Religiões e bebés
-
0:02 - 0:04Vou falar de religião.
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0:05 - 0:09Mas este é um tema vasto e muito delicado
-
0:09 - 0:11por isso tenho de me limitar.
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0:12 - 0:14Portanto vou limitar-me
-
0:14 - 0:18a falar apenas da ligação
entre religião e sexualidade. -
0:18 - 0:20(Risos)
-
0:20 - 0:22Esta é uma palestra muito séria.
-
0:23 - 0:27Por isso vou falar do que recordo
como sendo o mais maravilhoso, -
0:27 - 0:30que é quando um jovem casal sussurra:
-
0:30 - 0:32"Esta noite vamos fazer um bebé."
-
0:33 - 0:37A minha palestra vai ser
sobre o impacto das religiões -
0:37 - 0:41no número de bebés por mulher.
-
0:42 - 0:43Isto é realmente importante,
-
0:43 - 0:47porque toda a gente sabe
que há uma espécie de limite -
0:47 - 0:50quanto ao número de pessoas
que podemos ter neste planeta. -
0:50 - 0:52Há pessoas que dizem
-
0:52 - 0:55que a população mundial
está a crescer assim: -
0:55 - 0:58— três mil milhões em 1960,
-
0:58 - 1:00sete mil milhões no ano passado —
-
1:00 - 1:02e que vai continuar a crescer
-
1:02 - 1:05porque há religiões que impedem
as mulheres de terem poucos bebés -
1:05 - 1:07e pode continuar assim.
-
1:08 - 1:11Até que ponto
é que estas pessoas têm razão? -
1:12 - 1:16Quando eu nasci havia menos
de mil milhões de crianças no mundo -
1:16 - 1:20e hoje, em 2000,
há quase dois mil milhões. -
1:20 - 1:22O que aconteceu desde aí
-
1:22 - 1:25e o que é que os peritos
preveem que vai acontecer -
1:25 - 1:28ao número de crianças neste século?
-
1:28 - 1:30Isto é um teste.
O que é que pensam? -
1:30 - 1:34Acham que vai diminuir para mil milhões?
-
1:34 - 1:38Vai-se manter e será dois mil milhões
no fim do século? -
1:38 - 1:42Irá o número de crianças aumentar
cada ano até 15 anos, -
1:42 - 1:44ou continuará neste ritmo rápido
-
1:44 - 1:47e atingirá quatro mil milhões
de crianças nessa altura? -
1:47 - 1:50Vou dizer-vos no fim do meu discurso.
-
1:50 - 1:54Mas agora, o que é que a religião
tem a ver com isso? -
1:55 - 1:57Se quisermos classificar a religião
-
1:57 - 1:59é mais difícil do que pensam.
-
1:59 - 2:03Vamos à Wikipedia e o primeiro mapa
que encontramos é este. -
2:03 - 2:08Divide o mundo entre religiões abraâmicas
e religiões ocidentais, -
2:08 - 2:10mas não é suficientemente detalhado.
-
2:10 - 2:13Por isso, continuámos a procurar
na Wikipedia e encontrámos este mapa. -
2:13 - 2:19Mas este subdivide cristianismo,
islamismo e budismo -
2:19 - 2:20em muitos subgrupos,
-
2:20 - 2:22o que é demasiado detalhado.
-
2:22 - 2:25Por essa razão, na Gapminder
fizemos o nosso próprio mapa -
2:25 - 2:27que tem este aspeto.
-
2:27 - 2:30Cada país é uma bolha.
-
2:30 - 2:34O tamanho é a população
— a grande China, aqui a grande Índia. -
2:34 - 2:37E a cor é a religião maioritária.
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2:38 - 2:41É a religião à qual dizem pertencer
-
2:41 - 2:42mais de 50% das pessoas.
-
2:42 - 2:47É a religião oriental na Índia, na China
e nos países asiáticos vizinhos. -
2:47 - 2:49O islamismo é a religião maioritária
-
2:49 - 2:53desde o Oceano Atlântico,
através do Médio Oriente, -
2:53 - 2:55Europa meridional e através da Ásia
-
2:55 - 2:57até à Indonésia.
-
2:57 - 3:00É onde encontramos a maioria islâmica.
-
3:00 - 3:05E encontramos as religiões cristãs
nestes países. Estão a azul. -
3:05 - 3:09São a maioria dos países
na América e na Europa, -
3:09 - 3:12muitos países em África
e uns poucos na Ásia. -
3:13 - 3:16A branco estão os países
que não podem ser classificados -
3:16 - 3:18porque nenhuma religião atinge 50 %
-
3:18 - 3:22ou porque há dúvidas sobre os dados
ou por qualquer outra razão. -
3:22 - 3:24Por isso tivemos cuidado com esse facto.
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3:24 - 3:27Perdoem a nossa simplicidade
e observem estas imagens. -
3:27 - 3:29Isto é em 1960.
-
3:29 - 3:32Agora mostro-vos aqui
o número de bebés por mulher: -
3:33 - 3:35dois, quatro ou seis
-
3:36 - 3:38— muitos bebés, poucos bebés.
-
3:38 - 3:41E aqui é o rendimento por pessoa
em dólares. -
3:41 - 3:45A razão para isso é que muitas pessoas
dizem que primeiro temos de ser ricos -
3:45 - 3:47antes de termos poucos bebés.
-
3:47 - 3:50Por isso, baixo rendimento aqui,
alto rendimento ali. -
3:50 - 3:52Realmente, em 1960,
-
3:52 - 3:54tinha de se ser um cristão rico
para ter poucos bebés. -
3:54 - 3:56A exceção era o Japão.
-
3:57 - 4:00Aqui o Japão era visto como uma exceção.
-
4:00 - 4:02Fora isso, eram apenas os países cristãos.
-
4:02 - 4:04Mas também havia muitos países cristãos
-
4:04 - 4:07com seis a sete bebés por mulher.
-
4:07 - 4:12Mas ficavam
na América Latina ou em África. -
4:12 - 4:16Todos os países em que o islamismo
é a religião maioritária, -
4:16 - 4:21tinham quase seis a sete
crianças por mulher, -
4:21 - 4:23independentemente
do seu nível de rendimento. -
4:23 - 4:27Todas as religiões orientais,
tinham o mesmo nível, exceto o Japão. -
4:27 - 4:29Agora vamos ver
o que aconteceu no mundo. -
4:29 - 4:32Vou iniciar o mundo, e aqui vamos nós.
-
4:32 - 4:35Agora 1962 — conseguem vê-los
a ficar um pouco mais ricos, -
4:35 - 4:37mas o número de bebés
por mulher a diminuir? -
4:37 - 4:39Vejam a China. Estão a cair mais depressa.
-
4:39 - 4:44Todos os países de maioria muçulmana,
de qualquer rendimento, estão a baixar, -
4:44 - 4:50assim como nos países de maioria cristã
no nível de rendimento médio. -
4:49 - 4:52Quando entramos neste século,
-
4:52 - 4:55encontramos mais de metade
da humanidade aqui em baixo. -
4:55 - 5:00Em 2010, há 80 % de seres humanos
-
5:00 - 5:03que vivem em países com cerca
de duas crianças por mulher. -
5:04 - 5:07(Aplausos)
-
5:08 - 5:11Foi um desenvolvimento
bastante surpreendente. -
5:11 - 5:13(Aplausos)
-
5:13 - 5:16Estes países, desde os EUA aqui,
-
5:16 - 5:18com 40 000 dólares "per capita",
-
5:18 - 5:22a França, a Rússia, o Irão,
-
5:22 - 5:25o México, a Turquia, a Argélia,
-
5:25 - 5:28a Indonésia, a índia, etc.,
-
5:28 - 5:30até ao Bangladesh e ao Vietname,
-
5:30 - 5:34têm menos do que 5% do rendimento
por pessoa dos EUA -
5:34 - 5:37e o mesmo número de bebés por mulher.
-
5:37 - 5:41Posso dizer-vos que os dados
sobre o número de crianças por mulher -
5:41 - 5:43são surpreendentemente bons
em todos os países. -
5:43 - 5:45Vamos buscar essa informação
aos recenseamentos. -
5:45 - 5:48Não são daquelas estatísticas
muito duvidosas. -
5:48 - 5:50Assim, o que podemos concluir
-
5:50 - 5:52é que não é preciso ser rico
para ter poucos filhos. -
5:52 - 5:54Isto aconteceu por todo o mundo.
-
5:55 - 5:57Depois, quando olhamos para as religiões
-
5:57 - 6:01vemos que não há um único país
com uma maioria das religiões orientais, -
6:01 - 6:04que tenha mais do que três filhos.
-
6:04 - 6:07Mas encontramos países,
de uma ponta à outra, -
6:07 - 6:10em que a religião maioritária
é o islamismo ou o cristianismo. -
6:10 - 6:13Mas não há uma grande diferença.
-
6:13 - 6:15Não há uma grande diferença
entre estas religiões. -
6:16 - 6:18Há uma diferença de rendimento.
-
6:18 - 6:22Os países que têm muitos bebés por mulher
-
6:22 - 6:24têm um rendimento muito mais baixo.
-
6:24 - 6:28A maior parte deles
estão na África subsaariana. -
6:28 - 6:30Mas também há aqui países
-
6:30 - 6:34como a Guatemala, como a Papua-Nova Guiné,
-
6:34 - 6:37como o Iémen e o Afeganistão.
-
6:37 - 6:41Muita gente pensa
que o Afeganistão e o Congo, -
6:41 - 6:44que sofreram graves conflitos,
-
6:44 - 6:48não têm um crescimento demográfico rápido.
-
6:48 - 6:49É o contrário.
-
6:49 - 6:53No mundo atual, são os países
que têm maior taxa de mortalidade -
6:53 - 6:55que têm um crescimento
demográfico mais rápido. -
6:55 - 6:59Porque a morte de uma criança
é compensada com mais uma criança. -
6:59 - 7:02Estes países têm seis crianças por mulher.
-
7:02 - 7:06Têm uma triste taxa de mortalidade
de uma ou duas crianças por mulher. -
7:06 - 7:10Mas daqui a 30 anos, o Afeganistão
passará de 30 para 60 milhões. -
7:10 - 7:13O Congo de 60 para 120 milhões.
-
7:13 - 7:16É onde temos o crescimento
demográfico mais rápido. -
7:16 - 7:20Muita gente pensa que estes países
estão estagnados, mas não estão. -
7:21 - 7:24Vou comparar o Senegal,
um país muçulmano, -
7:24 - 7:26com um país cristão, o Gana.
-
7:26 - 7:30Vou fazê-los recuar
até ao ano da sua independência, -
7:30 - 7:34quando estavam aqui,
no início dos anos 60. -
7:34 - 7:36Olhem o que eles fizeram.
-
7:36 - 7:38É uma melhoria impressionante,
-
7:38 - 7:40de sete crianças por mulher,
-
7:40 - 7:42desceram para entre quatro e cinco.
-
7:43 - 7:44É uma melhoria tremenda.
-
7:44 - 7:46Então o que é preciso?
-
7:46 - 7:49Sabemos muito bem
do que estes países precisam. -
7:49 - 7:52Precisam que sobrevivam crianças.
-
7:52 - 7:54Precisam de sair
da mais profunda pobreza -
7:54 - 7:58para que as famílias não precisem
das crianças para o trabalho familiar. -
7:58 - 8:00Precisam de ter acesso
a planeamento familiar. -
8:00 - 8:04E precisam de um quarto fator,
que talvez seja o fator mais importante. -
8:05 - 8:08Vou ilustrar esse quarto fator
-
8:08 - 8:10olhando para o Qatar.
-
8:11 - 8:14Temos aqui o Qatar e ali o Bangladesh
ambos dos dias de hoje. -
8:14 - 8:18Se fizer recuar estes países
aos anos da sua independência, -
8:18 - 8:21que foram quase no mesmo ano
— 1971, 1972 — -
8:21 - 8:24o que aconteceu
foi um desenvolvimento espantoso. -
8:24 - 8:26Vejam o Bangladesh e o Qatar.
-
8:26 - 8:29Com rendimentos tão diferentes,
têm quase a mesma redução -
8:29 - 8:32no número de bebés por mulher.
-
8:32 - 8:34Qual é a razão no Qatar?
-
8:34 - 8:35Bem, fiz o que faço sempre.
-
8:35 - 8:40Fui à página da entidade estatística
do Qatar, na Internet -
8:40 - 8:42— é uma boa página, recomendo-a —
-
8:42 - 8:45e consultei-a
— podemo-nos divertir muito aqui — -
8:46 - 8:47(Risos)
-
8:48 - 8:52e encontrei as tendências
sociais, gratuitamente. -
8:52 - 8:54Muito interessante. Muito para ler.
-
8:54 - 8:56Encontrei a fertilidade ao nascer,
-
8:56 - 8:59e consultei a taxa total
de fertilidade por mulher. -
8:59 - 9:02Estes são os estudiosos e peritos
da agência governamental do Qatar, -
9:02 - 9:05e eles dizem que os fatores
mais importantes são: -
9:05 - 9:07"Aumento da idade no primeiro casamento,
-
9:07 - 9:10"aumento do nível de escolaridade
nas mulheres do Qatar, -
9:10 - 9:13"e mais mulheres integradas
no mercado de trabalho." -
9:13 - 9:16Não podia estar mais de acordo.
A Ciência não pode estar mais de acordo. -
9:16 - 9:18(Aplausos)
-
9:18 - 9:22Este é um país que passou
por uma modernização muito interessante. -
9:23 - 9:25Por isso, são estes quatro:
-
9:25 - 9:27As crianças devem sobreviver,
-
9:27 - 9:29As crianças não devem trabalhar,
-
9:29 - 9:32As mulheres devem ter instrução
e fazer parte do mercado de trabalho. -
9:32 - 9:34Deve haver acesso ao planeamento familiar.
-
9:35 - 9:37Olhem novamente para isto.
-
9:37 - 9:40O número médio de crianças no mundo
-
9:40 - 9:43é como na Colômbia:
atualmente é de 2,4 por mulher. -
9:43 - 9:46Há aqui países que são muito pobres.
-
9:46 - 9:50É onde é necessário o planeamento familiar
e uma melhor sobrevivência infantil. -
9:50 - 9:54Recomendo vivamente a última
palestra TED de Melinda Gates. -
9:55 - 9:57E aqui, em baixo, há muitos países
-
9:57 - 9:59onde há menos do que
duas crianças por mulher. -
9:59 - 10:03Por isso, voltando atrás
para vos dar a resposta ao teste, -
10:03 - 10:04a resposta é dois.
-
10:05 - 10:07Atingimos o ponto máximo.
-
10:07 - 10:10O número de crianças
não vai crescer mais no mundo. -
10:10 - 10:12Ainda estamos a discutir
o pico de produção de petróleo, -
10:12 - 10:15mas já atingimos o pico
relativamente a crianças. -
10:15 - 10:18A população mundial
vai parar de crescer. -
10:18 - 10:19A Divisão de População da ONU
-
10:19 - 10:22afirmou que vai parar de crescer
ao atingir 10 mil milhões. -
10:22 - 10:26Mas como é que cresce
se o número de crianças não cresce? -
10:27 - 10:28Vou-vos mostrar aqui.
-
10:28 - 10:32Vou utilizar estas caixas de cartão
onde vinham os vossos blocos. -
10:32 - 10:35São bastante úteis para fins educativos.
-
10:36 - 10:39Cada caixa de cartão
representa mil milhões de pessoas. -
10:39 - 10:42E há dois mil milhões
de crianças no mundo. -
10:42 - 10:48Há dois mil milhões de jovens
entre os 15 e os 30 anos. -
10:48 - 10:50Isto são números redondos.
-
10:50 - 10:55Depois há mil milhões
entre os 30 e os 45 anos, -
10:56 - 10:59quase mil milhões
entre os 45 e os 60 anos. -
10:59 - 11:01E esta é a minha caixa.
-
11:01 - 11:03Esta sou eu: mais de 60 anos
-
11:03 - 11:05Estamos aqui no topo.
-
11:05 - 11:10O que vai acontecer agora é aquilo
a que chamamos "o grande preenchimento." -
11:10 - 11:13Vemos que faltam aqui três mil milhões.
-
11:13 - 11:16Não estão a faltar por terem morrido.
É porque nunca nasceram. -
11:17 - 11:21Porque, antes de 1980,
nasciam menos pessoas -
11:21 - 11:23do que nos últimos 30 anos.
-
11:25 - 11:27Por isso, o que vai acontecer
é muito claro. -
11:27 - 11:30Nós, os idosos, tristemente, vamos morrer.
-
11:30 - 11:34Os outros, vão ficar mais velhos
e vão ter dois mil milhões de crianças. -
11:35 - 11:37Depois os idosos morrem.
-
11:37 - 11:41Os restantes vão ficar mais velhos
e vão ter dois mil milhões de crianças. -
11:42 - 11:44De novo, os idosos vão morrer
-
11:44 - 11:47e vocês vão ter
dois mil milhões de crianças. -
11:47 - 11:49(Aplausos)
-
11:50 - 11:53Este é "o grande preenchimento".
-
11:53 - 11:55É inevitável.
-
11:56 - 11:58Vemos que este aumento aconteceu
-
11:58 - 12:02sem aumento de longevidade
e sem aumento de crianças. -
12:03 - 12:08A religião tem muito pouco a ver
com o número de bebés por mulher. -
12:08 - 12:11Todas as religiões no mundo
são perfeitamente capazes -
12:11 - 12:16de manter os seus valores
e de se adaptarem a este mundo novo. -
12:17 - 12:22Mas seremos só 10 bilhões neste mundo
-
12:22 - 12:25se os mais pobres saírem da pobreza,
-
12:25 - 12:29se as crianças sobreviverem,
se tiverem acesso a planeamento familiar. -
12:29 - 12:31Isto é necessário.
-
12:31 - 12:35Mas é inevitável que sejamos
mais dois a três mil milhões. -
12:36 - 12:39Por isso, quando debatemos e planeamos
-
12:39 - 12:43os recursos e a energia
necessários no futuro -
12:43 - 12:45para os seres humanos neste planeta,
-
12:45 - 12:47temos de fazer planos
para dez mil milhões. -
12:47 - 12:49Muito obrigado.
-
12:49 - 12:52(Aplausos)
- Title:
- Religiões e bebés
- Speaker:
- Hans Rosling
- Description:
-
Hans Rosling tinha uma pergunta: Será que algumas religiões têm uma taxa de nascimento maior do que outras? E como é que isto afeta o crescimento demográfico global? Numa palestra na TEDxSummit em Doha, Qatar, apresenta gráficos dos dados através dos tempos e das religiões. Com um humor característico e uma visão perspicaz, Hans chega a uma conclusão surpreendente sobre as taxas mundiais de fertilidade.
- Video Language:
- English
- Team:
closed TED
- Project:
- TEDTalks
- Duration:
- 13:20
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