Ray Anderson sobre a lógica empresarial da sustentabilidade
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0:00 - 0:04Acreditem ou não, estou a oferecer uma solução
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0:04 - 0:08para uma parte muito importante
deste problema maior -
0:08 - 0:10com o foco necessário sobre o clima.
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0:10 - 0:12E a solução que eu ofereço
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0:12 - 0:14é para o maior culpado
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0:14 - 0:18deste mau tratamento massivo da terra
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0:18 - 0:20pela humanidade,
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0:20 - 0:23e o consequente declínio da biosfera.
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0:23 - 0:26Esse culpado é o negócio e a indústria,
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0:26 - 0:29que, por acaso, foi onde passei
os últimos 52 anos -
0:29 - 0:33desde a minha licenciatura da
Georgia Tech em 1956. -
0:33 - 0:35Como engenheiro industrial,
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0:35 - 0:39aspirante e depois empreendedor
bem sucedido. -
0:39 - 0:42Depois de fundar do zero a minha empresa,
a Interface, -
0:42 - 0:45em 1973, há 36 anos atrás,
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0:45 - 0:47para produzir placas de carpete nos E.U.A.
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0:47 - 0:50para o mercado empresarial e institucional,
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0:50 - 0:53e de levá-la desde a sua fase inicial
e sobrevivência -
0:53 - 0:56até à prosperidade e ao domínio
global na sua área, -
0:56 - 0:58li o livro de Paul Hawken,
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0:58 - 1:00"A Ecologia do Comércio"
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1:00 - 1:03no verão de 1994.
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1:03 - 1:06No seu livro, o Paul acusa
os negócios e a indústria como: -
1:06 - 1:091) os principais culpados
-
1:09 - 1:11de causar o declínio da biosfera, e:
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1:11 - 1:142) a única instituição que
é suficientemente grande, -
1:14 - 1:16e suficientemente abrangente e poderosa,
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1:16 - 1:20para realmente conduzir a humanidade
para fora desta confusão. -
1:20 - 1:23E, a propósito, ele condenou-me
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1:23 - 1:25como um saqueador da terra.
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1:25 - 1:28E eu, então, desafiei as pessoas da
Interface, a minha empresa, -
1:28 - 1:32para liderarem a nossa empresa e todo o mundo
industrial para a sustentabilidade, -
1:32 - 1:34que definimos como eventualmente a operar
-
1:34 - 1:37na nossa empresa de utilização intensiva
de produtos de petróleo de forma a -
1:37 - 1:39extrair da terra
-
1:39 - 1:43apenas aquilo que pode ser renovado pela terra, naturalmente e rapidamente —
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1:43 - 1:45e nem mais uma gota fresca de petróleo —
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1:45 - 1:49e não fazer mal à biosfera.
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1:49 - 1:51Não tire nada; não cause danos.
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1:51 - 1:53Eu disse simplesmente: "Se o Hawken está certo
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1:53 - 1:55"e os negócios e a indústria devem liderar,
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1:55 - 1:57"quem vai liderar a os negócios e a indústria?
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1:57 - 2:00"A menos que alguém lidere, ninguém irá."
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2:00 - 2:03É axiomático. Porque não nós?
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2:03 - 2:05E graças às pessoas da Interface,
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2:05 - 2:08eu tornei-me um saqueador de recuperação.
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2:08 - 2:09(Risos)
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2:09 - 2:14(Aplausos)
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2:14 - 2:18Uma vez eu disse a um escritor
da revista Fortune -
2:18 - 2:21que um dia, as pessoas como eu
iriam para a prisão. -
2:21 - 2:23E isso tornou-se no título de
um artigo da Fortune. -
2:23 - 2:27Eles passaram a descrever-me como o
CEO mais verde da América. -
2:27 - 2:30De saqueador a saqueador de recuperação,
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2:30 - 2:33a CEO mais verde dos E.U.A., em cinco anos —
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2:33 - 2:35o que, francamente, foi um comentário muito triste
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2:35 - 2:40sobre os CEO's americanos em 1999.
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2:40 - 2:43Quando me perguntaram mais tarde, no documentário canadiano "The Corporation" (A Empresa)
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2:43 - 2:46o que é que eu quis dizer com a observação
de "ir para a prisão", -
2:46 - 2:50eu disse que o roubo é um crime.
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2:50 - 2:55E o roubo do futuro das nossas crianças
um dia seria um crime. -
2:55 - 2:57Mas percebi que, para isso ser verdade —
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2:57 - 3:00para que o roubo do futuro dos nossos
filhos venha a ser um crime — -
3:00 - 3:03deve existir uma alternativa clara, demonstrável
-
3:03 - 3:06para o sistema industrial de tirar-fazer-desperdiçar
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3:06 - 3:09que tanto domina a nossa civilização,
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3:09 - 3:12e é o principal culpado, roubando o
futuro dos nossos filhos, -
3:12 - 3:14cavando a terra
-
3:14 - 3:18e convertendo-a em produtos que rapidamente
se tornam resíduos -
3:18 - 3:20num aterro ou num incinerador —
-
3:20 - 3:25em suma, escavar a terra e convertê-la em poluição.
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3:25 - 3:27De acordo com Paul e Anne Ehrlich
-
3:27 - 3:30e uma equação de impacto ambiental
bastante conhecida, -
3:30 - 3:32o impacto — uma coisa má —
-
3:32 - 3:36é o produto da população, riqueza e tecnologia.
-
3:36 - 3:40Ou seja, o impacto é gerado pelas pessoas,
-
3:40 - 3:42o que consomem na sua riqueza,
-
3:42 - 3:45e como isso é produzido.
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3:45 - 3:47E embora a equação seja
em grande parte subjetiva, -
3:47 - 3:51talvez possam quantificar as pessoas,
e talvez quantificar a riqueza, -
3:51 - 3:55mas a tecnologia é demasiado abusiva para
se poder quantificar. -
3:55 - 3:57Então a equação é conceptual.
-
3:57 - 4:00Mas ainda assim funciona para nos ajudar
a entender o problema. -
4:00 - 4:05Então partimos da Interface, em 1994,
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4:05 - 4:07para criar um exemplo:
-
4:07 - 4:09transformar a forma como fazíamos as carpetes,
-
4:09 - 4:13um produto intensivamente petrolífero
tanto em materiais como em energia, -
4:13 - 4:15e transformar as nossas tecnologias
-
4:15 - 4:18para que elas reduzissem o impacto ambiental,
-
4:18 - 4:21ao invés de multiplicá-lo.
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4:21 - 4:24A equação de impacto ambiental de
Paul e Anne Ehrlich: -
4:24 - 4:27I é igual a P vezes A vezes T:
-
4:27 - 4:30População, Riqueza e Tecnologia.
-
4:30 - 4:36Eu queria que a Interface reescrevesse essa
equação para que se lesse: -
4:36 - 4:39I é igual a P vezes A dividido por T.
-
4:39 - 4:42Ora, aqueles com pensamento matemático
verão imediatamente -
4:42 - 4:45que o T no numerador aumenta o impacto
— uma coisa má — -
4:45 - 4:49enquanto que o T no denominador
diminui o impacto. -
4:49 - 4:53Então perguntei: "O que moveria o T,
Tecnologia, -
4:53 - 4:55"do numerador — chamemos-lhe T1 —
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4:55 - 4:57"onde aumenta o impacto,
-
4:57 - 5:00"para o denominador — chamemos-lhe T2 —
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5:00 - 5:03"onde reduz o impacto?"
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5:03 - 5:07Pensei nas características
-
5:07 - 5:09da primeira revolução industrial,
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5:09 - 5:12T1, como as praticávamos na Interface,
-
5:12 - 5:16e tinha as seguintes características.
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5:16 - 5:20Extrativa: tirar matérias-primas da terra.
-
5:20 - 5:23Linear: tirar, fazer, desperdiçar.
-
5:23 - 5:25Alimentada por energia derivada
de combustíveis fósseis. -
5:25 - 5:29Desperdício: abusivo e focado na
produtividade do trabalho. -
5:29 - 5:32Mais carpetes por homem/hora.
-
5:32 - 5:35Ao pensar sobre isso, percebi que
todos estes atributos -
5:35 - 5:40deveriam ser alterados para mover o T
para o denominador. -
5:40 - 5:45Na nova revolução industrial a extração
deve ser substituída por renovação; -
5:45 - 5:47linear por cíclico;
-
5:47 - 5:51energia de combustíveis fósseis
por energia renovável, luz solar; -
5:51 - 5:53desperdícios por livre de resíduos;
-
5:53 - 5:55e abusiva por benigna;
-
5:55 - 5:59e produtividade laboral por
produtividade dos recursos. -
5:59 - 6:03E eu compreendi que se nós conseguíssemos
fazer essas mudanças transformadoras, -
6:03 - 6:05e livrar-nos completamente do T1,
-
6:05 - 6:08podíamos reduzir o nosso impacto a zero,
-
6:08 - 6:11incluindo o nosso impacto no clima.
-
6:11 - 6:14E isso tornou-se no plano
da Interface em 1995, -
6:14 - 6:17e tem sido o plano desde então.
-
6:17 - 6:21Temos medido o nosso progresso
muito rigorosamente. -
6:21 - 6:25Por isso, posso dizer-vos o quão longe
chegámos nos 12 anos seguintes. -
6:25 - 6:27Emissões líquidas de gases de efeito de estufa
-
6:27 - 6:31desceram 82 % em tonelagem absoluta.
-
6:31 - 6:35(Aplausos)
-
6:35 - 6:37No mesmo período de tempo
-
6:37 - 6:40as vendas aumentaram em dois terços
e os lucros duplicaram. -
6:40 - 6:43Assim uma redução absoluta de 82 %
-
6:43 - 6:45traduz-se numa redução de 90 %
-
6:45 - 6:49na intensidade de gases de efeito estufa
em relação às vendas. -
6:49 - 6:51Esta é a magnitude
-
6:51 - 6:54da redução de toda a tecnosfera global
-
6:54 - 6:57que devemos realizar até 2050
-
6:57 - 7:00para evitarmos perturbações
climáticas catastróficas — -
7:00 - 7:03assim nos dizem os cientistas.
-
7:03 - 7:07O uso de combustíveis fósseis está 60 %
mais baixo por unidade de produção, -
7:07 - 7:09devido a ganhos de eficiência
nas energias renováveis. -
7:09 - 7:12O mais barato, mais seguro
barril de petróleo que existe -
7:12 - 7:15é o que não é utilizado através de eficiências.
-
7:15 - 7:18O uso de água baixou 75 %
-
7:18 - 7:20no nosso negócio mundial
de placas de carpetes. -
7:20 - 7:23Baixou 40 % no nosso negócio de
carpetes sem costuras, -
7:23 - 7:25que adquirimos em 1993
-
7:25 - 7:27aqui na Califórnia, Cidade da Indústria,
-
7:27 - 7:30onde a água é tão preciosa.
-
7:30 - 7:34Materiais renováveis ou recicláveis são 25 %
do total e estão em rápido crescimento. -
7:34 - 7:37A energia renovável é 27 % do nosso total,
-
7:37 - 7:39a caminhar para os 100 %.
-
7:39 - 7:42Recolhemos 148 milhões de libras —
-
7:42 - 7:44o que equivale a 74 000 toneladas —
-
7:44 - 7:47de carpetes usadas dos aterros,
-
7:47 - 7:49fechando o ciclo de fluxos de materiais
-
7:49 - 7:51através de logística reversa
-
7:51 - 7:54e tecnologias de reciclagem pós-consumidor
-
7:54 - 7:58que não existiam quando começámos
há 14 anos. -
7:58 - 8:00Essas novas tecnologias cíclicas
-
8:00 - 8:03contribuíram poderosamente para o facto de
termos produzido e vendido -
8:03 - 8:0785 milhões de metros2 de carpetes
com neutralidade climática -
8:07 - 8:09desde 2004,
-
8:09 - 8:13o que significa: nenhuma contribuição
para a perturbação do clima global -
8:13 - 8:15na produção da carpete em toda
a cadeia de distribuição, -
8:15 - 8:20desde as minas e o processo de limpeza até à
recuperação de fim-de-vida — -
8:20 - 8:22terceira parte independente e certificada.
-
8:22 - 8:25Chamamos-lhe "Carpete Fixe".
-
8:25 - 8:28E tem sido um diferencial de
mercado poderoso, -
8:28 - 8:30aumentando as vendas e os lucros.
-
8:30 - 8:34Há três anos, lançámos uma carpete
em placas para a casa, -
8:34 - 8:36sob a marca Flor (pronuncia-se "floor" = chão),
-
8:36 - 8:39soletrada F-L-O-R, com erro ortográfico.
-
8:39 - 8:41Vocês podem hoje apontar e clicar em Flor.com
-
8:41 - 8:45e terem a Carpete Fixe entregue à
vossa porta em cinco dias. -
8:45 - 8:48É prática e também bonita.
-
8:48 - 8:49(Risos)
-
8:49 - 8:55(Aplausos)
-
8:55 - 8:57Reconhecemos que estamos um pouco a
mais de meio caminho -
8:57 - 9:02da nossa meta: zero impacto, zero pegadas.
-
9:02 - 9:05Estabelecemos 2020 como o ano da
nossa meta para zero, -
9:05 - 9:10para chegar ao topo do cume do
Monte Sustentabilidade. -
9:10 - 9:12Chamamos a isto a Missão Zero.
-
9:12 - 9:15E este é talvez o aspeto mais importante:
-
9:15 - 9:19percebemos que a Missão Zero é
incrivelmente boa para o negócio. -
9:19 - 9:22Um melhor modelo de negócio,
-
9:22 - 9:24um melhor caminho para maiores lucros.
-
9:24 - 9:27Aqui está o caso dos negócios para
a sustentabilidade. -
9:27 - 9:31Da experiência de vida real, os custos
baixaram, não subiram, -
9:31 - 9:33refletindo cerca de 307 milhões de euros
-
9:33 - 9:37de custos evitados em busca de
zero desperdícios — -
9:37 - 9:40a primeira face do Monte Sustentabilidade.
-
9:40 - 9:44Isto pagou todos os custos pela
transformação da Interface. -
9:44 - 9:46E isto dissipa também um mito,
-
9:46 - 9:50esta falsa escolha entre
o ambiente e a economia. -
9:50 - 9:52Os nossos produtos são melhores do
que alguma vez foram, -
9:52 - 9:54inspirados pelo design para
a sustentabilidade, -
9:54 - 9:58uma inesperada fonte de inovação.
-
9:58 - 10:01O nosso pessoal está galvanizado
em torno deste propósito comum maior. -
10:01 - 10:03Não o podem vencer atraindo
as melhores pessoas -
10:03 - 10:06e colocando-as juntas.
-
10:06 - 10:09E a boa vontade do mercado é espantosa.
-
10:09 - 10:13Nenhuma quantidade de publicidade, nenhuma
campanha de marketing inteligente, -
10:13 - 10:16a qualquer preço, poderia ter produzido ou criado
-
10:16 - 10:19tamanha quantidade de boa vontade.
-
10:19 - 10:21Custos, produtos, pessoas, mercados —
-
10:21 - 10:23o que mais existe?
-
10:23 - 10:25É um melhor modelo de negócios.
-
10:25 - 10:30Aqui está o nosso registo de 14 anos
de vendas e lucros. -
10:30 - 10:33Existe um declive, entre 2001 e 2003:
-
10:33 - 10:35um declive quando as nossas vendas,
durante um período de três anos, -
10:35 - 10:37caíram 17 %.
-
10:37 - 10:40Mas o mercado tinha caído 36 %.
-
10:40 - 10:42Nós ganhámos literalmente
uma quota de mercado. -
10:42 - 10:45Poderíamos não ter sobrevivido
a esta recessão -
10:45 - 10:48se não fossem as vantagens
da sustentabilidade. -
10:48 - 10:52Se todas as empresas perseguissem
os planos da Interface, -
10:52 - 10:54isso resolveria todos os nossos problemas?
-
10:54 - 10:56Acho que não.
-
10:56 - 10:59Continuo incomodado pela
equação revista de Ehrlich: -
10:59 - 11:03I é igual a P vezes A dividido por T2.
-
11:03 - 11:05Que o A é um o A maiúsculo,
-
11:05 - 11:10sugerindo que a riqueza é um fim em si mesma.
-
11:10 - 11:14Mas e se reformulássemos
ainda mais a Ehrlich? -
11:14 - 11:17E tornássemos a letra A num "a" minúsculo,
-
11:17 - 11:19sugerindo que é um meio para um fim,
-
11:19 - 11:22e esse fim é a felicidade —
-
11:22 - 11:25mais felicidade com menos coisas.
-
11:25 - 11:28Sabemos que iríamos reformular
a civilização em si — -
11:28 - 11:36(Aplausos)
-
11:36 - 11:39— e todo o nosso sistema económico,
-
11:39 - 11:45se não para a nossa espécie, então talvez
para aquela que nos suceda: -
11:45 - 11:48uma espécie sustentável, a viver
numa Terra finita, -
11:48 - 11:51eticamente, feliz e ecologicamente
-
11:51 - 11:53em equilíbrio com a Natureza
-
11:53 - 11:56e todos os seus sistemas naturais
para mil gerações, -
11:56 - 11:58ou 10 000 gerações —
-
11:58 - 12:01ou seja, até ao futuro indefinido.
-
12:01 - 12:06Mas a Terra tem que esperar pela nossa
extinção enquanto espécie? -
12:06 - 12:09Bem, talvez. Mas eu acho que não.
-
12:09 - 12:12Na Interface pretendemos realmente
trazer este protótipo -
12:12 - 12:15sustentável, uma empresa industrial
sem pegadas ecológicas -
12:15 - 12:18totalmente à existência até 2020.
-
12:18 - 12:20Agora podemos ver o nosso caminho
-
12:20 - 12:22nítido até ao topo dessa montanha.
-
12:22 - 12:25E agora, o desafio está na execução.
-
12:25 - 12:28E como o meu bom amigo e conselheiro
Amory Lovins diz: -
12:28 - 12:32"Se algo existe, deve ser possível."
-
12:32 - 12:35(Risos)
-
12:35 - 12:38Se podemos realmente fazê-lo,
deve ser possível. -
12:38 - 12:42Se nós, uma empresa intensivamente petrolífera,
podemos fazê-lo, qualquer pessoa pode. -
12:42 - 12:46E se alguém puder, segue-se que
toda a gente pode. -
12:46 - 12:49Hawken cumpriu negócios e indústria,
-
12:49 - 12:53liderando a humanidade
para longe do abismo -
12:53 - 12:58porque, com o continuado declínio
não verificado da biosfera, -
12:58 - 13:01uma pessoa muito querida
está em risco aqui — -
13:01 - 13:03e, francamente, um risco inaceitável.
-
13:03 - 13:05Quem é essa pessoa?
-
13:05 - 13:07Não são vocês. Não sou eu.
-
13:07 - 13:10Mas deixem-me apresentar-vos àquele
que está mais em risco aqui. -
13:10 - 13:14E eu mesmo conheci esta pessoa nos primeiros
dias desta escalada de montanha. -
13:14 - 13:18Numa terça-feira de manhã,
em Março de 1996, -
13:18 - 13:21estava a conversar com pessoas, como fazia a
cada oportunidade, naquela época, -
13:21 - 13:25trazendo-os junto e muitas vezes sem saber
se estava a criar uma ligação. -
13:25 - 13:28Mas cerca de cinco dias mais tarde,
de volta a Atlanta, -
13:28 - 13:31recebi um e-mail de Glenn Thomas,
-
13:31 - 13:33um dos meus funcionários da reunião
na Califórnia. -
13:33 - 13:35Ele estava a enviar-me um poema original
-
13:35 - 13:38que tinha composto depois da nossa
terça-feira de manhã juntos. -
13:38 - 13:42E quando o li, foi um dos momentos mais
moralizantes da minha vida. -
13:42 - 13:46Porque me disse, por Deus, que
uma pessoa entendeu. -
13:46 - 13:50Aqui está o que Glenn escreveu.
E aqui está a pessoa mais em risco. -
13:50 - 13:54Apresento-vos "A Criança de Amanhã".
-
13:54 - 13:58"Sem um nome, um rosto invisível e
sem saber o teu tempo ou lugar, -
13:58 - 14:01"Criança de amanhã, ainda antes
da nascença, -
14:01 - 14:04"Conheci-te pela primeira vez na manhã
da passada terça-feira. -
14:04 - 14:06"Um sábio amigo apresentou-nos.
-
14:06 - 14:08"E através do seu ponto de vista moderado
-
14:08 - 14:13"Eu vi um dia que ias ver, um dia para ti,
mas não para mim. -
14:13 - 14:15"Conhecer-te modificou-me o pensamento.
-
14:15 - 14:17"Porque nunca tive uma suspeita
-
14:17 - 14:20"de que talvez as coisas que eu faço,
possam um dia -
14:20 - 14:23"ameaçar-te de alguma forma.
-
14:23 - 14:25"Criança de amanhã, minha filha, filho,
-
14:25 - 14:27"Receio que apenas agora tenha começado a
pensar em ti e no teu bem, -
14:27 - 14:31"apesar de sempre saber que o deveria ter feito.
-
14:31 - 14:33"Começar, eu vou.
-
14:33 - 14:36"A forma como o custo do que desperdiço,
o que é perdido, -
14:36 - 14:38"se alguma vez me esquecer de que tu
-
14:38 - 14:42"um dia virás viver aqui também."
-
14:42 - 14:44Bem, todos os dias da minha vida
desde então, -
14:44 - 14:46"A Criança de Amanhã" tem falado para mim
-
14:46 - 14:48com uma mensagem simples, mas profunda,
-
14:48 - 14:50que eu pretendi partilhar convosco.
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14:50 - 14:52Somos, todos e cada um,
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14:52 - 14:55uma parte da teia da vida.
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14:55 - 14:59A continuidade da humanidade, com certeza, mas
num sentido maior, a teia da vida em si mesma. -
14:59 - 15:01E nós temos uma escolha a fazer
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15:01 - 15:03durante nossa breve, breve visita
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15:03 - 15:07a este lindo, azul e verde planeta vivo:
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15:07 - 15:10feri-lo ou ajudá-lo.
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15:10 - 15:13Para vocês, é a vossa decisão.
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15:13 - 15:15Obrigado.
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15:15 - 15:30(Aplausos)
- Title:
- Ray Anderson sobre a lógica empresarial da sustentabilidade
- Speaker:
- Ray Anderson
- Description:
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Na sua empresa de carpetes, Ray Anderson aumentou as vendas e duplicou os lucros enquanto transformava o tradicional sistema industrial "tirar / fazer / desperdiçar". De uma forma gentil e discreta ele partilha uma visão poderosa para o comércio sustentável.
- Video Language:
- English
- Team:
closed TED
- Project:
- TEDTalks
- Duration:
- 15:33
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Edgar Fernandes commented on Portuguese subtitles for The business logic of sustainability | |
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Isabel Vaz Belchior approved Portuguese subtitles for The business logic of sustainability | |
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Isabel Vaz Belchior edited Portuguese subtitles for The business logic of sustainability | |
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