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[Música]
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Feliz Natal e Feliz Ano Novo
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Monte Sahaja, 25 de dezembro de 2014.
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Consciência de Cristo
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Não sou bom em dias como esse,
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ontem ou o dia anterior,
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mas acho que foi ontem
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pela manhã
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bem, mesmo de noite,
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eu estava totalmente
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preenchido com algum
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profundo
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fogo
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para dividir algo.
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Geralmente começa assim,
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Eu não sei sobre o que
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quero falar,
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apenas isso vem primeiro com um tremendo ...
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algo como ...
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um sentimento profundo.
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E é completo.
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Isso era pleno
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amor e pleno
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poder.
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Pleno Espírito Santo, Presença,
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cheio dessa forma.
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Era como
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3 da manhã
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e
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então
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não havia ninguém por perto
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então, é claro,
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de alguma maneira
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Eu comecei a estar em satsang
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com o vazio, no vazio.
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Eu só precisava dizer,
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dizer, colocar para fora.
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E eu tive esse sentimento
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de que eu estava falando para
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as pessoas de todos os cantos do mundo.
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Eu não sei, foi exatamente dessa forma.
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Algumas vezes essas coisas vêm
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e para a mente
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elas não são nada convenientes,
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não é como se fosse...
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'mas isso deveria ser na verdade
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perto da hora do almoço
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ou talvez isso seria
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uma mensagem realmente boa
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para o Natal ou algo assim.'
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Mas
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às 3 da manhã
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e foi dessa maneira.
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E era tão totalmente...
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completo,
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pleno,
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que mesmo após
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eu cair no sono
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esse calor,
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esse belo calor
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ainda continuou, tremeluzindo,
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tremeluzindo, tremeluzindo,
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e ele derramou um pouco
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no período diurno.
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Eu senti que eu tinha que
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talvez falar sobre algo.
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E eu disse algumas palavras
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que surgiram daquele espaço
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durante um certo tempo.
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E então hoje isso era um sentimento,
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talvez eu irei falar um pouco
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sobre Jesus.
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Mas então eu pensei,
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talvez eu devesse ler
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algo da Bíblia
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ou algo assim?
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E eu fui e olhei
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e não pude encontrar nada.
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Simplesmente não estava vindo.
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Nada vinha nesse sentido.
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[Silêncio]
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Então eu senti que não podia
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falar a vocês sobre Jesus.
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Eu não posso falar a vocês sobre Jesus.
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Mas eu senti que eu podia introduzir vocês
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a Jesus
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dentro do seu próprio Coração.
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Talvez algo assim.
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Porque para dizer a vocês sobre alguma coisa,
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parece que isso não está aqui.
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Como se fôssemos falar sobre
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alguém que não está aqui.
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Mas quando você está aqui
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eu não falo sobre você.
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Eu devo falar com você.
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Mas porque na verdade
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eu não vejo Jesus como outro,
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ou você pode dizer
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a Consciência de Cristo,
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então,
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como falar sobre isso?
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Então eu sinto que o modo como
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devemos falar do Senhor Krishna
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ou de Ramana
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ou Papaji
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ou do Senhor Buddha
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ou do Senhor Cristo, ou...
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é somente através da experiência direta.
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não somente falando sobre.
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Porque 'sobre'
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faz voltas na mente
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e então ela viaja nisso.
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[Silêncio]
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Como posso apresentar vocês,
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como podemos ser apresentados
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à Consciência de Cristo?
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Se estiver fora de nós,
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se for diferente daquilo que somos,
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então você terá
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de fazer algo extraordinário
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para alcançá-la.
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Você também vai ter que ser
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algo diferente do que você é
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para conseguir isso.
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[Silêncio]
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E você ouviu
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que você só pode encontrar Deus
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dentro do seu Coracão.
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Você só pode ler, entender, ou sentir
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ou experienciar o Buddha,
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ler sobre o Buddha,
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isso lhe dá,
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de alguma maneira,
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um sentido de vida,
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sua mente irá preencher o resto,
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imaginação é sempre necessária.
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Mas como podemos encontrar
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o Senhor do Coração
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sem imaginação?
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[Silêncio]
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Então, a única forma que eu conheço
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é não estar preocupado
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com nada mais
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por um momento.
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Ou deixar todo o resto,
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o que quer que você conheça como outro
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e o que chamamos 'outro',
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- aquilo que você pode perceber
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fenomenologicamente, objetivamente,
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quer seja um pensamento,
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ou um objeto,
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mesmo imaginado,
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de fato, real, ou o que quer que seja,
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os sentidos -
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tudo o que você pode perceber
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através dos sentidos ou da mente,
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irá por algum tempo
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ser outro,
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mais tarde poderemos vir a enxergar
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se outro é outro.
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Então vamos deixar todas aquelas coisas
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de lado por um momento.
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Porque elas dependem
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de você estar aqui primeiro
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para percebê-las.
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Para perceber a presença delas
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e a falta delas.
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Então o que quer que as perceba,
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deve sobreviver a elas,
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quer dizer,
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não se deixa levar
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por elas.
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: como um espaço no qual elas
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aparecem e desaparecem,
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mas o espaço não se vai.
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[Silêncio]
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Se vemos alguém como o Cristo
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do ponto de vista de uma pessoa,
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então você irá querer vê-lo
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como outra pessoa.
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Então você pode dizer, 'Sim.'
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E aquela pode ser uma tremenda
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experiência
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dizer, 'Ó meu Deus,
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Ramana ou Jesus
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apareceram para mim ontem,
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e nós conversamos
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e nós estávamos completamente preenchidos
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com os sentimentos mais incríveis,
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e eles ainda estão aqui
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depois que o sonho acabou,
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é como se
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ele fosse em mim.'
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Ou algo assim.
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Isso seria um encontro
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muito poderoso.
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Mas e se Jesus estiver ainda mais próximo
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do que intimidade?
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[Silêncio]
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E se ...
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ele for sem descontinuidade,
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ou seja,
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sem separação?
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[Silêncio]
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Então, como você saberia?
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Se você pode ver,
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enta você veria tudo
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apenas como sensações na consciência,
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ideias na consciência,
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fenômenos,
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indo e vindo.
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E você chega a um entendimento total
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de que quem os percebe
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e eles próprios não são o mesmo,
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especialmente quem percebe tudo aquilo,
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o mundo dos pensamentos e tempo,
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e de qualquer coisa.
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Aquilo sem você,
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o perceptor, eles não são.
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Então você é originário nisso.
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Então, o que quer que seja
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aparentemente secundário,
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vem depois de você,
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: deixe-o.
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E podemos fazer isso agora.
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Não se apegue a nenhum pensamento,
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ou ideia alguma, desejo algum,
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até mesmo qualquer coisa pela qual você
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possa sentir-se atraído
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Mesmo nossa ideia de Deus,
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ou ideia de Cristo ou do Buddha
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ou escrituras...
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Não se prenda a nada mesmo,
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porque elas vêm e vão.
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Nem mesmo pela sua vontade
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elas vêm e vão.
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Mas você é a testemunha,
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ou algo é testemunha
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da vinda e ida deles.
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Até mesmo a ideia sobre você mesmo
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vem e vai.
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O que é isso
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que não vem e vai?
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Que não requer nenhum esforço
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para ser?
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[Silêncio]
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Não requer imaginação alguma.
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Porque imaginação é também um fenômeno.
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[Silêncio]
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Então, deixar todas as noções de outro
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e até mesmo do 'Eu' de lado,
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[Silêncio]
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Isso é o espaço
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no qual
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a luz de Cristo aparece,
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e o Buddha aparece,
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o que é chamado de natureza do Buddha,
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a natureza do Cristo
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surge nisso.
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Não apenas a pessoa,
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a pessoa vem
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através da mente,
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mas a essência surge aqui,
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neste espaço.
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Mesmo sua própria noção de Ser
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surge aqui
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e é percebida apenas na mente,
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mas a essência está aqui.
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Neste lugar essencial,
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esse é seu espaço de Cristo,
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é um espaço não compartilhado.
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Não há dois.
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Para encontrar deve haver dois.
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Aqui não há dois.
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E mesmo não há um.
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Isso não vem e vai.
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Não tem forma.
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Apenas formas vêm e vão.
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Então ao invés de
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ler algo sobre Jesus
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ou sobre o profeta Maomé,
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ou sobre Guru Nanak,
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ou o Senhor Shiva, Senhor Rama,
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Senhor Krishna,
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Anandamayima,
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ou Mahavera, etc...
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estejamos neste lugar,
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no qual mesmo
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a percepção deles surge,
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nesse lugar.
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Não há história aqui.
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Não há religião aqui.
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Não há filosofia aqui.
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Não há pessoas aqui.
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Não há tempo aqui.
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Não há nem mesmo dia
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nem noite aqui.
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Nem você nem eu aqui.
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Não há nem discípulo
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nem mestre aqui.
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Não há nem céu nem inferno aqui.
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E ainda, ele não é um
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espaço estéril,
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não é morto,
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não é inerte.
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[Silêncio]
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Imaginação não é necessária.
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Nenhum veículo é requerido,
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porque não há
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distância para percorrer.
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Não é nem quente nem frio.
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Não é nem dentro nem fora.
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Não é nem acima nem abaixo.
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Não está nas quatro direções.
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[Silêncio]
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Seu próprio Coração é o seu templo,
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você pode dizer...
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Quem é você aqui?
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Apenas aqui você não pode argumentar.
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Não há opniões aqui.
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[Silêncio]
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Não há nada para exercitar.
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Não há nada para curar.
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[Silêncio]
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Ou esta é
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a ideia mais absurda
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ou é a mais natural.
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Ou esta é a mais estranha
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ideia
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ou é a mais natural.
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Pois nada precisa ser feito.
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[Silêncio]
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Até mesmo para
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descobrir isso.
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Quem ou o que
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mesmo faz esta descoberta?
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E, pode o descobridor
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morar aqui?
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Como o quê?
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[Silêncio]
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Ele permanece inalterado
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pelo jogo da mente-corpo.
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[Silêncio]
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Ninguém o possui.
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Ninguém pode mantê-lo em segredo.
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Ele não pode ser mantido.
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Não pode ser perdido.
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Não pode ser lembrado
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ou esquecido.
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Todas estas
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são noções na mente.
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A mente em si é um poder
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que surge
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dentro
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do espaço...
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existe
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dentro do espaço do Ser.
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Dissolve
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dentro do espaço do Ser.
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E nada acontece com o Ser.
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Você precisa imaginar isso?
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Você pode contar alguma história sobre isso?
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Existe algo como ...
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AD ou DC
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ou AC?
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Ou qualquer coisa do tipo?
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Existe um período como antes de Cristo
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ou depois de Cristo
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ou...
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há história lá?
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E onde é lá?
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Quão longe é lá?
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É fora da nossa experiência?
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É fora do nosso ser?
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Quem somos nós?
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Somos separados disso?
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[Silêncio]
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Então, já lhes dei algumas pistas.
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Não é nada sobre o que você pode pensar.
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Você não pode alcançá-lo pela imaginação.
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Você não pode encontrá-lo
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por ser superbom.
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Você não pode perdê-lo
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por ser supermau.
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Você não pode mantê-lo
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através de prática alguma.
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Você não pode ser 'você' lá,
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nem o você
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que
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é deste mundo.
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[Silêncio]
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Quando devemos estar lá?
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Quando é o melhor tempo?
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Quando é um tempo bom?
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[Silêncio]
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E ele está
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lá?
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Ou está aqui
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e nunca lá?
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Ele tem essas fronteiras?
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[Silêncio]
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Se você quer encontrar Cristo,
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o Cristo da História,
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o Buddha da História,
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então, você deve ou usar
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sua imaginação,
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eles podem aparecer em alguma visão,
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ou através da imaginação.
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Mas se você quer encontrá-los
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como eles são de verdade,
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isso você pode fazer agora.
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[Silêncio]
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Eu não pude encontrar...
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não pude encontrar uma maneira
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de falar sobre Jesus.
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Eu procurei na
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Bíblia mais fácil de ser lida
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que pude achar.
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Mas não pude achar a inspiração
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para falar sobre Jesus.
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Não pude achar uma história
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que serviria para esta noite,
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de todas as várias histórias
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algumas delas eu contei a vocês.
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E eu não posso preparar.
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Então, no caminho para cá,
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estávamos tentando esquematizar,
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até mesmo isso
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eu não sabia nada a respeito,
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o que cada coisa ia ser hoje,
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mas parecia
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que haveria algo aqui.
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Então...
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Como o programa
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ia ser
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que talvez tivéssemos alguns corais
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e então, talvez, eu falaria sobre Jesus
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e eu pensei 'Oh Jesus!'
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Eu não posso
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isso não está vindo dessa forma hoje.
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Falar sobre Jesus...
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é falar sobre Jesus.
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[Silêncio]
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Mas quem quer encontrar?
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Quem quer saber?
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Quem quer ser?
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Quem irá correr esse risco?
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Quem tem esse amor?
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Quem tem tal rendição?
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Quem tem tal desejo?
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tamanha pressa?
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[Silêncio]
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Quem quer
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descobrir o lugar
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de onde Jesus veio?
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De onde os santos
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e todos os seres
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vêm?
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[Silêncio]
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Pode a imaginação levar você lá?
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[Silêncio]
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É muito longe?
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Além dos céus?
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Muito longe dentro de alguma galáxia distante?
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[Silêncio]
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Ou ele está longe,
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muito, muito, muito longe,
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ou ele não está distante.
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Você escolhe.
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Se acreditarmos na pessoa
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então você acreditará bastante
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no sentido de separação.
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E você acreditará no tempo
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e no esforço.
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E...
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eles possuem seus lugares também.
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Enquanto nós percebemos
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nós mesmos como uma pessoa,
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haverá coisas para serem feitas
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e desfeitas.
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Algo para alcançar,
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algo para deixar,
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algo para consertar,
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algo para mudar,
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algo para se tornar.
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Não é fácil sacudi-las para fora.
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Porque essas são sementes que
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brotam muito facilmente
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na consciência humana.
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Onde é esse lugar
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para o qual Jesus voltou?
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E para o qual Buddha voltou retornou?
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[Silêncio]
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É um lugar físico?
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Se for um lugar físico,
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haverá uma distância física,
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se é um lugar não-físico,
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que tipo de distância
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haverá?
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Se é um lugar conceitual,
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haverá alguma distância conceitual.
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Mas se estiver além da mente,
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se estiver além do tempo,
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e da mudança, e da distância, e da forma,
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onde é ele então?
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Existe algo em você que se pareça com aquilo?
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Existe algum lugar em você
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que seja além do tempo
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e da mudança e da distância
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e da forma?
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Estamos agora
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no domínio
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da imaginação?
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Ou vocês ainda estão aqui?
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[Silêncio]
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Eu não quero falar para vocês
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sobre Jesus,
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não quero falar para vocês
-
sobre Deus.
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Eu não quero falar
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sobre a Verdade.
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Eu não quero
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falar sobre Amor.
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Já tivemos o suficiente disso.
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É hora de ir além da conversa.
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[Silêncio]
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Temos nós de esperar
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até que você esteja
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bom o suficiente?
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[Silêncio]
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É possível escapar
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do domínio do bom ou mau,
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de você e de mim.
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Existe um lugar como esse?
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Todos nós sofremos de nossa próprias mentes,
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de nossas próprias projeções,
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de nossas próprias identidades.
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É isso que nos dá
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o sentido de separação,
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de distância.
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[Silêncio]
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Então, esta noite
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eu não quero falar a vocês
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sobre nada.
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[Silêncio]
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Se pudermos encontrar um caminho
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onde não haja distância
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para permitir 'você' e 'eu',
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então o que existe para falar?
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[Silêncio]
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O que mantém você 'você'e eu 'eu'?
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[Silêncio]
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Quem fez esta lei?
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[Silêncio]
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Quem disse que isso é verdade?
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[Silêncio]
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Tudo bem.
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Om Namah Shivaya. Om
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