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William Li: Podemos comer para que o câncer morra de fome?

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    Boa tarde.
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    Há uma revolução na área médica acontecendo ao nosso redor,
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    uma revolução que nos ajudará a dominar
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    algumas das doenças mais temidas pela sociedade,
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    inclusive o câncer.
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    A revolução se chama angiogênese,
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    e baseia-se no processo
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    que nosso corpo usa para fazer crescer os vasos sanguíneos.
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    Então por que deveríamo preocupar-nos com os vasos sanguíneos?
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    Bem, o corpo humano está literalmente cheio deles,
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    são cerca de 96.560 km em um adulto.
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    De uma ponta a outra, formaria uma linha
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    que circularia a Terra duas vezes.
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    Os vasos sanguíneos menores são chamados capilares.
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    Nós temos 19 bilhões deles em nosso corpo.
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    E esses são os vasos da vida, e
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    como mostrarei,
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    eles também podem ser os vasos da morte.
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    Pois bem, a coisa mais extraordinária a respeito dos vasos sanguíneos
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    é que eles têm esta habilidade
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    de se adaptar a qualquer ambiente no qual estejam crescendo.
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    Por exemplo, no fígado eles formam canais
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    para desentoxicar o sangue.
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    No pulmão, eles cobrem os sacos de ar para a troca de gases.
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    Nos músculos, eles ficam em forma de saca-rolha assim os músculos podem contrair-se
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    sem cortar a circulação.
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    E nos nervos, eles correm ao longo como linhas de energia,
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    mantendo vivos esses nervos.
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    E nós obtemos a maioria desses vasos sanguíneos
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    quando nós ainda estamos no útero, na verdade.
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    E o que isso significa é que, quando adultos,
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    os vasos sanguíneos normalmente não crescem,
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    com exceção de poucas circunstâncias particulares.
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    Nas mulheres, os vasos sanguíneos crescem todos os meses
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    para construir o revestimento interno do útero.
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    Durante a gestação, eles formam a placenta,
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    que conecta a mãe com o bebê.
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    E após uma lesão, os vasos sanguíneos
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    realmente devem crescer sob a casca
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    para cicatrizar o ferimento.
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    E é esta a aparência deles.
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    Centenas de vasos sanguíneos
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    todos crescendo para o centro da ferida.
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    Portanto, o corpo tem a habilidade de regular
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    a quantidade de vasos sanguíneos presentes em um dado momento.
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    E faz isso por meio de um elaborado
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    e elegante sistema de verificação e ajustes,,
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    estimuladores e inibidores da angiogênese,
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    de maneira que, quando precisamos de um breve aumento de vasos sanguíneos,
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    o corpo pode fazer isto ao liberar estimuladores,
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    proteínas chamadas fatores angiogênicos
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    que atuam como fertilizantes naturais
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    e estimulam o crescimento de novos vasos sanguíneos.
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    E quando esses vasos sanguíneos excedentes não são mais necessários,
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    o corpo os reduz ao normal
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    usando os inibidores naturais da angiogênese.
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    Pois bem, há outras situações nas quais estamos abaixo do normal,
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    e precisamos fazer crescer mais vasos sanguíneos apenas para voltar aos níveis normais.
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    Por exemplo, após uma lesão.
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    E o corpo também pode fazer isso,
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    mas apenas para voltar ao nível normal,
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    aquele ponto específico.
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    Mas o que sabemos agora é que, para algumas doenças,
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    há defeitos no sistema,
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    quando o corpo não consegue podar os vasos sanguíneos excedentes
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    ou não pode gerar novos vasos sanguíneos
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    no momento e no lugar certos.
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    E nessas situações, a angiogênese
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    está desequilibrada.
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    E quando a angiogênese se desequilibra,
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    resulta em uma miríade de doenças.
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    Por exemplo, angiogênese insuficiente,
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    quando não há vasos sanguíneos suficientes,
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    leva a feridas que não cicatrizam, ataques cardíacos,
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    falta de circulação nas pernas, morte por AVC,
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    danos neurológicos.
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    De outro lado, angiogênese excessiva,
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    quando há muitos vasos sanguíneos, leva a doenças.
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    E nós vemos isso com câncer, cegueira,
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    artrite, obesidade,
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    mal de Alzheimer.
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    No total, há mais de 70 doenças graves
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    que afetam mais de um bilhão de pessoas no mundo todo,
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    que parecem, na superfície, ser diferentes umas das outras,
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    mas, na verdade, todas têm
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    a angiogênese anormal
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    como denominador comum.
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    E dar-nos conta disso nos permite
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    reavaliar
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    o modo pelo qual nós realmente enfocamos essas doenças
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    ao controlar a angiogênese.
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    Agora vou enfocar no câncer
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    porque a angiogênese é uma marca do câncer,
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    de todos os tipos de câncer.
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    Então vamos lá.
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    Este é um tumor, massa escura, cinza, ameaçadora
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    que cresce dentro de um cérebro.
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    E, no microscópio, é possível ver
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    centenas desses vasos sanguíneos como manchas marrons,
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    capilares que alimentam as células de câncer,
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    que lhes levam oxigênio e nutrientes.
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    Mas o câncer não começa assim.
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    E, na verdade, os cânceres não vão adiante
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    sem o suprimento de sangue.
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    Eles começam como ninhos microscópicos de células
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    que podem crescer apenas
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    meio milímetro cúbico.
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    Isto equivale à ponta de uma caneta esferográfica.
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    Eles não podem crescer mais que isso porque não têm suprimento de sangue,
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    assim, não têm oxigênio ou nutrientes suficientes.
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    E, de fato, provavelmente formamos esses
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    tipos de câncer microscópico o todo tempo em nosso corpo.
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    Os estudos de autópsias de pessoas que morrem em acidentes de trânsito
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    têm demonstrado que 40% das mulheres
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    entre 40 e 50 anos
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    têm cânceres microscópicos
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    nas mamas.
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    Cerca de 50% dos homens entre 50 e 60 anos
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    têm câncer de próstata microscópico.
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    E praticamente 100% das pessoas,
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    quando chegarem aos 70 anos,
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    terão câncer microscópico na tireóide.
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    Entretanto, sem o suprimento de sangue,
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    a maioria desses tipos de câncer
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    nunca será perigosa.
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    O Dr. Judah Folkman, que foi meu mentor,
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    e foi o pioneiro no campo da angiogênese,
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    chamou isso de "câncer sem doença".
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    Assim, a habilidade do corpo de equilibrar a angiogênese,
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    quando está funcionando bem,
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    evita que os vasos sanguíneos alimentem o câncer.
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    E isto se revela como
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    um dos nossos mais importantes mecanismos de defesa
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    contra o câncer.
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    De fato, se a angiogênese for bloqueada
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    e os vasos sanguíneos não alcançarem as células cancerosas,
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    os tumores simplesmente não poderão crescer.
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    Mas quando ocorre a angiogênese,
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    os cânceres crescem exponencialmente.
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    E, na verdade, é assim que
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    um câncer vai de
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    inofensivo a letal.
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    As células do câncer são mutantes
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    e ganham a habilidade de liberar
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    vários desses fatores angiogênicos, fertilizantes naturais,
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    que inclinam a balança em favor dos vasos sanguíneos
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    invadindo o câncer.
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    E uma vez que esses vasos invadem o câncer,
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    ele pode expandir, pode invadir o tecido local.
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    E os mesmos vasos que estão alimentando os tumores,
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    permitem que as células do câncer entrem na circulação
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    e causem metástases.
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    E, infelizmente, este último estágio do câncer
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    é quando mais ocorre
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    o diagnóstico,
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    quando a angiogênese já aconteceu,
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    e as células do câncer estão crescendo de forma desenfreada.
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    Então, se a angiogênese
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    é o ponto de inflexão
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    entre um câncer inofensivo e um nocivo,
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    então uma grande parte da revolução da angiogênese
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    é a nova forma de tratar o câncer
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    ao cortar o suprimento de sangue.
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    Nós chamamos de terapia antiangiogênica,
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    e é completamente diferente da quimioterapia
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    porque visa seletivamente
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    os vasos sanguíneos que estão alimentando o câncer.
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    E podemos fazer isso porque
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    os vasos sanguíneos do tumor são diferentes dos vasos normais e saudáveis
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    que encontramos em outras partes do corpo.
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    Eles são anormais,
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    mal formados,
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    e, por causa disso, são muito vulneráveis
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    aos tratamentos que os atacam.
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    Com efeito, quando damos aos pacientes com câncer
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    a terapia da antiangiogênese --
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    aqui, uma medicação experimental para glioma,
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    que é um tipo de tumor cerebral --
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    podem ver que há mudanças dramáticas
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    quando se corta a alimentação do tumor.
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    Aqui há uma mulher com câncer de mama
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    que é tratada com a medicação antiangiogênica chamada Avastin,
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    aprovada pela FDA (agência reguladora).
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    E vocês podem ver que aquele halo de fluxo sanguíneo
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    desaparecer após o tratamento.
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    Bem, acabei de mostrar
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    dois tipos muito diferentes de câncer
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    que responderam à terapia antiangiogênica.
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    Então, há poucos anos, eu me perguntei
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    "Podemos dar um passo adiante
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    e tratar outros tipos de câncer,
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    até mesmo em outras espécies?"
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    Então aqui está um boxer de nove anos chamado Milo
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    que tinha um tumor muito agressivo
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    no ombro, chamado neurofibroma maligno.
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    Tinha atingido seus pulmões.
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    Seu veterenário tinha dado três meses de vida.
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    Então criamos um coquetel de medicações antiangiogênicas
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    que poderia ser misturado à sua ração
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    e também um creme antiangiogênico
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    que poderia ser aplicado na superfície do tumor.
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    E em poucas semanas de tratamento,
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    conseguimos diminuir o ritmo de crescimento do câncer
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    de tal modo que, por fim, conseguimos prolongar a sobrevida de Milo
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    em seis vezes mais daquela que o veterinário havia previsto,
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    tudo com muito boa qualidade de vida.
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    E, posteriormente, tratamos mais de 600 cachorros.
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    Temos uma taxa de resposta em torno de 60%
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    e melhoramos a sobrevida desses animais
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    que seriam sacrificados.
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    Portanto, deixem-me mostrar alguns
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    exemplos ainda mais interessantes.
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    Esta é um golfinho fêmea de 20 anos que vive na Flórida,
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    ela teve estas lesões na boca
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    que, no decorrer de três anos,
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    se converteram em carcinoma de células escamosas invasivas.
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    Então criamos uma pasta antiangiogênica.
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    Ela foi aplicada em cima do câncer
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    três vezes por semana.
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    E depois de sete meses,
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    os cânceres tinham desaparecido completamente,
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    e as biópsias deram normal.
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    Isto é um câncer que cresce no lábio
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    de um cavalo quarto de milha chamado Guiness.
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    É um tipo de câncer muito, muito letal chamado angiossarcoma.
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    Já havia atingido os gânglios linfáticos,
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    então utilizamos um creme antiangiogênico para o lábio
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    e um coquetel oral, dessa forma trataríamos por dentro
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    e por fora.
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    E no decurso de seis meses,
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    ele teve uma remissão completa.
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    E aqui está ele, seis anos depois,
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    Guiness, com sua sorridente proprietária.
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    (Aplausos)
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    Pois bem, obviamente, a terapia antiangiogênica
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    pode ser usada para uma grande variedade de tipos de câncer.
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    E, na verdade, os tratamentos pioneiros,
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    tanto para pessoas como para cães,
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    já começam a estar disponíveis.
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    Há 12 tipos diferentes de medicamentos, 11 diferentes tipos de câncer,
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    mas a verdadeira pergunta é:
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    Como é que funcionam na prática?
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    Aqui estão os dados de sobrevida de pacientes
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    de oito tipos diferentes de câncer.
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    As barras representam o tempo de sobrevida
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    da época em que
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    só havia quimioterapia,
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    ou cirurgia ou radiação.
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    Mas a partir de 2004,
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    quando as terapias antiangiogênicas apareceram pela primeira vez,
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    bem, vocês podem ver que tem havido
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    de 70 a 100%
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    de aumento de sobrevida
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    para pessoas com câncer de fígado, mieloma múltiplo,
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    câncer coloretal e tumores estromais gastrointestinais.
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    É impressionante.
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    Mas para outros tumores e tipos de câncer,
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    as melhorias têm sido apenas modestas.
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    Então comecei a me perguntar:
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    "Por que não estamos sendo capazes de melhorar?"
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    E a resposta, para mim, é óbvia:
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    nós estamos tratando o câncer muito tarde no jogo,
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    quando já se estabeleceu,
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    e, muitas vezes, já se espalhou ou surgiram metástases.
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    E, como médico, eu sei
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    que, uma vez que a doença chega a um estágio avançado,
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    conseguir a cura
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    pode ser difícil, quando não impossível.
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    Então eu voltei para a biologia
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    da angiogênese
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    e comecei a pensar:
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    Poderia ser que a resposta para o câncer
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    fosse impedir a angiogênese,
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    combatendo o câncer no seu próprio jogo
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    de forma que o câncer nunca se tornasse perigoso?
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    Isto pode ajudar pessoas saudáveis
  • 10:58 - 11:00
    assim como as pessoas que já combateram o câncer
  • 11:00 - 11:02
    uma ou duas vezes
  • 11:02 - 11:05
    e querem encontrar uma maneira de evitar que retorne.
  • 11:05 - 11:08
    Assim, ao buscar uma maneira de prevenir a angiogênese no câncer,
  • 11:08 - 11:10
    fui atrás das causas do câncer.
  • 11:10 - 11:12
    E o que realmente me intrigou
  • 11:12 - 11:14
    foi quando vi que a dieta
  • 11:14 - 11:16
    representa de 30 a 35%
  • 11:16 - 11:19
    dos cânceres causados pelo ambiente.
  • 11:19 - 11:21
    Ora, a coisa mais óbvia é pensar a respeito
  • 11:21 - 11:24
    do que nós poderíamos retirar da nossa dieta, o que eliminar, tirar.
  • 11:25 - 11:28
    Mas eu, na verdade, adotei um enfoque completamente oposto
  • 11:28 - 11:31
    e comecei a perguntar: O que poderíamos adicionar à nossa dieta
  • 11:31 - 11:34
    que seja naturalmente antiangiogênico,
  • 11:34 - 11:36
    que pudesse aumentar o sistema imunológico
  • 11:36 - 11:39
    e aniquilar os vasos sanguíneos que alimentam os cânceres?
  • 11:39 - 11:42
    Em outras palavras, podemos comer para que o câncer morra de fome?
  • 11:43 - 11:45
    Bem, a resposta é sim.
  • 11:45 - 11:47
    E eu vou mostrar como.
  • 11:47 - 11:49
    Nossa pesquisa
  • 11:49 - 11:52
    nos levou ao mercado, à fazenda e ao armário de temperos
  • 11:52 - 11:54
    porque o que descobrimos
  • 11:54 - 11:56
    é que a mãe natureza ligou um grande número
  • 11:56 - 11:58
    de alimentos e bebidas e ervas
  • 11:58 - 12:00
    com inibidores naturais
  • 12:00 - 12:02
    da angiogênese.
  • 12:02 - 12:04
    Este é um sistema de análise que desenvolvemos.
  • 12:04 - 12:06
    No centro há um anel do qual centenas de vasos sanguíneos
  • 12:06 - 12:08
    crescem igual a explosões estelares.
  • 12:08 - 12:10
    E nós podemos utilizar este sistema
  • 12:10 - 12:12
    para testar fatores dietéticos
  • 12:12 - 12:15
    em concentrações que se obtem ao comer.
  • 12:15 - 12:17
    Então deixem-me mostrar o que acontece quando inserimos
  • 12:17 - 12:20
    um extrato de uvas roxas.
  • 12:20 - 12:22
    O ingrediente ativo é o resveratrol.
  • 12:22 - 12:24
    Ele também é encontrado no vinho tinto.
  • 12:24 - 12:27
    Isto inibe a angiogênese anormal
  • 12:27 - 12:29
    em 60%.
  • 12:29 - 12:32
    Vejam o que acontece quando adicionamos extrato de morango.
  • 12:32 - 12:35
    Ele inibe poderosamente a angiogênese.
  • 12:35 - 12:38
    E extrato de soja.
  • 12:39 - 12:41
    E aqui está uma lista crescente de nossos
  • 12:41 - 12:43
    alimentos e bebidas antiangiogênicos
  • 12:43 - 12:45
    que nos interessa estudar.
  • 12:45 - 12:47
    E para cada tipo de alimento,
  • 12:47 - 12:49
    acreditamos que há diferentes potências
  • 12:49 - 12:52
    entre diferentes tipos e variedades.
  • 12:52 - 12:54
    E nós queremos mensurar isto porque,
  • 12:54 - 12:56
    bem, enquanto você come um morango
  • 12:56 - 12:58
    ou bebe chá,
  • 12:58 - 13:00
    por que não selecionar aquele que seja mais potente
  • 13:00 - 13:02
    para prevenir o câncer?
  • 13:02 - 13:05
    Tenho aqui quatro tipos diferentes de chá que já foram testados.
  • 13:05 - 13:07
    Todos eles são comuns:
  • 13:07 - 13:09
    jasmim chinês, sencha japonês,
  • 13:09 - 13:11
    Earl Grey e uma mistura especial que preparamos.
  • 13:11 - 13:13
    E podem ver claramente
  • 13:13 - 13:15
    que os chás variam
  • 13:15 - 13:18
    de menos a mais potente.
  • 13:18 - 13:20
    Mas o que é bem legal
  • 13:20 - 13:22
    é quando combinamos os dois
  • 13:22 - 13:24
    menos potentes,
  • 13:24 - 13:26
    a combinação, a mistura,
  • 13:26 - 13:29
    é mais potente que cada um sozinho.
  • 13:29 - 13:32
    O que significa que há sinergia nos alimentos.
  • 13:34 - 13:36
    Aqui estão mais alguns dados do nosso experimento.
  • 13:36 - 13:39
    Em laboratório, simulamos a angiogênese do tumor
  • 13:39 - 13:41
    representada aqui por uma barra preta.
  • 13:41 - 13:44
    E ao usar este sistema, conseguimos testar a potência das medicações contra o câncer.
  • 13:44 - 13:46
    Então quanto menor a barra,
  • 13:46 - 13:49
    menor a angiogênese, o que é bom.
  • 13:49 - 13:51
    E aqui estão algumas medicações comuns
  • 13:51 - 13:53
    que estão associadas à redução do risco
  • 13:53 - 13:55
    de câncer nas pessoas.
  • 13:55 - 13:57
    As estatinas, fármacos anti-inflamatórios não esteróides,
  • 13:57 - 13:59
    e alguns outros,
  • 13:59 - 14:02
    também inibem a angiogênese.
  • 14:02 - 14:04
    E aqui estão alguns fatores dietéticos
  • 14:04 - 14:07
    que estão lado a lado com esses medicamentos.
  • 14:07 - 14:09
    Podem ver que claramente se igualam
  • 14:09 - 14:11
    e, em alguns casos, são mais potentes
  • 14:11 - 14:13
    que os fármacos reais.
  • 14:13 - 14:15
    Soja, salsa, alho,
  • 14:15 - 14:17
    uvas, frutas vermelhas,
  • 14:17 - 14:19
    eu poderia ir para casa e preparar uma refeição saborosa
  • 14:19 - 14:21
    com estes ingredientes.
  • 14:21 - 14:23
    Então imagine se nós pudéssemos criar
  • 14:23 - 14:25
    o primeiro sistema de classificação do mundo
  • 14:25 - 14:27
    em que pudéssemos pontuar os alimentos
  • 14:27 - 14:29
    de acordo com suas propriedades antiangiogênicas
  • 14:29 - 14:31
    na prevenção do câncer.
  • 14:31 - 14:34
    E é isso o que estamos fazendo agora.
  • 14:34 - 14:36
    Já lhes mostrei uma monte de dados de laboratório
  • 14:36 - 14:38
    e a verdadeira pergunta é:
  • 14:38 - 14:40
    Nas pessoas, qual é a evidência
  • 14:40 - 14:42
    de que o consumo de certos alimentos pode reduzir
  • 14:42 - 14:45
    a angiogênese no câncer?
  • 14:45 - 14:47
    Bem, o melhor exemplo que conheço
  • 14:47 - 14:49
    é um estudo com 79.000 homens
  • 14:49 - 14:51
    acompanhados durante 20 anos
  • 14:51 - 14:53
    em que se descobriu que os homens que consomem
  • 14:53 - 14:55
    tomates cozidos duas ou três vezes na semana
  • 14:55 - 14:58
    têm uma redução de até 50%
  • 14:58 - 15:01
    do risco de desenvolver câncer de próstata.
  • 15:01 - 15:04
    Sabemos que o tomate é uma boa fonte de licopeno,
  • 15:04 - 15:07
    e licopeno é antiangiogênico.
  • 15:07 - 15:09
    Mas o que é ainda mais interessante neste estudo
  • 15:09 - 15:12
    é que dentre aqueles que desenvolveram câncer de próstata,
  • 15:12 - 15:15
    os que comeram mais porções de molho de tomate,
  • 15:15 - 15:17
    na verdade, tinham menos vasos sanguineos
  • 15:17 - 15:19
    que alimentavam o câncer.
  • 15:19 - 15:21
    Assim que, esse estudo em seres humanos é um bom exemplo
  • 15:21 - 15:23
    de como as substâncias antiangiogênicas
  • 15:23 - 15:26
    presentes nos alimentos e consumidas em níveis razoáveis
  • 15:26 - 15:28
    podem ter um impacto sobre o câncer.
  • 15:28 - 15:30
    E agora estamos estudando
  • 15:30 - 15:32
    o papel de uma dieta saudável
  • 15:32 - 15:35
    com Dean Ornish, UCSF e a Universidade de Tufts
  • 15:35 - 15:38
    sobre o papel dessa dieta saudável nos referenciais da angiogênese
  • 15:38 - 15:41
    que podemos encontrar na corrente sanguínea.
  • 15:41 - 15:44
    Ora, o que compartilhei com vocês tem obviamente algumas implicações de longo alcance,
  • 15:44 - 15:46
    além da pesquisa sobre o câncer.
  • 15:46 - 15:49
    Porque, se estivermos corretos, poderia ter impacto na educação dos consumidores,
  • 15:49 - 15:51
    nos serviços relacionados à alimentação, na saúde pública
  • 15:51 - 15:53
    e inclusive no setor de seguros.
  • 15:53 - 15:55
    E, de fato, algumas companhias de seguro
  • 15:55 - 15:57
    já estão começando a pensar dessa forma.
  • 15:57 - 16:00
    Vejam este anúncio da Blue Cross Blue Shield de Minnesota.
  • 16:01 - 16:03
    E para muitas pessoas em todo o mundo,
  • 16:03 - 16:05
    a prevenção do câncer por meio da dieta
  • 16:05 - 16:07
    pode ser a única solução prática
  • 16:07 - 16:10
    porque nem todos podem permitir-se tratamentos caros contra o câncer em estágio terminal,
  • 16:10 - 16:12
    mas todos poderiam beneficiar-se de
  • 16:12 - 16:15
    uma dieta saudável, baseada em produtos locais
  • 16:15 - 16:17
    sustentáveis e antiangiogênicos.
  • 16:18 - 16:20
    Pois bem,
  • 16:20 - 16:22
    já falei sobre alimentos,
  • 16:22 - 16:24
    já falei sobre câncer,
  • 16:24 - 16:27
    então, há mais uma doença sobre a qual eu gostaria de falar:
  • 16:27 - 16:29
    é a obesidade.
  • 16:29 - 16:31
    Porque provou-se que
  • 16:31 - 16:33
    o tecido adiposo, a gordura,
  • 16:33 - 16:35
    é altamente dependente da angiogênese.
  • 16:35 - 16:38
    E, como um tumor, a gordura cresce quando os vasos sanguineos crescem.
  • 16:38 - 16:41
    Então a pergunta é: Podemos encolher a gordura
  • 16:41 - 16:43
    ao cortar o suprimento de sangue dela?
  • 16:43 - 16:46
    A curva superior mostra o peso corporal
  • 16:46 - 16:48
    de um rato geneticamente obeso
  • 16:48 - 16:50
    que come sem parar,
  • 16:50 - 16:53
    até ficar tão gordo quanto esta bola de tênis peluda.
  • 16:54 - 16:57
    E a curva de baixo é o peso de um rato normal.
  • 16:57 - 16:59
    Se pegar o rato obeso e dar
  • 16:59 - 17:01
    um inibidor de angiogênese, ele perde peso.
  • 17:01 - 17:03
    Ao parar o tratamento, recupera o peso de antes.
  • 17:03 - 17:05
    Recomeça o tratamento, perde o peso novamente.
  • 17:05 - 17:07
    Para o tratamento, volta a ganhar peso.
  • 17:07 - 17:09
    E, na verdade, pode-se alternar o peso em alto e baixo
  • 17:09 - 17:12
    simplesmente ao inibir a angiogênese.
  • 17:12 - 17:14
    Então esta abordagem sobre a prevenção do câncer
  • 17:14 - 17:16
    pode também ser aplicada
  • 17:16 - 17:18
    para a obesidade.
  • 17:18 - 17:20
    A coisa realmente, verdadeiramente interessante disso
  • 17:20 - 17:22
    é que não podemos pegar esse rato obeso
  • 17:22 - 17:24
    e fazê-lo perder mais peso
  • 17:24 - 17:27
    do que o deveria ser o peso de um rato normal.
  • 17:27 - 17:29
    Em outras palavras, nós não podemos criar ratos supermodelos.
  • 17:29 - 17:31
    (Risos)
  • 17:31 - 17:33
    E isto fala a respeito do papel da angiogênese
  • 17:33 - 17:36
    na regulação dos níveis de controle saudáveis.
  • 17:36 - 17:38
    Albert Szent-Gyorgi disse certa vez que,
  • 17:38 - 17:41
    "a descoberta consiste em ver o que todos viram,
  • 17:41 - 17:43
    e pensar o que ninguém pensou."
  • 17:43 - 17:45
    Espero tê-los convencido de
  • 17:45 - 17:48
    que, para doenças como o câncer, a obesidade e outras,
  • 17:48 - 17:50
    pode ser bastante potente
  • 17:50 - 17:53
    atacar seu denominador comum, a angiogênese.
  • 17:53 - 17:56
    E isso é o que eu acho que o mundo necessita agora. Obrigado.
  • 17:56 - 18:07
    (Aplausos)
  • 18:07 - 18:10
    June Cohen: Então estas medicações não são exatamente --
  • 18:10 - 18:13
    elas não estão sendo usadas para o tratamento convencional do câncer no momento.
  • 18:13 - 18:15
    Para alguém, aqui, que tenha câncer,
  • 18:15 - 18:17
    o que recomendaria?
  • 18:17 - 18:20
    Recomendaria seguir estes tratamentos agora à maioria dos pacientes?
  • 18:20 - 18:22
    William Li: Há tratamentos antiangiogênicos
  • 18:22 - 18:24
    que são aprovados pela FDA.
  • 18:24 - 18:26
    E se você tem câncer
  • 18:26 - 18:28
    ou trabalha ou advoga para alguém que tenha,
  • 18:28 - 18:30
    você deve informar-se a respeito.
  • 18:30 - 18:33
    E há muitas testes clínicos.
  • 18:33 - 18:36
    A Andrew [ininteligível] Foundation está acompanhando quase 300 turmas,
  • 18:36 - 18:38
    e há em torno de 100 mais
  • 18:38 - 18:40
    medicamentos a serem lançados.
  • 18:40 - 18:42
    Então já se consideram aprovados,
  • 18:42 - 18:44
    procure testes clínicos,
  • 18:44 - 18:46
    mas aí, entre o que o seu médico pode fazer por você,
  • 18:46 - 18:48
    precisamos nos perguntar o que nós podemos fazer por nós mesmos.
  • 18:48 - 18:50
    E este é um dos temas dos quais estou falando
  • 18:50 - 18:52
    nós mesmos temos o poder de fazer coisas
  • 18:52 - 18:54
    que os médicos não podem fazer por nós,
  • 18:54 - 18:56
    que é usar o conhecimento para agir.
  • 18:56 - 18:59
    E se a mãe natureza nos deu algumas pistas,
  • 18:59 - 19:01
    nós achamos que deve haver um novo futuro
  • 19:01 - 19:03
    em valorizar o que comemos.
  • 19:03 - 19:06
    E o que comemos é uma verdadeira quimioterapia três vezes ao dia.
  • 19:06 - 19:08
    JC: Certo. Nesse sentido,
  • 19:08 - 19:11
    para as pessoas que poderiam ter fatores de risco para o câncer
  • 19:11 - 19:14
    recomendaria fazer algum tipo de tratamento preventivo
  • 19:14 - 19:16
    ou simplesmente seguir a dieta adequada
  • 19:16 - 19:18
    com grande quantidade de molho de tomate?
  • 19:18 - 19:21
    WL: Bem, como sabem, há uma grande evidência epidemiológica.
  • 19:21 - 19:23
    E eu penso que na era da informação,
  • 19:23 - 19:25
    não se precisa de muito para chegar a uma fonte segura
  • 19:25 - 19:27
    como Pubmed, a Biblioteca Nacional de Medicina,
  • 19:27 - 19:29
    em busca de estudos epidemiológicos
  • 19:29 - 19:31
    para a redução do risco de câncer
  • 19:31 - 19:34
    com base em dietas e medicamentos comuns.
  • 19:34 - 19:36
    E isso é certamente algo que qualquer um pode fazer.
  • 19:36 - 19:38
    JC: OK. Bem, muito obrigada.
  • 19:38 - 19:40
    (Aplausos)
Title:
William Li: Podemos comer para que o câncer morra de fome?
Speaker:
William Li
Description:

William Li apresenta um novo modo de pensar sobre o tratamento do câncer: a angiogênese, tendo como alvo os vasos sanguíneos que alimentam o tumor. O primeiro passo crucial (e o melhor): Comer alimentos para combatem o câncer em seu próprio jogo.

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDTalks
Duration:
19:41
Claudia Tomazi Peixoto added a translation

Portuguese, Brazilian subtitles

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