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Befriend your Strong Emotions | with Sister Dang Nghiem

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    Queridos amigos,
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    Sei que estão aí e isso deixa-me muito feliz.
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    Ao fechar os olhos e
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    seguir a minha respiração,
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    disse silenciosamente a mim mesmo:
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    Eu amo-te tanto.
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    Eu amo-te tanto.
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    E vi-me como uma criança a vaguear pelas ruas de Saigão,
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    sentindo-me bastante triste.
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    Vi-me de pé junto a uma ponte,
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    a pensar em pensamentos sombrios.
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    Vi-me a chegar a este país como adolescente,
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    com uma pequena mala numa mão,
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    e o meu irmão mais novo...
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    na outra mão, a segurá-lo.
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    E surgiu um pensamento em mim:
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    Vieste de tão longe.
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    Eu amo-te tanto.
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    Obrigado por todos os esforços que fizeste na vida,
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    para que ainda possas estar aqui.
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    Antes de começar a praticar,
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    não sabia como cuidar das minhas emoções fortes.
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    Lembro-me de que, ainda criança, já tinha passado por muitos traumas — abuso sexual,
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    abuso verbal, e por ser uma criança imigrante no Vietname.
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    Estava bastante deprimida.
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    Claro que não lhe chamava depressão.
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    E em vietnamita, nem sabia que existia uma palavra para depressão.
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    Dizia-se que estávamos tristes.
    Mas eu costumava vaguear muito pelas ruas.
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    E inventava canções sobre a minha vida.
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    E essas canções eram bastante tristes.
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    Lembro-me de cantar e depois chorar.
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    E até cantava para o meu irmão,
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    e ambos chorávamos.
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    Ou então…
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    Em Saigão havia muitas pontes.
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    E sempre que estava numa ponte ou passava de bicicleta por uma,
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    o pensamento
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    de suicídio surgia na minha mente.
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    E isso...
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    isso foi tão ensaiado dentro de mim desde muito nova, que, ao tornar-me adolescente, só piorou.
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    E na universidade, e na faculdade de medicina, sempre que tinha dificuldades na vida ou nos relacionamentos,
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    o meu pensamento ia imediatamente para…
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    Era como um padrão automático.
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    Ia para...
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    "Porque é que vivo?"
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    "Qual é o sentido desta vida?"
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    "Mais vale desistir."
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    Houve momentos em que…
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    Na maior parte das vezes, não queria morrer,
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    mas
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    os pensamentos suicidas surgiam
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    como a primeira opção para mim.
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    E foi assim.
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    Ao tornar-me praticante, percebi que isso se tinha tornado um hábito, uma parte da minha personalidade.
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    E, pouco a pouco, aprendi a respirar com isso,
    e a dizer a mim mesmo: estou a morrer todos os dias,
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    não preciso de desejar a morte.
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    O corpo passa por
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    mudanças a cada momento.
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    As células da pele desprendem-se.
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    O cabelo cai.
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    Tudo está a mudar.
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    Portanto, a questão não é se devemos viver ou morrer.
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    A questão é: como é que estou a viver e como é que estou a morrer?
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    Será que posso viver de forma bela?
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    Será que posso morrer de forma bela, a cada momento?
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    Isso ajudou a mudar a minha atitude em relação à tristeza.
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    E vejo que, à medida que pratico...
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    os quatro tipos de alimento de forma mais diligente, mais positiva,
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    lentamente...
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    agora já não experimento emoções fortes com tanta frequência.
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    Estou bastante estável e firme no meu
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    modo de ser.
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    E quando a tristeza surge — claro, coisas desagradáveis ainda acontecem — mas já não reajo com tanta força.
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    A frequência e intensidade das emoções fortes diminuiu imenso.
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    Mas também a forma como respondo a elas,
    para que não permaneçam por muito tempo.
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    Porque em vez de
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    culpar as circunstâncias externas,
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    aprendi a voltar para mim mesmo, respirar,
    e dizer: Eu escolho a paz.
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    Eu escolho a harmonia dentro de mim.
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    Não quero causar mais danos a mim próprio.
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    Seja o que for que aconteceu, já aconteceu — não preciso de explodir.
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    Posso simplesmente voltar a mim e cuidar de mim primeiro.
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    E quando estiver calmo, posso ir perguntar à pessoa o que ela quis dizer com aquilo que disse ou fez.
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    Ou posso ter compreensão suficiente dentro de mim, ao ponto de já nem precisar de esclarecimentos.
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    Posso simplesmente deixar ir.
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    Isso é uma escolha — e é uma escolha maravilhosa.
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    Todos nós passamos por emoções fortes,
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    seja tristeza,
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    raiva,
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    insegurança, ciúmes,
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    dúvida,
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    arrependimento,
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    anseio,
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    etc.
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    Todos as temos.
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    Algumas emoções são mais fortes do que outras,
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    consoante a fase da nossa vida.
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    Depende também da nossa personalidade,
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    de como expressamos as emoções.
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    Ao longo dos anos, como praticante espiritual,
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    aprendi a considerar as emoções...
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    Antes de mais, como uma onda.
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    As emoções
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    também podem ser vistas como:
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    uma tempestade,
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    um
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    alimento (nutrimento),
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    um hábito,
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    ou um vício.
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    Vou abordar cada uma delas sob esta luz,
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    para que possamos ganhar uma compreensão mais profunda das nossas emoções.
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    As emoções como uma onda.
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    No momento em que sentimos uma emoção, pode ser que nem estejamos conscientes dela.
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    Como quando estás com raiva e alguém diz "estás com raiva" e tu respondes:
    "Não estou."
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    Ou perguntam: "Estás triste?"
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    "Aconteceu alguma coisa?"
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    E dizes: "Não, não estou triste."
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    "Não se passa nada."
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    Por vezes, a emoção já passou.
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    E só olhando para trás, um dia depois,
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    às vezes uma semana, um ano, ou até anos mais tarde,
    é que percebemos o que estávamos a sentir.
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    Olhamos para uma onda.
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    Ela não começa no topo,
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    nem termina
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    na base.
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    Uma emoção começa muito antes,
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    nas profundezas do oceano.
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    Na corrente de fundo — tantas condições,
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    tantas ondas anteriores que empurraram a água,
    até que se formou esta nova onda,
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    ou este tsunami que se manifesta.
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    Depois, acalma — mas também serve de base para outra onda.
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    Também ajuda a construir outra onda.
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    Por isso, quando vemos uma emoção como uma onda,
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    sabemos que não estamos presos nela —
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    nem quando ela está no auge,
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    nem quando já se acalmou.
    Mas aprendemos a cuidar dela,
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    em cada ponto ao longo da onda.
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    E gosto de pensar que, quando praticamos a atenção plena,
    aprendemos a abraçar a nossa emoção.
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    Somos como um surfista —
    em vez de surfarmos a onda para a frente,
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    aprendemos a surfá-la para trás,
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    a olhar para ela depois de ter passado.
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    E a aprender quais foram as condições que ajudaram a formar aquela onda ou tsunami em particular.
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    Como isso afetou o nosso corpo.
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    A tensão, o cansaço, o agravamento de um problema de pele...
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    Alguns problemas de saúde física ou mental.
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    Alguma insónia, por exemplo.
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    Então olhamos para os efeitos que aquela emoção em particular acabou de ter no nosso corpo, nos nossos pensamentos, na nossa fala.
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    E, aos poucos, recuamos sobre ela e identificamos:
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    Quando estava no auge,
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    como é que me afetou nesses momentos?
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    De que forma?
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    Que pensamentos tive?
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    Que tipo de discurso usei?
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    Que tipo de palavras, e que tipo de ações corporais, movimentos, tensão senti?
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    Assim, aprendemos a voltar atrás nessa onda e, lentamente, identificar
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    as causas e condições subjacentes que desencadearam essa onda específica.
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    Talvez alguém tenha dito algo que ativou em nós um sentimento de insegurança.
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    Desencadeou
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    uma memória da infância,
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    de algo agradável ou doloroso.
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    Talvez tenha sido uma imagem.
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    Um som, até um cheiro, uma palavra, um toque — um toque pode também despertar uma memória agradável ou dolorosa, uma experiência passada.
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    Um pensamento pode, sem dúvida, desencadear uma emoção.
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    E assim, aprendemos a estar conscientes de que podemos estar deprimidos durante tantos anos,
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    e, mesmo assim, sabermos tão pouco sobre essa emoção específica e sobre como ela nos afeta,
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    em termos de corpo, mente, dos nossos hábitos e comportamentos.
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    Nesse mesmo espírito, também podemos olhar para uma emoção como uma tempestade.
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    Mais uma vez, uma tempestade começa a formar-se.
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    Como
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    um ciclone, por exemplo,
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    numa certa zona
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    digamos na Florida,
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    ou na Califórnia.
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    Quando temos uma tempestade de chuva,
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    sabemos que ela começou noutro lugar — talvez na Costa Leste, ou mais a norte da Califórnia, ou mais a sul.
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    E vem subindo.
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    E assim...
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    Na tempestade,
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    aprendemos também sobre o olho da tempestade.
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    Quando casas e carros voam pelo ar, chuva intensa, água a subir...
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    tanta coisa a acontecer.
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    Mas no olho da tempestade,
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    há uma zona no centro da tempestade —
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    que pode ter até 30 quilómetros de raio — onde há calma e silêncio,
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    e quase nenhum efeito da tempestade se faz sentir.
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    Por isso,
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    também podemos olhar profundamente para as nossas emoções como uma tempestade:
    como é que ela se formou, quais as condições, quais as causas que a trouxeram?
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    E podemos ver como fomos arrastados pela tempestade — pelos nossos pensamentos, pela nossa fala, pelas ações do nosso corpo.
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    Também pelo ambiente exterior, pela presença de outras pessoas.
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    Certas pessoas, certas formas de estar ajudam-nos a ficar mais calmos.
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    Certas pessoas, certas formas desencadeiam em nós sentimentos...
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    de
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    perda de controlo, de confusão.
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    E assim observamos, e vemos que há momentos em que podemos estar no olho da tempestade.
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    Há formas de praticar para estarmos seguros no centro da tempestade,
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    em vez de sermos arrastados, feridos, e depois magoarmos os outros.
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    As emoções também podem ser vistas como um alimento, como nutrimento.
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    O Buda disse que nada sobrevive sem alimento.
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    Como é que surgiu a depressão?
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    Como surgiu a raiva?
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    Como é que a insegurança,
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    o ciúme, a dúvida, a suspeita,
  • 17:08 - 17:09
    surgiram?
  • 17:10 - 17:12
    Como temos alimentado
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    essas emoções?
  • 17:19 - 17:20
    Intencionalmente...
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    muitas vezes de forma não intencional.
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    Inconscientemente.
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    Mais uma vez,
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    aprendemos que a meia-vida
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    de uma hormona emocional
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    é de apenas 69 segundos.
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    Em 69 segundos,
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    a dose dessa hormona tem apenas metade da quantidade no nosso sangue.
  • 17:52 - 17:59
    Portanto, não deveria ter assim tanto efeito em nós após 69 segundos.
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    E, no entanto, como conseguimos ficar deprimidos durante dias, meses?
  • 18:06 - 18:11
    Como conseguimos viver com raiva ou ressentimento a vida inteira?
  • 18:14 - 18:16
    Algo está a alimentar
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    essa emoção.
  • 18:20 - 18:23
    E quando tiramos tempo para olhar profundamente
  • 18:24 - 18:28
    para dentro de nós, descobrimos:
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    Sim.
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    Tenho alimentado esta emoção com os meus pensamentos negativos.
  • 18:37 - 18:39
    Com as minhas visões negativas.
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    Com a minha fala
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    magoada.
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    Com as minhas
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    ações violentas,
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    impiedosas, prejudiciais.
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    É por isso que a minha emoção cresceu ao longo dos anos, tornou-se
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    mais amarga, mais zangada, mais deprimida, mais distante da vida.
  • 19:17 - 19:26
    É preciso muita coragem para olhar dentro de nós, para os nossos hábitos, e ver as coisas com mais clareza.
  • 19:28 - 19:29
    É difícil.
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    É desafiante fazer isso.
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    Mas, à medida que ganhamos compreensão
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    dos nossos próprios pensamentos, das nossas emoções,
  • 19:40 - 19:42
    vamos
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    mudando a forma como nos vemos.
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    Em vez de nos vermos como
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    vítimas
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    de
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    uma situação externa,
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    circunstância,
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    ou de uma emoção,
  • 20:02 - 20:06
    tornamo-nos mais proativos.
  • 20:07 - 20:09
    Vemos que temos uma escolha.
  • 20:09 - 20:12
    Quero alimentar esta emoção?
  • 20:14 - 20:16
    Porque, se não a alimentar,
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    ela não crescerá.
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    Quero intensificar esta onda?
  • 20:27 - 20:29
    Quero alimentar a tempestade?
  • 20:31 - 20:33
    Ou quero escolher a paz?
  • 20:34 - 20:45
    Quero escolher a harmonia dentro de mim, no meu corpo, na minha mente, nas minhas relações comigo mesmo e com os outros?
  • 20:45 - 20:49
    E assim, tornamo-nos muito mais proativos.
  • 20:50 - 20:56
    Aprendemos formas diferentes de cuidar melhor das nossas emoções.
  • 20:59 - 21:03
    As emoções também podem ser vistas como um hábito.
  • 21:05 - 21:12
    Embora a maioria de nós — senão todos — diga que queremos ser felizes,
  • 21:14 - 21:24
    se olharmos profundamente, veremos que muitas vezes nos aliamos às nossas emoções e pensamentos negativos.
  • 21:33 - 21:34
    Alimentamos
  • 21:35 - 21:46
    a negatividade através do nosso consumo diário — pelos olhos, ouvidos, nariz, boca, corpo e pensamentos.
  • 21:46 - 21:49
    E estamos viciados
  • 21:50 - 21:53
    nessas emoções negativas intensas.
  • 21:53 - 21:55
    Fisiologicamente,
  • 21:56 - 21:58
    é o que o nosso corpo conhece.
  • 21:58 - 22:01
    Está habituado a isso.
  • 22:02 - 22:06
    Psicologicamente, identificamo-nos com essas emoções.
  • 22:06 - 22:12
    "Eu sou a raiva", não apenas "estou zangado".
  • 22:12 - 22:14
    "Eu sou a tristeza."
  • 22:14 - 22:15
    "Esta tristeza é minha. Não lhe toques."
  • 22:16 - 22:17
    "Tu não a compreendes.
  • 22:18 - 22:19
    Tu não sabes
  • 22:20 - 22:21
    Tu não me conheces.
  • 22:22 - 22:23
    Não conheces a minha tristeza."
  • 22:24 - 22:26
    Era isso que eu costumava dizer aos meus amigos.
  • 22:27 - 22:32
    E assim, isolava-me e recolhia-me na minha tristeza,
  • 22:32 - 22:34
    na minha dor,
  • 22:36 - 22:46
    em vez de abrir o meu coração à vida, em vez de pedir ajuda,
    em vez de escolher ser feliz,
  • 22:47 - 22:49
    de procurar formas de ser feliz.
  • 22:50 - 22:55
    Portanto, as emoções são hábitos muito viciantes.
  • 22:58 - 22:59
    E...
  • 23:01 - 23:04
    eu trato todas as emoções de forma semelhante.
  • 23:06 - 23:14
    Seja tristeza, raiva, insegurança, ciúmes, etc.
  • 23:14 - 23:18
    podemos cuidar de todas elas de forma semelhante.
  • 23:18 - 23:22
    Primeiro que tudo, praticamos o reconhecimento simples.
  • 23:26 - 23:29
    A respiração consciente ajuda-nos imenso.
  • 23:29 - 23:32
    Então, vamos experimentar o som do sino.
  • 23:33 - 23:39
    Este é um sino grande da nossa Sala de Meditação “Oceano de Paz”.
  • 23:40 - 23:49
    Talvez já tenhas visto um sino mais pequeno com a mesma forma — em forma de taça — mas pequeno assim.
  • 23:50 - 23:52
    Este é um "convidador".
  • 23:52 - 23:55
    Pode ser apenas um pauzinho como este.
  • 23:59 - 24:01
    Vou acordar o sino.
  • 24:05 - 24:07
    [Meio Sino]
  • 24:09 - 24:12
    E quando convido o som do sino,
  • 24:12 - 24:15
    todos podemos voltar à nossa respiração.
  • 24:17 - 24:28
    Fazemos amizade com a inspiração tal como ela é, e amizade com a expiração tal como ela é.
  • 24:28 - 24:31
    Fazemos amizade com a respiração.
  • 24:32 - 24:34
    Sorrimos com a respiração.
  • 24:34 - 24:51
    [SINO]
  • 25:27 - 25:31
    O som do sino tem uma onda senoidal.
  • 25:40 - 25:44
    E o nosso padrão respiratório também é como uma onda.
  • 25:45 - 25:46
    Inspiração.
  • 25:49 - 25:50
    Expiração.
  • 25:52 - 25:53
    Inspiração.
  • 25:54 - 25:55
    Expiração.
  • 25:57 - 26:00
    Respiramos com essas ondas.
  • 26:02 - 26:03
    Aprendemos a sentar-nos direitos.
  • 26:05 - 26:08
    Como se um fio invisível nos puxasse suavemente da
  • 26:10 - 26:11
    cabeça para cima,
  • 26:12 - 26:17
    ajudando a nossa coluna a ficar direita e relaxada.
  • 26:18 - 26:20
    Abrimos os ombros.
  • 26:21 - 26:23
    Descansamos as palmas das mãos
  • 26:25 - 26:27
    sobre os joelhos,
  • 26:29 - 26:31
    ou simplesmente,
  • 26:32 - 26:34
    juntamos as palmas
  • 26:35 - 26:37
    uma sobre a outra assim,
  • 26:38 - 26:40
    descansando no colo.
  • 26:42 - 26:44
    Respiramos e sorrimos.
  • 26:47 - 26:49
    Olá, inspiração.
  • 26:50 - 26:51
    Olá,
  • 26:51 - 26:52
    expiração.
  • 26:53 - 26:55
    Respiramos assim por um tempo.
  • 26:57 - 26:59
    Depois,
  • 27:00 - 27:02
    quando vemos uma emoção,
  • 27:03 - 27:04
    dizemos:
    Olá,
  • 27:05 - 27:06
    raiva.
  • 27:08 - 27:09
    Sei que estás aí.
  • 27:11 - 27:12
    Respira comigo.
  • 27:13 - 27:14
    Estou a respirar contigo.
  • 27:17 - 27:21
    E, ao expirar, relaxamos essa emoção.
  • 27:22 - 27:27
    Trazemos mais espaço para essa emoção.
  • 27:28 - 27:30
    Mais relaxamento.
  • 27:32 - 27:38
    Na neurociência, falamos de modulação neural.
  • 27:40 - 27:43
    Quando estamos em tensão crónica,
  • 27:45 - 27:49
    por termos emoções fortes constantemente,
  • 27:50 - 27:51
    stress constante,
  • 27:53 - 27:58
    ou quando temos PTSD (perturbação de stress pós-traumático),
  • 27:59 - 28:03
    o sistema nervoso fica em desequilíbrio.
  • 28:04 - 28:10
    O sistema nervoso simpático está sempre ativado,
  • 28:11 - 28:12
    enquanto
  • 28:12 - 28:15
    o sistema nervoso parassimpático
  • 28:17 - 28:18
    fica silenciado.
  • 28:19 - 28:27
    E isso coloca-nos num estado de hipervigilância, de alerta constante.
  • 28:28 - 28:28
    Dia e noite.
  • 28:28 - 28:30
    O corpo fica tenso.
  • 28:30 - 28:40
    Os pensamentos correm, o coração bate mais depressa, a respiração acelera.
  • 28:40 - 28:41
    Estamos em constante
  • 28:44 - 28:45
    defesa.
  • 28:47 - 28:52
    Isto é uma resposta de stress — e é extremamente cansativa.
  • 28:54 - 28:55
    Exaustiva.
  • 28:56 - 28:57
    Muito exigente
  • 28:58 - 29:00
    em termos de energia.
  • 29:02 - 29:03
    Por isso
  • 29:03 - 29:06
    há tanta sabedoria
  • 29:07 - 29:08
    na meditação.
  • 29:10 - 29:16
    Porque quando nos sentamos direitos mas relaxados,
  • 29:17 - 29:20
    quando escutamos o som do sino,
  • 29:21 - 29:24
    ou o som da nossa própria respiração,
  • 29:25 - 29:27
    estamos a trazer equilíbrio.
  • 29:28 - 29:32
    Acalmamos o sistema nervoso simpático.
  • 29:33 - 29:36
    E o sistema parassimpático
  • 29:37 - 29:39
    começa a assumir um papel mais importante.
  • 29:40 - 29:42
    O parassimpático é o
  • 29:42 - 29:43
    sistema do relaxamento, do acalmar.
  • 29:46 - 29:47
    Só podemos
  • 29:48 - 29:53
    curar-nos quando o corpo e a mente estão relaxados,
  • 29:54 - 29:57
    em paz, quando nos sentimos seguros.
  • 29:58 - 30:02
    Só assim a energia pode ir para a cura,
  • 30:02 - 30:03
    para o descanso,
  • 30:04 - 30:05
    para a regeneração,
  • 30:06 - 30:07
    para o crescimento.
  • 30:08 - 30:12
    Mas se estamos constantemente em luta,
  • 30:13 - 30:17
    por dentro, então toda a nossa energia vai para a luta,
  • 30:17 - 30:18
    para a fuga,
  • 30:18 - 30:19
    ou para o isolamento.
  • 30:20 - 30:23
    E não há energia para crescer nem para sarar.
  • 30:24 - 30:32
    Portanto, todas as nossas práticas de mindfulness — desde ouvir o sino até ouvir a respiração,
  • 30:33 - 30:40
    caminhar com leveza na meditação caminhando, comer com atenção plena,
  • 30:41 - 30:43
    ou deitar-nos para um relaxamento profundo
  • 30:44 - 30:48
    cada uma dessas práticas
  • 30:51 - 30:53
    é um som de sino.
  • 30:53 - 30:55
    Vamos desfrutar dele.
  • 31:13 - 31:15
    Faz isto quando
  • 31:15 - 31:20
    ouvires o telemóvel tocar — o teu ou o de outra pessoa.
  • 31:21 - 31:22
    Basta respirar e sorrir.
  • 31:24 - 31:27
    Apenas por umas inspirações e expirações.
  • 31:28 - 31:32
    E isso é a prática da modulação neural.
  • 31:33 - 31:36
    Trazer de volta o equilíbrio
  • 31:37 - 31:40
    ao sistema nervoso autónomo.
  • 31:40 - 31:51
    A cada momento, podes ajudar a restaurar esse equilíbrio para que o teu corpo e mente estejam mais tranquilos, mais calmos, mais relaxados.
  • 31:53 - 31:59
    O sistema nervoso autónomo está sempre a analisar o ambiente:
  • 31:59 - 32:00
    "Estou seguro?"
  • 32:00 - 32:01
    "Estou bem?"
  • 32:03 - 32:05
    "Está tudo bem?"
  • 32:06 - 32:11
    Mas na minha prática, aprendi que na verdade…
  • 32:12 - 32:18
    felizmente, o meu ambiente é muito seguro no mosteiro.
  • 32:20 - 32:22
    E muitos dos lugares por onde passo,
  • 32:24 - 32:28
    o ambiente é na verdade pacífico e seguro.
  • 32:28 - 32:31
    As pessoas à minha volta são gentis.
  • 32:33 - 32:36
    É o meu sistema interno que
  • 32:38 - 32:39
    não está seguro.
  • 32:41 - 32:45
    São os meus próprios pensamentos que não são seguros para mim.
  • 32:45 - 32:52
    O meu diálogo interior é tão negativo e tão agressivo que
  • 32:53 - 32:56
    me faz sentir inseguro dentro de mim.
  • 32:57 - 33:05
    As minhas ações corporais também podem ser inseguras para mim próprio, quando não estou atento.
  • 33:05 - 33:12
    E por isso, precisamos de aprender a amar — a sermos seguros para nós mesmos.
  • 33:14 - 33:17
    Acalmar o sistema nervoso.
  • 33:18 - 33:19
    Voltar ao momento presente
  • 33:19 - 33:20
    e respirar.
  • 33:21 - 33:25
    Para que possamos sentir calma e segurança a partir de dentro.
  • 33:35 - 33:40
    Tenho este desenho maravilhoso de uma amiga da Europa.
  • 33:41 - 33:42
    Ela desenhou isto.
  • 33:43 - 33:47
    Normalmente, costumo falar sobre aprender a ser a nossa própria alma gémea.
  • 33:49 - 33:53
    Em vietnamita, a palavra para alma gémea é "tri kỷ".
  • 33:53 - 34:00
    "Tri" significa lembrar, conhecer, cuidar,
  • 34:01 - 34:02
    dominar.
  • 34:04 - 34:05
    T r i
  • 34:07 - 34:09
    "Kỷ"
  • 34:10 - 34:11
    significa a si mesmo.
  • 34:12 - 34:16
    Portanto, alma gémea é alguém que se lembra,
  • 34:16 - 34:17
    se conhece,
  • 34:17 - 34:20
    se cuida, se domina,
  • 34:21 - 34:22
    a ela própria,
  • 34:22 - 34:23
    a ele próprio,
  • 34:24 - 34:25
    a eles próprios,
  • 34:28 - 34:30
    Ela desenhou uma cobra
  • 34:32 - 34:38
    com a cauda enrolada em si mesma e escreveu:
  • 34:38 - 34:41
    "Sê a tua própria alma gémea."
  • 34:42 - 34:44
    Não é maravilhoso?
  • 34:45 - 34:46
    Sim,
  • 34:47 - 34:50
    a nossa emoção pode ser como uma cobra.
  • 34:51 - 34:56
    Pode morder-nos pela frente ou pelas costas.
  • 34:57 - 34:58
    Pode ferir-nos.
  • 34:59 - 35:02
    Mas a nossa emoção é também a nossa própria criança
  • 35:03 - 35:04
    — que nós
  • 35:05 - 35:09
    alimentámos e cuidámos durante tantos anos.
  • 35:10 - 35:14
    E por isso ela cresceu assim.
  • 35:14 - 35:18
    Por isso, aprendemos a tornar-nos amigos da nossa emoção.
  • 35:19 - 35:22
    A envolver a cobra com cuidado.
  • 35:23 - 35:25
    Com a nossa respiração consciente.
  • 35:26 - 35:28
    Com o nosso sorriso.
  • 35:28 - 35:30
    Com a nossa fala amorosa.
  • 35:30 - 35:31
    "Olá, tristeza.
  • 35:31 - 35:33
    Sei que estás aí.
  • 35:34 - 35:36
    Estou aqui para ti."
  • 35:38 - 35:39
    "Olá, dor.
  • 35:40 - 35:42
    Estás aqui há muito tempo.
  • 35:43 - 35:44
    Está tudo bem.
  • 35:44 - 35:45
    Estou aqui contigo."
  • 35:46 - 35:51
    E quando envolves a tua emoção com a tua respiração,
  • 35:51 - 35:56
    com o teu relaxamento, com o teu amor, com a tua ternura
  • 35:57 - 36:03
    ela também relaxa.
    E torna-se mais espaçosa, mais tranquila.
  • 36:04 - 36:10
    E isso é aprender a ser a alma gémea das nossas emoções fortes.
  • 36:11 - 36:14
    Sejam agradáveis ou desagradáveis.
  • 36:15 - 36:20
    Não agarres umas e rejeites outras.
  • 36:20 - 36:25
    Aprende a tratá-las todas com ternura e equanimidade.
  • 36:26 - 36:28
    E vais ver milagres a acontecerem.
  • 36:30 - 36:34
    Sê a alma gémea da tua respiração.
  • 36:34 - 36:41
    Conhece o teu padrão respiratório — porque respiras de maneira diferente com emoções diferentes.
  • 36:42 - 36:46
    Por isso, quando estás consciente da tua respiração,
  • 36:47 - 36:52
    ela diz-te em que estado emocional te encontras.
  • 36:54 - 36:55
    Sabias que
  • 36:56 - 36:59
    a mente não consegue pensar sem o corpo?
  • 37:01 - 37:03
    O cérebro não
  • 37:05 - 37:07
    consegue agir sem o corpo.
  • 37:07 - 37:09
    Quando pensas numa palavra,
  • 37:10 - 37:10
    por exemplo:
  • 37:12 - 37:13
    "ácido"
  • 37:13 - 37:14
    "tamarindo"
  • 37:14 - 37:15
    "ácido"
  • 37:17 - 37:18
    Engoliste em seco?
  • 37:20 - 37:23
    Mas só de pensares em algo ácido…
  • 37:25 - 37:26
    o corpo responde.
  • 37:28 - 37:29
    Seja qual for o pensamento
  • 37:31 - 37:32
    que surge,
  • 37:33 - 37:37
    movimentos corporais que o acompanham
  • 37:39 - 37:42
    e podemos nem estar conscientes deles.
  • 37:42 - 37:47
    Um pensamento vem sempre com uma emoção.
  • 37:47 - 37:51
    E essa emoção vem com movimentos no corpo.
  • 37:53 - 37:55
    Eles andam sempre juntos.
  • 37:58 - 38:01
    Podemos não estar conscientes do pensamento.
  • 38:03 - 38:07
    Mas podemos estar mais conscientes da sensação.
  • 38:09 - 38:10
    E o corpo —
  • 38:11 - 38:12
    esse é o
  • 38:13 - 38:17
    mais visível, o mais perceptível.
  • 38:19 - 38:22
    As sensações surgem
  • 38:23 - 38:24
    com os pensamentos,
  • 38:24 - 38:25
    com as emoções.
  • 38:26 - 38:29
    Há sempre movimentos corporais e sensações.
  • 38:29 - 38:36
    Por isso, podemos aprender a estar atentos a esses sinais — para os identificar, momento a momento
  • 38:36 - 38:43
    e assim entrar em contacto com os nossos pensamentos e emoções, e poder relaxá-los.
  • 38:44 - 38:47
    Isso é aprender a ser a alma gémea do nosso
  • 38:48 - 38:56
    corpo e da nossa mente — e cuidar deles de forma eficaz.
  • 38:58 - 39:07
    Outra prática — porque já vimos que as emoções são alimentadas, não é? Como uma onda, como uma tempestade,
  • 39:08 - 39:11
    como alimento, como hábito…
  • 39:12 - 39:16
    Então, aprendemos a ver como estamos a alimentá-las.
  • 39:17 - 39:21
    O Buda ensinou sobre os quatro tipos de diligência.
  • 39:23 - 39:26
    Os dois primeiros tipos têm a ver com...
  • 39:27 - 39:31
    Lidamos com as sementes positivas dentro de nós.
  • 39:33 - 39:34
    E os outros dois,
  • 39:34 - 39:39
    Lidamos com as tendências ou sementes negativas dentro de nós.
  • 39:40 - 39:46
    Por exemplo, temos a semente, o gene da alegria, da felicidade,
  • 39:47 - 39:49
    da positividade.
  • 39:50 - 39:51
    Então,
  • 39:52 - 39:59
    rega-as, cuida delas, dá origem a pensamentos positivos, fala e ações corporais alinhadas.
  • 40:00 - 40:04
    Cultivamo-las, convidamo-las a surgir com mais frequência.
  • 40:06 - 40:08
    E quando surgem,
  • 40:09 - 40:11
    despertamos a consciência.
  • 40:12 - 40:18
    Porque se estamos felizes e não temos consciência de que estamos felizes, essa felicidade vem e vai.
  • 40:19 - 40:26
    Mas se estamos felizes e despertamos a consciência — "estou feliz neste momento" —,
  • 40:26 - 40:32
    "que afortunado(a) sou por ter estas condições de felicidade",
  • 40:32 - 40:41
    então sentimos essa felicidade de forma mais profunda, ela durará mais tempo, e saberemos como convidá-la a voltar.
  • 40:42 - 40:48
    Sabemos como transformar um sentimento neutro, como: "ah, não tenho nada para fazer",
  • 40:48 - 40:50
    "nada está a acontecer neste momento",
  • 40:50 - 40:51
    podemos transformar isso
  • 40:52 - 40:58
    num sentimento feliz ao pensar: "é tão maravilhoso",
  • 40:58 - 41:00
    "não tenho nada para fazer agora",
  • 41:00 - 41:05
    "posso simplesmente sentar-me, relaxar e apreciar o céu azul",
  • 41:06 - 41:07
    "não tenho dores neste momento",
  • 41:08 - 41:15
    "estou tão grato(a) pelo meu corpo, pela sua capacidade de cura e transformação".
  • 41:15 - 41:15
    Percebes?
  • 41:15 - 41:19
    Podes transformar um sentimento neutro num bom sentimento.
  • 41:21 - 41:28
    Portanto, regar as sementes positivas e ajudar a mantê-las
  • 41:28 - 41:34
    a manifestar-se nos nossos pensamentos, na nossa fala e no nosso corpo com mais frequência no dia a dia.
  • 41:36 - 41:39
    Os outros dois tipos de diligência:
  • 41:40 - 41:41
    Ajudamos
  • 41:41 - 41:43
    as sementes negativas.
  • 41:43 - 41:49
    Se ainda não emergiram, não as regues, não as convides a vir à tona.
  • 41:49 - 41:51
    Não vejas filmes
  • 41:52 - 41:58
    que despertem violência, medo ou trauma em nós.
  • 42:01 - 42:02
    Dramas são
  • 42:03 - 42:04
    traumas.
  • 42:05 - 42:07
    Gostamos muito de dramas.
  • 42:08 - 42:09
    Dramas nas nossas próprias vidas.
  • 42:09 - 42:11
    Nas vidas das outras pessoas.
  • 42:11 - 42:15
    Nas vidas de príncipes, rainhas e reis.
  • 42:15 - 42:22
    Gostamos de regar dramas, mas sabemos que dramas são traumas.
  • 42:22 - 42:27
    Porque quando estamos expostos a todos esses dramas,
  • 42:28 - 42:35
    cada pensamento que surge estará associado a uma ação corporal.
  • 42:36 - 42:48
    Hormonas — hormonas emocionais — serão libertadas, e isso vai acumular-se e dar origem a tensão no corpo e negatividade.
  • 42:48 - 42:50
    Tensão nos nossos pensamentos e sentimentos.
  • 42:51 - 43:00
    Por isso, não os convides a vir à tona, se forem negativos, e quando vierem, como a raiva ou o ciúme, não os regues.
  • 43:02 - 43:05
    Porque então ficarão mais fortes na base.
  • 43:09 - 43:12
    Temos dois ideogramas chineses maravilhosos.
  • 43:16 - 43:17
    Este
  • 43:17 - 43:18
    é
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    ‘nhàn’ —
  • 43:20 - 43:22
    significa lazer.
  • 43:23 - 43:24
    Paz.
  • 43:26 - 43:31
    Este ideograma chinês aqui é ‘náo’ — significa caos.
  • 43:32 - 43:38
    Agora, se olharmos para estes ideogramas, ambos têm estas duas portas.
  • 43:39 - 43:40
    ‘Môn’
  • 43:40 - 43:41
    Ok
  • 43:41 - 43:42
    Duas portas.
  • 43:44 - 43:48
    Qual é a diferença entre lazer, paz e caos?
  • 43:49 - 43:52
    Está mesmo aqui, no portão.
  • 43:52 - 43:53
    Na porta.
  • 43:54 - 43:55
    Este representa a lua.
  • 43:56 - 43:57
    ‘nguyệt’
  • 43:58 - 44:02
    E este é o ideograma para o mercado.
  • 44:04 - 44:18
    Agora, podemos considerar os nossos olhos como estas duas portas, os ouvidos, o nariz, a boca, o corpo, os pensamentos.
  • 44:20 - 44:28
    Devemos ter a porta da atenção plena a guardar o que entra pelos nossos órgãos dos sentidos.
  • 44:30 - 44:33
    O que entra no nosso pensamento.
  • 44:34 - 44:41
    Porque se trazemos mais pensamentos positivos, pensamentos de amor,
  • 44:42 - 44:45
    então teremos paz e lazer.
  • 44:46 - 44:57
    Mas se constantemente trazemos o caos para o nosso consumo — através dos olhos, dos ouvidos, do nariz, da boca, do corpo, dos pensamentos —
  • 44:57 - 45:03
    é o mercado que trazemos para dentro de nós, para o nosso corpo e mente.
  • 45:04 - 45:06
    Então, claro que teremos caos.
  • 45:07 - 45:09
    A nossa vida será caótica.
  • 45:10 - 45:14
    O mundo será caótico como resultado.
  • 45:17 - 45:18
    Portanto,
  • 45:19 - 45:23
    estes são os dois primeiros tipos de diligência — regar as boas sementes.
  • 45:24 - 45:31
    E nestes dois, temos de nos perguntar no nosso dia a dia: como é que regamos...
  • 45:31 - 45:34
    Como é que alimentamos o caos?
  • 45:36 - 45:45
    E se vires o vídeo em que falamos sobre os Cinco Treinamentos da Atenção Plena, também aprenderás mais sobre o consumo.
  • 45:46 - 45:55
    O consumo com atenção plena vai ajudar-nos a trazer paz, lazer e alegria para a nossa vida, em vez de caos.
  • 45:55 - 46:01
    Espero que te lembres disto quando fores à loja.
  • 46:01 - 46:02
    Quando estiveres
  • 46:03 - 46:05
    a ouvir música.
  • 46:05 - 46:10
    Quando estiveres numa conversa — faz uma pausa mental.
  • 46:10 - 46:16
    Para só por um momento e pergunta a ti próprio(a): o que estou a regar?
  • 46:17 - 46:20
    Estou a trazer o mercado para dentro de mim?
  • 46:21 - 46:22
    Para a minha vida?
  • 46:23 - 46:25
    Ou estou a trazer a lua?
  • 46:35 - 46:40
    Através das imagens que usei sobre as emoções.
  • 46:40 - 46:44
    É uma tempestade, uma onda, uma comida, um hábito.
  • 46:46 - 46:53
    E também aprendemos que uma hormona emocional dura apenas 69 segundos.
  • 46:55 - 47:00
    Ora, vemos que as emoções são impermanentes.
  • 47:02 - 47:04
    Às vezes, quando sentimos uma emoção intensa,
  • 47:06 - 47:07
    parece que
  • 47:08 - 47:10
    vai durar para sempre.
  • 47:10 - 47:13
    Que é a nossa vida inteira.
  • 47:15 - 47:21
    E porque parece tão permanente, às vezes torna-se tão insuportável
  • 47:22 - 47:25
    que pensamos em escapar dela
  • 47:26 - 47:28
    por todos os meios possíveis.
  • 47:30 - 47:31
    Seja
  • 47:32 - 47:33
    procurando entretenimento,
  • 47:34 - 47:37
    enterrando-nos no trabalho,
  • 47:39 - 47:41
    fugindo através de relações,
  • 47:41 - 47:42
    do sexo,
  • 47:43 - 47:44
    das drogas,
  • 47:46 - 47:47
    ou
  • 47:47 - 47:49
    tirando a própria vida.
  • 47:50 - 47:51
    Porque
  • 47:52 - 47:54
    é tão insuportável.
  • 47:57 - 48:01
    Mas só parece permanente porque a alimentamos.
  • 48:04 - 48:05
    Por isso, aprendemos
  • 48:06 - 48:07
    a...
  • 48:08 - 48:12
    Quando nos sentimos tristes, deitados,
  • 48:13 - 48:14
    respirar.
  • 48:15 - 48:18
    Sentir o subir e descer do ventre.
  • 48:20 - 48:22
    Falar com essa emoção com ternura:
  • 48:22 - 48:23
    "Eu sei que estás aí.
  • 48:23 - 48:26
    Ajuda-me a cuidar melhor de ti.
  • 48:26 - 48:29
    Minha querida tristeza, minha querida dor."
  • 48:30 - 48:31
    Sentar-nos.
  • 48:33 - 48:35
    Sentar numa posição ereta.
  • 48:37 - 48:40
    Trazer a mente de volta à respiração.
  • 48:42 - 48:49
    Estamos a trazer equilíbrio ao sistema nervoso simpático e parassimpático.
  • 48:51 - 48:52
    Sair do quarto escuro.
  • 48:53 - 48:56
    Desligar a televisão.
  • 48:56 - 48:57
    Desligar o computador.
  • 48:58 - 49:00
    Sair para o exterior.
  • 49:01 - 49:02
    Ir a um parque.
  • 49:03 - 49:04
    Andar.
  • 49:04 - 49:05
    Pelo teu bairro.
  • 49:05 - 49:07
    Pelo teu quintal.
  • 49:08 - 49:10
    Sentar-te junto a uma árvore.
  • 49:11 - 49:12
    Uma árvore grande.
  • 49:12 - 49:14
    Abraçar uma árvore.
  • 49:14 - 49:16
    Deitar-te sobre a terra.
  • 49:16 - 49:20
    E respirar, sentir o subir e descer do teu ventre.
  • 49:22 - 49:29
    Pressionar contra a árvore, contra a terra, sentindo cada vez mais espaço.
  • 49:30 - 49:34
    Já não há fronteira entre o teu corpo e o que te rodeia.
  • 49:35 - 49:37
    Tornar-te mais espaçoso, mais aberta.
  • 49:38 - 49:41
    E sabes que essa onda de emoção intensa...
  • 49:41 - 49:43
    vai acalmar.
  • 49:44 - 49:47
    A tempestade vai passar.
  • 49:49 - 49:50
    E a emoção,
  • 49:52 - 49:53
    quando repetida
  • 49:54 - 49:56
    vez após vez,
  • 49:58 - 50:04
    fica tão enraizada no nosso cérebro, em cada célula do nosso corpo.
  • 50:05 - 50:09
    As redes neuronais são como autoestradas.
  • 50:10 - 50:15
    Basta um único gatilho, e vais diretamente para lá.
  • 50:17 - 50:19
    Os neurotransmissores são libertados.
  • 50:19 - 50:24
    A frequência cardíaca, a respiração, todo o corpo,
  • 50:24 - 50:27
    todo o modo de pensar, de falar, de agir,
  • 50:29 - 50:30
    vão imediatamente para aí.
  • 50:34 - 50:35
    Por isso, precisamos de
  • 50:36 - 50:39
    aprender a voltar à respiração.
  • 50:41 - 50:43
    Ir dar um passeio.
  • 50:43 - 50:46
    Correr devagar ou depressa.
  • 50:48 - 50:49
    Mudar o disco.
  • 50:49 - 50:50
    Mudar o CD.
  • 50:51 - 50:52
    Mudar a música.
  • 50:53 - 50:56
    Não tens de ficar presa(o) naquela música.
  • 50:58 - 50:59
    Mudar o ambiente.
  • 50:59 - 51:02
    Alguns ambientes
  • 51:02 - 51:03
    não são bons para nós.
  • 51:03 - 51:05
    Não nos nutrem.
  • 51:05 - 51:07
    Porque é que temos de ficar lá?
  • 51:07 - 51:15
    Porque é que temos de ir ter com pessoas que nos fazem sentir inseguros e diminuídos?
  • 51:16 - 51:22
    Escolhe amigos que acreditam em ti, que te mostram o caminho,
  • 51:22 - 51:25
    que te levam à prática.
  • 51:27 - 51:29
    Há tantas formas.
  • 51:30 - 51:31
    Faz yoga.
  • 51:34 - 51:35
    Os jovens de hoje em dia
  • 51:37 - 51:38
    estão presos
  • 51:40 - 51:43
    aos dispositivos eletrónicos.
  • 51:45 - 51:49
    Só usam a visão central.
  • 51:50 - 51:51
    Assim.
  • 51:53 - 51:54
    Já não olhamos à volta.
  • 51:55 - 51:58
    Já não vemos o que está a acontecer à nossa volta.
  • 51:59 - 52:00
    Apenas isto.
  • 52:01 - 52:04
    O que está no ecrã não é a vida.
  • 52:05 - 52:07
    Podes avançar, recuar, repetir.
  • 52:08 - 52:09
    Está ali.
  • 52:10 - 52:11
    Mas não é real.
  • 52:13 - 52:18
    O que é real é o que se passa no nosso corpo agora,
  • 52:18 - 52:21
    e tudo à nossa volta, no mundo.
  • 52:22 - 52:24
    Pousa esses dispositivos.
  • 52:25 - 52:26
    Tenho uma sobrinha.
  • 52:26 - 52:28
    Ela tem apenas dez anos.
  • 52:31 - 52:34
    Já tem miopia severa.
  • 52:35 - 52:36
    Tem astigmatismo
  • 52:37 - 52:39
    severo.
  • 52:41 - 52:44
    E, aparentemente, crianças em todo o mundo,
  • 52:45 - 52:46
    agora
  • 52:47 - 52:51
    50%, 60%, 70% delas,
  • 52:53 - 52:59
    estão a desenvolver miopia e astigmatismo precoces.
  • 53:01 - 53:05
    Porque já não brincam ao ar livre.
  • 53:05 - 53:09
    A luz do sol é importante para o desenvolvimento da visão.
  • 53:11 - 53:15
    É importante para o desenvolvimento de todo o corpo e da mente.
  • 53:17 - 53:19
    Mas as crianças estão dentro de casa.
  • 53:19 - 53:20
    Porque nós...
  • 53:22 - 53:30
    Elas são entretidas com aparelhos eletrónicos para que nós, os adultos, possamos trabalhar.
  • 53:31 - 53:39
    E assim, elas ficam tão focadas — focadas em demasia — que isso afeta o desenvolvimento dos seus olhos.
  • 53:40 - 53:46
    E não é só a miopia severa ou o astigmatismo que são perigosos.
  • 53:47 - 53:51
    Essas condições aumentam o risco de descolamento da retina,
  • 53:52 - 53:54
    degeneração macular,
  • 53:56 - 54:01
    glaucoma — condições que podem levar à cegueira.
  • 54:02 - 54:10
    Fico tão triste sempre que penso nisto — na minha sobrinha e nas crianças de todo o mundo.
  • 54:11 - 54:18
    Por isso, como adultos, o nosso estilo de vida, a forma como usamos os aparelhos eletrónicos,
  • 54:18 - 54:25
    a forma como cuidamos — ou não cuidamos — das nossas emoções, dos nossos pensamentos, do nosso corpo e da nossa mente,
  • 54:26 - 54:28
    isso é a nossa herança.
  • 54:28 - 54:30
    Esse é o nosso legado.
  • 54:31 - 54:32
    Para os nossos filhos.
  • 54:33 - 54:34
    Eles observam-nos.
  • 54:34 - 54:36
    Observam-nos e aprendem connosco.
  • 54:36 - 54:39
    E repetem o mesmo ciclo.
  • 54:40 - 54:47
    Por isso, precisamos de saber como ajudá-los, como alimentá-los — e como ajudá-los a alimentar-se a si próprios de forma mais positiva.
  • 54:48 - 54:52
    Para que possam ter uma melhor saúde mental.
  • 54:53 - 54:56
    Para que saibam cuidar das suas emoções fortes.
  • 54:57 - 54:58
    Como amigas.
  • 55:00 - 55:02
    Como almas gémeas.
  • 55:04 - 55:09
    Tudo aquilo que é repetido por muito tempo transforma-se em hábito.
  • 55:11 - 55:13
    Torna-se um vício.
  • 55:14 - 55:15
    E o hábito
  • 55:16 - 55:19
    torna-se personalidade.
  • 55:21 - 55:24
    Eu digo isto aos adolescentes, sabes?
  • 55:26 - 55:27
    O que tu repetes
  • 55:28 - 55:32
    os jogos, o uso excessivo da eletrónica
  • 55:33 - 55:34
    isso torna-se o teu hábito.
  • 55:36 - 55:38
    E esse hábito torna-se a tua personalidade.
  • 55:40 - 55:41
    “Ah, eu sou assim.”
  • 55:41 - 55:42
    “É assim que eu sou.”
  • 55:42 - 55:44
    “É quem eu sou.”
  • 55:45 - 55:48
    E a personalidade leva ao nosso destino.
  • 55:52 - 56:06
    Por isso, meus queridos, espero que esta partilha breve vos possa trazer alguma clareza sobre as vossas emoções — e que também vos ajude
  • 56:09 - 56:12
    a iniciar uma jornada de autoexploração,
  • 56:13 - 56:14
    de autocura.
  • 56:15 - 56:22
    Às vezes, estamos tão habituados a uma emoção que nem conseguimos
  • 56:23 - 56:27
    imaginar como seria a vida sem ela.
  • 56:27 - 56:32
    E até resistimos à paz e à felicidade.
  • 56:33 - 56:39
    Mas posso garantir-vos, posso assegurar-vos,
  • 56:39 - 56:46
    que à medida que praticamos abraçar, transformar e curar essas emoções,
  • 56:48 - 56:52
    o espaço abre-se para a vida.
  • 56:54 - 56:55
    Poderás estar com
  • 56:55 - 56:59
    o que aconteceu na tua infância,
  • 57:01 - 57:02
    na tua vida.
  • 57:03 - 57:09
    Poderás acolhê-lo sem seres arrastado(a) por ele.
  • 57:09 - 57:14
    Poderás olhar para a tua vida com ternura e gratidão.
  • 57:16 - 57:18
    Porque aprendeste com ela.
  • 57:20 - 57:22
    Poderás viver a tua vida.
  • 57:22 - 57:24
    Isto é tudo o que temos.
  • 57:24 - 57:28
    Cada momento presente é o que temos.
  • 57:30 - 57:32
    Ele carrega o passado e o futuro,
  • 57:33 - 57:35
    aqui e agora.
  • 57:35 - 57:39
    E podemos segurar este momento presente,
  • 57:40 - 57:43
    como uma alma gémea do agora,
  • 57:43 - 57:50
    e assim, podemos curar e transformar o passado, e influenciar o futuro de forma positiva.
  • 57:52 - 58:04
    Podemos voltar a confiar, a acreditar na nossa capacidade de estar com o que foi, com o que é e com o que virá.
  • 58:04 - 58:07
    E isso é uma felicidade profunda, muito profunda.
  • 58:07 - 58:10
    É um grande poder.
  • 58:13 - 58:16
    Desfruta de ser uma alma gémea a partir de dentro,
  • 58:16 - 58:18
    meus queridos.
Title:
Befriend your Strong Emotions | with Sister Dang Nghiem
Description:

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Video Language:
English
Duration:
59:22

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