< Return to Video

Como a IA está a tornar mais fácil diagnosticar doenças

  • 0:01 - 0:05
    Hoje em dia, os algoritmos de computadores
    desempenham tarefas incríveis
  • 0:05 - 0:08
    com grande precisão, em grande escala,
  • 0:08 - 0:10
    utilizando uma inteligência
    parecida com a humana.
  • 0:10 - 0:14
    Esta inteligência dos computadores
    é frequentemente chamada IA,
  • 0:14 - 0:16
    ou seja, inteligência artificial.
  • 0:16 - 0:20
    É previsto que a IA tenha, no futuro,
    um enorme impacto na nossa vida.
  • 0:21 - 0:25
    Porém, hoje em dia, ainda
    enfrentamos desafios enormes
  • 0:25 - 0:28
    na detecção e diagnóstico
    de muitas doenças letais,
  • 0:29 - 0:31
    tais como doenças infecciosas e cancro.
  • 0:32 - 0:34
    Milhares de doentes, todos os anos,
  • 0:34 - 0:38
    perdem a vida devido
    a um cancro do fígado ou da boca.
  • 0:38 - 0:41
    A melhor maneira
    de ajudar esses doentes
  • 0:41 - 0:45
    é realizar a detecção e o diagnóstico
    dessas doenças mais cedo.
  • 0:46 - 0:50
    Então, como detectamos essas doenças
    e como a IA pode ajudar?
  • 0:52 - 0:56
    Em doentes em quem, infelizmente,
    haja suspeitas dessas doenças,
  • 0:56 - 0:58
    um médico especialista pede, primeiro,
  • 0:58 - 1:01
    uma qualquer tecnologia dispendiosa
    de imagiologia médica,
  • 1:01 - 1:05
    como a imagiologia por fluorescência,
    um TC, ou um MRI.
  • 1:05 - 1:07
    Depois de colhidas essas imagens,
  • 1:07 - 1:12
    outro especialista faz o diagnóstico
    das imagens e fala com o doente.
  • 1:13 - 1:16
    Como podem ver, este é
    um processo muito dispendioso
  • 1:16 - 1:20
    que requer médicos especialistas,
    tecnologia de imagiologia médica cara
  • 1:20 - 1:24
    e não é considerado prático
    para os países em desenvolvimento.
  • 1:24 - 1:27
    O mesmo acontece
    com as nações industrializadas.
  • 1:28 - 1:31
    Podemos resolver isto
    com a inteligência artificial?
  • 1:32 - 1:36
    Hoje, se eu fosse usar arquitecturas
    tradicionais de inteligência artificial
  • 1:36 - 1:37
    para resolver este problema,
  • 1:37 - 1:39
    seriam necessárias dez mil
  • 1:39 - 1:43
    — repito, cerca de dez mil —
    dessas imagens médicas muito caras
  • 1:43 - 1:44
    só para serem geradas.
  • 1:44 - 1:47
    Depois disso, iria
    a um médico especialista,
  • 1:47 - 1:49
    que analisaria essas imagens.
  • 1:50 - 1:52
    Usando estes dois bocados de informações,
  • 1:52 - 1:55
    posso treinar uma rede neural profunda
    ou uma rede de aprendizagem profunda
  • 1:55 - 1:58
    para fazer os diagnósticos a doentes.
  • 1:58 - 1:59
    Tal como a primeira abordagem,
  • 1:59 - 2:02
    a abordagem tradicional
    da inteligência artificial
  • 2:02 - 2:03
    passa pelo mesmo problema.
  • 2:03 - 2:06
    Uma grande quantidade de dados,
    médicos especialistas
  • 2:06 - 2:08
    e especialistas
    de tecnologias de imagiologia.
  • 2:09 - 2:12
    Será que podemos inventar
    arquitecturas de IA
  • 2:12 - 2:16
    mais evolutivas, mais eficazes
    e mais valiosas,
  • 2:16 - 2:19
    para resolver esses problemas
    importantes que hoje enfrentamos?
  • 2:19 - 2:22
    É exactamente isto o que faz
    o meu grupo no MIT Media Lab.
  • 2:22 - 2:26
    Inventámos uma variedade
    de arquitecturas IA pouco ortodoxas
  • 2:26 - 2:29
    para resolver alguns dos desafios
    mais importantes que temos hoje
  • 2:29 - 2:32
    em imagiologia médica e testes clínicos.
  • 2:32 - 2:36
    No exemplo que partilho aqui
    tínhamos dois objetivos.
  • 2:36 - 2:39
    O nosso primeiro objectivo era
    reduzir o número de imagens
  • 2:39 - 2:42
    necessárias para treinar o algoritmo
    da inteligência artificial.
  • 2:42 - 2:44
    No segundo objetivo fomos mais ambiciosos.
  • 2:44 - 2:48
    Queríamos reduzir o uso de tecnologia
    de imagiologia médica cara
  • 2:48 - 2:49
    para examinar doentes.
  • 2:49 - 2:51
    Então, como o fizemos?
  • 2:51 - 2:52
    No primeiro objectivo,
  • 2:52 - 2:54
    em vez de começarmos
    com dezenas e milhares
  • 2:54 - 2:57
    destas imagens médicas caras,
    como a IA tradicional,
  • 2:57 - 2:59
    começámos com uma única imagem médica.
  • 2:59 - 3:03
    A partir desta imagem, a minha equipa e eu
    encontrámos uma forma inteligente
  • 3:03 - 3:06
    de extrair milhares de milhões
    de pacotes de informações.
  • 3:06 - 3:10
    Estes pacotes de informações
    incluíam cores, pixeis, geometria
  • 3:10 - 3:12
    e a apresentação da doença
    na imagem médica.
  • 3:12 - 3:17
    Ou seja, convertemos uma imagem
    em milhares de milhões de pontos de dados,
  • 3:17 - 3:20
    reduzindo massivamente o número
    de dados necessários para o treino.
  • 3:20 - 3:21
    Para o segundo objectivo
  • 3:21 - 3:24
    — reduzir o uso da tecnologia
    de imagiologia médica cara
  • 3:24 - 3:25
    para examinar doentes —
  • 3:25 - 3:28
    começámos com uma fotografia
    normal, com luz natural,
  • 3:28 - 3:32
    tirada por uma câmara DSLR
    ou um telemóvel, para o doente.
  • 3:32 - 3:35
    Lembram-se dos milhares de milhões
    de pacotes de informações?
  • 3:35 - 3:38
    Nós sobrepomos esses pacotes
    da imagem médica nesta imagem,
  • 3:39 - 3:41
    criando algo a que chamamos
    uma imagem composta.
  • 3:41 - 3:45
    Para nossa surpresa,
    só precisámos de 50
  • 3:45 - 3:46
    — repito, só 50 —
  • 3:46 - 3:50
    dessas imagens compostas para
    treinar o algoritomo para alta eficiência.
  • 3:51 - 3:52
    Para resumir a nossa abordagem,
  • 3:52 - 3:55
    em vez de usarmos 10 000
    imagens médicas muito caras,
  • 3:55 - 3:58
    podemos treinar o algoritmo
    da IA, de uma forma pouco ortodoxa,
  • 3:58 - 4:03
    usando apenas 50 destas fotos
    normais, mas de alta resolução
  • 4:03 - 4:05
    tiradas por uma câmara DSLR
    ou um telemóvel,
  • 4:05 - 4:07
    e providenciando o diagnóstico.
  • 4:07 - 4:08
    Mais importante,
  • 4:08 - 4:11
    o nosso algoritmo pode aceitar,
    no futuro e até mesmo agora,
  • 4:11 - 4:14
    algumas fotografias simples
    à luz normal, do doente,
  • 4:14 - 4:17
    em vez da tecnologia
    de imagiologia médica cara.
  • 4:17 - 4:20
    Acredito que estamos
    preparados a entrar numa era
  • 4:20 - 4:22
    em que a inteligência artificial
  • 4:22 - 4:25
    vai ter um incrível impacto
    no nosso futuro.
  • 4:25 - 4:27
    Acho que pensar na IA tradicional
  • 4:27 - 4:30
    que é rica em dados
    mas pobre em aplicações,
  • 4:30 - 4:32
    devíamos continuar a pensar
  • 4:32 - 4:35
    em arquitecturas pouco
    ortodoxas para a inteligência artificial
  • 4:35 - 4:37
    que aceitem pequenas quantias de dados
  • 4:37 - 4:40
    e resolvam problemas importantes
    que enfrentamos hoje em dia,
  • 4:40 - 4:41
    sobretudo nos cuidados de saúde.
  • 4:41 - 4:42
    Muito obrigado.
  • 4:42 - 4:46
    (Aplausos)
Title:
Como a IA está a tornar mais fácil diagnosticar doenças
Speaker:
Pratik Shah
Description:

Hoje em dia o algoritmo da IA requer dezenas de milhares de dispendiosas imagens médicas para detectar a doença de um doente. E se pudéssemos reduzir drasticamente a quantidade de dados necessários para treinar a IA, obtendo diagnósticos de baixo custo e mais eficazes? O TED Fellow Pratik Shah está a trabalhar numa tecnologia que requer apenas 50 imagens para criar um algoritmo funcional — e até pode usar fotos tiradas pelos telemóveis dos médicos para fazer um diagnóstico. Saibam mais sobre como esta nova forma de analisar informações médicas poderá conduzir a uma detecção mais rápida de doenças de risco de vida e fazer diagnósticos assistidos por IA para mais cuidados de saúde em todo o mundo.

more » « less
Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDTalks
Duration:
04:59

Portuguese subtitles

Revisions