Em quem o resto do mundo votaria nas eleições do seu país?
-
0:00 - 0:02Como muitos de vocês sabem,
-
0:02 - 0:05os resultados da recente eleição
nos EUA foram os seguintes: -
0:05 - 0:10Hillary Clinton, a candidata Democrata
teve uma vitória esmagadora -
0:10 - 0:12com 52 % do total dos votos.
-
0:13 - 0:15Jill Stein, a candidata "Verde",
-
0:15 - 0:17chegou distante, em segundo, com 19%.
-
0:18 - 0:23Donald J. Trump, candidato Republicano,
veio logo atrás dela com 14%, -
0:24 - 0:27e o restante dos votos foram
compartilhados entre abstenções -
0:27 - 0:30e Gary Johnson, o candidato "Libertário".
-
0:33 - 0:35(Risos)
-
0:36 - 0:40Em que universo paralelo
vocês acham que eu vivo? -
0:41 - 0:43Bem, eu não vivo num universo paralelo.
-
0:43 - 0:47Eu vivo no mundo e é assim
que o mundo votou. -
0:47 - 0:50Deixem-me levá-los de volta
e explicar o que quero dizer com isso. -
0:51 - 0:55Em junho deste ano, lancei
algo chamado Global Vote. -
0:55 - 0:58E o Global Vote faz
exatamente o que diz no nome. -
0:59 - 1:00Pela primeira vez na história,
-
1:00 - 1:03ele permite que qualquer um,
em qualquer lugar do mundo, -
1:03 - 1:06vote nas eleições de outro país.
-
1:07 - 1:09Por que você faria isso?
-
1:09 - 1:11Qual é o propósito?
-
1:11 - 1:13Bem, deixem-me mostrar como é.
-
1:13 - 1:15Você vai a um website,
-
1:16 - 1:17um lindo site,
-
1:18 - 1:21e seleciona uma eleição.
-
1:21 - 1:23Aqui estão algumas que já cobrimos.
-
1:24 - 1:27Fazemos cerca de uma por mês,
ou algo parecido. -
1:27 - 1:30Então, podem ver a Bulgária,
os Estados Unidos da América, -
1:30 - 1:32o Secretário-Geral das Nações Unidas,
-
1:32 - 1:35e o referendo do Brexit ali no final.
-
1:35 - 1:38Você escolhe a eleição que te interessa,
-
1:38 - 1:41e escolhe os candidatos.
-
1:42 - 1:44Estes são os candidatos
da recente eleição presidencial -
1:44 - 1:48na pequena nação insular
de São Tomé e Príncipe, -
1:48 - 1:52com 199 mil habitantes,
na costa oeste da África. -
1:53 - 1:57Então pode observar o breve resumo
de cada um desses candidatos -
1:57 - 2:02o qual, eu espero, seja bastante
neutro, informativo e sucinto. -
2:02 - 2:05E quando você encontra
alguém que gosta, você vota. -
2:06 - 2:07Estes foram os candidatos
-
2:07 - 2:12na recente eleição presidencial
na Islândia, e por aí vai. -
2:13 - 2:18Então por que você iria querer
votar na eleição de outro país? -
2:20 - 2:23Você não iria querer fazer isso,
posso lhes assegurar, -
2:23 - 2:27porque interferiria no processo
democrático de outro país. -
2:27 - 2:29Esse não é o propósito, de modo algum.
-
2:29 - 2:30Na verdade, você não pode,
-
2:30 - 2:36pois, geralmente, só libero os resultados
depois que o eleitorado do país já votou, -
2:36 - 2:39então não teríamos como
interferir nesse processo. -
2:39 - 2:40Mas o mais importante,
-
2:40 - 2:44não estou particularmente interessado
nas questões domésticas de cada país. -
2:44 - 2:46Não é por isso que votamos.
-
2:47 - 2:51O que Donald J. Trump ou Hillary Clinton
propuseram aos americanos -
2:51 - 2:53não é, francamente, da nossa conta.
-
2:53 - 2:56Isso é algo que só
os americanos podem votar. -
2:56 - 2:59Na votação global você só
considera um aspecto disso: -
2:59 - 3:03"O que esses líderes
vão fazer pelo restante de nós?" -
3:03 - 3:06E isso é muito importante porque vivemos,
-
3:06 - 3:09como sem dúvidas estão cansados
de ouvir as pessoas dizerem, -
3:09 - 3:13num mundo globalizado, hiperconectado,
e densamente interdependente, -
3:14 - 3:17onde as decisões políticas
de pessoas em outros países -
3:17 - 3:19podem e terão um impacto em nossas vidas,
-
3:19 - 3:22não importa quem sejamos,
não importa onde vivamos. -
3:22 - 3:24Como as asas da borboleta
-
3:24 - 3:27batendo em um lado do Pacífico
-
3:27 - 3:30que, aparentemente, podem
criar um furacão no outro lado, -
3:30 - 3:33assim é com o mundo em que vivemos hoje
-
3:33 - 3:35e o mundo da política.
-
3:35 - 3:39Não existe mais uma linha divisória entre
assuntos domésticos e internacionais. -
3:40 - 3:44Qualquer país, não importa o quão pequeno,
mesmo que seja São Tomé e Príncipe, -
3:44 - 3:47poderia produzir o próximo Nelson Mandela
-
3:47 - 3:49ou o próximo Stalin.
-
3:50 - 3:54Eles podem poluir a atmosfera
e os oceanos, que pertencem a todos nós, -
3:54 - 3:57ou podem ser responsáveis
e ajudar a todos nós. -
3:58 - 4:01Ainda assim, o sistema é muito estranho,
-
4:01 - 4:04porque ele não acompanha
esta realidade globalizada. -
4:04 - 4:08Apenas um pequeno número de pessoas
tem permissão para votar naqueles líderes, -
4:08 - 4:11mesmo que seu impacto
seja gigantesco e quase universal. -
4:12 - 4:14Que foi esse número?
-
4:14 - 4:16Cento e quarenta milhões
de americanos votaram -
4:16 - 4:18para o próximo presidente
dos Estados Unidos. -
4:18 - 4:21Ainda assim, como todos sabemos,
em poucas semanas, -
4:21 - 4:24alguém vai entregar os códigos
de lançamento nuclear -
4:24 - 4:26para Donald J. Trump.
-
4:26 - 4:29Agora, se isso não está causando
um impacto potencial em todos nós, -
4:29 - 4:31não sei o que está.
-
4:31 - 4:36Da mesma forma, a eleição
para o referendo do voto do Brexit; -
4:37 - 4:41alguns poucos milhões
de britânicos votaram, -
4:41 - 4:43mas o resultado da votação,
qualquer que fosse, -
4:43 - 4:45teria tido um impacto significativo
-
4:45 - 4:49nas vidas de dezenas, centenas de milhões
de pessoas ao redor do mundo. -
4:50 - 4:52Mas apenas um pequeno número pôde votar.
-
4:52 - 4:54Que tipo de democracia é essa?
-
4:55 - 4:57Enormes decisões que afetam a todos nós
-
4:57 - 5:00sendo decididas por um número
muito pequeno de pessoas. -
5:00 - 5:02Não sei quanto a vocês,
-
5:02 - 5:04mas não acho que isso
pareça muito democrático. -
5:04 - 5:06Então, estou tentando esclarecer.
-
5:06 - 5:10Mas como eu disse,
não focamos questões domésticas. -
5:10 - 5:13Na verdade, eu só faço duas perguntas
para todos os candidatos. -
5:13 - 5:15Envio a eles as mesmas
duas perguntas toda vez. -
5:15 - 5:17Eu pergunto, uma:
-
5:17 - 5:20se você for eleito, o que vai fazer
para o restante de nós, -
5:20 - 5:23para o restante dos 7 bilhões
que vivem neste planeta? -
5:23 - 5:25Segunda questão:
-
5:25 - 5:28qual é a sua visão para o futuro
do seu país no mundo? -
5:28 - 5:31Qual papel você o vê atuando?
-
5:31 - 5:33Envio essas perguntas para cada candidato.
-
5:33 - 5:35Nem todos respondem,
não me interpretem mal. -
5:35 - 5:37Imagino que se você está a ponto
-
5:37 - 5:42de se tornar o próximo presidente dos EUA,
deve estar bem ocupado boa parte do tempo, -
5:42 - 5:46então não fico surpreso que nem todos
respondam, mas muitos respondem. -
5:46 - 5:48Cada vez mais.
-
5:48 - 5:50E alguns deles fazem
bem mais do que responder. -
5:50 - 5:54Alguns respondem com um entusiasmo
e empolgação que jamais imaginaríamos. -
5:54 - 5:57Vou dizer algo sobre Saviour Chishimba,
-
5:57 - 6:00que foi um dos candidatos na recente
eleição presidencial da Zâmbia. -
6:00 - 6:05As respostas dele a essas duas perguntas
foram uma dissertação de 18 páginas -
6:05 - 6:09quanto à visão dele sobre o papel
potencial da Zâmbia no mundo -
6:09 - 6:11e na comunidade internacional.
-
6:11 - 6:14Eu a publiquei no site
para que pudesse ser lida. -
6:14 - 6:19Saviour ganhou o voto global,
mas não ganhou a eleição zambiana. -
6:19 - 6:23Então me perguntei: "O que farei
com este grupo extraordinário de pessoas? -
6:23 - 6:26Algumas pessoas maravilhosas
ganharam o voto global. -
6:26 - 6:28A propósito, sempre escolhemos errado.
-
6:28 - 6:33O nosso escolhido nunca é o candidato
eleito pelo eleitorado doméstico. -
6:34 - 6:37Pode ser em parte porque sempre
acabamos escolhendo as mulheres. -
6:37 - 6:40Mas acho que pode também ser um sinal
-
6:40 - 6:43de que o eleitorado doméstico ainda
esteja pensando muito nacionalmente, -
6:43 - 6:45muito internamente.
-
6:45 - 6:49Eles ainda estão se perguntando:
"O que 'eu' vou ganhar com isso?", -
6:49 - 6:52em vez daquilo que deveriam
estar perguntando hoje, que é: -
6:52 - 6:54"O que 'nós' vamos ganhar com isso?"
-
6:54 - 6:55Mas, aí está.
-
6:55 - 6:59Então sugestões, por favor, não agora,
mas me enviem um e-mail se têm uma ideia -
6:59 - 7:03sobre o que podemos fazer com este
incrível time de perdedores gloriosos. -
7:03 - 7:04(Risos)
-
7:04 - 7:06Temos o Saviour Chishimba,
que mencionei antes. -
7:06 - 7:08Temos Halla Tómasdóttir,
-
7:08 - 7:10segunda colocada na eleição
presidencial islandesa. -
7:10 - 7:15Muitos podem ter visto a palestra incrível
dela em TEDWomen, há algumas semanas, -
7:15 - 7:18na qual ela falou sobre a necessidade
de mais mulheres participarem da política. -
7:18 - 7:21Temos Maria das Neves,
de São Tomé e Príncipe. -
7:22 - 7:25Temos Hillary Clinton;
não sei se ela está disponível. -
7:25 - 7:27Temos Jill Stein.
-
7:27 - 7:30E cobrimos também a eleição
-
7:30 - 7:33para o próximo Secretário-Geral
das Nações Unidas. -
7:33 - 7:36Temos o ex-primeiro-ministro
da Nova Zelândia, -
7:36 - 7:38que seria um maravilhoso membro do time.
-
7:38 - 7:41Acho que talvez esse glorioso
clube dos perdedores, -
7:41 - 7:43poderia viajar pelo mundo,
onde houvesse uma eleição, -
7:43 - 7:47e lembrar as pessoas sobre
a necessidade nessa época moderna -
7:47 - 7:51de abrir a cabeça, e pensar
nas consequências internacionais. -
7:52 - 7:55O que vem em seguida para o Global Vote?
-
7:55 - 7:57Obviamente,
-
7:57 - 8:00o espetáculo de Donald e Hillary
é um pouco difícil de ser seguido, -
8:00 - 8:03mas há algumas outras eleições
importantes a caminho. -
8:03 - 8:06Na verdade, elas parecem
estar se multiplicando. -
8:06 - 8:09Há algo acontecendo no mundo,
tenho certeza que notaram. -
8:09 - 8:12E na próxima sequência de eleições,
todas são decisivamente importantes. -
8:13 - 8:15Em apenas alguns dias
-
8:15 - 8:18temos a reprise da eleição
presidencial austríaca, -
8:18 - 8:22com a perspectiva de Norbert Hofer
tornando-se o que é comumente descrito -
8:22 - 8:25como: o primeiro chefe de estado
de extrema-direita na Europa -
8:25 - 8:26desde a Segunda Guerra Mundial.
-
8:26 - 8:29No ano que vem temos
a Alemanha, temos a França, -
8:29 - 8:33temos eleições presidenciais no Irã
e uma dúzia de outras. -
8:33 - 8:37Não fica menos importante,
mas sim cada vez mais importante. -
8:38 - 8:42Claramente, o Global Vote
não é um projeto autônomo. -
8:42 - 8:44Não está lá por conta própria.
-
8:45 - 8:46Tem alguma história.
-
8:46 - 8:50É parte de um projeto que lancei em 2014,
-
8:50 - 8:52que chamo de Good Country.
-
8:52 - 8:55A ideia do Good Country
é basicamente muito simples. -
8:56 - 8:59É o meu diagnóstico simples
do que há de errado com o mundo -
8:59 - 9:01e como remediá-lo.
-
9:02 - 9:04O que há de errado
com o mundo eu já insinuei. -
9:04 - 9:07Basicamente, enfrentamos
um número enorme e crescente -
9:07 - 9:10de desafios globais
gigantescos e existenciais: -
9:10 - 9:13mudanças climáticas,
abuso dos direitos humanos, -
9:13 - 9:17migração em massa, terrorismo,
caos econômico, proliferação de armas. -
9:18 - 9:21Todos esses problemas
que ameaçam nos destruir -
9:21 - 9:23são globalizados por natureza própria.
-
9:23 - 9:29Nenhum país tem a capacidade
de enfrentá-los sozinho. -
9:29 - 9:30E muito obviamente
-
9:31 - 9:34temos que cooperar
e trabalhar juntos como nações -
9:34 - 9:36se vamos resolver esses problemas.
-
9:36 - 9:39É tão óbvio, mas não colaboramos.
-
9:40 - 9:43Não colaboramos
com a frequência necessária. -
9:43 - 9:46Muitas vezes, países ainda
persistem em se comportar -
9:46 - 9:51como se fossem tribos guerreiras
e egoístas lutando umas contra as outras, -
9:51 - 9:54tanto quanto têm feito desde
que o estado-nação foi inventado, -
9:54 - 9:55há séculos.
-
9:55 - 9:57E isso tem que mudar.
-
9:57 - 10:01Esta não é uma mudança
nos sistemas políticos ou na ideologia. -
10:01 - 10:03Esta é uma mudança na cultura.
-
10:03 - 10:05Todos nós temos que entender
-
10:06 - 10:10que pensar interiormente não é a solução
para os problemas do mundo. -
10:10 - 10:14Temos que aprender a cooperar
e trabalhar juntos muito mais, -
10:14 - 10:17e competir só um pouquinho menos.
-
10:17 - 10:20Do contrário, as coisas
vão continuar ficando ruins -
10:20 - 10:23e vão ficar muito piores
bem antes do que esperávamos. -
10:24 - 10:27Essa mudança só acontecerá
se nós, pessoas comuns, -
10:27 - 10:30dissermos aos nossos políticos
que as coisas mudaram. -
10:30 - 10:33Temos que dizer a eles
que a cultura mudou. -
10:33 - 10:35Temos que dizer a eles
que eles têm um novo mandato. -
10:35 - 10:38O antigo mandato
era muito simples e singular: -
10:38 - 10:41se estiver numa posição
de poder ou autoridade, -
10:41 - 10:45você é responsável pelo seu próprio povo
e sua pequena fatia de território, e só! -
10:45 - 10:47E, se para fazer o melhor
para o seu próprio povo, -
10:47 - 10:51você destrói todos os outros
no planeta, melhor ainda; -
10:51 - 10:53é considerado "coisa de macho".
-
10:53 - 10:56Hoje, acho que todos numa posição
de poder e responsabilidade -
10:56 - 10:59têm um duplo mandato,
que diz que se você estiver -
10:59 - 11:02em posição de poder e responsabilidade,
é responsável pelo seu próprio povo -
11:02 - 11:06e por todo homem, mulher,
criança e animal no planeta. -
11:07 - 11:10É responsável pela sua fatia de território
-
11:10 - 11:13e por todo quilômetro quadrado
da superfície de terra -
11:13 - 11:15e a atmosfera acima dela.
-
11:15 - 11:18E se não gosta dessa responsabilidade,
você não deve estar no poder. -
11:18 - 11:20Isso para mim é a regra da era moderna,
-
11:20 - 11:24e é a mensagem que temos
que transmitir aos nossos políticos, -
11:24 - 11:27e mostrá-los que esse é o caminho
como as coisas são feitas atualmente. -
11:27 - 11:30Do contrário, estamos todos ferrados.
-
11:30 - 11:34Não me incomoda a doutrina de Trump:
"Os EUA em primeiro lugar!" -
11:35 - 11:37Parece-me uma declaração bem banal
-
11:37 - 11:41daquilo que os políticos sempre fizeram
e, provavelmente, devem sempre fazer. -
11:41 - 11:44Claro que são eleitos para representar
os interesses do seu próprio povo. -
11:44 - 11:47Mas o que acho muito chato e antiquado
-
11:47 - 11:50e tão sem imaginação
sobre essa visão dele -
11:50 - 11:54é que ter os EUA em primeiro lugar
significa todos os outros em último; -
11:54 - 11:58que devolver a grandiosidade aos EUA
significa tornar outros países pequenos, -
11:58 - 12:00e isso não é verdade.
-
12:01 - 12:04Como consultor político
nos últimos 20 e poucos anos, -
12:04 - 12:07presenciei muitas centenas
de exemplos de políticas -
12:07 - 12:11que harmonizaram as normas internacionais
e as necessidades domésticas, -
12:11 - 12:13e elas tornam a política melhor.
-
12:13 - 12:16Não estou pedindo às nações que sejam
altruístas ou que se sacrifiquem. -
12:16 - 12:20Isso seria ridículo.
Nenhuma nação faria isso. -
12:20 - 12:22Mas que despertem e entendam
-
12:22 - 12:26que precisamos de uma nova forma
de governo, que é possível, -
12:26 - 12:28e que harmoniza essas duas necessidades,
-
12:28 - 12:31que são boas para nosso próprio povo
e para todos os outros. -
12:32 - 12:36Desde a eleição dos EUA e desde o Brexit
ficou ainda mais óbvio para mim -
12:36 - 12:40que essas antigas distinções de esquerda
e direita já não fazem mais sentido. -
12:40 - 12:43Elas realmente não se encaixam no padrão.
-
12:43 - 12:47O que parece importar
hoje é muito simples: -
12:47 - 12:49se a sua visão do mundo
-
12:49 - 12:53é a de que você se reconforta
ao olhar para dentro e para trás, -
12:53 - 12:57ou se, como eu, você encontra esperança
ao olhar adiante e para fora. -
12:58 - 13:00Essa é a nova política.
-
13:00 - 13:04É a nova partilha que está
dividindo o mundo ao meio. -
13:05 - 13:08Pode parecer uma crítica,
mas não é para ser. -
13:08 - 13:10Não é difícil entender
-
13:10 - 13:14por que tanta gente se conforta
ao olhar para dentro e para trás. -
13:14 - 13:16Quando os tempos são difíceis,
-
13:16 - 13:20passamos por dificuldades financeiras,
nos sentimos inseguros e vulneráveis, -
13:20 - 13:22a introspecção é uma tendência
natural do ser humano: -
13:22 - 13:26pensar nas suas necessidades
e descartar a dos outros -
13:26 - 13:29e começar a imaginar que o passado
foi, de algum modo, -
13:29 - 13:33melhor do que o presente
ou o futuro poderiam ser. -
13:33 - 13:37Mas vejo isso como um beco sem saída;
a história nos mostra que é. -
13:37 - 13:40Quando as pessoas se voltam
para dentro e para trás, -
13:40 - 13:45o progresso humano se inverte
e tudo piora para todos muito rapidamente. -
13:47 - 13:51Se vocês são como eu e acreditam
em seguir adiante e para fora, -
13:51 - 13:56e que o melhor da humanidade
está na sua diversidade, -
13:56 - 13:58e que o melhor da globalização
-
13:58 - 14:03é o modo como ela estimula
essa diversidade, essa mistura cultural -
14:03 - 14:06para fazer algo mais criativo,
mais emocionante e produtivo -
14:06 - 14:09do que jamais houve antes
na história humana, -
14:09 - 14:12então, meus amigos, temos
uma tarefa em nossas mãos, -
14:12 - 14:17pois a brigada introvertida e retrógrada
está se unindo como nunca antes, -
14:18 - 14:22e essa doutrina para dentro e para trás,
esse o medo e essa ansiedade, -
14:23 - 14:27que brinca com os instintos mais básicos,
está se espalhando mundo afora. -
14:27 - 14:30Aqueles de nós que acreditam,
como eu acredito, -
14:30 - 14:34em seguir adiante e para fora,
temos que nos organizar, -
14:35 - 14:39pois o tempo está se esgotando
muito rapidamente. -
14:40 - 14:41Obrigado.
-
14:41 - 14:42(Aplausos)
- Title:
- Em quem o resto do mundo votaria nas eleições do seu país?
- Speaker:
- Simon Anholt
- Description:
-
Você desejaria poder votar na eleição de outro país? Simon Anholt revela o Global Vote, uma plataforma on-line que permite a qualquer pessoa, em qualquer lugar do mundo, "votar" na eleição de qualquer país do planeta (com resultados surpreendentes).
- Video Language:
- English
- Team:
- closed TED
- Project:
- TEDTalks
- Duration:
- 14:55