O dom e o poder da coragem emocional
-
0:01 - 0:02Olá a todos.
-
0:04 - 0:05"Sawubona."
-
0:08 - 0:11Na África do Sul, a minha terra natal,
-
0:11 - 0:13"sawubona" significa" olá" em zulu.
-
0:14 - 0:16Há uma bela e poderosa
intenção nesta palavra -
0:16 - 0:19porque "sawubona"
traduzida literalmente significa: -
0:19 - 0:23"Eu vejo-te e, ao ver-te,
dou-te existência". -
0:24 - 0:25É tão bonito.
-
0:25 - 0:27Imaginem ser cumprimentados assim.
-
0:28 - 0:31Mas quais são as implicações
da forma como nos vemos? -
0:31 - 0:34Os nossos pensamentos,
as nossas emoções e as nossas histórias -
0:34 - 0:38que nos ajudam a prosperar num mundo
cada vez mais complexo e inquietante? -
0:39 - 0:43Esta questão crucial tem estado
no centro da minha vida profissional, -
0:43 - 0:46porque a forma como encaramos
o nosso mundo interior condiciona tudo, -
0:47 - 0:50todos os aspetos da nossa forma
de amar, de viver, -
0:50 - 0:52de criar os nossos filhos e de liderar.
-
0:53 - 0:56A visão convencional das emoções
como sendo boas ou más, -
0:57 - 0:58positivas ou negativas,
-
0:58 - 0:59é rígida.
-
1:00 - 1:03E a rigidez face à complexidade é tóxica.
-
1:04 - 1:07Precisamos de maior agilidade emocional
-
1:07 - 1:10para uma verdadeira resiliência
e prosperidade. -
1:11 - 1:13O meu percurso com esta vocação
-
1:13 - 1:16não começou nos corredores sagrados
de uma universidade, -
1:17 - 1:19mas no caos e na fragilidade da vida.
-
1:20 - 1:23Cresci nos subúrbios brancos
do "apartheid" da África do Sul, -
1:23 - 1:27um país e uma comunidade
determinados a não ver, -
1:27 - 1:28determinados a negar.
-
1:29 - 1:33É a negação que torna possível
50 anos de legislação racista, -
1:33 - 1:37enquanto as pessoas se convencem
de que não fazem nada de errado. -
1:37 - 1:41E no entanto, eu descobri
o poder destrutivo da negação -
1:41 - 1:43a nível pessoal,
-
1:43 - 1:47antes de compreender
o que ela fazia ao meu país natal. -
1:50 - 1:52O meu pai morreu numa sexta-feira.
-
1:53 - 1:55Tinha 42 anos e eu tinha 15.
-
1:56 - 1:59A minha mãe sussurrou-me
que me fosse despedir dele -
1:59 - 2:00antes de ir para a escola.
-
2:00 - 2:04Pousei a minha mochila no chão
e fui pelo corredor que conduzia -
2:04 - 2:07ao centro da casa, ao leito
onde o meu pai morria de cancro. -
2:08 - 2:11Os seus olhos estavam fechados,
mas ele sabia que eu estava lá. -
2:11 - 2:14Na sua presença, sempre me senti visível.
-
2:14 - 2:16Disse-lhe que o amava,
-
2:16 - 2:19despedi-me e fui para a escola.
-
2:20 - 2:24Na escola, deambulei entre ciências,
matemática, história, biologia, -
2:24 - 2:26enquanto o meu pai deixava este mundo.
-
2:27 - 2:30De maio a julho, setembro, novembro,
-
2:30 - 2:32segui a minha rotina
com o sorriso habitual. -
2:32 - 2:34Nenhuma das minhas notas desceu.
-
2:35 - 2:38Quando me perguntavam como estava,
eu encolhia os ombros e dizia, "Bem." -
2:39 - 2:41Elogiavam-me por ser forte.
-
2:42 - 2:45Eu era a especialista em estar bem.
-
2:47 - 2:48Mas em casa, era difícil,
-
2:48 - 2:52o meu pai não tinha conseguido manter
a sua empresa durante a doença. -
2:52 - 2:55A minha mãe, sozinha, fazia o luto
pelo amor da sua vida, -
2:55 - 2:59tentando criar três filhos
com os credores à porta. -
2:59 - 3:03Como família, sentíamo-nos financeira
e emocionalmente devastados. -
3:04 - 3:08Isolada, comecei a ir-me
abaixo rapidamente. -
3:09 - 3:12Comecei a usar a comida
para atenuar a dor. -
3:13 - 3:15Comia em demasia e vomitava,
-
3:15 - 3:18recusando-me a aceitar
a gravidade da minha mágoa. -
3:19 - 3:23Ninguém sabia e, numa cultura
que valoriza a positividade constante, -
3:23 - 3:25achei que ninguém queria saber.
-
3:27 - 3:32Mas houve uma pessoa que não acreditou
na minha história de triunfo sobre a dor. -
3:33 - 3:36A minha professora de inglês
olhou-me com olhos azuis penetrantes, -
3:36 - 3:39enquanto distribuía cadernos em branco.
-
3:40 - 3:42Disse-me: "Escreve o que sentes.
-
3:43 - 3:44"Diz a verdade.
-
3:45 - 3:47"Escreve como se ninguém fosse ler."
-
3:48 - 3:49E dessa forma,
-
3:49 - 3:53fui convidada a encarar a minha
mágoa e a minha dor com autenticidade. -
3:53 - 3:58Foi um gesto simples,
mas para mim foi uma revolução. -
3:59 - 4:03Foi a revolução iniciada
nesse caderno em branco -
4:03 - 4:05há 30 anos,
-
4:06 - 4:08que modelou a minha vida profissional.
-
4:08 - 4:12A silenciosa correspondência secreta
comigo mesma. -
4:13 - 4:14Como uma ginasta,
-
4:14 - 4:18comecei a passar para além
da rigidez da negação -
4:18 - 4:20e chegar até àquilo a que agora chamo
-
4:21 - 4:22agilidade emocional.
-
4:26 - 4:29A beleza da vida é inseparável
da sua fragilidade. -
4:31 - 4:33Somos jovens até deixarmos de sê-lo.
-
4:34 - 4:36Caminhamos pelas ruas
sentindo-nos sensuais -
4:36 - 4:39até que um dia nos damos conta
de que ninguém repara em nós. -
4:41 - 4:44Resmungamos com os nossos filhos
e um dia percebemos -
4:44 - 4:48que o silêncio ocupa o lugar da criança
que agora tem a sua própria vida. -
4:49 - 4:54Somos saudáveis até que um diagnóstico
nos deixa de rastos. -
4:55 - 4:58A única certeza é a incerteza
e, ainda assim, -
4:58 - 5:01não navegamos bem nessa fragilidade
ou de forma sustentável. -
5:02 - 5:05A Organização Mundial de Saúde,
diz-nos que a depressão -
5:05 - 5:09é atualmente a principal causa
de incapacidade a nível mundial, -
5:10 - 5:11superando o cancro,
-
5:11 - 5:13superando as doenças cardíacas.
-
5:14 - 5:18Em tempos de maior complexidade,
-
5:19 - 5:22de mudança económica, política
e tecnológica sem precedentes, -
5:23 - 5:25vemos como as pessoas têm a tendência
-
5:25 - 5:29para se refugiarem cada vez mais
em respostas rígidas às suas emoções. -
5:30 - 5:34Por um lado, podemos ficar a remoer
os nossos sentimentos. -
5:34 - 5:36Ficando reféns das nossas cabeças.
-
5:37 - 5:39Viciados em termos razão.
-
5:39 - 5:42Ou sendo vítimas das notícias.
-
5:43 - 5:47Por outro lado, podemos reprimir
as nossas emoções, rejeitando-as -
5:47 - 5:50e consentindo apenas as emoções
consideradas legítimas. -
5:52 - 5:55Numa sondagem realizada recentemente
a mais de 70 000 pessoas, -
5:56 - 5:57descobri que um terço de nós
-
5:58 - 5:59— um terço —
-
5:59 - 6:04ou nos julgamos por termos
as chamadas "emoções más," -
6:04 - 6:06como a tristeza,
-
6:06 - 6:09a raiva ou mesmo a dor,
-
6:10 - 6:14ou fazemos tudo para ignorar
esses sentimentos. -
6:15 - 6:19Fazemos isto a nós próprios e àqueles
que amamos, como os nossos filhos, -
6:19 - 6:21a quem, inadvertidamente,
-
6:21 - 6:24incutimos a vergonha
das emoções consideradas negativas, -
6:24 - 6:26precipitando-nos para uma solução
-
6:26 - 6:31e não os ajudando a ver estas emoções
como intrinsecamente úteis. -
6:33 - 6:38Emoções normais e naturais passam
assim a ser vistas como boas ou más. -
6:40 - 6:45Ser positivo tornou-se
uma nova forma de retidão moral. -
6:48 - 6:51Diz-se automaticamente às pessoas
com cancro que sejam positivas. -
6:54 - 6:58Às mulheres, que deixem
de estar tão zangadas. -
6:59 - 7:01E a lista continua.
-
7:02 - 7:04É uma tirania.
-
7:04 - 7:07É a tirania da positividade.
-
7:09 - 7:10E é cruel.
-
7:11 - 7:12Indelicado
-
7:13 - 7:15e ineficaz.
-
7:16 - 7:18Fazemos isto a nós próprios
-
7:18 - 7:20e fazemo-lo aos outros.
-
7:21 - 7:24Se há uma característica comum
-
7:24 - 7:28entre a ruminação, a repressão
ou a falsa positividade, é esta: -
7:29 - 7:31são todas respostas rígidas.
-
7:33 - 7:37Se há uma única lição a aprender
da queda inevitável do "apartheid" -
7:38 - 7:41é que a negação rígida não funciona.
-
7:42 - 7:43É insustentável.
-
7:44 - 7:46Para os indivíduos, para as famílias,
-
7:47 - 7:48para as sociedades.
-
7:49 - 7:52E enquanto assistimos
ao degelo dos picos nevados -
7:53 - 7:56isso é insustentável para o nosso planeta.
-
7:58 - 7:59Estudos sobre a repressão
-
7:59 - 8:02revelam que, quando as emoções
são rejeitadas ou ignoradas, -
8:02 - 8:04ficam mais fortes.
-
8:05 - 8:07Os psicólogos chamam-lhe amplificação.
-
8:07 - 8:10É como aquele delicioso
bolo de chocolate no frigorífico -
8:11 - 8:13— quanto mais tentamos ignorá-lo...
-
8:14 - 8:17(Risos)
-
8:19 - 8:21... maior é a tentação.
-
8:23 - 8:26Podemos pensar que controlamos
as emoções indesejadas ao ignorá-las, -
8:26 - 8:29mas são elas que nos controlam.
-
8:30 - 8:33A dor interior vem sempre à tona.
-
8:33 - 8:34Sempre.
-
8:35 - 8:37E quem é que paga o preço?
-
8:37 - 8:38Somos nós.
-
8:39 - 8:40Os nossos filhos,
-
8:41 - 8:42os nosso colegas,
-
8:43 - 8:45as nossas comunidades.
-
8:49 - 8:51Não me interpretem mal.
-
8:51 - 8:53Eu não sou contra a felicidade.
-
8:54 - 8:56Eu gosto de ser feliz.
-
8:56 - 8:57Sou uma pessoa bastante feliz.
-
8:58 - 9:03Mas quando rejeitamos emoções normais
em favor da falsa positividade, -
9:04 - 9:09deixamos de desenvolver competências
para lidar com o mundo como ele é, -
9:10 - 9:12não como gostaríamos que fosse.
-
9:13 - 9:16Centenas de pessoas dizem-me
o que não querem sentir. -
9:17 - 9:19Dizem coisas do género:
-
9:19 - 9:22"Não quero tentar porque
não me quero dececionar." -
9:23 - 9:27Ou "Só quero que este sentimento
desapareça." -
9:29 - 9:31"Eu compreendo", digo-lhes.
-
9:32 - 9:35"Mas esses objetivos são
de quem está morto." -
9:35 - 9:38(Risos)
-
9:41 - 9:43(Aplausos)
-
9:47 - 9:49Só os mortos
-
9:49 - 9:52é que não têm sentimentos
indesejados ou incómodos. -
9:53 - 9:54(Risos)
-
9:54 - 9:57Só os mortos é que nunca têm "stress",
-
9:57 - 9:59nunca ficam com o coração partido,
-
9:59 - 10:04nunca sentem a deceção
que acompanha o fracasso. -
10:05 - 10:09As emoções difíceis fazem parte
do nosso contrato com a vida. -
10:10 - 10:12É impossível ter uma carreira
que nos dê satisfação, -
10:12 - 10:14ou criar uma família,
-
10:14 - 10:17ou deixar o mundo um lugar melhor,
-
10:17 - 10:19sem "stress" e desconforto.
-
10:20 - 10:25O desconforto é o preço a pagar
por uma vida com sentido. -
10:28 - 10:30Então, como começamos
a desmontar a rigidez -
10:31 - 10:33e a acolher a agilidade emocional?
-
10:34 - 10:36Enquanto jovem estudante,
-
10:36 - 10:38quando me debrucei sobre aquelas
páginas em branco, -
10:39 - 10:41comecei a libertar-me de sentimentos
-
10:41 - 10:44daquilo que "devia" sentir.
-
10:45 - 10:49Em vez disso comecei a abrir o meu coração
àquilo que realmente sentia. -
10:49 - 10:50Dor.
-
10:51 - 10:52E mágoa.
-
10:53 - 10:54E perda.
-
10:54 - 10:56E arrependimento.
-
10:58 - 11:01Estudos revelam que aceitar
-
11:01 - 11:04todas as nossas emoções,
sem exceção, -
11:04 - 11:08incluindo as complicadas e difíceis,
é o pilar da resiliência, do crescimento, -
11:09 - 11:12e da verdadeira e autêntica felicidade.
-
11:13 - 11:18Mas a agilidade emocional é mais
do que uma mera aceitação das emoções. -
11:18 - 11:21Também sabemos
que a precisão é importante. -
11:21 - 11:26Na minha investigação,
constatei que as palavras são essenciais. -
11:26 - 11:29Muitas vezes usamos rótulos simplistas
para descrever o que sentimos. -
11:29 - 11:31"Estou stressado" é o que ouço mais.
-
11:31 - 11:35Mas há uma enorme diferença
entre "stress" e deceção, -
11:35 - 11:39entre "stress" e o horror de reconhecer
estar na profissão errada. -
11:40 - 11:42Quando classificamos as emoções
corretamente, -
11:42 - 11:45discernimos melhor a causa exata
dos nossos sentimentos. -
11:46 - 11:49Aquilo a que os cientistas chamam
potencial de prontidão no cérebro -
11:49 - 11:52é ativado, permitindo-nos
tomar medidas concretas. -
11:53 - 11:55Mas não são umas medidas quaisquer,
são as melhores para nós. -
11:56 - 11:58Como as nossas emoções são dados,
-
11:58 - 12:02elas contêm indícios daquilo
que é importante para nós. -
12:03 - 12:05Temos tendência a não sentir
emoções fortes -
12:06 - 12:09em relação àquilo que não significa
nada para nós. -
12:10 - 12:13Se sentimos raiva ao ler as notícias,
-
12:13 - 12:17isso pode ser um sinal
de que valorizamos equidade e justiça -
12:18 - 12:22e uma oportunidade para tomar medidas
que levem a nossa vida nessa direção. -
12:23 - 12:25Quando estamos abertos
às emoções difíceis, -
12:26 - 12:29conseguimos gerar respostas
alinhadas com os nossos valores. -
12:30 - 12:32Mas há uma advertência importante.
-
12:32 - 12:35As emoções são dados,
não são diretivas. -
12:35 - 12:38Podemos explorar os valores
contidos nas nossas emoções -
12:38 - 12:40sem precisar de lhes dar ouvidos.
-
12:40 - 12:46Tal como eu posso compreender o meu filho
e a sua frustração com a irmã mais nova, -
12:47 - 12:50sem apoiar a sua ideia de a entregar
ao primeiro desconhecido -
12:50 - 12:52no centro comercial.
-
12:52 - 12:53(Risos)
-
12:53 - 12:57Nós controlamos as nossas emoções,
não são elas que nos controlam. -
12:58 - 13:01Quando sabemos distinguir o que sentimos,
na nossa infinita sabedoria, -
13:01 - 13:04daquilo que fazemos,
guiados pelos nossos valores, -
13:05 - 13:09abrimos caminho para a melhor versão
de nós próprios, -
13:09 - 13:11graças às nossas emoções.
-
13:12 - 13:15Como é que isto acontece na prática?
-
13:16 - 13:20Quando tiverem uma emoção forte, difícil,
não corram para um escape emocional. -
13:21 - 13:25Aprendam a conhecê-la,
abram o diário dos vossos corações. -
13:26 - 13:28O que é que a emoção vos diz?
-
13:30 - 13:34E não digam "Eu sou."
"Eu sou agressiva" ou "Eu sou triste." -
13:34 - 13:37Quando dizem "Eu sou",
parece que a emoção são vocês. -
13:37 - 13:40Mas vocês são vocês,
e a emoção é uma fonte de informação. -
13:41 - 13:43Em vez disso, tentem perceber
o sentimento: -
13:43 - 13:45"Noto que estou triste."
-
13:45 - 13:47ou "Noto que estou zangado."
-
13:48 - 13:50Estas competências
são essenciais para nós, -
13:50 - 13:52para as nossas famílias
e as nossas comunidades. -
13:53 - 13:55Também são cruciais no local de trabalho.
-
13:56 - 13:57No meu estudo,
-
13:57 - 14:01quando observei o que ajuda as pessoas
a darem o seu melhor no trabalho, -
14:01 - 14:05identifiquei um fator chave:
a consideração individualizada. -
14:05 - 14:08Quando as pessoas têm o direito
de ser emocionalmente genuínas, -
14:09 - 14:13a dedicação, a criatividade e a inovação
prosperam nas organizações. -
14:14 - 14:17A diversidade não se limita às pessoas,
também é o que têm dentro delas. -
14:18 - 14:20Incluindo a diversidade de emoções.
-
14:22 - 14:26Os indivíduos, equipas, organizações,
famílias e comunidades, -
14:26 - 14:28mais ágeis e resilientes,
-
14:29 - 14:32constroem-se na abertura à normalidade
das emoções humanas. -
14:32 - 14:34É isto que nos permite dizer:
-
14:35 - 14:37"O que é que esta emoção me diz?"
-
14:37 - 14:40"Qual é a decisão que me aproximará
dos meus valores?" -
14:40 - 14:42"Qual é a que me afastará
dos meus valores?" -
14:43 - 14:47A agilidade emocional é a capacidade
de estarmos com as nossas emoções -
14:47 - 14:50com curiosidade, compaixão,
-
14:50 - 14:54e sobretudo a coragem de agirmos
de acordo com os nossos valores. -
14:56 - 14:59Quando eu era criança, acordava à noite
aterrorizada com a ideia da morte. -
15:00 - 15:03O meu pai tranquilizava-me
com palmadinhas e beijos, -
15:04 - 15:05mas nunca me mentia.
-
15:07 - 15:09"Todos morremos, Susie," dizia-me.
-
15:10 - 15:12"É normal ter medo."
-
15:12 - 15:16Ele não tentava proteger-me da realidade.
-
15:17 - 15:19Demorei algum tempo a entender
-
15:19 - 15:22o valor da forma como ele me guiava
naquelas noites. -
15:22 - 15:27O que ele me mostrou foi que a coragem
não é a ausência de medo. -
15:28 - 15:31A coragem é o medo em movimento.
-
15:33 - 15:36Nenhum de nós sabia que 10 breves anos
mais tarde, ele nos deixaria. -
15:37 - 15:40Nem que o tempo para cada um de nós
é demasiado precioso -
15:40 - 15:42e demasiado breve.
-
15:43 - 15:45Mas quando chegar o nosso momento
-
15:45 - 15:47de enfrentar a nossa fragilidade,
-
15:48 - 15:49nesse derradeiro momento,
-
15:49 - 15:51perguntar-nos-á:
-
15:51 - 15:53"És ágil?"
-
15:53 - 15:55"És ágil?"
-
15:56 - 15:59Façamos com que o momento
seja um "sim" incondicional. -
16:00 - 16:05Um "sim" resultante da correspondência
de uma vida inteira com o nosso coração -
16:06 - 16:08e de nos vermos.
-
16:09 - 16:11Porque, ao vermo-nos,
-
16:11 - 16:14também vemos os outros:
-
16:15 - 16:18a única forma sustentável de avançarmos
-
16:19 - 16:22num mundo frágil e belo.
-
16:23 - 16:24Sawubona.
-
16:24 - 16:26E obrigada.
-
16:27 - 16:28Obrigada.
-
16:28 - 16:30(Aplausos)
-
16:30 - 16:31Obrigada.
-
16:32 - 16:35(Aplausos)
- Title:
- O dom e o poder da coragem emocional
- Speaker:
- Susan David
- Description:
-
A psicóloga Susan David explica como a forma de encararmos as nossas emoções determina tudo aquilo que é importante: os nossos comportamentos, a nossa carreira profissional, as nossas relações, a nossa saúde e a nossa felicidade. Nesta apresentação profundamente comovente, cheia de humor e com o potencial de mudar a nossa vida, ela questiona uma cultura que valoriza a positividade em detrimento da verdade emocional e explora as poderosas estratégias de agilidade emocional. Uma apresentação a partilhar.
- Video Language:
- English
- Team:
- closed TED
- Project:
- TEDTalks
- Duration:
- 16:48
Margarida Ferreira approved Portuguese subtitles for Susan David speaks at TEDWomen 2017 | ||
Margarida Ferreira edited Portuguese subtitles for Susan David speaks at TEDWomen 2017 | ||
Margarida Ferreira edited Portuguese subtitles for Susan David speaks at TEDWomen 2017 | ||
Margarida Ferreira accepted Portuguese subtitles for Susan David speaks at TEDWomen 2017 | ||
Margarida Ferreira edited Portuguese subtitles for Susan David speaks at TEDWomen 2017 | ||
Sofia Areias edited Portuguese subtitles for Susan David speaks at TEDWomen 2017 | ||
Sofia Areias edited Portuguese subtitles for Susan David speaks at TEDWomen 2017 | ||
Sofia Areias edited Portuguese subtitles for Susan David speaks at TEDWomen 2017 |