Slavery routes – a short history of human trafficking (2/4) | DW Documentary

Esta é a estória de um mundo

que as fronteiras e territórios foram
deformados pelo tráfico de escravos.

Um mundo onde a violência,

subjugação e lucro impuseram
suas próprias rotas

e esqueceram os impérios.

Naquela época, não havia óleo.

Escravos eram a força que movia por trás
desses impérios emergentes.

No século 14,

a Europa descobriu que estava
localizada muito próxima

de uma das regiões mais importantes de
tráfico do planeta, e era tentador.

Nós tendemos a esquecer as riquezas que
nós produzimos naquela época na África.

O Atlas Catalão aguçou o apetite
Europeu pela conquista.

Ele mapeava os ventos, para
benefício dos viajantes.

Ele também fornecia informações

sobre a força militar de
diferentes nações.

E ele fornecia um mapa econômico,

rastreando as rotas comerciais
para África e seus recursos.

Um pequeno reino foi o primeiro

na pressa de assumir o controle
das costas da África:

Portugal.

Quando começou, uma nova rede
de rotas de escravidão foi traçada.

Bem no começo, este foi
um projeto português.

Eles estavam saindo das cruzadas,

lutando esta guerra amarga
com Muçulmanos para o sul.

Então, parte da aventura para África

foi basicamente para protegê-los

e talvez também proteger uma
vantagem contra os Muçulmanos.

Lisboa.

A maior cidade em Portugal

e a única capital Européia
da costa do Atlântico.

Na foz do Tejo,

o Padrão dos Descobrimentos
evoca nostalgia

para um tempo onde os Portugueses
fizeram do mundo seu lar.

Esculpido em pedra, cerca de
52 metros acima da água,

os heróis de Portugal,
pioneiros da conquista,

olharam triunfantes para o oceano e isso
lhes deu tanta riqueza e prestígio.

Eles eram liderados pelo
Príncipe Henry "O Navegador",

o arquiteto de um projeto perigoso:

abrir um nova rota comercial
através do Oceano Atlântico.

Seu objetivo era contornar os rivais
muçulmanos no Mediterrâneo

e ganhar acesso para Costa Dourada Africana.

No século 14, os portugueses
tiveram sucesso

em expulsar os Árabes de seus territórios.

O reino agora tinha liberdade
para iniciar sua campanha de conquista.

Prometendo ouro e poder,

O Navegador Henry convenceu a
nobreza a segui-lo nesta aventura.

O Navegador Henry era o príncipe herdeiro.

Esta figura mítica,

este grande príncipe português cristão
foi retratado como muito devoto.

Ele começou a comandar
um bando de invasores:

piratas que fizeram prisioneiros.

Para enfrentar o Atlântico, um oceano que
poucos marinheiros ousaram explorar,

o Príncipe Henry tinha um novo
e revolucionário tipo de navio.

Caravelas:

veleiros de convés alto
que eram capazes

de lutar contra tempestades no mar aberto.

Os Portugueses estabeleceram uma rota
marítima através da costa oeste da África.

Cap Bojador, as ilhas de
de Arguim e Cabo Verde.

Cada milha ocupada era uma
vitória contra os Muçulmanos.

que estavam presentes em toda
parte norte do continente.

Portugal tradicionalmente glorificou
os seus grandes exploradores

esquecendo que a maioria deles construiu
suas fortunas no tráfico de escravos.

Hoje, Lisboa está passando por uma restauração.

Após o Padrão dos Descobrimentos,

as obras de renovação foram estendidas
para o distrito de Alfama.

Com o progresso da construção,

as riquezas da primeira "cidade mundial"
ressurgiram.

Por acaso,

os trabalhadores descobriram as
fundações do antigo porto comercial.

No período de um século,

Lisboa se tornou a mais rica
capital na Europa,

um pouco distante à frente de Paris,
Londres, e Amsterdam.

Vasos chineses, vasos da Indonésia,

artigos de vidro ornamental de Macao.

E em meio aos cacos de barro
de todo o mundo,

o esqueleto de uma mulher
também foi encontrado

Os testes iniciais de DNA revelaram
que ela era uma escrava africana,

enterrada sem um nome ou lápide.

A arqueologia da escravidão,
um campo relativamente recente,

está exumando uma longa
história não contada:

o destino de um milhão de africanos
que foram enviados para a Europa

entre os séculos 15 e 18.

Esta era uma economia extremamente
brutal e predadora.

Os Portugueses iriam desembarcar e,
com armas na mão,

apressarem-se para capturar os
habitantes destas costa africanas,

começando com Mauritânia e depois Senegal,

lar de muitos pescadores pobres.

Eles eram capturados com redes.