Por que ser voluntário? | Enkhee Sainbuyan e Stepanka Pechackova | TEDxBagaToiruu
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0:09 - 0:12Enkhee Sainbuyan: Você sabe
quanto ganham os voluntários? -
0:12 - 0:14Bem, há uma pessoa que diz
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0:14 - 0:17que os voluntários
são pagos com oito letras: -
0:17 - 0:22S-O-R-R-I-S-O-S,
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0:22 - 0:24ou seja, sorrisos.
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0:24 - 0:27Então, quem são os voluntários?
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0:27 - 0:33O voluntário é uma pessoa
que dedica seu tempo e sua força -
0:33 - 0:39para ajudar outras pessoas com boa vontade
e sem ser forçada ou paga para fazer isso. -
0:39 - 0:43Em geral, considera-se
uma atividade altruísta, -
0:45 - 0:50destinada a promover a bondade
e a melhorar a qualidade de vida. -
0:50 - 0:55Em troca, essa atividade pode produzir
um sentimento de dignidade. -
0:55 - 0:59Além da incrível sensação que você sente,
o voluntariado também é reconhecido -
0:59 - 1:04pelo desenvolvimento de habilidades,
pela socialização e diversão. -
1:04 - 1:08Por outro lado, os voluntários
preenchem muitas lacunas -
1:08 - 1:12deixadas pelo governo e outras
organizações empresariais, -
1:12 - 1:15suprindo necessidades sociais
e envolvendo-se em temas -
1:15 - 1:20como direitos humanos, meio ambiente
e muitas outras questões. -
1:21 - 1:22Embora o voluntariado
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1:22 - 1:27faça uma contribuição econômica importante
para a sociedade como um todo, -
1:27 - 1:29infelizmente, na Mongólia,
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1:29 - 1:35ainda não temos quaisquer estudos oficiais
sobre a contribuição de voluntários. -
1:36 - 1:42Um fato interessante é que o primeiro
estudo sobre o voluntariado na Mongólia, -
1:42 - 1:43realizado em 2001,
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1:43 - 1:49mostra que 85%
dos entrevistados na pesquisa -
1:49 - 1:56foram voluntários para o desenvolvimento
pessoal e de novas habilidades. -
1:56 - 2:01Como eu, na primeira vez que procurei
um trabalho voluntário, -
2:01 - 2:05minhas intenções
eram adquirir novas habilidades -
2:05 - 2:10e ganhar experiência profissional
para meu CV se destacar no mercado. -
2:10 - 2:16Naquela época, eu não entendia
o significado real do voluntariado. -
2:17 - 2:19Servir como voluntário
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2:19 - 2:25também proporciona a grande oportunidade
de entender diferenças culturais. -
2:26 - 2:31Num determinado momento do voluntariado,
ouvi muitas pessoas que diziam: -
2:31 - 2:37"Os mongóis realmente não apreciam
ou entendem o trabalho voluntário". -
2:38 - 2:42Bem, algumas vezes é muito difícil
entender os sentimentos das pessoas, -
2:42 - 2:45especialmente pessoas como nós,
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2:45 - 2:51que não são muito emotivas
e mostram poucas expressões faciais. -
2:51 - 2:56No entanto, nossa sociedade
sempre se desenvolveu e sobreviveu -
2:56 - 3:02com base na tradição não escrita
de saúde mútua ou apoio uns aos outros. -
3:05 - 3:12Então, o que você pode fazer para criar
uma diferença positiva em sua comunidade? -
3:12 - 3:15Você pode fazer quase tudo.
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3:16 - 3:19Primeiro, você observa, olha a sua volta.
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3:19 - 3:22Além disso, você acredita
que pode fazer uma mudança. -
3:22 - 3:24Então, você age.
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3:25 - 3:26Por exemplo,
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3:27 - 3:30as escolas locais estão sempre
precisando de algo. -
3:31 - 3:34Você pode ajudar a conduzir
clubes pós-escola, -
3:35 - 3:38ajudar durante a hora do lanche
nas aulas principais, -
3:38 - 3:44ou até organizar eventos beneficentes
na escola local e assim por diante. -
3:44 - 3:49Nem sempre seu trabalho voluntário
alcançará o resultado desejado, -
3:49 - 3:53mas você sempre aprende algo.
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3:53 - 3:57Finalmente, o voluntariado
está em nossa cultura. -
3:57 - 4:00Então, continuem e espalhem.
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4:00 - 4:01Obrigada.
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4:01 - 4:02(Aplausos)
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4:02 - 4:04Stepanka Pechackova:
Nasci numa cidadezinha -
4:04 - 4:08em um pequeno país quase 20 vezes
menor do que a Mongólia. -
4:08 - 4:10Tive uma infância bastante normal,
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4:10 - 4:13pelo menos tão normal
quanto uma criança tcheca pode ter. -
4:13 - 4:16Bebi cerveja antes da idade permitida,
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4:16 - 4:19copiei muitos deveres de casa
de meus colegas -
4:19 - 4:21e passei horas e horas em frente à TV.
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4:22 - 4:24Eu não fazia nada.
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4:24 - 4:28Não sabia que existia o voluntariado.
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4:30 - 4:34A única imagem que me vinha à mente
quando diziam voluntariado -
4:34 - 4:36eram as notícias da velha TV tcheca
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4:36 - 4:40mostrando pessoas que desfrutavam
a colheita de lúpulo -
4:40 - 4:44e contribuíam assim
para implementar o plano de valores. -
4:45 - 4:48Tudo mudou depois
que entrei na universidade -
4:48 - 4:51e comecei o curso de Estudos
de Desenvolvimento Internacional. -
4:52 - 4:56Eu estava cercada por pessoas
que tinham apenas 19 anos de idade, -
4:56 - 5:00mas eram muito abertas,
viajadas, experientes -
5:00 - 5:02e envolvidas em tantas atividades,
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5:02 - 5:06desde ajudar um museu local
até organizar exposições -
5:06 - 5:09e passar o tempo
com crianças em um hospital. -
5:10 - 5:13Percebi que eu poderia fazer mais
do que assistir à televisão -
5:13 - 5:16ou bater papo com meus amigos
em meu tempo livre. -
5:16 - 5:19Posso me filiar a uma organização,
a um grupo informal, -
5:19 - 5:21ou até mesmo ficar sozinha,
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5:21 - 5:24mas posso fazer algo
para as pessoas ao meu redor. -
5:24 - 5:27E fiz: filiei-me
a diferentes organizações, -
5:27 - 5:31por exemplo, a um grupo de voluntários
locais que promovem o comércio justo. -
5:31 - 5:34Conheci tantas pessoas incríveis
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5:34 - 5:38e fiz amizades que duram até hoje.
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5:39 - 5:42Ser voluntária me deu um senso
de compromisso e pertencimento. -
5:42 - 5:46Eu estava fazendo algo bom
e com um propósito. -
5:46 - 5:49Estava ativa e pronta para agir.
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5:50 - 5:52Então, minha mãe me levou à Índia.
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5:52 - 5:56Foi minha primeira vez na Ásia
e num país em desenvolvimento. -
5:56 - 5:57Fiquei chocada.
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5:57 - 6:03Até então, eu não tinha visto
uma realidade tão diferente da minha. -
6:03 - 6:07Na Índia, é simplesmente incrível.
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6:08 - 6:13Extrema pobreza em ambos os sentidos:
negativo e positivo. -
6:13 - 6:19Extrema pobreza e enormes riquezas
vivem literalmente lado a lado lá. -
6:19 - 6:22Uma favela ao lado
de um hotel cinco estrelas. -
6:22 - 6:27Um garoto seminu na rua ultrapassado
por uma grande e moderna Mercedes. -
6:28 - 6:30Mas não se tratava apenas de desespero.
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6:30 - 6:31Havia esperança e resiliência,
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6:31 - 6:36especialmente na comunidade
de refugiados tibetanos que me encantou, -
6:36 - 6:39cuja situação na Índia
não é realmente boa. -
6:40 - 6:44As pessoas estavam tentando mudar isso
e estavam à procura de ajuda para fazê-lo. -
6:44 - 6:48Toda a Dharamshala estava cheia
de panfletos à procura de voluntários -
6:48 - 6:51para ensinar inglês,
ajudar a consertar telhados. -
6:51 - 6:55Vi que posso ajudar as pessoas,
não só em meu próprio país, -
6:55 - 6:58mas também posso dedicar
meu tempo e minhas habilidades -
6:58 - 7:02a pessoas que precisam,
mas que vivem aparentemente longe. -
7:03 - 7:06Comecei como voluntária
para uma ONG tcheca, -
7:06 - 7:09trabalhando na Índia
com refugiados tibetanos. -
7:09 - 7:12Fui à Índia com eles duas vezes
e fiz coisas diferentes, -
7:12 - 7:15desde ensinar, construir
uma loja de costura, -
7:15 - 7:18até coordenar um programa de patrocínio.
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7:18 - 7:20Vi com meus próprios olhos
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7:20 - 7:24que o voluntariado pode realmente fazer
uma mudança no cotidiano das pessoas. -
7:26 - 7:29Mas meu caminho de voluntariado
nem sempre foi fácil. -
7:30 - 7:33Depois da Índia, fui para Bangladesh
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7:33 - 7:36e tive um choque de cultura,
deixem-me dizer. -
7:36 - 7:40Bangladesh é um país
muçulmano, superlotado, -
7:40 - 7:42e muito poucas pessoas falam inglês.
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7:45 - 7:49Como estrangeira,
você chama muita atenção. -
7:49 - 7:51Você é como um macaco
em um jardim zoológico. -
7:51 - 7:52(Risos)
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7:54 - 7:57É: "'Bidesh', 'bidesh',
estrangeira, estrangeira". -
7:58 - 8:01As pessoas pensam
bem diferente dos europeus. -
8:02 - 8:05Realmente tentei ajudar
a organização que me acolheu, -
8:05 - 8:09mas levou muito tempo para provar
que eu não era mais uma estrangeira branca -
8:09 - 8:11que veio salvar os pobres de Bangladesh,
-
8:11 - 8:17mas que eu poderia realmente
fazer algo por eles. -
8:18 - 8:21Aprendi da pior forma
que, muitas vezes, como voluntário, -
8:21 - 8:26você não consegue começar seu trabalho,
muito menos ver resultados, de imediato. -
8:26 - 8:30Muitas vezes, como voluntário, você
precisa ser muito paciente e determinado. -
8:31 - 8:34Mesmo que, muitas vezes,
Bangladesh me deixasse louca, -
8:36 - 8:39as pessoas de lá são
as mais hospitaleiras que já conheci. -
8:39 - 8:43Aprendi a aceitar e amar
nossas diferenças. -
8:43 - 8:48Percebi que, apesar
de outras culturas e mentalidades -
8:48 - 8:50poderem ser diferentes das que você tem,
-
8:51 - 8:53isso não significa que elas sejam.
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8:55 - 8:57Após cinco anos de voluntariado,
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8:58 - 9:02estou aqui na Mongólia,
a 6 mil km de casa, -
9:02 - 9:06servindo como voluntária
da juventude da ONU. -
9:08 - 9:12Após cinco anos de voluntariado,
estou aqui na frente de vocês, -
9:12 - 9:16tantos mongóis que são
o futuro de seu belo país. -
9:17 - 9:18Graças ao voluntariado,
-
9:18 - 9:22sou uma pessoa
que nunca sonhei que seria. -
9:22 - 9:23Obrigada.
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9:23 - 9:24(Aplausos)
- Title:
- Por que ser voluntário? | Enkhee Sainbuyan e Stepanka Pechackova | TEDxBagaToiruu
- Description:
-
Munido apenas de recursos físicos e morais, você pode proporcionar felicidade não só a milhares de pessoas, mas também a você. Enkhee e Stepanka compartilham suas experiências como voluntárias e como uma pessoa pode se tornar alguém que nunca sonhou que seria.
Enkhee é mãe de três filhos. Criada em uma sociedade socialista, sua infância foi igual a qualquer outra, cantando músicas que incentivavam as crianças a respeitar e ajudar os necessitados. Começou a ser voluntária da instituição beneficente "Heart and Soul", enquanto trabalhava para a J Sainsbury plc no Reino Unido. Também trabalhou para a Mongolian Red Cross Society e serviu como voluntária nacional da ONU.
Nascida e criada numa cidadezinha tcheca, Stepanka não conhecia o voluntariado até entrar na universidade. Quando sua mãe a levou pela primeira vez à Índia, Stepanka percebeu que queria mesmo dedicar seu tempo e suas habilidades em prol do próximo. Desde então, sua experiência como voluntária levou Stepanka da República Tcheca à Índia, a Bangladesh e, finalmente, à Mongólia.
Atualmente, apoia o programa Voluntários das Nações Unidas na Mongólia como voluntária da juventude da ONU.Esta palestra foi dada em um evento TEDx, que usa o formato de conferência TED, mas é organizado de forma independente por uma comunidade local. Para saber mais visite http://ted.com/tedx
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- closed TED
- Project:
- TEDxTalks
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- 09:29