última cadeira seria, em teoria,
o objetivo de design -
68:02 - 68:04desta nova abordagem.
-
68:05 - 68:08Isso teria por efeito reduzir a
complexidade do processo de automação, -
68:08 - 68:10com pouco ou nenhum
trabalho humano. -
68:10 - 68:14Imagine uma fábrica que
não só produz carros, -
68:14 - 68:17mas produz praticamente
qualquer tipo de coisa -
68:17 - 68:20feita dos mesmos
materiais básicos. -
68:20 - 68:22Isto é muito viável.
-
68:22 - 68:25Isto iria aumentar a
produção significativamente. -
68:25 - 68:29Em outras palavras, estamos
otimizando os meios de produção. -
68:29 - 68:32E entre parêntesis, muitos que
vêem coisas como esta -
68:32 - 68:35acham que isso significa que não vai
existir mais qualquer variedade no futuro, -
68:35 - 68:39que tudo vai ser básico e uniformizado e
todo mundo vai ter as mesmas coisas. -
68:39 - 68:43Não, eu só estou usando isso como um
exemplo para falar sobre eficiência. -
68:43 - 68:46Ser propício para a automação não
significa a uniformidade universal -
68:46 - 68:49porque a quantidade
de variações possíveis -
68:50 - 68:53com nossa tecnologia de automação
atual é incrível e está acelerando. -
68:53 - 68:57Robótica modular: há muitas
máquinas de auto-mudança -
68:57 - 69:00que podem criar uma grande
quantidade de variações. -
69:00 - 69:03Tudo isso significa os processos
existentes em seu estado atual -
69:03 - 69:06devem ser respeitados
para facilitar a produção. -
69:06 - 69:09Por favor, não confunda isso com
"todo mundo tem o mesmo modelo de tudo". -
69:09 - 69:12O que eles recebem são os mesmos
princípios básicos de sustentabilidade, -
69:12 - 69:15que vêm em em formas diferentes,
se você conseguir compreender isso. -
69:15 - 69:19Estes 4 parâmetros sendo utilizados,
juntamente com a intenção básica -
69:19 - 69:23de auxiliar a tendência de
efemerização em todos os níveis, -
69:23 - 69:26há pouca dúvida de
que todo ser humano -
69:26 - 69:28poderia ter um
alto padrão de vida. -
69:28 - 69:32É simplesmente uma questão de
converter toda a ineficiência que temos -
69:32 - 69:36diretamente em produtividade,
de forma estratégica. -
69:38 - 69:42Vou concluir esta seção, sinalizando
que R. Buckminster Fuller -
69:42 - 69:45foi provavelmente o único
ser humano que já tentou -
69:45 - 69:48levar em conta e quantificar o
estado dos recursos e seu potencial -
69:48 - 69:51dentro dos últimos cem anos e,
apesar de primitivo, -
69:52 - 69:56ele foi capaz de chegar
à seguinte conclusão em 1969: -
69:57 - 70:01"O ser humano desenvolveu uma mecanização
tão intensa na Primeira Guerra Mundial -
70:01 - 70:06que a percentagem da população
total do mundo dos "ricos" industriais -
70:06 - 70:09subiu, em 1919, para 6%.
-
70:09 - 70:11Esta foi uma mudança
muito brusca na história. -
70:11 - 70:14Até a segunda guerra mundial,
20% de toda a humanidade -
70:14 - 70:16tinha se tornado parte
dos "ricos" industriais. -
70:17 - 70:21Atualmente, a proporção desses
"ricos" é de 40% da humanidade. -
70:21 - 70:24Se aumentássemos o desempenho
dos recursos do nível atual -
70:24 - 70:29para a eficiência global
altamente viável de 12% acima -
70:29 - 70:32- aumentar o uso em 12%
de forma holística, em média - -
70:32 - 70:35toda a humanidade
pode ser atendida." -
70:35 - 70:40O aumento exponencial da tecnologia
da informação desde 1969, -
70:40 - 70:42junto com a tecnologia aplicada e
-
70:42 - 70:45o entendimento sinérgico
avançado que temos hoje, -
70:46 - 70:48eu suspeito que, agora,
excede em muito. -
70:48 - 70:53Ou seja, estamos muito além do aumento de
eficiência de 12%, que ele viu como necessário. -
70:53 - 70:58O problema agora, em parte, é se adequar
à facilitação industrial da maneira correta, -
70:59 - 71:01o que atualmente não é feito.
-
71:02 - 71:06Isso nos leva à Parte III:
Organização e Cálculos Econômicos. -
71:08 - 71:10Se você está se perguntando
por que eu passei tanto tempo -
71:10 - 71:12nos pontos anteriores
de pós-escassez -
71:12 - 71:15e esses dois problemas centrais
inerentes ao capitalismo de mercado, -
71:15 - 71:18desequilíbrio social e
desequilíbrio ambiental, -
71:18 - 71:21é porque não dá para entender
a lógica dos fatores econômicos -
71:21 - 71:25envolvidos neste modelo sem
essas percepções anteriores. -
71:27 - 71:30A Economia Baseada em Recursos e Lei Natural
não é apenas uma consequência progressiva -
71:30 - 71:34da nossa capacidade crescente de
sermos produtivos como espécie, -
71:34 - 71:37como se fôssemos simplesmente evoluir
gradualmente para fora do sistema de mercado, -
71:37 - 71:39um passo de cada vez,
sob esta abordagem. -
71:39 - 71:43Não. A extrema necessidade
de remoção deste sistema -
71:43 - 71:45deve ser percebida mais uma vez.
-
71:45 - 71:47Tem que se tornar
uma parte, na verdade, -
71:47 - 71:50da estrutura de incentivos
do novo modelo: -
71:50 - 71:54a compreensão histórica de que
se não nos ajustarmos desta forma -
71:54 - 71:57vamos reverter para o
período altamente instável -
71:57 - 71:59no qual estamos
neste momento. -
72:00 - 72:03Um modelo econômico
é uma construção teórica -
72:03 - 72:08que representa processos compostos
por um conjunto de variáveis ou funções, -
72:08 - 72:11descrevendo as relações
lógicas entre eles. -
72:11 - 72:12Definição básica.
-
72:13 - 72:16Se alguém já estudou modelagem econômica
tradicional ou baseada em mercado, -
72:16 - 72:19uma grande quantidade de tempo muitas vezes
é gasta em coisas como a tendências de preços, -
72:20 - 72:23padrões de comportamento,
funções utilitaristas, -
72:23 - 72:26inflação, flutuações cambiais, etc.
-
72:26 - 72:31Raramente, ou nunca, algo é dito
sobre a saúde pública ou ecológica. -
72:31 - 72:35Por quê? Porque o mercado é,
novamente, cego em relação à vida -
72:35 - 72:39e dissociado da ciência de
suporte à vida e sustentabilidade. -
72:39 - 72:42É simplesmente um
sistema de procuração. -
72:44 - 72:48A melhor maneira de pensar sobre esta
economia não é com termos tradicionais, -
72:48 - 72:50mas sim como um sistema
avançado de produção, -
72:51 - 72:55distribuição e gerenciamento, no qual
o público é democraticamente envolvido, -
72:55 - 72:59via uma uma espécie
de economia participativa -
73:00 - 73:04que facilita os processos de entrada,
como propostas de design -
73:04 - 73:08e avaliação da demanda,
enquanto filtra todas as ações -
73:08 - 73:13através do que vamos chamar de
protocolos de sustentabilidade e eficiência. -
73:13 - 73:17Estas são as regras básicas
de ação industrial -
73:17 - 73:21estabelecidas pelas leis da natureza,
não a opinião humana. -
73:21 - 73:25Como observado antes, nenhum desses
interesses são estruturalmente inerentes -
73:25 - 73:29ao modelo capitalista e é claro que
a humanidade precisa de um modelo -
73:29 - 73:33que tem esse tipo de coisa
embutida para consideração. -
73:34 - 73:37Objetivos do sistema estrutural.
-
73:37 - 73:40Todos os sistemas econômicos
têm objetivos estruturais -
73:40 - 73:43que podem não ser óbvios.
-
73:43 - 73:46O objetivo estrutural do capitalismo de mercado,
conforme descrito, é o crescimento -
73:46 - 73:50e manutenção das taxas de consumo altas o
suficiente para manter as pessoas empregadas -
73:50 - 73:56a todo momento, e o emprego exige também
uma cultura, real ou percebida, -
73:56 - 73:59de ineficiência, e isso
significa, essencialmente, -
73:59 - 74:04a preservação de escassez,
de uma forma ou de outra. -
74:04 - 74:06Este é o seu objetivo estrutural.
-
74:06 - 74:10E boa sorte em fazer com que
um economista de mercado admita isso. -
74:11 - 74:15O objetivo deste modelo [a EBRLN]
é otimizar a eficiência técnica -
74:16 - 74:19e criar o mais alto nível de
abundância que for possível, -
74:19 - 74:22dentro dos limites da
sustentabilidade na Terra, -
74:22 - 74:25buscando atender as necessidades
humanas diretamente. -
74:28 - 74:30Panorama do sistema.
-
74:30 - 74:34Um dos grandes mitos sobre este modelo
é que tem um planejamento central. -
74:34 - 74:36Tenho certeza que muitos
de nós já ouvimos isso. -
74:36 - 74:40O que isto significa baseado em
precedentes históricos é que supõe-se -
74:40 - 74:44que um grupo de elite basicamente
tomará as decisões econômicas -
74:44 - 74:45para a sociedade.
-
74:46 - 74:51Não. Este modelo é um sistema
de design colaborativo: -
74:51 - 74:54CDS (Collaborative Design System).
Sem planejamento central. -
74:54 - 74:57É baseado inteiramente em
interações com o público -
74:57 - 75:01facilitadas por um sistema programado
em linguagem aberta (Open-Source), -
75:01 - 75:04que permite um fluxo constante
de informação e resposta -
75:04 - 75:07e que pode, literalmente, permitir
a opinião do público -
75:07 - 75:11sobre qualquer assunto industrial,
seja pessoal ou social. -
75:12 - 75:14Agora, uma pergunta comum,
quando se fala desse assunto: -
75:14 - 75:16"Quem programa esse sistema?"
-
75:17 - 75:19A resposta é:
todo mundo e ninguém. -
75:19 - 75:22As regras concretas das
leis da natureza, como se aplicam -
75:22 - 75:26à sustentabilidade ambiental
e à eficiência da engenharia, -
75:26 - 75:29são um quadro de referência
completamente objetivo. -
75:29 - 75:32As nuances podem mudar em
algum grau ao longo do tempo, -
75:32 - 75:35mas os princípios
gerais permanecem. -
75:36 - 75:39Ao longo do tempo, a lógica dessa abordagem
também irá se tornar mais rígida -
75:39 - 75:42porque aprendemos mais de acordo com
o aperfeiçoamento do nosso entendimento -
75:42 - 75:44e, portanto, menos espaço
para a subjetividade -
75:44 - 75:47em certas áreas que
poderiam ter tido antes. -
75:47 - 75:50Mais uma vez, vou descrever
isso melhor num momento. -
75:50 - 75:54Além disso, os próprios programas estarão
disponíveis em uma plataforma open source -
75:54 - 75:57para avaliação e críticas do público,
absolutamente transparente. -
75:57 - 75:59E se alguém notou
um problema -
75:59 - 76:03ou percebe que uma estratégia de otimização
não foi aplicada, como provavelmente será o caso, -
76:03 - 76:06isso é avaliado e testado
pela comunidade -
76:06 - 76:09como uma espécie de
Wikipedia para cálculos, -
76:09 - 76:12mas muito menos subjetivo
do que a Wikipedia, -
76:12 - 76:15sem aqueles administradores
temperamentais. -
76:16 - 76:19Outra confusão tradicional
envolvendo o conceito -
76:19 - 76:22e, que para muitos, passou
a definir a diferença -
76:22 - 76:25entre capitalismo
e todo o resto. -
76:25 - 76:28E tem a ver com o fato
de os meios de produção -
76:29 - 76:31serem de propriedade
privada ou não. -
76:31 - 76:36Aparece em todas as toneladas
de textos literários tradicionais -
76:36 - 76:38sobre o capitalismo
quando eles descrevem -
76:38 - 76:42isso como a manifestação final do
comportamento humano, da sociedade. -
76:42 - 76:45Se você não souber o que isso
significa, os "meios de produção" -
76:45 - 76:49se referem aos ativos não-humanos
usados para criar bens, como máquinas, -
76:49 - 76:52ferramentas, fábricas,
escritórios e similares. -
76:52 - 76:54No capitalismo, os meio de
produção são de propriedade -
76:55 - 76:59do capitalista, por definição histórica,
daí a origem do termo. -
76:59 - 77:03Estou abordando isso porque existe
uma discussão centenária -
77:03 - 77:06que qualquer sistema cujos meios de
produção não sejam de propriedade privada, -
77:06 - 77:11não vai ser tão eficiente
em termos econômicos -
77:11 - 77:14como um sistema onde são, ou talvez
nem mesmo tenha eficiência alguma. -
77:14 - 77:18Isso, como o argumento descreve,
é por causa da necessidade de preço: -
77:18 - 77:20o mecanismo de preços.
-
77:20 - 77:24O preço, que tem
uma capacidade fluida -
77:24 - 77:27de permitir a troca de bens de
praticamente qualquer tipo, -
77:27 - 77:32devido à indivisibilidade de seu valor,
cria de fato um mecanismo de retorno -
77:32 - 77:35que liga a totalidade do sistema de
mercado de um modo restrito. -
77:36 - 77:40O preço é uma maneira de alocar recursos
escassos entre interesses conflitantes. -
77:40 - 77:43Preços, propriedade e dinheiro
traduzem, em suma, -
77:44 - 77:46as preferências subjetivas
de demanda -
77:46 - 77:49em valores de troca
semi-objetivos. -
77:49 - 77:54Digo "semi" porque é apenas uma
medida culturalmente relativa, -
77:54 - 77:58ausentes a maioria dos fatores que consideram
a verdadeira eficiencia técnica -
77:58 - 78:00para um determinado
material ou bem. -
78:00 - 78:03Não tem nada a ver com o que
os materiais ou mercadorias são. -
78:03 - 78:06É apenas um mecanismo.
-
78:06 - 78:09Talvez o único dado
realmente técnico, na verdade, -
78:09 - 78:11que o preço abrange, de
forma bem grosseira, -
78:11 - 78:15tenha a ver com a escassez de
recursos e a energia de trabalho. -
78:15 - 78:17A escassez de recursos
e energia de trabalho. -
78:17 - 78:20Você pode encontrar
isso no valor do "preço". -
78:20 - 78:23Então neste contexto,
a pergunta se torna: -
78:23 - 78:25Será possível criar
um sistema que pode, -
78:25 - 78:28com eficiência
igual ou melhor, -
78:28 - 78:32facilitar o retorno dos consumidores em
relação às suas preferências, da demanda, -
78:32 - 78:36do valor do trabalho e da escassez
de recursos ou de componentes -
78:36 - 78:41sem o sistema de preço ou os valores
subjetivos de propriedade ou de troca? -
78:42 - 78:43E é claro que é possível.
-
78:44 - 78:47O truque é eliminar
completamente a troca -
78:47 - 78:50e criar uma ligação
de controle e feedback direto -
78:51 - 78:54entre o consumidor e os
próprios meios de produção. -
78:54 - 78:57O consumidor se torna parte
dos meios de produção -
78:57 - 79:01e o "complexo industrial" se torna
nada mais do que uma ferramenta -
79:02 - 79:05acessada pelo público
para gerar bens. -
79:06 - 79:10Na verdade, conforme mencionado,
esse mesmo sistema -
79:10 - 79:13pode ser usado para virtualmente
qualquer cálculo societal -
79:13 - 79:16praticamente eliminando
o governo, de fato, -
79:16 - 79:18e a política como
a conhecemos. -
79:18 - 79:22É um processo participativo
de tomada de decisão. -
79:23 - 79:27Entre parêntesis, na medida em
que realmente sempre haverá -
79:27 - 79:29escassez de alguma
coisa no mundo, -
79:29 - 79:33que é a própria base da existência do
preço, do mercado e do dinheiro, -
79:33 - 79:36os seres humanos podem entender
novamente a extrema necessidade -
79:37 - 79:40de existir em uma relação estável
e constante com a natureza -
79:40 - 79:43e a espécie humana global
para a sustentabilidade -
79:43 - 79:46cultural e ambiental,
ou não. -
79:46 - 79:49Podemos ou continuar no mesmo
caminho em que estamos agora -
79:49 - 79:51ou nos tornarmos
mais conscientes, -
79:52 - 79:54responsáveis com o mundo
e com os outros, -
79:54 - 79:58buscando a pós-escassez e usando
as leis da natureza para a sustentabilidade -
79:58 - 80:01e a eficiência para decidirmos
a melhor forma de alocar -
80:01 - 80:03nossa matéria-prima, ou não.
-
80:04 - 80:07Mas eu acho que o dito
caminho é o mais inteligente. -
80:08 - 80:11Digo isso porque este
argumento dos recursos -
80:11 - 80:16sempre se resume à
abstração da escassez. -
80:16 - 80:20Nunca especifica o que a
escassez é em certos contextos. -
80:21 - 80:23Não separa a escassez,
e isso é a sua falha fatal, -
80:23 - 80:25entre as necessidades
e os desejos humanos. -
80:26 - 80:30Além disso, eu quero
salientar outra falácia -
80:30 - 80:32sobre a propriedade privada
dos meios de produção. -
80:33 - 80:35Uma falácia desse conceito amplo
é o seu atraso cultural. -
80:36 - 80:39Hoje estamos vendo uma
fusão de bens de capital, -
80:39 - 80:42bens de consumo
e força de trabalho. -
80:42 - 80:45Máquinas estão substituindo
a força de trabalho humano -
80:45 - 80:48tornando-se bens de capital
e ao mesmo tempo -
80:48 - 80:51reduzindo seu tamanho para se
tornarem bens de consumo. -
80:52 - 80:56Tenho certeza que quase todos nesta
sala têm uma impressora em casa. -
80:56 - 80:58Quando você envia um arquivo para a
impressora a partir de seu computador, -
80:58 - 81:02você está no controle de uma
mini-versão de um meio de produção. -
81:03 - 81:05E quanto a
impressoras 3D? -
81:05 - 81:07Em algumas cidades, hoje, já existem
laboratórios de impressão 3D -
81:08 - 81:10onde as pessoas podem
enviar seu projeto -
81:10 - 81:13para imprimir
um objeto físico. -
81:13 - 81:16O modelo que eu vou descrever
é uma ideia similar. -
81:16 - 81:18O próximo passo
é a criação -
81:18 - 81:21de um complexo industrial
estrategicamente automatizado, -
81:21 - 81:23localizado o mais próximo possível,
-
81:23 - 81:26que se destine a produzir,
através de meios automatizados, -
81:26 - 81:31a média de tudo que uma determinada
região expressou demanda. -
81:31 - 81:34Pense nisso: produção sob
demanda em uma escala maciça. -
81:35 - 81:37Considere, por um momento,
quanto espaço de armazenamento, -
81:37 - 81:39energia e transporte
e excedentes inúteis -
81:40 - 81:42seriam imediatamente eliminados
por esta abordagem. -
81:42 - 81:47Eu acho que os dias da produção desperdiçante
em massa e de economias de escala, -
81:47 - 81:48estão chegando
ao fim. -
81:48 - 81:51Bem, se nós quisermos.
-
81:52 - 81:55Este tipo de pensamento:
cálculo econômico real, -
81:56 - 82:00no sentido mais técnico do termo.
-
82:00 - 82:03Estamos calculando como ser tão
tecnicamente eficientes e conservadores -
82:03 - 82:08quanto possível, que, de novo e quase
paradoxalmente, é o que vai facilitar -
82:08 - 82:12uma abundância de acesso mundial, para
atender todas as necessidades humanas e além. -
82:13 - 82:16Estrutura e processos.
-
82:16 - 82:19Vou percorrer os
três processos seguintes: -
82:19 - 82:22(1) A interface de design colaborativo
e esquemática industrial; -
82:22 - 82:24(2) Gestão de recursos,
feedback e valor; e -
82:24 - 82:29(3) Princípios gerais de sustentabilidade
e de cálculo macro. -
82:30 - 82:34A interface de design colaborativo é,
essencialmente, o novo mercado; -
82:34 - 82:36é um mercado de ideias.
-
82:36 - 82:39Este sistema é o primeiro passo
para tudo que seja de interesse produzir. -
82:39 - 82:43Pode ser iniciado por uma única pessoa,
pode ser iniciado por uma equipe, -
82:43 - 82:46se você tem amigos e pretendem
trabalhar em conjunto, -
82:46 - 82:49como as empresas funcionam;
pode ser iniciado por todos. -
82:49 - 82:51É de linguagem aberta (open-source)
e de acesso aberto. -
82:51 - 82:54E a sua ideia está aberta para a contribuição
de qualquer pessoa interessada -
82:54 - 82:59nesse tipo de produto ou qualquer um
que esteja on-line e que queira contribuir. -
83:00 - 83:02Obviamente, toma a forma
de um site, como eu disse, -
83:02 - 83:05e da mesma forma, o que quer
que exista como produto final, -
83:06 - 83:08tudo o que é colocado em
produção, embora em teoria -
83:08 - 83:11tudo estará sob
modificação constante, -
83:11 - 83:14mas o que foi aprovado, por assim dizer,
é armazenado de forma digital -
83:14 - 83:17em um banco que disponibiliza
o produto para todos. -
83:17 - 83:19Como uma espécie de
catálogo de produtos, -
83:19 - 83:23exceto que contém todas
as informações digitais -
83:23 - 83:25necessárias para produzi-las.
-
83:25 - 83:28É assim que a
demanda é avaliada. -
83:28 - 83:30A partir de feedback
do usuário e é imediato. -
83:30 - 83:33Em vez, é claro, de
fazer propaganda -
83:33 - 83:38e do sistema de proposta
de produtos unidirecional -
83:38 - 83:42que temos hoje, onde as empresas basicamente
dizem o que você deveria comprar, -
83:42 - 83:44com o público em geral
indo com o fluxo, -
83:44 - 83:48favorecendo um bom componente
ou funcionalidade usando o preço, -
83:48 - 83:51e se o público não gostar de algum produto,
este, obviamente, não será mais produzido, -
83:51 - 83:53para podar a oferta
e a demanda. -
83:53 - 83:55Este sistema funciona
da maneira oposta. -
83:55 - 83:58Toda a comunidade tem
a opção de apresentar ideias -
83:58 - 84:01para que todos possam
ver, avaliar e acrescentar. -
84:01 - 84:04Qualquer coisa que não interessa
simplesmente não será executada. -
84:04 - 84:07Não há teste nenhum aqui,
como você vê no marketing, -
84:07 - 84:11o que é um desperdício
incrível. É simples assim. -
84:11 - 84:13O mecanismo de proposta
-
84:13 - 84:17será uma interface
de design interativo -
84:17 - 84:21como vemos com Design por Computador,
ou "CAD", como é chamado, -
84:21 - 84:24ou, mais especificamente,
Engenharia Assistida por Computador -
84:24 - 84:27que é um processo
sinérgico mais complicado. -
84:28 - 84:32Entre parêntesis, alguns veem programas
de computador para realizar projetos -
84:32 - 84:35como muito demorados para
aprender a utilizar, e de fato são, -
84:35 - 84:37mas, assim como os
primeiros computadores -
84:37 - 84:40eram interfaces baseadas
em códigos muito difíceis -
84:41 - 84:43que mais tarde foram substituídos
por pequenos programas -
84:44 - 84:46com os ícones gráficos com os quais
estamos todos tão familiarizados, -
84:46 - 84:51os futuros programas de CAD poderiam
ser orientados exatamente da mesma forma -
84:51 - 84:53para se tornarem
mais fáceis de utilizar. -
84:54 - 84:57Obviamente, nem todo mundo
tem de se envolver com projetos. -
84:57 - 85:01Algumas pessoas, como a maioria hoje em dia,
apenas aprecia o que já foi criado. -
85:01 - 85:04Eles absorvem e utilizam
o que outras pessoas inventaram. -
85:04 - 85:07Portanto, haverá uma tendência menor de
projetos falhos, de uma certa maneira. -
85:08 - 85:11Nem todo mundo vai querer exercer
algum papel nesse tipo de projeto. -
85:11 - 85:14Mas muitos vão e muitos
vão gostar do processo. -
85:15 - 85:18E você pode personalizar as coisas durante
o processo, o que é uma grande vantagem. -
85:18 - 85:22Há diversas minúcias durante a produção de um
produto as quais muita gente não faz nem ideia, -
85:22 - 85:24mas talvez a pessoa só
queira mudar a cor e pronto. -
85:24 - 85:26Obviamente, isso não precisa
de muito conhecimento. -
85:27 - 85:30Mais importante,
tecnicamente falando, -
85:30 - 85:34a beleza desses programas
de design e engenharia hoje, -
85:34 - 85:37é que incorporam
simulações físicas avançadas -
85:37 - 85:40e outras propriedades da
lei natural do mundo real. -
85:40 - 85:44Assim, um produto não é apenas
visível como um modelo 3D estático. -
85:44 - 85:46Pode ser testado
digitalmente ali mesmo. -
85:47 - 85:49E embora a capacidade de teste
possa ser limitada hoje, -
85:49 - 85:53é simplesmente uma questão de foco
para aperfeiçoar esses meios digitais. -
85:53 - 85:57Por exemplo, na indústria automobilística,
muito antes das novas ideias serem construídas, -
85:57 - 86:00elas passam por processos
de testes digitais similares -
86:00 - 86:02e não há nenhuma
razão para acreditar -
86:02 - 86:05que não acabará sendo
possível representar, -
86:05 - 86:08imitar e implementar,
digitalmente, -
86:08 - 86:11praticamente todas as leis
conhecidas da natureza, -
86:11 - 86:14e ser capaz de aplicá-las a diferentes contextos.
-
86:15 - 86:18Da mesma forma,
e isto é importante, -
86:18 - 86:22o desenho proposto no
presente sistema é filtrado -
86:23 - 86:27através de uma série de protocolos
de sustentabilidade e eficiência -
86:27 - 86:31que se relacionam não só
à situação do mundo natural -
86:31 - 86:33mas também ao
sistema industrial total, -
86:34 - 86:36analisando o
que é compatível. -
86:36 - 86:40Os processos de avaliação
e sugestão incluiriam o seguinte: -
86:40 - 86:43durabilidade maximizada
estrategicamente, -
86:44 - 86:45adaptabilidade,
-
86:45 - 86:48padronização dos gêneros
de componentes, -
86:48 - 86:53facilitação da reciclagem estrategica, como eu mencionei antes,
-
86:53 - 86:56e facilitação estratégica
do projeto em si, -
86:56 - 86:59tornando-os propícios para
automação do trabalho. -
87:00 - 87:02Vou passar por cada
tópico rapidamente. -
87:02 - 87:03Durabilidade significa apenas
-
87:03 - 87:05construir os produtos tão resistentes
e tão duradouros quanto é relevante. -
87:06 - 87:09Os materiais utilizados, considerando
possíveis substituições, -
87:09 - 87:12devido aos níveis de escassez e outros fatores,
-
87:12 - 87:14seriam calculados dinamicamente,
-
87:15 - 87:16de fato automaticamente
-
87:16 - 87:18pelo sistema de projetos,
-
87:18 - 87:22para que sejam os mais propícios a um
padrão de durabilidade otimizada. -
87:23 - 87:24Adaptabilidade.
-
87:24 - 87:27Isto significa o estado mais
elevado de flexibilidade -
87:27 - 87:30para a substituição
de componentes. -
87:30 - 87:33Alguém viu essa coisa
chamada "Phonebloks"?
[phonebloks.com] -
87:34 - 87:35Brilhante.
-
87:35 - 87:39No caso de um componente
de qualquer produto quebrar -
87:39 - 87:42ou ficar ultrapassado, o projeto
facilita, sempre que possível, -
87:42 - 87:44que tais componentes sejam
facilmente substituídos -
87:45 - 87:47para maximizar a vida útil
do produto como um todo. -
87:48 - 87:52Padronização dos gêneros
de componentes. -
87:52 - 87:55Quaisquer novos projetos deverão estar
em conformidade com ou substituir, -
87:55 - 87:57caso estejam desatualizados,
-
87:57 - 88:00componentes que,
ou já são muito utilizados, -
88:00 - 88:04ou estão ultrapassados devido a uma
relativa falta de desempenho. -
88:04 - 88:08Muitos não sabem, mas em 1801
um homem chamado Eli Whitney -
88:09 - 88:12foi o primeiro a realmente aplicar
a padronização na produção. -
88:12 - 88:14Ele fazia mosquetes e na
época eram feitos à mão, -
88:15 - 88:16e eles não eram intercambiáveis.
-
88:16 - 88:18Então se alguma peça
do mosquete quebrasse -
88:18 - 88:20não podia ser trocada por uma
peça de outro mosquete. -
88:20 - 88:22Ele foi o primeiro até a criar as
ferramentas para isso -
88:23 - 88:26e foi o que basicamente começou todo
o processo de padronização, -
88:26 - 88:29e os militares dos EUA eram então capazes
de comprar grandes lotes de mosquetes e -
88:30 - 88:32repor suas peças.
Era muito mais sustentável, -
88:33 - 88:35mesmo sendo para
matar pessoas. (risos) -
88:36 - 88:39O que é interessante para os militares,
porque se você pensar nisso, -
88:39 - 88:42as forças armadas são um dos
sistemas mais eficientes do planeta -
88:42 - 88:44porque não há economia de mercado.
-
88:44 - 88:47Se você realmente quer olhar
onde a eficiência industrial nasceu, -
88:47 - 88:51por mais que eu não goste deles,
foi justamente com os militares -
88:51 - 88:54que houve o máximo
de aproveitamento [de recursos]. -
88:54 - 88:57De qualquer forma, essa lógica não se
aplica apenas a um determinado produto, -
88:58 - 89:01é aplicada a todos os gêneros
produzidos: padronização. -
89:02 - 89:05Inclusive, essa eficiência nunca vai
acontecer em uma economia de mercado -
89:06 - 89:09com a sua base na concorrência,
já que a tecnologia proprietária -
89:10 - 89:13remove toda essa eficiência
colaborativa. Ninguém quer isso. -
89:13 - 89:15Ninguém quer
compartilhar tudo assim. -
89:15 - 89:18Caso contrário, as pessoas não teriam
que voltar para a empresa de origem -
89:18 - 89:20e comprar a peça, elas
iriam para outro lugar -
89:20 - 89:23onde têm acesso através
de outros meios. -
89:24 - 89:26Facilitação da reciclagem.
-
89:26 - 89:28Como observado anteriormente, isso significa
que tudo deve estar em conformidade com -
89:28 - 89:31o estado das possibilidades
de regeneração. -
89:31 - 89:34O desmonte de qualquer
produto deve ser previsto -
89:35 - 89:38e pensado da maneira
mais otimizada -
89:39 - 89:43e facilitar a automação
de trabalho. -
89:43 - 89:46Isto significa que o
estado atual da produção -
89:46 - 89:49automatizada otimizada é
diretamente levado em conta, -
89:50 - 89:52buscando refinar
o processo -
89:52 - 89:55(perdão), buscando refinar
o projeto que é apresentado -
89:55 - 89:58para que seja mais favorável para
o estado atual de produção -
89:58 - 90:02com a menor quantidade de trabalho
ou monitoramento humano. -
90:02 - 90:07Procuramos simplificar a maneira que os
materiais e os meios de produção são usados -
90:07 - 90:10de modo que o número máximo de
produtos podem ser produzidos -
90:10 - 90:14com a menor variação de materiais e
equipamentos de produção. -
90:14 - 90:16É um ponto muito importante.
-
90:16 - 90:19Esses cinco fatores serão
o que nós podemos chamar -
90:19 - 90:23de Função de Eficiência de Projeto
Otimizado, em termo técnico. -
90:23 - 90:27Tenha isso em mente pois retornarei
a este assunto em um momento. -
90:28 - 90:31Passando para o complexo industrial, o layout.
-
90:31 - 90:34Ou seja, a rede de instalações
que é diretamente conectada -
90:34 - 90:37ao sistema de projetos e banco de dados
que acabei de descrever. -
90:38 - 90:41Basicamente os servidores, a produção,
a distribuição e a reciclagem. -
90:42 - 90:46Além disso, teríamos que relacionar
o estado atual dos recursos, -
90:46 - 90:51de importância crítica, de acordo com
a rede global de gestão de recursos, -
90:51 - 90:54outra camada, a qual também
vou descrever em um momento. -
90:56 - 90:57Produção.
-
90:57 - 91:01No caso, o ato de
produzir evoluiria, -
91:01 - 91:03pois, como dito antes,
fábricas automatizadas -
91:03 - 91:07seriam cada vez mais
capazes de produzir mais -
91:07 - 91:11com menos insumos materiais e menos máquinas:
a chamada "Efemerização". -
91:11 - 91:15Se pudermos remover questões complexas
desnecessárias dentro de um projeto -
91:15 - 91:18Podemos aprofundar ainda mais
esta tendência à eficiência. -
91:18 - 91:21Com níveis cada vez mais baixos de impacto
ambiental e utilização de recursos, -
91:22 - 91:25enquanto maximizamos nosso
potencial de produção de abundância. -
91:26 - 91:28O número de unidades de produção,
-
91:28 - 91:31seja homogêneo ou heterogêneo,
como eles seriam chamados, -
91:31 - 91:34seriam distribuídos estrategicamente
baseados de acordo -
91:34 - 91:36com a topografia e estatísticas demográficas,
coisas muito simples. -
91:37 - 91:39Não é diferente do que como
supermercados funcionam hoje -
91:39 - 91:41onde eles tentam manter
distâncias médias -
91:41 - 91:43entre grupos de pessoas e bairros
da melhor forma possível. -
91:44 - 91:46Você pode chamar isso de
"estratégia de proximidade", -
91:46 - 91:49que eu vou falar novamente
em um momento. -
91:49 - 91:50Distribuição.
-
91:50 - 91:53Pode ser efetuada diretamente
através da unidade de produção -
91:53 - 91:57como no caso de uma produção por
demanda única e personalizada -
91:57 - 92:00ou pode ser enviada para uma
"biblioteca" de distribuição -
92:00 - 92:02para o acesso do público em massa,
-
92:03 - 92:05com base na demanda e
interesse naquela região. -
92:05 - 92:09O sistema de "biblioteca" é o lugar
onde os bens podem ser obtidos. -
92:09 - 92:12Alguns produtos podem ser
propícios à baixa demanda -
92:12 - 92:15e produção personalizada
e alguns não serão. -
92:15 - 92:18A comida é um exemplo fácil de uma
necessidade de produção em massa, -
92:18 - 92:20enquanto uma peça única
de mobilia sob medida -
92:20 - 92:24viria diretamente das instalações industriais,
quando fosse produzida. -
92:25 - 92:27Eu suspeito que este processo
de produção por demanda, -
92:27 - 92:32o qual será igualmente tão utilizado
quanto a produção em massa, -
92:32 - 92:34será uma enorme vantagem.
-
92:34 - 92:37Como se observa, a produção
por demanda é mais eficiente -
92:37 - 92:40uma vez que os recursos vão ser
utilizados para a demanda exata -
92:40 - 92:43em oposição à produção em
grandes lotes que fazemos hoje. -
92:44 - 92:46Distribuição
-
92:46 - 92:47Desculpe-me, deveria dizer
-
92:47 - 92:50E no contexto de distribuição:
Biblioteca de Distribuição. -
92:50 - 92:54O inventário é avaliado em trocas
diretas de informação e feedback -
92:54 - 92:57entre a produção,
distribuição e demanda. -
92:57 - 92:59Se isso não faz sentido para você,
você só precisa pensar em -
92:59 - 93:02como funciona o rastreamento e
gerenciamento de inventário -
93:02 - 93:05de qualquer grande centro de
distribuição comercial atual, -
93:05 - 93:07com, naturalmente, alguns ajustes
feitos para este novo modelo. -
93:07 - 93:10Nós já fazemos este
tipo de atividade. -
93:10 - 93:13E independentemente do local para onde
este produto está destinado a ir, -
93:13 - 93:16se é personalizado ou não, para
bibliotecas ou para um usuário direto, -
93:16 - 93:18este ainda é um
sistema de acesso. -
93:18 - 93:22Em outras palavras, a qualquer momento,
o utilizador desse produto personalizado -
93:22 - 93:24pode devolver o item
para reprocessamento -
93:24 - 93:28assim como a pessoa que obteve
algo da biblioteca pode também. -
93:29 - 93:31Uma vez que, como observado anteriormente,
o produto foi pré-otimizado -
93:31 - 93:34- Todos os bens são pré-otimizados
para reciclagem inteligente - -
93:34 - 93:37as instalações de reciclagem serão,
na verdade, construídas diretamente -
93:37 - 93:40na unidade de produção ou de acordo com
o gênero da unidade de produção, -
93:40 - 93:42dependendo do número de
instalações que você precisa -
93:42 - 93:44para atender à variedade de demanda.
-
93:45 - 93:47Portanto, não há lixo aqui:
se é um telefone, -
93:47 - 93:49um sofá, um computador,
uma jaqueta ou um livro, -
93:50 - 93:53tudo volta ao local de onde foi produzido
para reprocessamento direto. -
93:53 - 93:56Idealmente, esta é uma
economia de desperdício zero. -
93:58 - 94:01Gestão de Recursos, feedback e valor.
-
94:01 - 94:05O processo de desenho assistido
por computador e engenharia -
94:05 - 94:07obviamente não existe no vácuo.
-
94:07 - 94:12Processando a demanda requisitada a partir
dos recursos naturais disponíveis. -
94:13 - 94:17Assim, ligado a este processo de
projeto e literalmente inserido -
94:18 - 94:21na Função de Eficiência de Projeto Otimizado,
a qual observamos antes, -
94:21 - 94:23está a dinâmica troca de informações
-
94:23 - 94:24a partir de um sistema de
gerenciamento em escala global -
94:25 - 94:27o qual nos dá dados sobre
todos os recursos relevantes -
94:27 - 94:29que contabilizam todas
as demandas e produções. -
94:29 - 94:33Hoje, a maioria das grandes indústrias
mantém dados periódicos -
94:33 - 94:35de seus materiais no que diz respeito
à quantidade que elas possuem, -
94:35 - 94:37mas evidentemente é difícil
determinar o total [global] -
94:38 - 94:41devido à existência de segredos
corporativos e coisas semelhantes. -
94:41 - 94:43Mas ainda assim é feito.
-
94:43 - 94:48Na proporção em que
é tecnicamente possível, -
94:48 - 94:50todos os recursos seriam
rastreados e monitorados, -
94:50 - 94:53o mais próximo do
tempo real possível. -
94:53 - 94:56Por quê? Principalmente porque
temos de manter o equilíbrio -
94:56 - 94:59com processos de regeneração da Terra,
em todos os momentos, -
94:59 - 95:03ao mesmo tempo que, como dito antes,
trabalharíamos para maximizar estrategicamente -
95:03 - 95:06a utilização de materiais
mais abundantes, -
95:06 - 95:07enquanto tentaríamos minimizar
-
95:07 - 95:09qualquer recurso que
tivesse perigo de escassez. -
95:10 - 95:11Valor.
-
95:12 - 95:15Como medida do valor,
as duas medidas dominantes, -
95:15 - 95:18que serão constantemente submetidas
a novos e dinâmicos cálculos -
95:18 - 95:20através do feedback, à medida
que a indústria se desenvolve, -
95:20 - 95:23é "escassez" e "complexidade do trabalho."
-
95:24 - 95:27Ao valor de escassez,
sem um sistema de mercado, -
95:27 - 95:29pode ser atribuído
um valor numérico, -
95:29 - 95:30dizer, de 1 a 100.
-
95:31 - 95:331 denotaria a
escassez mais grave -
95:33 - 95:35no que diz respeito à
taxa atual de utilização, -
95:35 - 95:36e 100 a menos grave.
-
95:36 - 95:3950 marcaria a linha divisória
de estado estacionário. -
95:39 - 95:42Por exemplo, se a
utilização de madeira chega -
95:42 - 95:45abaixo do nível de
equilíbrio de 50, -
95:45 - 95:47o que significaria o
consumo está superando -
95:47 - 95:49a taxa de regeneração
natural da Terra, -
95:49 - 95:52isso resultaria em um
movimento de retenção, -
95:52 - 95:56tal como o processo de
substituição de materiais, -
95:56 - 95:59encontrando alternativas
para substituição da madeira, -
95:59 - 96:01em quaisquer
produções futuras. -
96:02 - 96:05E, se você é daquela mentalidade de
livre mercado, ouvindo isso -
96:05 - 96:08vai provavelmente se opor a este ponto,
dizendo "sem um sistema de preços, -
96:09 - 96:12como você pode comparar o valor de um
material com outro ou com vários materiais?" -
96:12 - 96:16Simples: você organiza gêneros
-
96:16 - 96:19ou grupos de materiais
com utilidades similares -
96:19 - 96:23e quantifica, da melhor maneira possível,
as suas propriedades relacionadas -
96:23 - 96:27e grau de eficiência
para um determinado fim. -
96:27 - 96:30Em seguida, você aplica um espectro geral
de valores numéricos -
96:30 - 96:32a essas relações também.
-
96:33 - 96:36Por exemplo, há um
espectro de metais -
96:36 - 96:39que têm diferentes eficiências
de condutividade elétrica. -
96:40 - 96:42Estas eficiências podem
ser quantificadas. -
96:42 - 96:44Se elas podem ser quantificadas,
elas podem ser comparadas. -
96:44 - 96:50Então, se o cobre vai abaixo do valor médio
de 50 em relação à sua escassez, -
96:50 - 96:53cálculos são desencadeados
pelo programa de gerenciamento -
96:53 - 96:57para comparar o estado de outros materiais
favoráveis na sua base de dados, -
96:57 - 97:00comparar o seu nível de
escassez e sua eficiência, -
97:00 - 97:02preparando para a substituição,
e esse tipo de informação -
97:03 - 97:05é enviada diretamente de
volta para os projetistas. -
97:06 - 97:10Naturalmente, este tipo de raciocínio
pode ficar extremamente complicado, -
97:10 - 97:13como são inúmeros recursos e
inúmeras eficiências e propósitos, -
97:14 - 97:17e é exatamente por isso que ele é calculado
por uma máquina, não pessoas, -
97:17 - 97:20e é também por isso que
supera o sistema de preços, -
97:20 - 97:25quando se trata de verdadeira consciência
dos recursos e gestão inteligente. -
97:26 - 97:28Complexidade de Trabalho.
-
97:28 - 97:32Isto significa simplesmente estimar a
complexidade de uma determinada produção. -
97:33 - 97:37Complexidade, no contexto de uma
indústria orientada à automação, -
97:37 - 97:40pode ser quantificada
definindo e comparando -
97:40 - 97:43o número de etapas do
processo, por assim dizer. -
97:44 - 97:46Qualquer bem de produção
pode ser prefigurado -
97:46 - 97:50sobre quantas "etapas de produção" ele irá
requerer antes do ato de produzir. -
97:50 - 97:53Ele pode, então, ser comparado
a outros bens de produção, -
97:53 - 97:57de preferência no mesmo gênero,
para uma avaliação quantificável. -
97:57 - 98:00Em outras palavras, as unidades
de medida são as etapas. -
98:00 - 98:02Por exemplo, uma cadeira que pode
ser moldada em 3 minutos, -
98:03 - 98:05a partir de polímeros em um
simples processo terá um menor -
98:05 - 98:09valor de complexidade de trabalho do que
uma cadeira que requer montagem automatizada, -
98:09 - 98:13uma cadeia produtiva mais trabalhosa
com utilização de materiais diferentes. -
98:14 - 98:17Caso o valor de um determinado processo
seja muito complexo -
98:17 - 98:20ou ineficiente em termos do que é
atualmente possível em produção -
98:21 - 98:24ou muito ineficiente em comparação
a outro projeto já existente -
98:24 - 98:28da mesma natureza; o projeto,
juntamente com outros parâmetros, -
98:28 - 98:32seria sinalizado para
ser reavaliado. -
98:32 - 98:35Tudo isso viria de informações de feedback
da interface de Projetos, -
98:35 - 98:38e não há nenhuma razão para supor que,
com o avanço contínuo -
98:38 - 98:41em IA, inteligência artificial,
-
98:41 - 98:44[o sistema] de feedback não só
destacaria o problema -
98:44 - 98:47mas também daria
sugestões ou substituições -
98:47 - 98:50para melhor entendimento,
diretamente na interface. -
98:52 - 98:54Macro-cálculo.
-
98:54 - 98:57Vamos colocar alguns
destes raciocínios juntos. -
98:57 - 98:59Espero que todos tenham
paciência comigo. (risos) -
99:00 - 99:02Se o objetivo for
analisar um bom projeto -
99:02 - 99:05na forma mais ampla possível no que
diz respeito ao desdobramento industrial, -
99:05 - 99:08acabaríamos com cerca de
quatro funções ou processos -
99:09 - 99:12cada relativa aos quatro estágios
dominantes e contínuos de projeto, -
99:13 - 99:15produção, distribuição e reciclagem.
-
99:15 - 99:18As seguintes proposições devem ser
óbvias o suficiente como regra estrutural. -
99:20 - 99:23Todos os Projetos de produto devem
adaptar-se à eficiência do projeto otimizado. -
99:23 - 99:26Todos eles devem se adaptar a
eficiência da produção otimizada. -
99:26 - 99:29Eles devem se adaptar a
eficiência da distribuição otimizada, -
99:29 - 99:32e eles devem se adaptar a
eficiência de reciclagem otimizada. -
99:32 - 99:35Parece redundante, mas é assim
que temos que pensar nisso. -
99:36 - 99:39Aqui é um esquema linear de blocos e
a representação simbólica da lógica, -
99:39 - 99:42que incorpora os
sub-processos ou funções -
99:42 - 99:44as quais irei simplificar
de forma bem genérica. -
99:46 - 99:49Processo 1: O Projeto (Design).
-
99:49 - 99:51Eficiência do projeto otimizado.
-
99:51 - 99:56A concepção do produto deve atender
ou adaptar-se a um conjunto de critérios -
99:56 - 100:00pelo o que chamamos os
padrões de eficiência atuais. -
100:00 - 100:04Este processo eficiência tem
cinco sub processos avaliativos, -
100:05 - 100:07como observado anteriormente
na apresentação: -
100:07 - 100:11durabilidade, capacidade de
adaptação, a estandardização -
100:11 - 100:14reciclagem inteligente, maximização
inteligente da automação. -
100:17 - 100:19Uma maior simplificação dessas
variáveis e associações lógicas -
100:20 - 100:22pode ser feita, figurativamente,
-
100:22 - 100:25mas não acho que seja
propício para esta apresentação -
100:25 - 100:29pois estaríamos nos perdendo
em minúcias reducionistas, -
100:29 - 100:33mas este material será desenvolvido
muito mais e colocado -
100:33 - 100:36no livro anteriormente citado,
e estará disponível gratuitamente. -
100:36 - 100:40Vou tentar fazer o meu melhor para demonstrar
o processo de eficiência geral aqui. -
100:41 - 100:44Então por fim, tratando-se deste processo
de Eficiência do Projeto Otimizado -
100:44 - 100:48chegamos a esta função
de projeto no topo. -
100:48 - 100:52Só para demonstrar, vou listar todos
os significados de cada função no final. -
100:54 - 100:57Passamos para
o processo 2. -
100:57 - 100:59Eficiência da produção.
-
100:59 - 101:01Em suma, este
é o filtro digital -
101:01 - 101:06que aloca o projeto para um dos
dois tipos de instalações de produção: -
101:06 - 101:09Uma de alta demanda
ou produção em massa, -
101:09 - 101:11e outra de demanda menor,
personalizada ou sob medida. -
101:12 - 101:14A primeira utiliza automação
fixa, o que quer dizer -
101:14 - 101:18produção sem variações,
ideal para alta demanda. -
101:18 - 101:21E a segunda utiliza
automação flexível, -
101:21 - 101:24a qual pode fazer uma variedade de coisas,
geralmente mais eficiente em pequenas tiragens. -
101:24 - 101:26Esta é uma distinção
que é comumente feita -
101:26 - 101:29em produções tradicionais.
-
101:29 - 101:32Esta estrutura supõe apenas
dois tipos de instalações, -
101:32 - 101:36mas, obviamente, poderia haver mais,
baseadas em outros fatores de produção. -
101:36 - 101:39Entretanto se as regras do processo
projetual forem respeitadas, -
101:39 - 101:42como dito antes, é provável que não haja
muitas variações [em tipos de instalações] -
101:42 - 101:45Ao longo do tempo, as coisas
ficam cada vez mais simples. -
101:46 - 101:48Vou resumir rapidamente
para aqueles -
101:49 - 101:51que gostam de
coisas simplificadas: -
101:51 - 101:53Todos os projetos de
produtos são filtrados por -
101:53 - 101:56uma Determinação Classificatória
de Demanda, processo "D". -
101:56 - 101:59O processo de Determinação Classificatória
de Demanda faz a filtragem -
101:59 - 102:04com base nas normas estabelecidas
para baixa ou alta demanda. -
102:05 - 102:07Todos os projetos de
produtos de baixa demanda -
102:07 - 102:10serão fabricados pelo processo
de automação flexível. -
102:10 - 102:12Todos os projetos de
produtos de alta demanda -
102:12 - 102:14serão fabricados pelo
processo de automação fixa. -
102:14 - 102:16Além disso, os projetos de Produtos,
-
102:16 - 102:18tanto de baixa quanto de alta demanda,
-
102:18 - 102:22serão distribuídos regionalmente de
acordo com a estratégia de proximidade -
102:23 - 102:26da instalação de fabricação.
Isto significa simplesmente -
102:26 - 102:29vamos manter as coisas o mais perto possível,
tanto baseado na distância média -
102:29 - 102:32de qualquer demanda, quanto no tipo
de instalação que você está usando. -
102:32 - 102:35Isso vai mudar ao longo do tempo de
acordo com mudanças populacionais, -
102:35 - 102:37portanto continuamos atualizando.
-
102:37 - 102:39Processo 3.
-
102:39 - 102:41Depois que processo 2 for concluído,
-
102:41 - 102:43o projeto do produto é
agora um produto físico -
102:44 - 102:47e será alocado de acordo com a
Eficiência de Distribuição Otimizada. -
102:48 - 102:51Em suma, todos os produtos
são previamente alocados -
102:51 - 102:55com base na Determinação Classificatória
de Demanda, citada anteriormente. -
102:55 - 102:59Assim, produtos de baixa demanda
seguem o processo de distribuição direta. -
102:59 - 103:02Produtos de alta demanda seguem
o processo de distribuição em massa, -
103:02 - 103:04que, neste caso, seriam
as "Bibliotecas de Acesso". -
103:05 - 103:09Ambos os produtos, de
baixa e alta demanda, -
103:09 - 103:12serão atribuídos regionalmente
pela estratégia de proximidade. -
103:13 - 103:17E o processo 4, muito simples: o produto
passa por seu período de vida útil. -
103:18 - 103:22Idealmente, este foi atualizado e
adaptado, utilizado em sua plenitude -
103:22 - 103:25e feito da forma mais avançada
tecnologicamente possível dentro sua vida útil. -
103:25 - 103:28E ao perder sua função e tornar-se
obsoleto, passamos para o processo 4, -
103:28 - 103:31que é a Eficiência de Reciclagem Otimizada.
-
103:31 - 103:34Todos os produtos obsoletos
seguirão um protocolo regenerativo -
103:34 - 103:37que é um sub-processo que
eu não vou me aprofundar -
103:37 - 103:39pois é bastante complexo,
-
103:39 - 103:41e cujo papel cabe aos engenheiros
em desenvolver ao longo do tempo. -
103:42 - 103:44Esta é apenas uma simples
macro-representação -
103:45 - 103:49uma vez que estas sub-variáveis e
sub-processos são ainda mais amplos. -
103:51 - 103:54Mantendo tudo isto em mente, mais uma
vez, grande quantidade disso estará no livro, -
103:54 - 103:56e espero que outras pessoas
que sejam proficientes nisso -
103:56 - 103:59e que estejam de acordo com este tipo de pensamento,
possam ver este material -
103:59 - 104:01e aprimorar mais, aperfeiçoar
essas equações e relações. -
104:01 - 104:04O que eu tentei fazer
aqui é mostrar um esboço -
104:04 - 104:06de como este tipo de
coisa se desenvolve. -
104:07 - 104:09E como conclusão eu
diria, mais ou menos, -
104:09 - 104:12que este esboço de
sustentabilidade e eficiência, -
104:12 - 104:14é uma coisa muito
simples e lógica. -
104:14 - 104:17Você não tem que ser um cientista
para entender como as coisas funcionam. -
104:17 - 104:20A criação de um programa real que
pode calcular e levar em consideração -
104:20 - 104:24centenas, se não milhares de
sub-processos, de forma algorítmica, -
104:24 - 104:27os quais dizem respeito a um
complexo econômico é, de fato, -
104:27 - 104:31um grande projeto em si, mas
é mais um projeto tedioso. -
104:31 - 104:34Você não precisa ser um gênio
para conceber uma coisa dessas. -
104:34 - 104:37Acho que este é um excelente
programa para 'Think Tanks' -
104:37 - 104:39para todos que estejam
interessados em projetos. -
104:39 - 104:41Eu tenho vários pequenos projetos
que estou tentando por em prática -
104:41 - 104:44quando eu tiver tempo, um deles se
chama Instituto Global de Redesign (GRI), -
104:44 - 104:46que é uma abordagem
macro-económica a fim de -
104:46 - 104:49redesenhar toda a superfície
do planeta, basicamente. -
104:49 - 104:52E neste outro conceito de programação que
nós criamos uma plataforma open source -
104:52 - 104:54onde as pessoas podem começar
a projetar este mesmo programa -
104:54 - 104:56o qual acabei de descrever.
-
104:56 - 104:59E é isso. Eu ia fazer uma conclusão
para essa conversa, -
104:59 - 105:00mas já falei demais.
-
105:01 - 105:03Portanto, espero que isso dê uma
compreensão mais profunda do modelo -
105:04 - 105:06e como ele funciona e
agradeço pela atenção. -
105:06 - 105:09[Aplausos]
-
105:10 - 162:59[ A parte de perguntas e respostas ainda não está traduzida ]
[ Agradecemos pela atenção e por assistir ao vídeo! ]
[ Movimento Zeitgeist - movimentozeitgeist.com.br ]
- Title:
- Economic Calculation in a Natural Law / RBE, Peter Joseph, The Zeitgeist Movement, Berlin
- Description:
-
Economic Calculation in a Natural Law / Resource-based Economy, Peter Joseph, The Zeitgeist Movement, Berlin Germany
November 12 2013Intro: 0:00
Part 1: Why Change?: 4:12
Part 2: Post Scarcity: 30:59
Part 3: Economic Organization and Calculation: 1:11:01
Q&A: 1:45:10Please join our mailing list: http://thezeitgeistmovement.com/
- Video Language:
- English
- Duration:
- 02:43:07
linoal.13
Hi gbizzotto, I advice you to join a team that translate Zeitgeist videos (http://forum.linguisticteam.org/).
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