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Emma Watson Discurso ElePorEla | ONU Mulheres 2014

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    Vossas excelências,
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    Secretário Geral da ONU,
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    Presidente da Assembléia Geral,
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    Diretor Executivo da ONU Mulheres,
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    e ilustres convidados.
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    Hoje estamos lançando a campanha
    "Ele por Ela".
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    Estou falando com vocês porque
    precisamos de ajuda.
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    Queremos acabar com a
    desigualdade de gênero,
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    e para conseguirmos, precisamos
    que todo mundo se engaje nisso.
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    É a primeira campanha desse
    tipo na ONU.
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    Queremos tentar e galvanizar o máximo
    de homens e meninos possível
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    para serem defensores da mudança.
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    E não queremos apenas falar sobre isso.
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    Queremos fazer com que isso
    seja tangível.
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    Fui nomeada como Embaixadora da
    Boa Vontade para ONU Mulheres
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    há 6 meses atrás. E quanto mais falo de
    feminismo, mais eu percebo
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    que lutar pelos direitos das mulheres,
    se torna sinônimo de "odiar a homens"
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    com frequência demais.
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    E se há algo que sei com certeza
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    é que isso precisa parar.
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    Só para constar:
    Feminismo, por definição,
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    é a convicção de que homens e
    mulheres devam ter direitos
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    e oportunidades iguais.
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    É a teoria de igualidade de gênero
    política, econômica
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    e social.
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    Comecei a questionar presunções
    baseadas em gênero há muito tempo.
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    Aos 8 anos de idade, fiquei confusa ao
    ser chamada de "mandona"
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    que queria dirigir as peças que
    apresentaríamos para nossos pais.
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    Mas os meninos não eram.
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    Aos 14 comecei a ser sexualizada por
    algumas mídias.
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    Aos 15 minhas amigas passaram a
    desistir de seus esportes tão adorados
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    porque não queriam ficar muito musculosas.
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    Quando aos 18, meus amigos não
    podiam expressar seus sentimentos...
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    decidi que eu era feminista.
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    E não me pareceu complicado.
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    Mas minhas pesquisas recentes me
    mostraram que feminismo se tornou
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    uma palavra impopular.
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    Mulheres preferem não se identificar
    como feministas.
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    Pelo visto estou no grupo de mulheres
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    das quais as expressões são vistas como
    muito fortes, agressivas,
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    isoladoras, anti-homem.
    E até não atraentes.
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    Por que a palavra se tornou
    tão desconfortável?
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    Sou britânica,
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    e creio que eu mereça ser paga o mesmo
    que meus homólogos masculinos.
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    E creio que eu possa tomar as decisões
    sobre meu próprio corpo.
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    Creio -
    (Aplausos)
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    Creio que mulheres devam ter envolvimento,
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    em meu nome, nas políticas e decisões
    que afetarão minha vida.
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    Creio que, socialmente, eu seja fornecida
    com o mesmo respeito que homens.
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    Mas infelizmente, posso dizer
    que não há país algum
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    no mundo onde mulheres
    possam esperar receber esses direitos.
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    Nenhum país do mundo pode
    dizer alcançou
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    a igualdade de gênero.
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    Esses direitos,
    considero que sejam direitos humanos,
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    mas sou uma das afortunadas.
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    Minha vida é de muito privilégio
    porque meus pais
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    não me amaram menos
    porque nasci mulher.
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    Minha escola não me limitou
    por eu ser menina.
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    Meus mentores não presumiram que
    eu iria menos longe
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    porque talvez um dia eu pudesse
    dar à luz.
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    Essas influências, com
    Embaixadores da Igualdade de Gênero
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    fizeram de mim quem eu sou hoje...
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    Talvez não saibam, mas eles são
    feministas inadvertidos
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    que estão mudando o mundo hoje.
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    Precisamos de mais desses.
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    E se você ainda odeia a palavra,
    não é a palavra que importa.
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    É a ideia e ambição por trás dela.
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    Porque nem toda mulher tem recebido
    os mesmos direitos que eu.
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    Na verdade, estatisticamente,
    pouquíssimas receberam.
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    Em 1997, a Hillary Clinton deu
    um discurso famoso em Pequin
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    sobre direitos das mulheres.
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    Infelizmente, muitas das coisas que ela
    quis mudar ainda se mantém hoje.
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    Mas o que mais me chamou atenção foi
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    que menos de 30% da plateia era masculina.
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    Como podemos mudar o mundo
    se só metade dele é convidado,
  • 6:01 - 6:05
    ou se sente bem vindo a participar
    da conversa?
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    Homens...
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    Gostaria dessa oportunidade
    para formalmente convidá-los.
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    (Aplauso)
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    Equidade de gênero é um assunto
    para vocês também.
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    Porque, até hoje,
    vejo o meu pai
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    tendo a paternidade menos valorizada
    pela sociedade, embora eu
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    necessitasse sua presença quando
    menor, tanto quanto minha mãe.
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    Vejo rapazes
    sofrendo de doenças mentais
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    incapazes de pedir ajudar
    por medo de que os faria
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    menos masculino
    ou menos homem.
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    No Reino Unido, suicídio é a principal
    causa de morte de homens
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    entre 20-49 anos, superando acidentes
    de carro, câncer e doenças do coração.
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    Tenho visto homens sendo fragilizados
    e inseguros por uma distorção
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    do que consiste o sucesso masculino.
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    Homens tampouco têm o benefício
    da equidade de gênero.
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    Não costumamos falar de homens
    aprisionados num esteriótipo de gênero
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    mas vejo que de fato são,
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    e quando estiverem livres,
    as coisas mudarão para mulheres
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    como consequência natural.
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    Se homens não precisarem ser
    agressivos para serem aceitos,
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    mulheres não sentirão obrigadas
    a serem submissas.
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    Se homens não precisarem controlar,
    mulheres não serão controladas.
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    Homens e mulheres deveriam
    sentir-se livres para serem sensíveis.
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    Homens e mulheres deveriam
    sentir-se livres para serem fortes.
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    Chegou o momento em que todos nós
    deveríamos pôr gênero
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    num espectro ao invés de em
    dois ideais conflitantes.
  • 8:18 - 8:25
    (Aplauso)
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    Se pararmos de definirmos uns aos
    outros pelo que NÃO somos,
  • 8:30 - 8:34
    e começarmos a definirmos a nós mesmo
    por quem somos, seremos mais livres.
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    E "Ele por Ela" é sobre isso.
    É sobre liberdade.
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    Quero homens nesse manto
    para que suas filhas, irmãs
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    e mães possam se ver livres de
    preconceito.
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    Mas também para que seus filhos
    tenham permissão de serem vulneráveis
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    e humanos também, reinvindicarem as
    partes deles mesmos que abandonaram.
  • 8:59 - 9:05
    Ao fazer isso, serão uma versão mais
    verdadeira e completa de si.
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    Vocês devem estar pensando
    "Quem é essa garota do Harry Potter?"
  • 9:10 - 9:12
    (Risos)
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    "E por que ela está falando na ONU?"
  • 9:15 - 9:16
    E é uma boa ótima pergunta.
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    Tenho me perguntado o mesmo.
  • 9:20 - 9:24
    Só sei que
    me importo com essa questão
  • 9:24 - 9:26
    e eu quero ajudar.
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    E tendo visto o que vi,
    e tendo recebido essa proposta,
  • 9:30 - 9:35
    sinto que é minha responsabilidade
    falar a respeito.
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    O estadista Edmund Burke disse:
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    "Tudo que é preciso
    para forças ruins triunfarem,
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    é que bons homens e mulheres
    façam nada."
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    No meio do meu nervosismo
    preparando esse discurso,
  • 9:53 - 9:58
    e nos meus momentos de dúvida,
    me perguntei:
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    "Se não for eu, quem?"
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    "Se não for agora, quando?"
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    Se você tem dúvidas semelhantes
    quando oportunidades surgem para você,
  • 10:13 - 10:16
    Espero que aquelas palavras ajudem
  • 10:17 - 10:19
    porque...
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    a realidade é que se não fizermos nada
    demorará 75 anos,
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    ou, pra eu estar com quase 100,
    antes que mulheres possam
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    ser pagas o mesmo que homens.
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    Pelo mesmo trabalho.
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    15,5 milhões de meninas casarão nos
    próximos 16 anos, ainda crianças.
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    E com os índices atuais, não será antes
    de 2086 que todas meninas rurais
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    na África tenham acesso
    à educação secundária.
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    Se você acredita na igualdade,
    talvez você seja um daqueles
  • 11:04 - 11:07
    feministas inadvertidos que
    mencionei antes.
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    E por isso, eu os aplaudo.
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    Estamos nos esforçando por uma palavra
    que nos una, mas a boa notícia
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    é que temos um movimento de união.
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    Chama-se "Ele por Ela".
  • 11:24 - 11:31
    Estou convidando você para erguer-se,
    ser visto e perguntar-se:
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    "Se não eu, quem?
    Se não agora, quando?"
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    Muito, muito obrigada.
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    (Aplausos)
Title:
Emma Watson Discurso ElePorEla | ONU Mulheres 2014
Description:

Emma Watson, Embaixadora da Boa Vontade da ONU Mulheres faz suas observações tocantes durante o evento especial na base das Nações Unidas: ElePorEla em Nova York no dia 20 de setembro de 2014.
Visite HeForShe.org para tomar alguma atitude.

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Video Language:
English
Duration:
11:48

Portuguese, Brazilian subtitles

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